Coleção pessoal de rafaelfioratto

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⁠Você é a primeira coisa que penso assim que acordo.
As vezes de madrugada, quando sinto seu cheiro no travesseiro.
Esfreguei você na minha cama ontem de propósito.
Para seu perfume ficar e ajudar nos momentos de saudade.
Fiz para diminuir a sensação de estar longe.
Acabei aumentando a vontade de estar perto.

⁠A vida é igual um sabonete, um dia acaba.

⁠Tô enjoado. Estou cansado de ver tanta gente incompetente e burra.

Tem brasileiro que não se contenta em ser só brasileiro, precisa ser idiota também.

⁠A felicidade precisa de um pouco de descuido para aparecer.

A cor do dia depende da tinta que fabrico moendo as pedras que insistem em estar ali. Remoendo minhas inquietações eu consigo um pó bem fino e adiciono o mais perfeito aglutinante, o suor e começo a pintar na tela branca do novo dia que me foi concedido. Alguns mais azuis que outros.

Se meu mundo não está dando voltas é meu dever fazer girar o mais rápido possível. Até dar vertigem.

Nada de esperar luz no fim do túnel.
Mandei colocar luz no túnel inteiro e mês que vem mando ladrilhar.

Itatiaia, nome indígena para um lugar especial do Brasil.
Onde a natureza desejando tocar o céu elevou pedras
Montou um altar verde com a mais bela floresta atlântica para reverenciar a vida
Suas nascentes dão de beber aos rios
De suas águas matamos a sede
E em seu chão fixamos nossos sonhos
Do alto de suas montanhas aprendemos sobre o infinito e como somos pequenos diante a imensidão do universo.
A ação do tempo, forte e de viés, esculpiu suas pedras para nos mostrar o poder da persistência.

Não há palavra mais digna e representativa para definir o que sentimos por esta terra.
É amor por ser nosso refúgio, nosso abrigo e nossa casa. Temos um lar chamado Itatiaia que nos acolhe com sua beleza e nos mostra que a vida pode e deve ser linda.

Bom mesmo é quando as coisas dão certo.
Quando as nuvens dão lugar ao sol e a gente deixa a tristeza lá no canto dela.

Faço de um traço: ponto, vírgula, sol e lua. No papel desenho, escrevo e projeto o que bem entender. Em minha cabeça rabisco um futuro melhor e sem borracha. O desenhar dos dias sempre foi definitivo. Sempre foi um sorriso como o da Mona Lisa, misticismo e mistério. Desenho é designo, é grave, é divertido, é muito mais que o ato. É também o percurso. Minhas mãos nasceram para isso, para trazer a tona o inimaginável, para tornar concreto os sonhos. E para me fazer existir como indivíduo, estrela, luz, artista e menino.

De vez em quando a vida sacode o chão para ver se você aguenta ficar de pé. De vez em quando ela balança tudo e acaba derrubando muito do que você acreditava ser forte. A gente se agarra onde dá, se equilibra e vai seguindo em frente em meio aos escombros do que um dia pode ter sido nossa verdade. A fé e a esperança vão resistindo. Se ainda tiver pernas a gente anda, se não tiver, vai se arrastando. O que não pode é parar.

Mas também precisamos aprender com as tragédias e saber o momento de recuar. Terremotos as vezes não vêem para nos dar força para reconstruir as estruturas de antes. As vezes é para que se construa algo novo, mais moderno, arrojado, bonito, prático. As vezes é para se construir em outro lugar, é para se mexer e sair fora. Nossos dias não podem ser tristes, não devem nos trazer desânimo ao acordar e desespero ao dormir.

Percebi hoje que o conjunto de nãos e desencontros sucessivos são bilhetes que recebo para tomar coragem e seguir os sonhos. Sonhos são leves como balão de gás hélio. Precisam ser livres para sair por aí ganhando o céu. Do contrário eles murcham, ficam aqui pelo chão mesmo, vai diminuindo, o tempo vai acabando... A vida passa e quando menos se deu conta, não restou mais nenhum sonho para você seguir.

Tem sempre o momento de peneirar e ver o que passa, o que fica e do que fica, o que serve. Há sempre a opção de fazer diferente. De morar em outro lugar, de trabalhar com outra coisa, de estudar algo novo, de se reinventar. Tem sempre a opção de cortar a linha de um balão e seguir seu caminho olhando pro alto... Seguir o sonho pra ver onde ele vai te levar.

Não coloco cortinas na janela pro sol escorrer pelas paredes e os dias começarem diluídos em amarelos.

O vírus não sabe que se suicida ao matar o hospedeiro, o homem também não.

Não adianta inventar asas quando se está apaixonado
Paixão é sempre queda, nunca voo.

Não quero a metade
Quero todas as partes juntas
Coladas com cuspe
Inteiro, mesmo violado
E insano

Quero agora
Desmontado para
Me reorganizar

(Trecho da peça - Sangue e vísceras)

Tem uma estrela-do-mar
Até no improvável azul.

A maior crueldade da paixão
É não permitir a fuga

Em suas ausências
Bebo o mar
E esqueço a maré
Que o leva

(Trecho da peça - Sangue e vísceras)

No teatro me interesso pelas vísceras e o que ainda vai se decompor.