Coleção pessoal de rodrigorsilver

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Vestido Girassol

[...] sentado ali, pensando na chuva que possivelmente atrapalharia minha volta pra casa enquanto decidia mentalmente qual filme iria assistir naquela noite, simplesmente aguardei. Até que vestida num maravilhoso vestido amarelo que instantaneamente me lembrou girassóis, num salto que me surpreendera e ao mesmo tempo confirmara sua vontade de me cativar - ela sabia que eu admirava mulheres de salto. Ao se aproximar, de maneira sútil colocou seu cabelo para trás da orelha direita, e vestindo um sorriso encantador me cumprimentou com um abraço e um beijo no rosto. Por um breve momento, dentro de mim algo gritou, e soube naquele instante que era ela a escolhida.

As vezes o amor da sua vida está na cama que você deita e esquece de sonhar.

De caquinho em caquinho o coração volta, e aquela paz vai chegando. E mesmo com todas as cicatrizes, bom mesmo é saber que fui verdadeiro em todos os corações alheios, e minha completude era muito mais do que muitos mereciam, mas ainda assim o fiz, pois oferecemos sempre o melhor que existe em nós. Mesmo que nem sempre seja tão bonito.

Foram várias tentativas até aqui, e mesmo quebrado, eu conseguia me quebrar em mais e mais pedaços. Estamos sempre em busca da resiliência, e não sabemos o quão duro é suportar certos trincos em nosso tão cristalino coração.

É fadado ao esperto, a rápida saída do amor. Pois onde descansa um coração cansado, pode não haver sobra pra insistente e dolorosa vida em razão.

Entre o ego e o caráter existe um mundo, que simplesmente é ligado por um simples fio de cabelo. Na dúvida, não coce muito a cabeça, sua sanidade pode ir ao chão.

[...] e de repente nos vemos deparados a grande necessidade de um fim épico, que traga sentido e memória a nossa insignificância. O fim então posto que já não justifica mais os meios, da razão ao início, ao começo e a centelha de nossa criação.

Nada é tão complicado. Pensar é que complica.

Repousava bem perto um do outro, a matéria e o espírito.
Bem aventurado, pensei eu comigo, aquele em que os afagos de uma tarde serena de primavera no silêncio da solidão produzem o torpor dos membros; porque nessa alma dormem profundamente as dores no meio do ruído da vida.

Eclesiastes 1.14
Atentei para todas as obras feitas debaixo do sol,
e eis que tudo era vaidade e aflição do espírito,

Falei ao meu coração dizendo: sim, me engrandeci realmente,
permiti ao meu coração conhecer a grandeza, a loucura e o devaneio,
e percebi que isso também era aflição de espírito

Pois em muita sabedoria habita muito sofrer
e o que aumenta o saber, aumenta a tristeza.

Quantas vezes você ofereceu seu coração de bandeja hoje ?

Seu sucesso é definido pela pessoa que você é, e não pela qual você quer ser.

Se você não consegue entender o meu silêncio, de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.

E é claro que eu erro, caio, falho, peco e minto, sou humano, e ainda que eu quisesse, não sei ser perfeito. Mas eu gosto do feito, do carinho, da compaixão. Sinto saudade, amo, desamo, corro atras, e de repente faço falta. Meu vazio é de incompletude, de existência ausente, de alguém de perto por perto, aqui dentro talvez.
Fiz de mim um poço, tão profundo tao feito, mas sei la, sou assim, se gosto, gosto, se amo, amo, não sei ser metade, pouco e pior, me incomodo em ser nada. Não ha espaço que eu não me caiba, mas o pouco é apertado demais para mim, faço de mim gigante, gigante amor, gigante.
Se estou, estou, se me fui, me esqueça, não sou de voltar, por isso, nunca jamais em hipótese alguma, me deixe partir, por que como um grão de areia, eu também me esvaio, e sem pesar me perco no deserto, e o longe fica também perto.

"O gosto amargo da derrota, vem sempre disfarçada da vitoria, e sem percebermos perdemos, e o que era aqui e agora, se vai, e vira outrora achando que vencemos."

Amar também é partir, fingir também é sentir, falar também é mentir!

[...] ao entrar na sala, avistei um rosto pálido, com pouco ou quase nada de vida e brilho. Sabia que ali existia uma razão maior, um motivo qualquer, que por curiosidade me fez entrar.
Mesmo fadado ao silencio, me dediquei a sentir, e somente assistindo a brisa passar pelos ouvidos, entendi que já era hora de partir. Não dali, mas de nós. [...]

Palavras... palavras, simplesmente palavras. O som ensurdecedor do silencio é quase tocante, mas ainda não as substituem. Pois o que os ouvidos nos contam, ainda é e será o norte de nossas paixões.

Quando o fundamentalismo da amizade, se findar a questões simples, materiais, banais ou mundanas, saiba, ali existia apenas um colega.

[...] a quem aqui eu deixo um singelo amor, que talvez passivamente jamais o conquistou. A quem talvez um "nunca" ou um "jamais" combinaria melhor que um simples e eterno "amém". Pois metade de tudo o que acreditamos ainda é um "porquê", e a outra metade é apenas um "talvez".