Coleção pessoal de pao_diario

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Pecados mortais

Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar. —João 16:22

Talvez você conheça a lista dos sete pecados mortais que foi formulada durante o século 6.º — lascívia, glutonaria, ganância, preguiça, vingança, inveja e orgulho. Mas pode ser que você não saiba que a lista original compilada durante o século 4.º incluía também o pecado da tristeza. Com o passar dos anos, essa emoção foi omitida da relação.

Algumas pessoas são abençoadas com uma disposição alegre. Parecem estar sempre felizes. Apresentam um constante sorriso, quase como se estivessem fazendo propaganda de pasta dental. No entanto, existem outras que parecem cronicamente tristes. Continuamente reclamam a respeito da vida e seus fardos. E quem pode negar que as aflições sejam desanimadoras?

Ao mesmo tempo em que reconhecemos que nem todos são abençoados com uma perspectiva luminosa da vida, precisamos nos lembrar que a alegria é um dos dons que Jesus prometeu aos Seus seguidores. Precisamos resistir a qualquer tendênciaem permitir que a tristeza domine nossa vida emocional.

Jesus prometeu a Seus discípulos na noite em que Judas o traiu: “…a vossa alegria ninguém poderá tirar” (João 16:22). Lembre-se de que o gozo é um fruto do Espírito Santo que habita no cristão (Gálatas 5:22). Vamos pedir ao Senhor que nos ajude a olhar além das nossas circunstâncias tristes e encoraje nossos corações pela visão do gozo que nos espera (Hebreus 12:2).

A alegria é um fruto do Espírito e está sempre pronta para ser colhida. Vernon Grounds

Uma palavra poderosa

…a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes… —Hebreus 4:12

Quando uma adolescente chamada Poh Fang soube do amor de Jesus por ela e o recebeu como seu Salvador, seus pais não ficaram muito convencidos das virtudes do cristianismo. Mandaram então sua irmã mais velha à igreja para vigiá-la. Algo aconteceu, porém, que eles não esperavam. A Palavra poderosa de Deus penetrou no coração da filha mais velha, que aceitou a Jesus como seu Salvador, também.

O salmista falou assim da Palavra de Deus: “Por [teus preceitos] me tens dado vida” (Salmo 119:93). Esse é o testemunho de Poh Fang e sua irmã, e de todos os que conhecem Cristo como Salvador. Sua Palavra é “eficaz […] apta para discernir os pensamentos e os propósitos do coração” (Hebreus 4:12).

A Palavra de Deus mostra-nos nosso pecado e suas consequências: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23); “porque o salário do pecado é a morte…” (Romanos 6:23). Ela nos fala do amor e da salvação de Deus: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, […] nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça sois salvos” (Efésios 2:4-5). E dá sabedoria para a vida diária: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Salmo 119:105).

Agradecemos-te Senhor, por Sua poderosa Palavra, que nos dá vida e direção para o nosso viver diário.

Muitos livros informam, mas só um transforma — a Bíblia. Anne Cetas

Desistindo?

…eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. —1 Reis 19:10

Já sentiu vontade de desistir? Elias sentiu. O Senhor acabara de usá-lo para mostrar à nação de Israel que o Senhor é Deus (1 Reis 18). No entanto, as ameaças da rainha Jezabel assustaram-no de tal forma que ele correu para Berseba, a 160 km ao sul (1 Reis 19:3), e andou mais 240 km em direção ao sul, para o monte de Deus, chamado Horebe.

Deus perguntou duas vezes a Elias o que ele estava fazendo ali (vv.9,13). Elias respondeu-lhe duas vezes, com palavras idênticas — “…eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida” (vv.10,14). Ao preocupar-se com seus próprios temores, esquecera do que Deus fizera através dele, no Monte Carmelo. Apesar de sua grande vitória, Elias mergulhou nas profundezas do desânimo. Como é fácil fazermos o mesmo!

Deus não aceitou o aviso da desistência de Elias. Ao invés disso, Ele enviou seu servo cansado a cuidar de três tarefas ainda maiores (vv.15-17). E por falar nisso, Elias estava errado quando disse que era o único fiel que sobrara. Deus tinha outros 7.000 que não haviam dobrado seus joelhos a Baal (v.18).

Talvez, como Elias, você esteja desesperado com as circunstâncias em sua vida. Deixe que Deus fale com você (v.12). Ao invés de permitir sua desistência, Ele lhe mostrará o que você pode fazer por meio de Sua força.

Se estiver trabalhando para Jesus, sempre será cedo demais para desistir. C. P. Hia

Amor fraternal

Amarás o Senhor teu Deus […] e amarás o teu próximo como a ti mesmo. —Lucas 10:27

Teria sido mais fácil simplesmente comprar um novo secador de cabelo. Determinado a economizar dinheiro, decidi eu mesmo consertá-lo. Para afrouxar o parafuso que estava bem apertado no cabo, usei o socorro básico do homem versátil — meu canivete. Quando coloquei pressão na lâmina para virar o parafuso, a lâmina fechou- -se — no meu dedo!

Aquele dia aprendi uma lição: eu me amo, e tenho urgência em atender às minhas necessidades. Não houve nenhum pensamento do tipo: “Bem, não tenho necessidade de parar o sangramento agora. Resolvo isso mais tarde.” E também houve brandura no jeito como cuidei do problema. Instruí minha equipe de primeiros socorros (minha esposa e filhos) a lavar com cuidado o meu dedo, e a colocar o esparadrapo de maneira tal que não puxasse os pelos do dedo ao removê-lo. Meus pensamentos, palavras e ações foram governadas pelo amor a mim mesmo.

Amar o “teu próximo como a ti mesmo” (Lucas 10:27) exige o mesmo tipo de amor urgente. É um amor que percebe a necessidade da outra pessoa e não descansa até que isto seja resolvido. É um amor brando, cuidadoso, que pensa e age gentilmente. É o amor sacrificial e compassivo que um samaritano de nome desconhecido teve por um viajante caído. É o tipo de amor que Deus quer compartilhar com o seu próximo através de você.

Você não pode tocar o coração do seu próximo sem usar o seu próprio coração. Joe Stowell

Um Amigo em comum

…tenho-vos chamado amigos. —João 15:15

Imagine-se como um visitante em uma terra estranha, comparecendo sem anúncio prévio a uma reunião de pessoas a quem você nunca viu anteriormente e que também nunca ouviram falar de você — e você recebendo permissão para se dirigir a esse grupo apenas alguns minutos após sua chegada. Isso só poderá acontecer se houver algo que quebre as barreiras — como amigos em comum, por exemplo.

Isso aconteceu quando levei um grupo missionário a um culto em Discovery Bay, na Jamaica. Antes de deixar os EUA, meu amigo Dorant Brown, um pastor jamaicano, recomendou uma igreja para visitarmos. Ao chegarmos à igreja, mencionei o nome do pastor Brown. Fomos bem recebidos, fui solicitado a compartilhar uma palavra, e nosso grupo apresentou músicas.

Embora compartilhar o nome do pastor Dorant foi importante, não foi esse amigo em comum que nos garantiu uma recepção tão calorosa. Foi o Amigo e Salvador Jesus, que ambos já conhecemos, quem abriu os corações de nossos amigos jamaicanos à nossa visita.

Você já experimentou uma proximidade com alguém que acabou de conhecer, ao lhe contar que você também conhece Jesus? Ele é um amigo que entregou Sua vida por nós (João 15:13), e Ele transforma em irmãos e irmãs todos os que creem nele (1 Pedro 2:17).

Jesus. Nosso Salvador. Nosso Amigo em comum, une corações ao redor do mundo sob a bandeira do Seu amor.

Aqueles que se aproximam de Cristo, aproximam-se dos outros. Dave Branon

Redirecionado

O Senhor era com José… —Gênesis 39:2

O pianista Leon Fleisher fez a sua primeira apresentação formal no Carnegie Hall com a Orquestra Filarmônica de Nova Iorque, aos 16 anos de idade. Ele prosseguiu ganhando competições de prestígio internacional e tocou nas melhores salas de concerto do mundo. Com a idade de 37 anos, porém, Fleisher foi atacado por uma distonia, uma condição neurológica que incapacitou sua mão direita. Após um período de desânimo e retraimento ele se voltou ao ensino e à regência, porque, como disse, amava a música mais do que amava o piano.

Como reagimos quando nossos sonhos são despedaçados? Depois que José, o filho favorito de Jacó, foi vendido como escravo por seus irmãos (Gênesis 37:12-36), ele poderia ter-se entregado à comiseração e ao egoísmo. No entanto, José permaneceu fiel ao Senhor. Por quatro vezes em Gênesis 39 lemos que “o Senhor era com” José (vv.2-3,21,23), e suas ações revelaram sua fidelidade a Deus. Por causa de sua vida exemplar, aqueles a quem ele serviu no Egito, reconheceram a presença de Deus nele.

Amamos a Deus mais do que aos nossos próprios sonhos? Embora José deva ter chorado a perda de seu passado e do que sua vida poderia ter sido, o Senhor o dirigiu a um chamado que ele jamais imaginara. Hoje, o Senhor anseia por nos conduzir. Estamos dispostos a permitir que Ele nos redirecione?

O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. —Provérbios 16:9 David C. McCasland

Contentamento

Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. —Filipenses 3:14

Tiger Woods é indiscutivelmente o maior jogador de golfe de sua geração. Sua habilidade para jogar sob pressão e ganhar está se tornando lendária. No entanto, o que motiva Woods não é só vencer, é sua paixão por excelência. Apesar de seu grande sucesso, Tiger tem refinado seus movimentos repetidamente em um esforço contínuo para melhorar seu jogo e ser um jogador melhor. Seu desejo por excelência não o deixa ficar satisfeito.

O apóstolo Paulo, em seu relacionamento com Cristo —, também foi movido por um desejo de excelência. Paulo, ensinou que devemos ser equilibrados, e apesar de nunca nos satisfazermos com o nosso progresso espiritual, devemos sempre estar contentes em Cristo.

Em sua carta aos Filipenses, Paulo expressa as duas realidades. Embora estivesse escrevendo da prisão, declarou seu contentamento com as circunstâncias da vida, confiando-as ao cuidado de Deus (Filipenses 4:11). Ele se recusava, entretanto, a estar satisfeito com seu próprio progresso espiritual. Não considerava ter “alcançado” (ter atingido seu alvo e conseguido tudo). Ao contrário, estava comprometido em esforçar-se em direção ao alvo (Filipenses 3:13-14).

A chave esquecida do nosso contínuo crescimento e progresso espiritual pode ser aprender a equilibrar o contentamento com o nosso desejo por excelência.

De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. —1 Timóteo 6:6 Bill Crowder

É meu problema, sim

Não te vingarás nem guardarás ira […], mas amarás o teu próximo como a ti mesmo… —Levítico 19:18

Emmett Till era um adolescente negro de Chicago, EUA, quando o Sul dos EUA ainda era muito segregado. Em 1955 ao visitar seus parentes no Mississipi e ter “ousado” falar com uma mulher branca, dois homens brancos brutalmente, o assassinaram. Um tribunal composto totalmente de homens de cor branca declarou os dois “inocentes” — após deliberarem apenas por uma hora. Mais tarde os acusados confessaram o crime num artigo da revista Life.

Seguindo o veredito, a mãe de Emmett disse: “Dois meses atrás eu possuía um bom apartamento, um bom emprego, e um filho. Quando alguma coisa acontecia aos Negros no Sul, dizia: ‘É problema deles, não meu.’ Agora sei como estava errada. O assassinato do meu filho me mostrou que o que acontece a qualquer um de nós, em qualquer parte do mundo, é melhor que seja problema de todos nós.”

Levítico 19:18 nos ensina a fazer da preocupação de outra pessoa a nossa própria. Jesus diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Nos mostra a não ter limitações em amar os que estão ao nosso redor (Mateus 22:39; Lucas 10:25-37). Nosso próximo não quer dizer somente alguém perto; é qualquer um em necessidade. Devemos cuidar dos outros, como cuidamos de nós mesmos.

Amar nosso próximo significa tornar nossa a perseguição, o sofrimento e a injustiça de outras pessoas como nós. É responsabilidade de todos que seguem a Cristo.

A compaixão transforma o amor em ação. Marvin Williams

Respeito pela vida

Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste… —Salmo 139:14

No livro de Salmo 139 Davi descreve Deus formando o seu pequenino corpo na escuridão do ventre de sua mãe. Deus amava Davi mesmo antes de ele existir.

Deus planejou a pessoa que Davi seria, e Ele o trouxe à existência de acordo com Seu plano predeterminado. Neste salmo Davi usa a intrigante metáfora de um diário no qual Deus primeiro escreveu o Seu plano, e depois realizou-o através de Suas mãos, trabalhando dentro do ventre: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias…” (v.16).

Dizendo de outra maneira, Davi foi formado pelo amor de Seu Pai em uma pessoa ímpar. Ele veio do coração criativo de Deus e de Sua mão. O que era verdadeiro para Davi é verdadeiro para você. Você é especial — junto com todas as outras pessoas no mundo.

Sendo isto a verdade, devemos ser pró-vida no mais puro sentido da palavra. Devemos respeitar e valorizar toda a vida humana: os nascidos e os que ainda estão no ventre; crianças encantadoras e idosos já cansados; o executivo rico e o destituído financeiramente. Todas as pessoas são produções únicas do talento do nosso Criador. Com Davi, exclamemos: “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste…” (v.14).

Toda a vida é criada por Deus e tem o seu autógrafo. David H. Roper

Desviar a glória

…a minha glória não a dou a outrem. —Isaías 48:11

A arqueóloga Bárbara Mertz tem uma reclamação contra o faraó do Egito, Ramsés II. Em seu livro Temples, Tombs, and Hieroglyphs (Templos, Tumbas e Hieróglifos), Mertz escreve: “O indivíduo chega a enjoar de ver a face, o contorno e/ou o nome de Ramsés estampados em metade das paredes que ainda permanecem em pé no Egito — pelo menos assim parece.” Insaciavelmente sedento de glória, Ramsés se deleitava com a religião egípcia, que ensinava que o faraó era divino.

Contraste o desejo de glória de Ramsés com a atitude de Paulo e Barnabé. Em uma de suas viagens missionárias eles se depararam com uma situação em que se recusaram a aceitar a vanglória. Quando a multidão na cidade idólatra de Listra viu que curaram um homem aleijado, o povo exclamou: “…os deuses, em forma de homens, baixaram até nós” (Atos 14:11). Eles imediatamente prepararam animais para sacrificar em honra a Paulo e Barnabé. Os dois, rapidamente, discordaram dizendo: “…nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo…” (v.15).

Não podemos nos comparar aos apóstolos em nossos feitos para Deus, mas todos realizamos coisas para Ele. É neste momento que precisamos “desviar a glória”, fazendo questão que Deus receba toda a glória por tudo o que tivermos feito.

O maior alvo do homem é trazer glória para Deus. Dennis Fisher

Segunda chance

…as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. —Lamentações 3:22-23

Hoje completa um ano que as 155 pessoas do voo 1549 da Us Airways pensaram que iam morrer. Durante a decolagem na cidade de Nova Iorque, o avião em que estavam colidiu com um bando de gansos, incapacitando os dois motores. Deslizando sem a energia dos motores, o piloto manobrou sobre uma área densamente povoada, e anunciou: “Preparem-se para o impacto.” Menos de 90 segundos depois o avião avariado fez uma aterrissagem nas águas frias do rio Hudson, e os barcos e balsas chegaram rapidamente para resgatar os passageiros e a tripulação, e todos sobreviveram. O povo chamou esse acontecimento de “O milagre do rio Hudson” e elogiaram o piloto e a tripulação. Um passageiro agradecido disse simplesmente: “Tivemos uma segunda chance na vida.”

Em tempos de crise percebemos a importância de cada hora. Em nossa vida rotineira, no entanto, esquecemos muitas vezes de que cada dia é uma segunda chance. “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele” (Lamentações 3:22-24).

Podemos decidir viver com gratidão pela misericórdia e graça de Deus, com confiança em Seu cuidado fiel, e com esperança porque Ele está para sempre conosco. Hoje Deus nos oferece uma segunda chance na vida. Vamos aproveitá-la!

Nosso Deus é um Deus que oferece a segunda chance. David C. McCasland

Pecados acumulados

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. —2 Coríntios 4:7

Os moinhos de vento são usados ao redor do mundo por centenas de anos para bombear água e processar grãos. Nas últimas décadas, porém, quando as turbinas produtoras de eletricidade se tornaram mais predominantes, inesperadamente surgiu um inconveniente.

Pesquisadores descobriram que os moinhos de vento funcionavam melhor rodando em baixa velocidade, e que ao atingirem alta velocidade os insetos que se prendiam nas lâminas reduziam a geração de energia. Os operadores descobriram que era preciso lavar regularmente as lâminas, pois o acúmulo de insetos mortos diminuía vagarosamente o poder de velocidade das lâminas.

O acúmulo de pecados na vida do cristão pode, da mesma forma, ser um problema. Deus providenciou um modo de remover de nossas vidas os pecados acumulados. Em 1 João 1:9 vemos que “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” A menos que confessemos nossos pecados frequentemente, estaremos vivendo com nossa energia espiritual reduzida. A energia para viver vem de Deus, e não de nós mesmos (2 Coríntios 4:7). Quando tentamos viver a vida cristã com nossa própria força, sentimos que somos derrotados — como os moinhos de vento, que funcionam sem utilizar a energia completa.

O poder de Deus pode ser visto e experimentado mais facilmente em nossas vidas, quando diariamente nos livramos dos pecados que acumulamos.

O pecado esgota nosso poder espiritual; a confissão o restaura. Cindy Hess Kasper

Persistência

Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. —2 Timóteo 4:7

Quando eu era criança, sonhava em me tornar um faixa-preta em karatê. Há vários anos comecei a treinar, e cheguei próximo de conquistar esse alvo. Entretanto, quando estava a duas faixas do meu alvo, desisti. Por dois motivos — meu professor mudou de estilo no meio do meu treinamento, e me tornei tão ocupado que não podia dedicar o tempo necessário aos treinos.

Quase todas as semanas me incomodo por pensar que Deus quer que eu seja uma pessoa que termine o que começou, em todos os aspectos da minha vida — mas especialmente no meu serviço a Ele.

Quando Paulo falou a respeito do término de sua vida, ele não tinha nenhum pensamento perturbador sobre negócios inacabados em seu ministério. Nesse adeus final (2 Timóteo 4:7), Paulo usou palavras muito significativas para falar sobre a conclusão do seu serviço para Cristo. Descreveu sua vida e ministério como uma luta: “combati o bom combate”. O combate fora bom porque se envolvera nele por Deus e pelo evangelho. Usou então o exemplo de uma corrida como sinônimo de seu ministério: “completei a carreira, guardei a fé”. Paulo afirma que, pela graça de Deus, terminara tudo o que Deus lhe dera para fazer.

Como seguidores de Jesus, vamos nos esforçar para sermos pessoas que concluem o que começam, perseverando em nosso serviço a Jesus Cristo.

Corra, mirando a vida eterna. Marvin Williams

Ser um exemplo

Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis… —1 Timóteo 4:12

Alissa, que tem seis anos de idade, vê muitas vezes seus pais e avós lendo suas Bíblias pela manhã. Certa manhã, ela acordou cedo, antes de todos os outros. A vovó a encontrou sentada na poltrona com sua Bíblia e um livro de devocionais sobre o colo. Ela queria seguir o exemplo de investir o seu tempo com Deus no início do dia.

Timóteo, um jovem pastor, enfrentava pesadas responsabilidades na igreja de Éfeso — treinando novos cristãos, dirigindo a adoração, enfrentando doutrinas falsas. O apóstolo Paulo, mais velho e experiente, deu-lhe instruções sobre como liderar a igreja nessas áreas, mas também mencionou a importância da conduta pessoal. Ele disse: “…torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1 Timóteo 4:12).

Paulo desafiou Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina…” (v.16). Se ele prestasse atenção à sua própria vida espiritual e à doutrina sólida, seria um exemplo de santidade para a família da igreja.

Todos nós somos observados por alguém. Até a Alissa tinha seus irmãozinhos menores para observá-la. Vivamos nossas vidas de maneira tal que aqueles que seguem nosso exemplo possam ajudar outras pessoas em seu caminhar com Deus.

Um bom exemplo vale mais do que um bom conselho. Anne Cetas

Rocha de Registro

…temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas… —Hebreus 12:1

Em Idaho, no percurso da antiga trilha de Oregon, existe um marco — uma lava gigante conhecida na redondeza como a Rocha de Registro. Fica em um dos lugares favoritos em que os imigrantes, ao viajarem pela trilha rumo ao oeste, no século 19, acampavam durante a noite.

Muitas vezes, os viajantes escreviam seus nomes na rocha como um memorial de sua passagem. A Rocha de Registro permanece até hoje como um monumento à sua coragem e tenacidade.

Quando penso na Rocha de Registro, penso também nos peregrinos que passaram por nós em sua jornada. Hebreus 11 apresenta uma lista desses espíritos corajosos — Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, e Samuel, para falar de alguns.

Há, no entanto, outros peregrinos mais recentes: Minha mãe e pai, minha professora de Escola Dominical do quinto ano Sra. Lincoln, meu líder do grupo de jovens, João Richards, meus mentores Raimundo Stedman e Howard Hendricks, e inúmeros outros que poderia citar. Eles podem não ter gravado seus nomes em rochas, mas estão escritos em minha memória.

O autor de Hebreus quer que nos lembremos dos “peregrinos” que se foram antes de nós, especialmente aqueles que vos “pregaram a palavra de Deus”, e que consideremos “o fim da sua vida” (Hebreus 13:7). Mais importante que isso, ele nos encoraja a imitar a fé que eles tiveram.

Pessoas que seguem a Cristo guiam outros na direção certa. David H. Roper

Medo do desconhecido

Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu […] e partiu sem saber aonde ia. —Hebreus 11:8

Alguma vez Deus pediu para você fazer algo sem sentido? Algo que o levou à região do desconhecido? O que seria se Ele lhe pedisse para recusar uma promoção muito esperada ou que resistisse a um relacionamento muito desejado? E se Ele o chamasse para ir a um lugar longínquo da terra ou lhe pedisse para liberar seus filhos para servi-lo em um lugar distante?

O desconhecido é cheio de questões que nos perseguem: “E se…”. No entanto, em nossa caminhada com Ele, Deus frequentemente nos chama para mapear território desconhecido. Obedecer a Seus mandamentos de perdoar; dar nossos tesouros aos outros, ou renunciar à algo que nos dá segurança e prazer, nos coloca muitas vezes em território assustador, de resultados desconhecidos.

Imagine como Abraão se sentiu quando Deus lhe pediu que se mudasse com toda a sua família, sem lhe dizer para onde eles estavam indo (Gênesis 12:1-3). Deus também pediu a Abraão para perseverar — para ficar na terra desconhecida, mesmo quando a sedução do conforto de tempos passados ameaçava atrair ele e sua família de volta à sua zona de conforto em Ur.

Começar um novo ano é como entrar em um território que ainda não foi mapeado. O medo do desconhecido poderia paralisar nossa capacidade de seguir a liderança de Deus nos dias adiante de nós. Entretanto, como Abraão, quando nos apegamos àquele que conhece todas as coisas, estamos em boas mãos — não importando para onde Ele possa nos guiar.

Nunca tenha medo de confiar o futuro desconhecido ao Deus onisciente.
Joe Stowell

A última cerimônia

…todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos. —Apocalipse 15:4

Algumas palavras usadas para descrever a cerimônia de abertura das Olimpíadas de verão de 2008 foram: admirável, assombrosa e extravagante. Um comentarista observou: “Isso mostra o que acontece quando se dá a um artista um orçamento ilimitado.”

Ao ouvir isto, pensei: Foi isso o que Deus fez na criação! Ele não economizou em nada. O resultado foi um universo de espantosa beleza, estonteante em complexidade, extravagante em todos os aspectos.

A cerimônia Olímpica foi perfeita em sua precisão; se, porém, um só tambor ou dançarino tivesse decidido alterar a concepção do artista, a cerimônia inteira teria ficado imperfeita.

Isso foi o que aconteceu pouco tempo após a criação. Ao contrário do produtor das Olimpíadas, Deus permitiu a livre escolha, e Sua obra de arte foi desfeita pela interferência de Adão e Eva. Nas palavras de Isaías, “Cada um se desviava pelo caminho” (Isaías 53:6).

A solução de Deus para nossa petulância foi inimaginável: O Artista pagou o preço para recriar o que nós arruinamos. Um dia haverá outra cerimônia de abertura, e todos no céu e na terra se dobrarão ao nome de Jesus (Filipenses 2:10). E aqueles vindos de todas as nações que aceitaram o plano de Deus em Cristo, adorarão juntos na impecável Nova Jerusalém (Apocalipse 15:4).

Temos toda a eternidade para louvar a Deus — comecemos hoje. Julie Ackerman Link |

Deus ama advérbios

…nós, porém, temos a mente de Cristo. —1 Coríntios 2:16

Os Puritanos, sabiamente, buscavam conectar tudo em suas vidas à fonte divina, unindo os dois mundos ao invés de dividi-los em sagrado e secular. Eles tinham um provérbio: “Deus ama advérbios; e não se importa se são — bom, ou bem.” Advérbios modificam os verbos — nossas palavras que descrevem a ação e atividade. O provérbio puritano dá a entender que Deus se importa mais com o espírito das nossas ações do que com os resultados concretos.

Agradar a Deus não significa que precisemos nos ocupar com um novo conjunto de atividades “espirituais”. Como os Puritanos diziam, qualquer atividade humana pode se tornar uma oferta a Deus, seja limpando casa ou pregando sermões, ferrando cavalos ou traduzindo a Bíblia.

Passamos muito tempo imersos no que é temporal. “Nós, porém, temos a mente de Cristo”, Paulo nos lembra (1 Coríntios 2:16). Essa verdade deve guiar tudo o que fazemos. Cuidar dos pais idosos. Limpar a bagunça das crianças. Sentar-se a varanda com um vizinho. Preencher a reclamação de um cliente. Preencher as fichas dos pacientes em enfermarias. Esperar no trânsito. Serrar toras de madeira. Prestar contas das gorjetas. Fazer compras.

Precisamos de fé, e da mente do Senhor Jesus, para reconhecer algo de valor duradouro, até mesmo nas tarefas mais comuns.

O mundo reconhece o sucesso; Deus reconhece a fidelidade! Philip Yancey

Leis do universo

Se […] eu não mantiver as leis fixas dos céus e da terra, também rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi… —Jeremias 33:25-26

Se você quiser ver a próxima convergência da lua, Júpiter e Vênus anote em seu calendário agora. Você poderá perscrutar através da escuridão da noite, o momento em que esses vizinhos se encontram em uma pequenina área do céu, no sistema solar, em 18 de novembro de 2052. Essa extraordinária justaposição de esferas refletoras de luz brilhou no céu noturno pela última vez em 1 de dezembro de 2008, e isso acontecerá novamente daqui a quatro décadas.

Essa possibilidade de predição, tais como eclipses e o retorno do Cometa Halley (28 de julho de 2061), provam a boa ordem do universo. Se não houvesse um conjunto de leis fixas governando o movimento de todas as coisas no universo, tais previsões não poderiam ser feitas.

Esse conjunto de leis significa mais do que padrões aleatórios? Podemos enxergar a mão de Deus nessa infalibilidade dos céus? Veja Jeremias 33:25,26. Deus tem em vista o relacionamento de aliança entre Ele e o Seu povo, e usa um fato científico como analogia. Com efeito, Deus diz que Suas leis universais, “as leis fixas dos céus e da terra”, têm a mesma infalibilidade de Suas promessas ao povo de Sua aliança.

As leis de Deus governam o universo desde sua criação — e continuam a fazê-lo com uma espantosa constância. Portanto, anote em seu calendário e maravilhe-se com o imutável controle de Deus.

As maravilhas da criação revelam que Deus está agindo. Dave Branon

Crianças e Discípulos

Como o movimento vaivém de um relógio, cada nova geração reage como um pêndulo aos “pecados dos seus antecessores”. Por mais gratos que sejamos pelos bens que herdamos, estamos prontos a “corrigir” as falhas que enxergamos em nossos pais.

Parece-me que isto está ocorrendo pela maneira como uma geração emergente enxerga a salvação e o crescimento espiritual.

Muitos jovens seguidores de Jesus acreditam que, no passado, dava-se muita atenção em ajudar outros a “serem salvos” através da decisão de receber a Cristo como Salvador. Nos dias de hoje, uma jovem e crescente comunidade espiritual prefere pensar em tornar-se um discípulo de Cristo. Ao invés de focar-se no livramento de um futuro julgamento, esta geração emergente vê a necessidade de submissão de todas as áreas da vida à influência e controle de Jesus como Senhor.

A nova perspectiva é importante. Muitos jovens evangélicos atuais cresceram em igrejas que não enfatizavam “discipulado” e “vida no reino”. Esses jovens reagem contra uma geração que se preocupava mais em ajudar outros a prepararem-se para a eternidade, do que em atender as necessidades de suas vizinhanças.

Na verdade, no entanto, os pais e avós dos jovens evangélicos de hoje estavam reagindo ao liberalismo e ao evangelho social da geração que lhes era antecedente. Seus esforços para esclarecer a necessidade de uma fé pessoal em Cristo e de crescimento na esperança da promessa do Seu retorno, os tornaram desconfiados por qualquer preocupação social ou ambiental.

Agora, novamente, o pêndulo está oscilando em outra direção. Em reação àqueles que veem a salvação como uma decisão de fé do tipo “uma vez salvo sempre salvo”, muitos jovens evangélicos discutem sobre o significado de trazer as necessidades de nossos vizinhos a Jesus. Ao invés de enfatizarem uma “decisão” de receber a Cristo, falam de um processo e jornada de fé que desvia nosso olhar do futuro para o presente; ao comprometimento com a cultura, não com a separação, e de ser salvo para a eternidade com o objetivo de trazer algo do eterno à terra.

À medida que são feitas as correções necessárias, é importante não perdermos algumas distinções muito claras que as prévias gerações já tinham alcançado.

Qualificações para os Discípulos — Jesus deixou bem claro que Ele pedia aos Seus seguidores que fizessem mais do que simplesmente decidir crer que Ele era o tão esperado Messias e Filho de Deus. Ele disse: “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre” (Lucas 6:40).

Ele disse, “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?”(Lucas 14:27-28)

Seguir Jesus envolve mais do que simplesmente apreciar as maravilhas do Seu perdão. Segui-lo nos desafia a colocar Cristo, Seu corpo, e Sua missão acima de todos os nossos compromissos naturais com o lar, trabalho e felicidade.

Esta chamada ao discipulado representa o nosso objetivo em sermos à imagem de Cristo, ao permitirmos que o nosso maior desejo seja juntarmo-nos a Jesus em Sua oração: “dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42). Este é o tipo de fé que nos capacita a seguir Jesus em nosso próprio momento e em nosso ambiente de convivência. No entanto, não é este o compromisso radical que nos faz nascer na família de Deus.

O que é necessário para nascer em Sua família — Por mais importante que possa ser o crescimento à semelhança de Jesus, as Escrituras também nos falam sobre a importância de primeiro tomarmos a decisão de confiar nele como Senhor e Salvador. Vemos isto acontecer com um dos ladrões que foi crucificado ao lado de Cristo. Ele não teve tempo para tornar-se um discípulo. O melhor que poderia fazer naquele momento era reconhecer sua própria culpa, voltar-se para Jesus, e dizer, “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42-43).

Há também o prostrado pecador, que no templo orou dizendo: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” E Jesus disse que este homem “desceu justificado para sua casa” (ele foi declarado justo aos olhos de Deus, Lucas 18:13-14). Há também o carcereiro de Filipo que clamou a Paulo e Silas, “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” e eles responderam: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo” (Atos 16:30-31).

Muitos outros textos acrescentam que: “sem mérito”, e somente “pela fé” nas provisões de Deus para a nossa salvação podemos nascer “na família de Deus” (João 3:16; 5:24; Romanos 4:5; Efésios 2:8-9; 1 João 5:13).

A resposta é por: ambos/e — A salvação pessoal é o alicerce para a nossa fé espiritual e posicionamentos. Somente ao encontrarmos o perdão, a identidade “em Cristo”, podemos encontrar o sentido de segurança e paz que nossos corações almejam.

No entanto, de acordo com o Novo Testamento, o nosso nascimento na família de Deus é o início —, e não o objetivo final de nossa fé.

Tão importante quanto era para a geração anterior esclarecer a decisão sobre a fé salvadora e a esperança de um reino vindouro, a nova geração está correta ao enfatizar as diversas consequências que estão envolvidas em ser discípulo e seguidor de Jesus nos dias atuais.

Paulo não escreveu somente sobre a salvação pela fé, mas também sobre a necessidade de um comportamento que seja: “a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tito 2:10). Desta maneira, muitos jovens evangélicos estão tornando visível a sua fé em Jesus. Através de suas preocupações por justiça social e reconciliação racial, demonstram que ouviram o que Jesus falou sobre o Bom Samaritano. Em suas preocupações com o meio ambiente, muitos estão demonstrando que ainda creem que “este é o mundo de nosso Pai”.

Mais uma vez, o desafio será recolocar o pêndulo no centro e pular fora no momento em que as decisões pessoais que envolvem salvação e uma vida de constante aprendizado e atitudes de discipulado estiverem em saudável equilíbrio.

Pai celestial, por favor, ajuda-nos a descobrir o que significa viver como um cidadão dos céus — enquanto demonstrarmos a nossa preocupação e cuidado com nossa geração, assim como o Senhor demonstrou pela geração do Seu tempo aqui neste mundo. Mart DeHaan