Coleção pessoal de Raimundo1973

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Nem em pensamentos você está em minha vida
Nem em pesadelos loucos, nem em sonhos distorcidos
Eu sei, podem pensar que é injusto
Mas é o meu pensar, é o meu caminho


Não é dor, é livramento
Não é prisão, é liberdade
Ignorância ou orgulho, pouco importa
Eu sigo sem tormento, sigo em verdade


Chamam de absurdo o meu silêncio
Mas é nele que encontro paz
Não preciso da sua presença
Minha alma enfim se desfaz


Não é dor, é livramento
Não é prisão, é liberdade
Ignorância ou orgulho, pouco importa
Eu sigo sem tormento, sigo em verdade


Ponte
Se pensam que é loucura
Eu chamo de renascer
Na ausência encontro cura
Na distância, o meu viver

É egoísmo pensar que segurança é vida.
Quem se tranca no conforto das próprias certezas esquece que viver exige riscos, quedas e renascimentos.
A vida não se alimenta de muralhas — ela respira na beira do precipício, no passo ousado, no erro que vira força.
Proteger-se demais é morrer devagar, sufocado pelo medo de perder.
A segurança absoluta que muitos buscam não passa de uma prisão elegante, cheia de grades invisíveis.
Quem vive assim troca liberdade por estagnação, coragem por rotina, intensidade por silêncio.
A vida só é vida quando pulsa, quando desafia, quando arranha.
E quem entende isso sabe: o verdadeiro perigo não está lá fora, está no hábito confortável de nunca tentar nada novo.

A vida é um grande plantio
Mas não se engane:
nem toda semente floresce,
nem todo desejo merece colheita.
Você pode cavar a terra com esperança,
regar sonhos com suor e fé,
mas a vida, impiedosa, só entrega
o que você tem força para carregar.
Quer ser feliz?
Entenda de uma vez:
flores só nascem em mãos feridas,
raízes só se firmam onde há luta,
e o que não resiste… o vento leva.
A vida não perdoa preguiça,
não protege ilusos,
não embala quem espera sem agir.
Ela cobra, molda e testa.
E se você não aprende,
arranca pela raiz,
para ensinar na pancada
o que o coração insiste em negar.

Quem escolhe a ignorância acredita tocar a verdadeira felicidade,
mas apenas se afunda no chiqueiro da ilusão.
Sem consciência, não existe escolha;
há apenas um lamento mudo,
um destino que nunca se abre para a liberdade...

Ser o que não se é
é caminhar sobre espelhos partidos,
onde cada fragmento distorce o ego
e afasta o passo da própria essência.
A vida não adianta nem atrasa
quando se veste de ilusões:
apenas pesa —
vira um fardo de dias nublados,
um silêncio que rói devagar
por dentro da alma.
O espírito desconhece duplicidades;
não carrega duas faces
nem divide seus destinos.
Ele é inteiro, indivisível,
feito de uma única verdade,
e só floresce quando abandona a mentira.
Viver é despir-se das máscaras,
permitir que a luz da autenticidade
rompa as sombras que nos cercam.
Porque somente na verdade
a alma repousa em paz,
e o coração finalmente respira.

Quem decide sem pensar
se perde no labirinto da própria escolha.
Porque tudo o que não carrega sentido
o tempo dissolve sem compaixão...

Você insiste em me agradar,
dizendo sobre mim coisas tão bonitas,
como se eu fosse algum farol perfeito
iluminando todos os teus dias.
Mas não sou tudo de bom que você fala —
sou feito de falhas, de medos, de cicatrizes
que o tempo não apagou.


Ainda assim, quando você me olha,
parece enxergar além do que eu sou,
como se visse em mim um alguém
que eu mesmo não encontro.
E é nesse teu jeito de me ver
que descubro o amor:
não por me tornar perfeito,
mas por ser aceito exatamente assim,
imperfeito e teu...

Insistimos em alojar memórias que não voltam. São fragmentos do tempo que merecem repousar no silêncio do passado,
ecos de um passado que já cumpriu seu caminho.
Foram momentos — belos, intensos, feridos —
mas talvez seja melhor deixá-los onde dormem,
guardados no silêncio das lembranças antigas,
esquecidos no lugar onde o tempo os deixou.

Aceitar o tempo é um gesto de sabedoria. Não podemos esquecer que, um dia, ele leva tudo consigo — até mesmo os sonhos de uma vida.

Estou perdido de amor,
não por ti, mas por não decifrar minhas próprias falhas.
Enredado em segredos que ergui sem perceber,
sou um labirinto sem saída dentro de mim...

Não recordo uma só manhã em que você não habitasse meus sentimentos calados. Amei… amei com uma força tão desmedida, tão profunda, que por instantes deixei de existir em mim...

Toda vez que você pensar que poderia ter feito mais, continuará sofrendo. No fundo, você já fez tudo o que pôde, deu o seu melhor para agradar quem nunca mereceu o seu cuidado. Um dia você vai entender que todo esse esforço foi em vão, viva o tem melhor para você.

Você não faz ideia do que é. Simples: não é para ter ideia. O que não é ideia, vai continuar uma ideia sem saber o que é, é apenas uma ideia que não tem ideia.

Até quando vamos seguir tropeçando nessa caminhada feita de silêncios e meias palavras?
Ainda gosto de você — e, mais do que isso, tenho medo de esquecer o quanto gosto.
Já passou da hora de sair do estacionamento da indecisão. Você permanece no acostamento, imóvel, mesmo estando tão perto de mim.


O manto que te envolve logo deixará à mostra o quanto já percorremos — ou o quanto deixamos de ir.
Confesso: cansei de ser sempre o primeiro passo.
Afinal, quem se curva demais, uma hora acaba beijando o chão...

Quando o sofrimento nos parece injusto, a maioria de nós reclama, se revolta e até amaldiçoa os dias felizes que já viveu.
Mas esquecemos que o propósito de Deus muitas vezes se revela no silêncio — é nesse espaço quieto que Ele molda nosso coração, mesmo quando tudo parece sem sentido, é Deus quem leva os nossos sofrimentos.

O povo brasileiro precisa despertar e assumir uma postura crítica e independente.
A política, outrora instrumento de transformação, tornou-se um jogo sujo de interesses pessoais e vantagens obscuras.
Os políticos, que deveriam servir à população, comportam-se como donos do poder — gananciosos, arrogantes e alheios ao bem comum.
Esquecem que são servidores públicos e que o verdadeiro patrão é o cidadão.


Vivem à sombra de impostos abusivos, criados para sustentar o luxo e a ostentação de poucos, enquanto muitos trabalham até a exaustão.
IPTU, IPVA, pedágios — tudo parece desenhado para punir o trabalhador honesto.


O Estado virou uma máquina de exploração; o povo, um escravo condicionado a pagar para existir.
Cobrar imposto sobre o que já é do cidadão é roubo.
Cobrar imposto sobre imposto é crime.
Os verdadeiros parasitas da nação são aqueles que se autoproclamam representantes do povo, mas pertencem a facções políticas que drenam a riqueza do Brasil.

Não sou tão fraco a ponto de não te derrubar, nem tão forte a ponto de te ferir. Há uma etapa para cada momento — tanto de euforia quanto de calma. Jamais julgue sem conhecer o valor de quem se apresenta diante de ti; do mesmo modo, não se pode saber se a faca está sem corte antes de tocar o fio fica a lição.

Faz-me um favor, por gentileza:
não chame de amor o que nunca foi,
nem de paixão essa dúvida disfarçada
nesse dilema antigo.
O drama que encenamos foi mera ficção turbulenta,
um feitiço que jamais surtiu efeito.
No teatro da vida, não há redenção
quando a plateia não se comove com o personagem.
O que houve já se foi —
envolto nas sombras do passado,
rindo de nós,
como quem já conhece o fim da história.

A Realidade da vida Nascemos nus, sem posses, protegidos pelos pais — que são tudo o que temos no início.
Se chegamos ao mundo sem nada, como podemos dizer que possuímos herança ou bens?
Na vida, o nada é a única segurança que podemos oferecer àqueles que também nada possuem. O orgulho, a ambição, a vaidade, o egoísmo e a mania de grandeza
são os verdadeiros legados de quem nasce sem posses,
em um mundo engessado e corrompido, cercado pelo caos. Ainda que conquistemos bens pelo fruto de um trabalho justo e honesto,
na travessia para o outro lado não levamos nada consigo:
assim como chegamos — sem nada — partiremos do mesmo modo, sem nada levar..

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Estava tudo selado — na ausência dos meus sonhos extraviados, naquela noite de insônia e tormentos — para que eu enfim te esquecesse. Era como se um feitiço antigo, uma magia sombria, uma bruxaria silenciosa invocasse o esquecimento. Despertei sem noção do tempo, sem vestígios de você — da mulher que um dia acendeu minha alegria. Acordei oco. Acordei sem você...