Coleção pessoal de Moapoesias
Hoje...
as palavras serão belas
os motivos serão justos
os gritos serão de contentamento.
A felicidade atrevida
dominará ainda mais a tua vida.
Sorria
Se buscares lembranças minhas,
Faça com carinho.
Ando meio sem rumo nestes caminhos.
Se uma lágrima surgir
Quando olhares a imensidão não ligue
Uma lágrima não vai salgar o mar.
Sorria da mesma forma que sorrimos juntos.
Desatraque os navios, olhe as baleias.
Elas seguem em busca do frio.
Quem sabe um lábio em anseio
num beijo em meio à noite sem lua
acolha corpos em seu lençol.
No cetim brilho de luz...
E fim.
Todos os dias o pássaro pousava no mesmo lugar,
coloria e alegrava o ambiente com seu canto.
Tiraram-lhe o galho. Ausentou-se.
Hoje pousa em outras árvores.
Catorze versos me recebem com festa, numa alegria que poucas vezes vi.
Como é maravilhoso chegar ao poema e ser recebido assim.
Descobri que o soneto e dócil e que seus versos, apesar de carrancudos são muito amáveis.
Gotas
No alto da estante o livro desequilibrou-se vindo de encontro ao chão.
Espatifou-se na sala cheia de crianças.
Foi letra pra todo lado.
Uma cena que até hoje permanece viva na minha memória.
Emocionei-me ao ver o brilho nos olhos dos pequenos leitores
Que puderam tocar e provar a doçura de cada grafema que alegremente iam recolhendo.
Que espetáculo ver gotas culturais invadindo o universo de cada uma delas.
Não quero muito.
Basta-me uma morada de dois versos.
Um mínimo de inspiração.
Uma corda no violão.
Um reservatório de fé e otimismo.
Uma vertente de amor no coração.
O barulho da natureza pra me tirar o sono.
O ruído da poesia tinindo em meus ouvidos.
Alguns abraços de gratidão.
E a certeza que vivi o que podia ter vivido.
Vista de longe ela era linda.
De perto sua beleza era infinita.
Para mim... Um anjo de amor sem fim.
Lida pelo poeta um verso de perfeita métrica
num corpo da mais rica silaba poética.
Restaurar sonhos requer habilidades e técnicas apuradas, mas com sensibilidade e uma medida de boa vontade e possível mantê-los íntegros e renovados.