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Existe renúncia total, certamente, apenas quando existe intensa paixão. Não fique alarmado com essa palavra porque um homem que não é apaixonado, que não é intenso, nunca pode compreender ou sentir a qualidade da beleza.

Renúncia total

Talvez você nunca tenha experimentado aquele estado de mente em que há total renúncia de todas as coisas, um completo deixar. E você não pode renunciar a tudo sem profunda paixão, pode? Você não pode renunciar a tudo intelectualmente ou emocionalmente. Existe renúncia total, certamente, apenas quando existe intensa paixão. Não fique alarmado com essa palavra porque um homem que não é apaixonado, que não é intenso, nunca pode compreender ou sentir a qualidade da beleza. A mente que guarda alguma coisa de reserva, a mente que tem um interesse investido, a mente que se prende à posição, poder, prestígio, a mente que é respeitável, o que é um horror; tal mente nunca pode renunciar a si mesma.

The Book of Life

Religião é a cessação do “eu”

Compartilhamos isso juntos? Porque é sua vida, não a minha vida. É sua vida de dor, de tragédia, de confusão, culpa, recompensa, punição. Tudo isso é sua vida. Se vocês são sérios tentaram desemaranhar tudo isso. Leram algum livro, ou seguiram um professor, ou escutaram alguém, mas o problema permanece. Estes problemas existirão enquanto a mente humana se mover dentro do campo da atividade do eu; essa atividade do eu tem de criar cada vez mais e mais problemas. Quando você observar, quando você se tornar extraordinariamente consciente desta atividade do eu, então a mente se torna extraordinariamente tranquila, sensata, saudável, sagrada. E a partir deste silêncio nossa vida na atividade diária é transformada.

Religião é a cessação do "eu" e a ação nascida desse silêncio. Essa vida é uma vida sagrada cheia de significado.

This Light in Oneself, p 77

Quando meditamos e nos sentimos parte do todo, de repente deixa de haver uma diferença entre nós e os outros, entre o observador e o observado. O sentimento de unidade é um êxtase que proporciona uma paz incomparável.

Nossa vida se desenvolve aqui e nesse momento, embora sejamos filhos do ontem e pais do amanhã.

Colocar a alma em nossas atividades é a melhor maneira de fertilizar o terreno em que deve crescer a felicidade.

A felicidade não se encontra no final do caminho, mas ao longo dele.

O segredo da felicidade não está em fazer sempre o que se quer, mas em querer sempre o que se faz.

Mudar de vida supõe sermos capazes de olhar para dentro de nós e revisarmos todos aqueles aspectos que não funcionam e nos geram insatisfação. Supõe sermos capazes de reordenar as peças para construir um novo roteiro pelo qual sejamos responsáveis e com o qual queiramos nos comprometer.”

Mudar de vida não depende do acaso, mas de nossa vontade. Depende, acima de tudo, de nos propormos seriamente a isso e de sermos capazes de traçar um bom plano, abordando o processo com o rigor e o método necessários para que a mudança se torne realidade e não mera fantasia.

O mais paradoxal é que o mero fato de questionar se somos felizes faz com que nos sintamos infelizes. Isso ocorre porque geramos um ideal de felicidade e buscamos esse modelo.

Não há pessoa, por temerosa que seja, que não possa se tornar um herói por amor.

... somente se nos aceitarmos como somos, até mesmo com nossos defeitos, podemos ser donos da nossa vida. E, para isso, primeiro devemos nos conhecer. Assim, os outros poderão amar a pessoa que realmente somos, e não a máscara que criamos.

Mas o verdadeiro amor não nasce da carência, de esperar que o outro preencha os vazios em nosso interior ou nos diga o que devemos fazer. Só amamos algo verdadeiramente se o aceitamos como ele é.

Muitas pessoas tentam aparentar o que não são, seja porque acreditam ser isso o que os outros querem, seja porque não gostam do que são. Dependem da opinião alheia e necessitam desesperadamente de aprovação.

Amadurecer não é se tornar conservador nem se conformar com o que existe. Ao contrário, a perspectiva da idade nos ajuda a derrubar os medos e a tomar como exemplo e inspiração a aventura realizada pelos outros.

Na sequência, perguntaram-lhe (ao Dalai Lama) quais são as lições de vida que deveríamos aprender, e ele respondeu com delicadeza: “Que não podemos fazer com que nos amem, mas sim que deixem de amar. Que o mais valioso na vida não é o que temos, mas quem temos. Que a pessoa rica não é aquela que tem mais, mas a que precisa menos. Que o dinheiro pode comprar tudo, menos felicidade. Que o físico atrai, mas a personalidade apaixona. Que quem não valoriza o que tem algum dia lamentará tê-lo perdido.” (Hermann Hesse para desorientado)

Diante da pergunta “O que mais o surpreende na humanidade?”, o Dalai Lama respondeu: “Que achem chato ser criança e queiram crescer rápido, para depois desejarem ser criança outra vez. Que desperdicem saúde para fazer dinheiro e depois percam o dinheiro para recuperar a saúde. Que anseiem o futuro e esqueçam o presente e desse modo não vivem nem o presente nem o futuro. Que vivam como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.”
(Hermann Hesse para desorientado)

Como seres humanos, devemos nos permitir sonhar, mesmo que nossos objetivos pareçam distantes. Toda grande meta dá um sentido à nossa vida e nos faz desfrutar do caminho, que em geral é mais agradável que o próprio objetivo.

O caminho da sabedoria é uma estrada sem fim que leva a todas as partes e a nenhuma de forma concreta.