Coleção pessoal de nereualves
Enquanto Houver Espírito
Se você conseguir ser justo
num mundo feito de injustiça,
se for honesto quando a mentira
é quem manda, quem lucra, quem grita…
Se você for bom
onde a maldade é lei,
se for humano
onde a humanidade se perdeu —
você é semente rara
num campo seco,
mas fértil de Deus.
Se você sorrir
quando o mundo quer seu pranto,
se for feliz
onde a alegria tem preço e dono,
se você não vender a alma
pra comprar aplauso barato —
então, você entendeu o recado.
Se fizer o bem sem mirar a quem,
se guardar valor
só no que tem valor de verdade,
se viver com princípios,
com meios limpos e fins justos,
você não será maioria,
mas será inteiro.
Se você crê que Deus é um só
e que esta vida é breve,
uma passagem,
um sopro,
um fim de semana —
você já sabe que
não haverá segunda chance.
Porque o corpo fica.
A carne cansa.
O tempo vence.
E só o espírito atravessa.
Que seu espírito seja leve,
que seu espírito seja luz,
que seja santo —
não por ser perfeito,
mas por ser de Deus.
Porque o espírito não é seu.
Ele é d’Ele.
Você só está de passagem.
E quem caminha entre os mortais
precisa, mais que tudo,
lembrar de ser eterno
no que faz.
—
Nereu Alves
Espelho
por Nereu Alves
Se você conseguir ser justo em um mundo injusto…
Se for capaz de ser honesto em meio à desonestidade,
Se conseguir ser bom num tempo em que a maldade impera,
Se você ainda for humano num mundo cada vez mais desumano…
Se você sorrir quando tudo e todos esperam o seu choro,
Se conseguir ser feliz onde a felicidade alheia nasce da infelicidade do outro,
Se for incorruptível num mundo onde a corrupção é regra,
Se fizer o bem sem olhar a quem,
Se der valor ao que realmente tem valor…
Se tiver princípios, meios e fins…
Se viver com o propósito de construir um mundo melhor —
Para todos, sem exceções —
Se for fiel à verdade de que Deus é um só
E que esta vida não passa de uma breve passagem,
Uma viagem curta, um fim de semana…
Então você entendeu.
Porque muitas vezes não haverá uma segunda chance.
E para a viagem seguinte, você não levará nada —
Nada além do espírito.
Como chegou, assim partirá.
A carne fica. O corpo cessa.
E tudo o que permanece é o que não se vê.
Que o seu espírito seja leve.
Que o seu espírito seja luz.
Que o seu espírito seja santo.
Porque o seu espírito… não é seu.
É de Deus, que te deu a vida,
E te colocou para caminhar por essa terra de mortais
Com a missão de, ao partir, deixar algo maior do que o que pegou.
Palco do Silêncio
Por Nereu Alves
Um dia brilhou como estrela na aurora,
salão imenso, janelas abertas, luz que aflora.
O palco, infinito em sonho e criação,
morada da arte, da vida, da imaginação.
Ali dançaram ideias, versos e canções,
ecoaram risos, palmas, gerações.
Cenário de peças, recitais, emoção —
cada ato, um sopro de transformação.
Ainda está lá, firme, sobrevivente,
com vida que pulsa, embora diferente.
Mas algo o abafa, o cerca, o silencia,
como um véu pesado que cobre sua poesia.
Ergueram ao lado um gigante sem alma,
frio, sem história, que rouba a calma.
Um elefante branco de concreto e vaidade,
que engoliu a luz, abafou a verdade.
O vizinho tombou, não por tempo ou idade,
mas pelo descaso, pela falsidade.
Assassinaram paredes cheias de memória,
e enterraram ali um pedaço da história.
Agora o palco, mesmo em uso e movimento,
vive ofuscado por fora e por dentro.
Resiste em silêncio, com dignidade,
mas luta contra a sombra da modernidade.
Não é preciso demolir pra matar —
basta sufocar, fazer o brilho apagar.
E onde antes brotava beleza e união,
fica a sensação de lenta extinção.
Mas há quem veja, quem guarde, quem clame,
quem sinta que a arte é chama que inflame.
Enquanto houver alma, memória e razão,
não se fecha jamais o grande portão.
Abram-se janelas, cortinas, corações —
que o palco renasça em mil gerações.
—
Nereu Alves
Dedico este poema à Irmã Maria.
Com Deus não se brinca
Há quem se ache dono do mundo,
Que pisa o sagrado, profana o profundo.
Zomba da fé, do pobre, do frágil,
Mas esquece: tudo isso é passageiro e frágil.
O Titanic, gigante de aço e vaidade,
Afundou na primeira viagem, sem piedade.
John Lennon, com voz de multidão,
Disse ser maior que Cristo — caiu na escuridão.
Trump empunhou a Bíblia como troféu,
Zombou do Papa, do céu e do papel.
Mas a justiça divina não tarda, não falha,
Chega certeira, sem espada ou navalha.
E hoje vemos Elon Musk no trono da invenção,
Tratado por muitos como nova salvação.
Mas sua Tesla balança, perde o chão,
Pois nem a tecnologia segura a mão da ilusão.
Homem nenhum é Deus, por mais que tente,
Por mais que brilhe, se ache influente.
A soberba sobe alto, mas cai sem aviso,
O fim do arrogante nunca é conciso.
A vida cobra, o tempo revela,
A verdade aparece, por mais que se vela.
Deus não se zomba, nem se ignora,
A justiça Dele vem — mais cedo ou mais hora.
Quem brinca com o santo, tropeça no fim.
Quem despreza o humilde, colhe seu próprio jardim.
Somos pó, vento, poeira da estrada…
Mas Deus é eterno — e sua palavra é sagrada.
Com Deus, até o deserto floresce.
A dor ensina. O amor perdoa. A fé sustenta.
Quem caminha com Cristo jamais está só.
A soberba cai. Deus permanece.
Ontem, hoje e sempre.
Páscoa: o Amor que Ressuscita
Mais uma aurora se ergue com canto de esperança,
e em cada coração floresce o milagre da vida.
Cristo ressuscitou!
E com Ele renascem o amor, a paz e a promessa da eternidade.
Alegria, alegria!
O céu se abre em festa, os anjos cantam louvores,
e a terra se enche de luz.
Viva Jesus, viva o Amor!
O Amor que se fez sacrifício,
que venceu a dor, atravessou a cruz,
e voltou ao mundo como luz que não se apaga.
Nesta Páscoa, que cada gesto seja semente,
cada abraço, renascimento,
e cada olhar, reflexo da presença de Deus.
Feliz Páscoa,
onde o amor é verbo,
e Jesus, eternamente, é vida.
O Herói Que Nunca Foi
Há quem precise de um herói,
mesmo que seja de mentira,
mesmo que a capa esconda ruínas
e a máscara disfarce a ira.
Fecham os olhos para o óbvio,
adoram o brilho do falso altar,
não importa o que ele destrua,
desde que os faça sonhar.
Talvez jamais foram crianças,
daquelas que acreditam no bem.
Talvez a infância lhes foi negada,
e agora não confiam em ninguém.
Talvez viveram na ausência
de ternura, de luz, de calor —
e agora se alimentam do medo
e de um discurso sem amor.
O herói que seguem é o avesso,
não salva, não cura, não guia.
Onde pisa, deixa rastros de cinza,
de dor, desamor e agonia.
Mas eles aplaudem, defendem,
com fervor quase irracional.
Sabem que é tudo mentira,
mas preferem o mal ao real.
Porque dentro de si há um vazio
que o tempo não soube curar.
E ao verem alguém feliz,
fazem de tudo pra derrubar.
Dizem “Deus” com a boca suja,
com a alma vendida à vaidade.
Usam o nome do sagrado
pra espalhar crueldade.
E assim seguem cegos, de joelhos,
bajulando quem só destrói.
Acreditam num falso profeta
que prometeu, mas não constrói.
E o mundo assiste, calado,
a essa farsa com cheiro de dor.
Enquanto os verdadeiros heróis
seguem em silêncio — com amor.
Sexta-feira da Paixão: o dia em que crucificamos o Amor
Hoje é Sexta-feira da Paixão. Um dia para parar, silenciar e refletir…
Porque foi nesse dia que a humanidade matou o maior Amor do mundo.
Crucificamos o Filho de Deus. Julgamos, condenamos e pregamos na cruz Aquele que criou a Terra. Ele veio até nós como um amigo, como médico das nossas feridas, advogado nas nossas causas, irmão nas lutas, pai no cuidado, Salvador das nossas almas, Rei do nosso coração, sacerdote do nosso espírito e profeta da nossa história.
Ele era tudo o que precisávamos — e ainda é.
E mesmo assim, conseguimos matá-Lo.
Hoje, olhando para a cruz, o que estamos fazendo de nossas vidas?
Quem temos crucificado com nossas palavras, atitudes, indiferenças?
Onde foi que nos perdemos?
Quando foi que trocamos o Amor pelas coisas do mundo, pelas vaidades que passam, pelas brigas que não valem a pena?
Essa sexta-feira não é só um dia triste. É um espelho.
Um chamado à consciência.
Uma pergunta direta ao nosso coração:
Estamos vivendo como quem reconhece esse sacrifício?
Ou como quem continua a levantar cruzes por onde passa?
Mas também é dia de esperança.
A esperança da ressurreição.
E com ela, a chance de sermos melhores.
Mais justos. Mais humanos.
De amar mais o próximo — e de nos amarmos também.
Que esta Sexta-feira da Paixão nos desperte.
Nos limpe por dentro.
E nos lembre que o Amor venceu — e sempre vencerá.
DOMINGO DE RAMOS
Jesus entrou em Jerusalém montado num burrinho.
Humilde. Simples. Em paz.
O povo o aplaudia, jogava seus mantos no chão, abanava ramos e gritava:
“Hosana nas alturas!”
Mas poucos dias depois...
os mesmos gritaram:
“Crucifica-o!”
Hoje, ainda é assim.
Aplaudimos hoje, apedrejamos amanhã.
Celebramos a vitória alheia até ela incomodar.
Pessoas são crucificadas por terem… ou por não terem.
Por serem diferentes.
Por não seguirem o padrão.
Somos rápidos em julgar, lentos em compreender.
Passamos da admiração à condenação em um clique.
Domingo de Ramos é mais do que tradição.
É um espelho.
Quem temos crucificado com nossas palavras e atitudes?
Quantas vezes viramos a multidão?
Hosana nas alturas…
Mas que a altura do nosso ego não nos faça esquecer da humildade de quem veio montado num jumentinho.
As Lunáticas da Mentira
Vagam soltas, lunáticas da ilusão,
Espalhando mentiras sem compaixão.
Sabem que são falsidade pura,
Mas seguem firmes na criatura escura.
Outras, coitadas, ignorância vestem,
Não veem, não ouvem, apenas infestem.
Ah, se a ignorância fosse muda e cega,
Não feriria, não seria tão brega.
Mas ela sente, e sente com rancor,
Carrega no peito o mais frio terror.
A maldade que nela se esconde e dança,
É o atraso cruel da nossa esperança.
São quase nada, sombras da dor,
Mas o nada, ao menos, tem algum valor.
Elas mentem, ferem, zombam da verdade,
Hipócritas almas sem piedade.
Mal amadas, maldosas, sem raiz,
Vivem do caos, do que não condiz.
Mas a paz, essa luz que não engana,
Vencerá sempre a mentira insana.
A Ausência dos Meus Excessos
Um dia, meus excessos sumiram,
sem alarde, sem vestígio.
Não deixaram saudade,
pois ninguém sente falta
daquilo que nunca coube direito.
Talvez os pássaros saibam,
as aves, sim, talvez cantem baixinho
em algum céu de lembrança,
que um dia eu tive asas
— mas bati demais.
O excesso não pesa como a falta.
O cheio, a gente desvia.
Mas o vazio... ah, o vazio
grita no silêncio do quarto,
dói no espaço onde eu era demais.
Não houve pranto pela minha ausência,
nem uma cadeira vazia no jantar.
A escassez marcou presença
onde o excesso foi apenas visita.
Fui demais nas palavras,
no riso alto, no gesto largo,
na vontade de estar,
na esperança de ficar.
Mas o mundo ama o contido,
o que cabe na medida certa,
o que não transborda.
E eu, feito mar em dia de fúria,
nunca soube ser maré baixa.
Minha presença era tempestade
num copo que só aceitava goles.
Agora sou ausência —
dessas que não incomodam,
dessas que não se nomeiam.
Sou o eco do que fui,
numa sala onde ninguém chama.
Mas ainda há beleza no que sobra,
mesmo quando falta tudo.
E se um dia alguém notar
a ausência dos meus excessos,
que perceba:
era amor, era sede, era alma
em carne viva.
O Caipira Raiz e o Jacu Enfeitado
Na beira da cerca, com um palito no dente e a paz no olhar,
tá o caipira de verdade, aquele que pensa antes de falar.
Com dois ditado ele desmonta um diploma,
e com um silêncio ele humilha quem faz drama.
Mas não demora muito, chega ele...
O tal do jacu metido, de celular com capinha de strass,
bota brilhando, camisa colada,
parecendo cantor sertanejo... que foi demitido em Goiás.
Chega falando grosso,
palavra em inglês, sotaque de novela,
mas tropeça no português
e chama “cuscuz” de “massa amarela”.
Diz que entende de tudo: agro, clima e até NFT,
mas se perder o sinal do Wi-Fi,
não sabe nem onde fica o pé.
Se acha “moderno da roça”,
fala que é do agro business,
mas confunde adubo com fermento
e acha que boi dá leite com fitness.
Já o caipira de respeito,
coça o queixo e só observa:
“Esse aí é tipo assombração…
aparece, faz barulho e não serve pra reserva.”
O jacu compra trator sem saber dirigir,
grava vídeo colhendo milho de boné pra trás,
e ainda manda:
“Galeraaa, esse é meu lifestyle, sou raiz demais!”
Raiz? De quê? De samambaia de plástico?
Nunca arrancou um mato, nunca levou coice de burro...
Só vive de selfie no campo,
igual criança em zoológico: acha tudo ‘estranho e sujo’.
E o caipira de verdade ri, mas é por dentro.
Porque ele sabe:
quanto mais o jacu fala,
mais o mundo vê que é só vento.
Moral do mato:
Jacu com internet acha que é influenciador,
mas é só um papagaio com 4G,
falando grosso e pensando menor.
Herdeiras da Finada e da Vaidade
Lá pros lados onde o asfalto é poeira,
E o luxo ainda usa pulseira de feira,
Morreu uma tia — a finada abençoada —
E deixou pras sobrinhas a grana guardada.
Foi só o caixão descer com a coitada,
Que as moças viraram alta sociedade encantada.
Uma herdou um sítio, a outra uns trocados,
E juntas se acham no topo dos mais invejados.
Mudaram o andar, o tom e o batom,
Agora só falam de “brunch” e “champanhon”.
Fizeram plástica no ego, bronze no juízo,
E acham que o mundo inteiro gira no improviso.
A finada, se visse o que virou o legado,
Voltar do além? Talvez… só pra dar um recado:
“Vocês eram jacu e continuam sendo,
Só que agora de salto, tropeçando e se perdendo.”
Ai, que dó dessas almas tão iludidas,
Achando que dinheiro compra novas vidas.
Na rede social, são capa de novela,
Na real? Mal sabem lidar com panela.
Graças a Deus, aqui não tem dessas figuras,
Só gente de berço, de boas posturas.
Mas fica o alerta, entre riso e gargalhada:
Nem toda herdeira deixa de ser deslumbrada.
O Roto e o Rasgado
O roto e o rasgado, cheios de pompa,
desfilaram na rua, vestindo ilusão,
juravam ser linho, juravam ser seda,
mas eram chita, sem cor, sem botão.
A casinha escancarada, um vento levava,
nem tranca, nem fecho, nem nó que parava,
mas na prepotência se achavam reis,
de um trono de trapo, sem lei e sem vez.
O poliéster? Bah, que vergonha!
Coisa de pobre, de gente sem luxo!
Mas enquanto a seda rasgava sozinha,
o tal do poliéster seguia no uso.
Fofoqueiros de esquina, juízes do nada,
sentinelas da vida alheia, sem falha,
apontam os dedos, gritam sem medo,
mas escondem a casa caindo na vala.
Seus tetos de vidro já trincam sozinhos,
suas falas são ecos de um grande vazio,
mas seguem no palco, de rostos finíssimos,
fantoches do nada, num circo sombrio.
Graças a Deus e ao jornalismo, ao longo da vida — e uma vida bem vivida — tive o privilégio de conhecer o mundo e suas contradições. Convivi com pessoas poderosas, ricas e influentes, mas também com aqueles que vivem na miséria mais profunda. Vi o luxo e o lixo de perto. Vi gente boa e gente má, gente alegre e gente triste. Mas a maior pobreza que já conheci não foi a falta de dinheiro, e sim a pobreza de espírito.
O novo rico, aquele que um dia foi pobre e se esqueceu de onde veio, sempre me causou repulsa. Porque há um ditado sábio que diz: “Nunca peça a quem já pediu, nunca sirva a quem já serviu.” A verdadeira riqueza não está no dinheiro, mas na sabedoria, na elegância da alma, na capacidade de enxergar o outro com humanidade. O que move o mundo não é a ostentação, mas a justiça e a beleza daquilo que é verdadeiro.
Hoje, vivemos uma era em que as redes sociais escancaram a realidade que sempre existiu. O mundo sempre foi assim — com suas belezas e podridões —, mas agora as máscaras caíram. As pessoas se expõem, mostram quem realmente são. E isso, muitas vezes, nos desilude. Durante a pandemia, vimos amigos e conhecidos revelarem monstros que jamais imaginávamos que existiam dentro deles. Foi um choque.
Um dos episódios mais tristes que presenciei foi quando o Papa ficou doente. Católicos, muçulmanos, evangélicos, ateus, budistas e espíritas rezavam pela sua recuperação. E, ironicamente, dentro da própria Igreja Católica, havia católicos desejando sua morte. Fariseus. Hipócritas. Se Jesus voltasse hoje, ele morreria no mesmo dia.
Diante disso, precisamos proteger nossa sanidade e nos afastar daqueles que destilam ódio, inveja, cobiça, soberba e maledicência — o maior pecado, afinal, é falar mal dos outros, espalhar fofocas e julgar injustamente. Aqueles que roubam, que matam, que tiram o pão da boca das crianças, e que se alimentam de maledicência, não são dignos de nosso respeito ou admiração.
Há uma escolha a ser feita: seguir o caminho do ódio e da destruição ou buscar a verdadeira alegria e paz interior. Quem já experimentou o verdadeiro prazer — físico e espiritual — sabe que a felicidade vem de viver a vida com autenticidade, amor e compaixão. Se Deus nos presenteou com o dom do prazer, Ele nos ofereceu também a possibilidade de uma vida plena, onde a maldade cede lugar à generosidade e à solidariedade.
VALEI-ME, SÃO JOSÉ!
São José, modelo de trabalho e dedicação,
Exemplo de força e humildade,
Foste o sustento da Sagrada Família
E hoje és o amparo de todos que lutam com fé e honestidade.
Peço tua intercessão por mim e por aqueles que caminham ao meu lado,
Pelos trabalhadores incansáveis de Jaboticabal,
Por cada família que encontra na labuta diária seu sustento e sua esperança.
Guia-me em minha missão de construir um futuro melhor,
Protege meus amigos, fortalece meus irmãos de caminhada,
Ilumina as crianças, que carregam o amanhã,
E ampara os idosos, que nos ensinaram o valor da vida.
Que eu siga sempre firme em meus propósitos,
Com coragem para enfrentar desafios
E sabedoria para enxergar o melhor caminho.
São José, guardião dos justos e operários,
Acompanha-me hoje e sempre.
VALEI-ME, SÃO JOSÉ!
Amém.
Ontem fui ao supermercado no centro da cidade. Assim que cheguei, estacionei meu carro e notei um carrinho abandonado bem na minha frente. Ao sair do veículo, percebi que uma senhora ao meu lado estava colocando suas compras no porta-malas. Ela pegou o carrinho que havia usado e, em vez de levá-lo ao local correto, simplesmente o deixou atrás de outro carro.
Fui fazer minhas compras e, quando voltei, vi que havia dois carrinhos encostados na parte de trás de um automóvel estacionado à minha frente, um pouco à esquerda. Eles pareciam ter sido largados ali sem preocupação.
Enquanto conversava rapidamente com um amigo, chegou uma senhora acompanhada do filho. Os carrinhos que estavam ali impediam a abertura do porta-malas do veículo dela. Com muita calma e sem reclamar, ela puxou os carrinhos para o lado, retirou suas compras e as colocou no carro.
O que ela fez em seguida foi um verdadeiro exemplo de cidadania. Em vez de simplesmente largar o carrinho como muitos fazem, ela organizou os outros dois que estavam atrapalhando, encaixou-os corretamente e os levou até o local adequado.
Fiz questão de elogiá-la pela atitude e pela lição de educação que estava dando ao seu filho. Afinal, não adianta apenas dizer às crianças o que é certo e errado se as nossas próprias ações contradizem as palavras. A vida é feita de exemplos e atitudes.
Parabéns a essa mãe, que soube ensinar, na prática, o que significa respeito ao próximo e consciência coletiva. E parabéns ao filho, que certamente crescerá seguindo esses ensinamentos e se tornará um cidadão exemplar. Não podemos esperar que as crianças ajam corretamente se os pais não mostram o caminho com suas próprias atitudes, não é verdade?
É um verdadeiro horror quando chamam os políticos de palhaço. Isso porque o palhaço é um artista e merece nossos aplausos, não nosso desprezo. Palhaços são honrados, criativos e, muitas vezes, verdadeiros gênios da arte de fazer rir.
Com talento e sensibilidade, eles conseguem arrancar sorrisos até dos mais carrancudos. Enquanto alguns usam palavras para enganar, os palhaços usam a arte para encantar. São alegria em forma de gente, carregando no rosto a missão de transformar o mundo com humor e leveza.
Além disso, os palhaços trabalham com honestidade, dedicação e paixão pelo que fazem. Eles não fingem, não fazem promessas vazias, não traem a confiança de ninguém. Seu compromisso é com a alegria, e seu talento é genuíno. Desmerecer o palhaço é um erro. Se há quem mereça críticas, que sejam aqueles que traem o povo, e não aqueles que, com suas cores e gestos, tornam a vida mais bonita.
Você já ouviu falar do Coala Xerox? Aquele que não cria, só copia — e ainda copia mal! O bicho não tem originalidade nem pra mastigar um eucalipto de um jeito diferente. Pior que sombra preguiçosa, que pega carona na luz dos outros e ainda tropeça no próprio reflexo. E olha que tem cópia ruim, mas essa aqui nem dá pra chamar de rascunho… É tipo fotocópia de fax de 1992: borrado, sem começo, meio ou fim — e sem propósito