Coleção pessoal de nildinha_freitas

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⁠Ninguém nasce racista

Ninguém nasce racista, quem o é, foi condicionado a ser.
Racismo é disciplina que se aprende com a pedagogia do ódio. Todos os dias ouvimos, ou falamos expressões racistas que foram ensinadas pelas gerações que nos antecederam. Frases e palavras que levam a falsa ideia de que existe uma diferença entre os humanos. Coisas do tipo: Cabelo ruim, ao invés de cabelo crespo. A coisa está preta quando se quer dizer que a vida não anda bem.
A ciência sempre buscou explicações para questões como a cor de uma pele, os olhos mais puxados, o cabelo menos crespo, e sempre tentou explicar tudo isso, até perceber que os seres humanos possuem incontáveis semelhanças que superam qualquer pseudo diferença.
Somos todos únicos, porém temos particularidades que são determinadas por inúmeros fatores, dentre eles os fatores sociais e genéticos. Ninguém é mais, ou menos que outro alguém, no entanto, muita gente que nem pode ser chamada de gente de verdade, acredita que ter a pele com menos melanina lhe dá o direito de tratar os que não são tão pálidos, de inferiores. Gente que ainda trata gente como escravo e que ainda chicoteia nas costas sem piedade, sem dó.
Herdeiros de um preconceito maldito e histórico!
A verdade vai muito além de um texto escrito por mim e as vozes dos que sofrem preconceitos raciais são forçadas a gritar por igualdade e são silenciadas, diariamente, pela a escória da humanidade.

⁠Se tem uma coisa que aprendo a cada amanhecer é que sou um ser único e ninguém igual a mim pode ser.
Ninguém tem o meu sorriso, nem o meu jeito de olhar o mundo. Ninguém vive a vida como eu, sendo quem sou, segundo a segundo.

⁠Tem gente que parece verme, que parece ácaro, que parece mofo na parede branca.
Tem que parece traça comendo a roupa, que parece o grito de uma jovem louca.
Tem gente que vomita sua cor, sua etnia, sua conta bancária e a sua soberania.
Tem gente que fere com o ferro da maldade extrema, essa gente é gente miúda. É gente pequena!

⁠Tudo está interligado, conectado e a gente segue um caminho meio que traçado. Curvas na estrada, paradas obrigatórias, possibilidades de permanências, de pendências, de vidas reais, ou de aparências.

⁠A rede do ódio

No contexto atual da humanidade, quase todos nós estamos munidos de uma ferramenta que pode ser utilizada para dissiminação do bem, ou do mal. Em nossas mãos, fazendo parte do todo que somos, carregamos smartphones que nos aproximam de algumas pessoas e nos afastam de outras. A informação ganhou mais espaço em nossas vidas. Tudo é notícia, mas nem tudo é verdade. Mentiras são plantadas, prints espalhados, acrescentados de pitadas de maldade, vindas dos que se dizem representantes do "bem".
A rede social passou a ter o papel daquela vizinha, que no passado ficava espiando na calçada a vida de quem ia e de quem vinha, porém de forma bem mais potente, afinal, um chafurdo de uma vizinha nunca seria capaz de alcançar os lugares onde a circulação em grupos de whatsapp e de outros apps são capazes de ir. A mentira tinha pernas curtas, agora não tem mais.
A maldade humana ganhou uma arma capaz de ferir milhares ao mesmo tempo: a rede do ódio. As pessoas se acham no direito de opinarem sobre as vidas de outras pessoas, sobre as escolhas que estas fazem, juntam tudo, como se fossem detetives que visam cuidar da honra, da integridade da sociedade e fazem o papel de defensores do que consideram ético e bom. Muitos levam consigo a bandeira de uma religião, de um credo, de uma fé que não é de todos e querem que o mundo seja pintado nas cores que eles consideram mais bonitas.
Ficou mais difícil viver! Agora, todos nós que somos meros mortais "errantes" estamos diante de um tribunal do júri, composto por gente que erra na calada da noite, que trai de forma sutil, que mente, que abusa de crianças indefesas, mas faz tudo isso sem muita exposição, garantidos pela proteção de um credo religioso, cujo Deus é soberano e quem o aceita como salvador, pecado já não carrega consigo. Seria até injusto da minha parte afirmar, que somente os fundamentalistas religiosos andam por aí acusando os que não são iguais a eles, para defenderem a honra social, o ensinamento do seu Deus e o que eles acham melhor para a família, mas os esquemas que articulam o ódio contra os que são intitulados de diferentes, sem nenhuma dúvida, nascem nos corações dos que se acham superiores, mesmo quando todos sabemos que eles não o são.

Nildinha Freitas

⁠A gente anda tendo que esconder o sorriso por temer morrer. Escondendo nossa alegria por detrás das máscaras, do medo de ir e da falta de coragem de fixar os pés no lugar que é nosso.
A gente segue a saga da vida, onde tudo parece ser uma luta em vão. Uma hora a morte chega, o medo vai embora e os nossos pés serão fixados no chão, mas morrer é só mais uma ilusão.

⁠A política do pão e circo

Panem et circenses, que significa a política do pão e circo é uma frase do humorista e poeta Juvenal que viveu por volta de 100 anos d.C. A referida frase faz parte de uma sátira, na qual o autor critica de forma veemente a falta de informação do povo romano que não se interessava por política, mas apenas em ter comida na mesa e diversão.
Em Roma, assim como acontece nos dias de hoje, as pessoas mais pobres viviam amontoadas e sem vida digna nas periferias. Para evitar que acontecesse um levante por parte dessa população mais carente, os imperadores encontraram uma forma paliativa, mas muito eficaz de calar a voz dos oprimidos. Ofereciam os cereais necessários para matar a fome e realizavam eventos em grandes arenas para o divertimento de todos. Assim, seguiam satisfeitos, sem reclamarem da sorte, ou da falta dela.
O que mudou?!
O povo continua mendigando as sobras dos pratos de prata dos poderosos e se dá por satisfeito com um auxílio de emergência, com uma bolsa disso, ou uma bolsa daquilo. Cala o povo diante do mísero "pão" que lhes é oferecido e ri das palhaçadas dos que dizem nos representar.
E daí, né ?
Muitos políticos escalam o poder subindo nas costas dos que possuem menos instrução, menos oportunidades e que recebem cada vez menos investimentos na sua educação. A compra de votos ganhou várias versões lícitas, tudo dentro da lei. A lei feita por políticos e que quase sempre desfavorece os que já são desfavorecidos, desvalidos, necessitados, ou simplesmente, pobres!
Estamos em mais um ano eleitoral e chegará em nossas casas batendo palmas para entrar, alguns dos que passaram quatro anos sem nos procurar e sem fazer nada para que as coisas melhorassem. Vão mentir, vão prometer e vão enganar muita gente de novo, mas quero dizer uma verdade: só consegue escalar o topo do poder político quem recebe o aplauso do povo.
É hora de parar de bater palmas para os que estão nos picadeiros, pois se você olhar bem para os lados, verá que a arquibancada é composta da grande maioria, daqueles que decidem se a piada tem graça, ou não merece um sorriso.

⁠Eu sempre preferi olhar mais para as estrelas do que para o chão .
Eu sempre molhei os meus pés no mar para sentir a temperatura da água.
Eu sempre achei mais prudente olhar para a frente, seguir fazendo a minha história, esquecendo os fracassos e agradecendo as vitórias.

⁠Há quem busque a felicidade tão distante, tão longe que parece inacessível. É inadmissível não perceber a felicidade no agora, nos sorrisos na mesa do jantar, no abraço que fala mais que mil poemas de Fernando Pessoa. A felicidade é uma casinha de taipa simples, como alguém que chega sem notar, nem tomar nota, mas está.

⁠ O amor é o lugar onde se encontra abrigo quando tudo parece ser tempestade.

⁠⁠Eu me dei ao luxo de ser quem sou e não faço poesias que só rimam com amor.
Faço versos brancos e multicor.
Pinto a chuva de cinza, de azul pinto as gotas que por hora caem no chão.
Sou poeta da dor que se esconde dentro dos que adormecem na cama dura da calçada de uma rua escura. Falo, e enquanto a coragem for a minha marca, vou escrever contra essa gente que, sem dó, mata.

⁠Quem prefere calar do que falar, alimenta com o silêncio a morte da alma. Uma hora não vai mais caber dentro de si as verdades armazenados, as vozes abafadas. Explodirá e jogará gritos para todos os lados, machucando até quem não merece ser machucado.

⁠A morada de um Deus é dentro dos que não perderam a esperança, dos destratados por não serem iguais aos que se acham superiores.
Um Deus habita os que não têm uma mesa para sentar e nem comida para a fome saciar. Habita os que são tão fortes que suportam a dor da negação, do não na cara o tempo inteiro.
Um Deus de verdade não se esconde nos templos erguidos por pura vaidade, mas mora dentro dos que sonham ter uma vida digna e que são obrigados a seguir lutando, sem respostas.
Nildinha Freitas

⁠Há janelas que a gente não consegue ver, com oportunidades para a gente crescer.
Há portas invisíveis onde a gente pode passar.
Há caminhos por onde nossos pés pisam, mas a gente inocente, nem sente.

⁠O sol novamente voltou a tocar minha pele. Sobre minha cabeça um céu de esperanças e sob meus pés um chão para ir. Na alma, carrego a certeza de que tenho feito tudo para andar no caminho certo, por vezes erro, mas muito mais acerto.

⁠Eu não sou indestrutível.
Eu não sou a dona da verdade absoluta e sei bem que a vida é luta!
Eu não minto mais para esconder quem sou. Sou poesia escrita em pedra, na rocha firme do mais nobre amor .
Sigo vencendo o mal que me espreita e quando sinto medo, grito: me respeita!

⁠Isolamento social: aprendendo!

‌Ficar em casa evitando ao máximo sair, virou rotina para nós. Estamos enfrentando um momento atípico em nosso planeta e por causa de uma pandemia que ainda não tem cura, fomos afastados abruptamente de nossas vidas socialmente "ativas". Longe da rotina atribulada: trabalho, trabalho, redes sociais e cama para dormir (algumas pessoas agregam mais atividades diárias), passamos a conviver com a gente, suportando as nossas chatices, nossas manias. Ficamos ainda mais próximos das pessoas que só víamos na hora de algumas refeições, ou antes do boa noite, do até amanhã! Tudo isto nos têm ajudado a rever nossas vidas, a repensar nossas ausências e a não esquecer da pessoa mais importante do mundo: o nosso eu!
‌É hora de crescer, pois em todas as adversidades somos levados a descobrir novas oportunidades, a olharmos o mundo com outros olhos, a sentir a vida com outros sabores. Antes de se estressar, ou jogar a toalha da luta por causa da rotina repetitiva do confinamento, não esqueça de reconhecer a importância dos que com você dividem a vida e que suportam as suas feridas. Aproveite a oportunidade para ser melhor! Eu,
aqui, estou tentando fazer isto, me arrisco, mas nem sempre tenho acertado o passo, pois as minhas manias me fazem sair do compasso.
Nildinha Freitas

⁠Eu sou poeta das palavras de saias curtas, de linho e de seda. Eu a poeta do amor que deseja o beijo no canto da boca e que não tem medo de ser chamada de louca.Eu sou a poeta sem tinta colorindo os brancos do cabelo, de mãos carregadas de calos, que não sente medo do mar, de amar e de ser amada.

⁠⁠Desaprender a tudo o que julgamos certo em nós, é dolorido. É quebrar o cristal de perfeição que acreditamos ser, e entender que a pedra mais preciosa desaprendeu a ser apenas pedra, para se tornar jóia rara.

⁠Atravesso o mar revolto da vida, as oscilações, os altos e baixos, levando nas costas o peso do mundo que sou.
Atravesso a minha história, construindo, e desconstruindo o que não serve como moradia para a alma menina que carrego neste corpo cansado.