Coleção pessoal de philipesotte

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Outro dia, uma amiga publicou que sua filhinha deu os primeiros passinhos. E que após uns dois, ou três, ela caía.
Penso assim; Muitos de nós, mesmo depois de crescidinhos, ainda caem após alguns passos... Tudo bem que alguns caem em demasia, porém o importante é levantar, sempre. E entendermos que, mesmo que essa maldição que é a ansiedade humana, nos obrigue a dar passos maiores que suportamos, são necessários passos curtos. Por que devagar, se vai ao longe.

Faça amor com sua dor, toda dor no fundo tem um "Q" de prazer.

Adoro rir de coisas idiotas, o que não suporto são pessoas idiotas.

ONTEM, ASSISTI UM FILME E FIQUEI PENSANDO.. "QUERIA QUE MINHA VIDA FOSSE UM FILME, MAS COM UMA ESTAÇÃO DE TREM DE VERDADE." PRA MIM, ESSA FRASE FOI RENOVADORA, DAÍ HOJE PERCEBI QUE EXISTEM MANHÃS QUE PARECEM QUE NASCERAM POR NÓS... ESPERAM POR NÓS... TÔ PRECISANDO DE UM DIA MEU, DO MEU MOMENTO EGOÍSTA, DE REPOR OS MEUS PEDAÇOS QUE SE PERDERAM NO CAMINHO E NÃO QUE NINGUÉM VIVA POR MIM, MAS QUE VIVA COMIGO POR QUE AMANHÃ ALGUMAS PESSOAS PODEM ATÉ NÃO PERMANECER MAIS EM MINHA VIDA, MAS ESTARÃO PARA SEMPRE EM MEU CORAÇÃO.

De poeta e louco todo mundo tem um pouco, afinal.. na real.. não faz muita diferença.

O amor não acaba, nós é que mudamos

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.

O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

Amar cria raíz, sim. Cria, independente de ser verbalizado. Basta sentir o amor para que fiquemos dependentes dele, uma dependência boa, daquilo que nos faz sentir vivos.

Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós.

Ausência física, ausência da voz e do cheiro, das risadas e do piscar de olhos, saudade da amizade que ficará na lembrança e em algumas fotos.

Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias.

Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha - e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi? Não tenho saudades nem de um minuto atrás. Tudo o que eu fui prossegue em mim.

Mantenha-se atrás da faixa amarela, não chegue muito perto, não acerque-se de meus traumas, não invada meus mistérios, não atrite-se com o meu passado, não tente entender nada: é proibido tocar no sagrado de cada um.

Saudade a gente tem é dos pedaços de nós que ficam pelo caminho

Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados e há muito me perdoei.

Eu me conheço bem, mas sei que posso me surpreender comigo mesmo, a qualquer minuto.

Não subestime os outros, nem os idolatre demais. Seja educada, mas não certinha. Faça coisas que nunca imaginou antes. Não minta, nem conte toda a verdade. Dance sozinha quando ninguém estiver olhando. Divirta-se enquanto seu lobo não vem.

Não fale, não conte detalhes, não satisfaça a curiosidade alheia. A imaginação dos outros já é difamatória que chegue.

Mas não se esqueça: assim como não se deve misturar bebidas, misturar pessoas também pode dar ressaca.

O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.