Coleção pessoal de pirafraseando
Deixe toda pressa de lado,
o mais rápido possível.
Abrace as pausas contidas
na música da vida,
encontre o seu ritmo
e simplesmente dance.
Ao invés de despedaçar-me, para saber se alguém bem-me-quer ou mal-me-quer, decidi pelo florescer do ‘bem-me-quero’!
Para encontrar você, não foi preciso nenhum mapa. Agora, para continuar navegando ao seu lado, dispenso instrumentos, manuais e rotas. Afinal, quero me perder, de todas as maneiras.
Às vezes, quando a gente abraça, fecha os olhos ainda mais forte, para que tudo o que está sentindo não se acabe, assim, ‘num piscar de olhos’.
USE POESIA!
Uma poesia deveria ser...
usada como uma oração,
ousada feito invenção,
abusada pela intuição,
pausada como reflexão
e repousada no coração!
Engana-se quem pensa que a beleza é passageira. Num mundo movido pela ditadura da aparência, a beleza é a principal condutora.
Viver é navegar mares encantados,
conduzindo barcos não planejados,
com perícia que não viemos dotados,
para alcançar portos não imaginados.
"Quão doentio é o espírito daqueles que pronunciam palavras somente para ferir. Antes de passarem pelo céu da boca, elas vieram do inferno que habita a infelicidade da alma.”
FOME
Cortou aquele pedaço de pão
para poder matar a fome,
que já lhe cortava a carne.
Não desperdiçou nada daquele alimento,
recolhendo cada uma das migalhas,
já que, na maioria das vezes,
até mesmo elas lhe têm faltado.
O pão nosso de cada dia
só lhe vem à boca, ultimamente,
quando reza aquela oração.
Mas, para que querer pão,
se quase não tem dentes?!
Para que os dentes
se não tem mais sorriso?!
Para que o sorriso
se não tem esperança?!
Para que a esperança,
se quase não tem vida?!
Para que a vida,
se viver é ‘morrer de fome’
aos poucos, todos os dias,
até, literalmente, morrer de fome
num dia qualquer,
num canto qualquer?!
(Publicado no livro “Arcos e Frestas”, página 16)
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- O texto recebeu Menção Honrosa no “XIII Concurso Nacional de Poesias Marcos Andreani”, da Academia de Letras e Artes de Paranapuã-ALAP, de Tijuca-RJ.
Quando chegarmos na idade de achar que beijos, abraços e paixões são coisas tolas, é porque chegamos à idade em que nos tornamos realmente tolos.
Toda vez que se abre um livro, abre-se também a porta para o cenário que o autor um dia olhou e descreveu. Mas existe sempre uma janela entreaberta, que permite a entrada do olhar encantado do leitor.