Coleção pessoal de OgaihtSuil

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Ao responder sobre
mim,
recitei minhas saudades e
meus medos,
então em uma coragem
esquizofrênica,
eu me 'interlecutei' com
"Onde me fixo?"
e me 'enlucidei' vago,
como um ponto e vírgula
em meio a um
papel em
branco.

Ao primeiro coração que se alimentou da minha natureza, eu lhe dou tal alcunha:


Os fogos que reproduzi em teu peito,
saiba que não se originaram da minha vontade,
mas de um desejo sórdido, do qual fui marionete de impulsos.


Ao final do vosso nome, eu fui vilão,
mas, para os nascidos após aqui, serei herói.


Não pude caminhar em teus ombros,
contudo, fui capaz de sentir a chuva de quem te amou.


E, sem dúvidas, foram sonhos, enquanto fingíamos dormir.

Todas as saudades correram por uma janela trancafiada pelo tempo.

Ah, quem me dera, por um só dia, recitar para alguém o que eu me narro todas as noites.
Esses céus sem estrelas
Essas chuvas que não molham
Essas telas que não inspiram


Ah, quem me dera, por um só dia ter um ouvido que escutasse a minha
alma.

Regras são o destino dos
que a sociedade
renegou.
Corroborar com o mundo é oferecer-se
à morte,
como quem se entrega ao náufrago
em tempestades.

Do passado, guardarei apenas as saudades.
Do presente, o desejo.
E do futuro, a pressa dos sonhos.


Não sou aquele que ensina,
sou o que aprende.
Pois na ausência da luz,
é no menor clarão que encontro minha devoção,
e, quando o sol me envolve inteiro,
desprezo àquilo que um dia jurei amor eterno.

Ao devorar o mundo, com todos os seus tons sutis e amargos,
o vazio permanecia teimoso
no coração daquele que jamais soube beber a vida
como se fosse um vinho quente e doce que alegrara a alma...

Quando a necessidade de sobrevivência se locomove ao lado de escolhas, a decisão e o direito se rompem, restando apenas a morte e a vida.

A interpretação que fazemos do outro é apenas um fragmento de tudo o que já conhecemos e projetamos sobre aquele indivíduo. Assim, para nós, o outro é mais uma extensão de nós mesmos do que de sua própria essência.

Se no mundo fossemos a nossa única companhia,
a jóia mais valiosa perderia o
brilho e valeria tanto
quanto um ínfimo grão de areia
esquecido na
palma da
mão.


Mas um único curto gesto de
voz
custaria mais do que toda
riqueza guardada
no cofre da
existência.

Assim como a chuva, tenho aprendido a cair, mas também a encontrar o caminho aos céus.
Assim como as nuvens, aprendi a resguardar meu sol, mas também a permitir-me brilhar.
Os socos que me foram acertados, descobri que não devem ser recitados; os olhos só refletem o que a alma os condenam a enxergar
e as raízes do homem já compuseram todos os finais dos livros que só leram pela metade.

Eu deixo a moralidade para putas e ladrões.
Ontem mesmo eu estava com a solidão, essa velha cafetina da alma, me levou ao quarto de uma meretriz. Não tinha dinheiro, mas paguei com um relógio que encontrei no próprio prostíbulo; o tempo ali não pertence a ninguém.


Deixo a moralidade para os alcoólatras e os viciados em jogos, que fazem sermões com o copo na mão e roletas no bolso. Eu, por mim, não gosto nem de álcool nem de jogos, então só jogo quando bebo, e só bebo quando me percebo vivo.


Deixo a moralidade para os que se afogam na em águas rasas.
Eu prefiro os pecados honestos, as mentiras sinceras e as verdades que se contam em um beijo na boca.

Os avanços tecnológicos geram uma compreensão de que o indivíduo não necessita de outros para manter sua subsistência. Talvez isso seja uma verdade no aspecto físico, mas não no mental, e tampouco em relação à definição de quem somos. Sem o diálogo e a possibilidade de expressão ao outro, perdemos uma parte do nosso “eu”. Aliás, por qual razão definiríamos o mundo caso não existisse outro ser com a compreensão do mundo?

⁠A cultura se molda a recursos:

A facilidade para acesso a recursos gerem alteração no comportamento da massa, pois a cultura se originou da necessidade de recursos.

A disponibilidade de recursos geram espaço para reflexão e desenvolvimento de porções cognitivas, tanto que sociedades com maior IDH tendem a ter uma cultura comportamental similar, o mesmo ocorre com grupos que vivem em países de baixo IDH, mas possuem acesso a recursos de países mais desenvolvidos.

⁠A interpretação da subjetividade é um labirinto escuro, e o intérprete, uma criança fértil.

A bondade manifesta-se na satisfação em ajudar o outro e na recusa deliberada de causar-lhe qualquer mal.

⁠A percepção soa como a eternidade, denotando ao indivíduo sua angustia.

⁠A natureza do homem é ser bom, porém sobrevivente.

As leis refletem a busca humana por equilíbrio interior e social; contudo, quando a necessidade se impõe, ainda que moralmente injustificável, o vínculo entre os indivíduos se desfaz, e a sobrevivência assume o lugar da convivência.

⁠Vivemos em uma mesma órbita, mas com imaginário em outra órbita ocular, tentando solucionar o pós óbito, mas temendo a se introspectar.

⁠A percepção gera uma narrativa. Então, através de uma maior expressão, torna-se uma concepção social geral.

Comportamentos individuais surgem de uma narrativa coletiva.