Coleção pessoal de ricardo25vitti

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Calcificados passos

Paranoia obscurecida, solidão meio a multidão,
sombras e traças a corroer minhas vestes,
vestido de negro, remedi-o o medo...

Vão figurinhas desfiguradas, pessoas me chamam,
pelo nome, não sei, onde estou, donde vem,
choramingo nas estradas, seguem revoos...

Sou um sopro de vida, decorrida das réstias,
bramei-a, e, seca chuva em seus pingos deliras,
não se importa com os céus, perdido sonho á esmo...

Vãs as palavras se tornam num livro fechado e rabiscado; conceituo minha existência assim, choramingada numa cantoria calma. Dito isto me calo e tento dormir, pois a manhã vem junto dos pássaros e, não quero me atracar, no poço junto aos navios...

Um olhar decifra o mais intimo de uma pessoa, lhe observo através da vidraça, chovestes hoje, amanhã talvez deixe na cabeceira meu óculos...

Caminhar pela cidade sem noção, uma ação sem adição, divido o mundo e me sobra o pó da estrada, dividendo do meu surto cravador, estacas são as luminárias, onde iluminam o foço, ecoando gritos absurdos, resultado do suplicio das ideias, e, mais nada...

Se me prendo ao vazio, oscilo no pensar, buscar e, chorar por não esquematizar uma liberdade mais direta, nos beijos de uma Donzela me prendi no mar sem porto seguro...

Extasiado são os gritos no anfiteatro, residem nesse holocausto um dilema, matematizado na soma dos bancos, seus esquemas, escola, cinema e TV...

Um espetáculo não sobrevive sem a plateia, não subsiste aplausos sem corações palpitando, vãs as palavras se tornam num livro fechado e rabiscado...

Apressa-te em teu colo me acolher, teus braços vão á lua, porém estrelas não se esclarecem, nem nas páginas fugitivas, nem num riso de criança, tudo se desmantelou, roubaram meu mundo, entre portas e fundos, mas graças dou por restar você, quem me roubou do que ficou...

Sempre soubera viajar, pregado no chão no cume da emoção, lavado pelas lágrimas, hostilizado e olhares duros, me fostes o pranto em meus olhos quem amoleceu o chão, fatigado em meus passos por grilhões. Hoje eu sei, amanhã direi: Entardeceu...

Linda lágrima que me corre o rosto, dor, perda, tristeza... Desespero-me, largo-te em meu esvair, sempre sobras o inverno da alma, porém o calor em minhas pálpebras me faz sorrir...

Veja-me de várias formas, sou lagarta, mariposa sustentada pelo vento, esguelepado entre as flores, deitado de bruços sobre as pétalas de uma rosa. Sou o que queiras que eu sejas, serei tua cama, um abrigo descoberto, relido pelas estrelas, me banho nos lençóis de teu pranto, seremos amantes, um diamante, cobiço-a: Em vez por quando me rendo a teus desejos, porém custas falar de amor...

A distância é sólida e física, como uma pedra atirada de um abismo, corações quando se amam, ultrapassam a razão do real e surreal existencial, lembro-te, amo-te, quero-te, meio ao exausto de muitas barreiras o sujeito se pluraliza, dando existência e covalência onde nada existia. Lhe busquei de várias formas, na oposição insistente: "Te encontrei...

Essa paixão derradeira, fez poeira no alto estradão, levou os frutos, contudo em teus bustos a beleza, dos montes, me externo em teus horizontes que me condiz, um apaixonado. Sempre: Um velho quem não deixo o ser, "criança" amado...

Frio e calado, em folículos de amor se estende, me expresso em teus beijos, me trazes o desejo, donde sabes, saberei um dia, cabisbaixo, porém por bem lhe levo enlaçada em meus braços...

Somos enigmas ambulantes, em busca no outro o nosso outro eu - metades á sussurrar por uma paixão, um "símbolo". Atenciosamente: Um solitário que se afogou na solidão!!!...

Tenho a alegria que não é um dom, mas tenho o tom que se torna algo bom, o querer acalentar um coração, perdido em tantas tonalidades cinzas, arco-íris cinza verde-limão...

Sou o avesso da história, sou a roupa deixada de lado, sou o bordado em seus cabelos, uma paixão que arreda a cama, um louco perdido, no manicômio desse amor, para muitos disrítmico, para mim encantador...

Destemida desencantada

... Fostes um poema sem algum fonema, dilema,
em versos remidos um holocausto teorema,
ponho um ponto no final, afinal de contas,
foram outras palavras que conquistaram...

... Umas rimas perdidas que não me falassem,
que remassem contra a correnteza,
uma paixão avassaladora,
perdidos no espaço e com os pés no chão...

... Onde andas aquela menina que me encantou,
andas distante ou o vento a carregou?!...

... Se me deixas voou-a minha paz decorrida,
lanceia as folhas sobre os céus sua formosura,
encantos decantados no expor-se,
ir-me-ei longe do amor que lá não sobrevinha...

Ele não deitou no colchão, deleitou nos espinhos, rente as rosas por medo de sonhar...

Sou as lágrimas que repousaram sobre as pedras, faço caminho entre elas, abrigo seguro nos tempos de aflição, pois fora ordinário e sem compaixão...