Coleção pessoal de NewtonJayme

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Meus momentos
prediletos solidão,solidão
Mas sempre convosco,
Jesus, Senhor.

Junto ao vosso coração
passo horas agradáveis
E junto dele minha
alma encontra descanso

Quando o coração
está repleto de
Vós e cheio de amor,
A alma arde com fogo puro,

Então no maior abandono
a alma não sente solidão,
Porque descansa
em vosso seio.

Ó solidão momentos
da mais elevada companhia
Embora abandonada
por todas as criaturas.

Afundo-me toda
no oceano de vossa divindade,
E Vós ouvis terna mente
as minhas confidências.

Não importa onde estás, mas para onde vais.
Estás a ir para onde queres?

O amor é tecido
de silêncios confiados...

O amor é confiado
na palma da mão aberta...

O amor é mão aberta
em ti pleno de graça...

O amor é graça
nos pés do mensageiro...

O amor é mensagem
do encontro comungado.

Que vê o teu olhar?

Nesta noite gelada de céu estrelado
pergunto-me ao caminhar pelas ruas desta cidade,

com que cores tinges o manto
que cobre a nudez do amor
e geme as dores da esperança?

Que olhar lanças de mão cheia
aos que te pedem a tua?

Seiva que alimenta
a caducidade aparente da natureza que adormece,
que vigor sente este granito
das águas fugazes que correm para ocidente?

A oriente nasces,
Sol que rompes o silêncio da dúvida
e me ergues do teu colo onde me abandono.

Sou um homem com os pés no chão e a alma no infinito.

O afeto conduz a alma como os pés conduzem o corpo.

Em redor da Cruz, gritos de ódio,
ao pé da cruz, presenças de amor.
Está ali, firme, a mãe de Jesus.
Com ela, outras mulheres,
unidas no amor pelo moribundo.

Junto dela, o discípulo amado, não outros.
Só o amor soube superar todos os obstáculos,
só o amor perseverou até ao fim,
só o amor gera outro amor.

E ali, aos pés da cruz, nasce uma nova comunidade,
ali, no lugar da morte, surge um novo espaço de vida:
Maria acolhe o discípulo como filho,
o discípulo amado acolhe Maria como mãe.
"Acolheu-a como um dos seus bens mais queridos"
(Jo 19, 27), tesouro inalienável
do qual se fez guardião"

Só o amor pode guardar o amor,
só o amor é mais forte do que a morte (Ct 8, 6).

A confiança dos cristãos é a ressurreição
dos mortos; crendo nela, somos cristãos.

A ressurreição é a ressurreição da carne que morre.

O tempo de Deus é a eternidade e o tempo dos homens é a esperança da eternidade.

Quando eu voltei
Nem quis acreditar
Aquela casa
O meu lugar
Tudo era igual
na aparência.
Nosso jardim,
O tempo maltratou,
Mas ainda havia flores
Que você plantou.

Meus passos tristes
me levaram, sem eu ver
E novamente eu fui rever
Aquele quarto antigo.

Minha saudade enlouqueceu
E eu compreendi o quanto
errei naquele adeus.

Eu já não sei
O que eu vim fazer aqui
Eu fico deslocado, sem você
Você esqueceu o endereço de voltar
Sou um estrangeiro em nosso lar!

Devolva as mãos
Que eu aprendi a amar
Traga de volta o meu olhar
Faça feliz meu rosto.

Um estrangeiro como eu
Precisa sempre de um amigo
Pra recomeçar

Eu já não sei
O que eu vim fazer aqui
Eu fico deslocado, sem você
Você esqueceu o endereço de voltar
Sou um estrangeiro em nosso lar!
Sou um estrangeiro em nosso lar!

Desvelo sem fim
os novelos de mim

Anunciando o novo dia
como quem termina uma lida

Cortando os fios do absurdo
como quem bebe absinto

Gritando rouca ao sem-fim dos mundos
como quem gira no carrossel dos loucos

Desvelo sem ter
o bordado a tecer

Apenas riscando
opções de viver.

Manda-me tudo pelo vento: envolto em nuvens, selado com estrelas tingido de arco-íris, molhado de infinito, lacrado de oriente, se encontrares.

Na água dos olhos
a contemplação

No vento alado
o perfume das rosas

No trigo dourado
a promessa do pão.

Deixo o peso,
sozinho,
caído no chão

Elevo a alma
e caminho

No azul
do céu limpo
da imaginação.

Sombras de luz
no azul crepuscular

o calor dilata os corpos
e os poros da alma também

Volto-me.
Re
volto-me.
[não vejo solução].
E o mundo continua,
impávido
e pouco sereno,
a sua estranha evolução.

Não, não é surpreendente
que um minuto dure horas.
E horas passem de repente.

Havia
uma palavra
no escuro.
Minúscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava
no chão da água.

Do fundo do tempo,
martelava.
contra o muro.

Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.

Escrever é como despir-se.