Newton Jayme

Da minha dor fiz uma canção de amor.
Amei e pronto, se foi o pranto!

Quantas músicas, frases, flores,
poemas ainda vão nos marcar?!

Quantos cheiros, lugares,
pessoas e gestos farão
parte da vida da gente?!

Quantos planos, quantas lembranças,
quantos sentimentos ainda iremos
compartilhar pelos
palcos, jardins, paragens
e recantos da existência?!

Quantos delírios, febres,
pesadelos, fantasias,
dores de amores
iremos aguentar
na busca incensante
pela eternidade
de nossos sonhos?!

Quanto tempo suportaremos
a ausência de nossos corpos
sabendo que o amor
é cumplicidade de olhares
na mística de uma mesma direção?!

Lembro-me bem:
Ontem
éramos dois,
hoje somos nós...
Alojei no seu coração
e você encontrou
seu espaço no meu...
Estamos grudados,
selados eternamente pelo amor...

Agora eu sei...
Mesmo
não tendo você
plenamente ao meu lado,
Nunca mais ficaremos sós...

Pois no amor ninguém é metade...
Você e eu: um único inteiro,
uma só carne
um só espírito
uma só vocação: o Amor!

Ainda que divididos,
quem sabe
até pela morte,
jamais estaremos sozinhos,
pois haverá um sopro, um nó
fortalecendo, apertando o nós...

O amor jamais passará,
Ele é mais forte que a morte...

Esperança! Vida! Amor! Eva! Ave!

Foi-se a primavera, nas mãos
ficou o perfume das flores
semeadas e ofertadas.

Porque metade de você é amor
E a outra metade,
Que também é amor,
Sou eu! Sou eu! Sou eu!

Sem ousar é impossível amar.

Ninguém desvendará plenamente
os mistérios da vida
sem antes passar
pela
experiência
contínua do morrer.

Morremos
em cada entardecer
e voltamos a nascer,
logo mais, no primeiro amanhecer.

Só se fecha uma porta na perspectiva
de abrir novos sonhos e horizontes...

Que lindo esse
Girassol, não?!
Mas ele vai ficar aí
até secar,
Todavia, as suas
sementes irão cair
E vários girassóis
irão brotar
Para começar
tudo de novo
Só, com uma
grande diferença,
Com muito
mais força
de união,
Porque não será
um único e sim
um coletivo!
Se não fosse
o primeiro e solitário,
O que seria do resto?!
Como sofreu
esse girassol!
Calado e quietinho,
Vendo tudo à sua volta,
Mas numa radiante esperança,
Seguir o Sol a vida toda...

A minha ideologia é a poesia.

O tempo é assim: envelhece o corpo
e rejuvenesce a alma.

O amor é tato, é contato, é presença mesmo na ausência,
pois nada pode separar duas almas que se amam,
nem a morte ou a distância.

Como discípulos, do tempo colhemos sabedoria.
Como mestre, o tempo nos recolhe um dia.

Eu nasci hoje, quando acordei.

Cada dia é um parto. Eu parto e reparto sonhos!

Eu mato o tempo e fico com a saudade,
Até que o tempo me mate e me deixe na saudade.

O meu vísivel vai descortinando aos poucos
o que serei no mundo invísivel.

Sou uma centelha de amor inflamada por teu beijo...

Foi partilhando vida e sorrisos
que eu colhi felicidade.

Sou um homem com os pés no chão e a alma no infinito.

O tempo passa, a morte é rápida, pois a vida
eterna, em Cristo Jesus, tem muita pressa!

Não quero só a liberdade do corpo,
muito menos só a liberdade da alma.
Quero, sim, a plenitude da pessoa humana na
sua liberdade de amar inteira, de corpo e alma!

Deus não cabe em nenhum livro, contudo Ele pode residir
no coração humano que faz do amor a inspiração
contínua para viver.

Não se corrige um erro com a mentira, mas com a verdade.

Não importa o escuro e a imensidão de tuas noites,
quero sempre acender estrelas no teu coração!