Coleção pessoal de MARISAM

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Que oscilação de humor e de vontade. Que sensação estranha de não pertencer a determinado lugar.

Mesmo arrumado numa gaveta fechada, há sempre algo que nos força ou incita à sua abertura de vez em quando. Era bem pior, quando ela ainda estava entreaberta, contigo sempre à espreita , a fintar-me a cada passo.
Nos dias de hoje, em que muita coisa mudou , forçosamente ou não, isso nem interessa, tu és uma personagem de gaveta. Mas não é uma gaveta qualquer. Eu até lhe dei um nome. Porque tu não merecias ficar numa gaveta sem nome, mesmo que o mesmo represente um "karma" na minha vida. Claro que não merecias. Da mesma forma que nunca fizeste por merecer que eu, ao invés de te arrumar numa gaveta , te atirasse para o lixo ou arrancasse impiedosamente as folhas onde escrevemos juntos uma história .
Demorou um certo tempo até conseguir enfiar-te dentro da bendita caixa com chave. E depois a tranca-la. Foi um longo tempo de tentativas, todas elas frustradas, porque também demorou a chegar a mim a vontade de realmente fazê-lo. Porque no fundo eu nunca quis que o teu lugar fosse um lugar de gaveta, porque na realidade sempre tiveste lugar , espaço e sentimento para mais. Mas na vida nem sempre os motivos de força maior se resumem a lugares, espaços e sentimentos. Ou ironicamente, até acabam por resumir-se. De uma forma diferente para os dois, é certo, mas a verdade é que para nós os motivos de força maior, aqueles que te atiraram para uma gaveta sombria mas cheia de segredos e episódios felizes, estão intrinsecamente ligados a tudo isso. A sentimentos múltiplos, a lugares dispersos e espaços limitados.

Gosto de pessoas genuínas. Imperfeitas, mas verdadeiras. Muitas delas até são essas imperfeições que as tornam ainda mais interessantes. Eu gosto de pessoas assim. Cheias de defeitos, mas autênticas.

É verdade e posso assumi-lo publicamente. Não tenho um , tenho vários amantes. Chamam-se turbilhões !!! São todos diferentes, e por uma razão ou por outra lá acabamos por nos enrolar desalmadamente como se não houvesse amanhã.

As pessoas más, falsas, mentirosas e manhosas normalmente são as mais inseguras de todas. Ou se calhar são assim mesmo, porque não gostam delas mesmas. E quando não gostamos de nós, gostar dos outros torna-se tarefa impossível.
Deve ser muito triste ser assim.

Isso. Viver de mentira , de faz de conta. Banalizar palavras referentes a sentimentos. Isso. Sorrisos, comentários e outras coisas mais. No facebook e olhos nos olhos ficam sempre bem e há muito quem agradeça. Mas depois na frincha são as desconfianças, os julgamentos, e as coisinhas que não lembram ao diabo. Isso. Inventem-se publicações, fotografias fabricadas, e sentimentos viciados. Adaptem-se textos há muito escritos por outros, seja-se aquilo que não se é nem nunca se há-de ser, porque a pequenez e mesquinhice não o permitem. Façam-se todas estas coisas e outras mais. Mas por favor...longe de mim e de pessoas que gosto e quero bem.
Escrevi uma vez que não é preciso ser-se uma cobra humana para saber como atacar e descompor pessoas. Parece que vou ter que relembrar .

A maturidade também faz com que as pessoas percam a paciência para sentimentos pouco correspondidos, para ligações cheias de " gosto de ti" ou "sempre contigo" , mas fracas ou nulas em afecto e companheirismo...

Há pelo menos três "coisas" que me encantam:
Públicos fieis. Pessoas que são boas naquilo que fazem. E equipas que orgulham quem as lidera.

FRUSTRADOS ?
Só não os como todos os dias ao pequeno almoço, porque sou muito selectiva na escolha dos meus alimentos...

Como é que há pessoas tão burras e tão estúpidas a ponto de assinarem a sua própria sentença, e ainda se rirem?

Abandonei a mágoa de querer uma pessoa que me acha patética, que apelida os meus sonhos de meras ilusões. Abandonei, porque sim, esse é um golpe inexplicável. Significa nada mais do que tentarem subestimar-me os sonhos e isso eu sei que não posso permitir a ninguém.

Juízes sem canudo é o que não faltam pelo mundo fora. Pena é que não experimentem ser juízes deles próprios. Eram condenados mais facilmente do que julgam.

Todos nós temos necessidade de dar afectos e receber.Todos queremos que nos admirem pelo que somosm sem personalidades artificiais e mascaras. As mascaras das pessoas cansam-me.

(...)Queres que te explique, mas eu não consigo. Sei que doí, que treme, que às vezes me sinto perdida, que a minha cabeça começa a andar à roda e mundo me foge entre os dedos. São montes de emoções. As minha emoções. Já sabes como elas são. Misturam-se, baralham-se, jogam às escondidas umas com as outras e depois quando batem de frente nem sabem em que posição arrumar-se. E eu, já me conheces, não tenho mão nelas. E agora estou mais ou menos assim, a observar e a ver uma espécie de jogo entre elas. Sei bem que vão ganhar as melhores. Mas até lá tenho que olhar para elas , que as sentir. São montes de emoções. Coisas e histórias mal resolvidas. Sim, porque "coisas" não são histórias. E é isso que eu também quero separar. As coisas das histórias. E então resolver. São montes de emoções. Coisas e histórias mal resolvidas dentro de mim (...)

Já não quero saber o porquê das atitudes que me magoaram. Isso é problema das pessoas que as tiveram. Faz-me feliz saber que ganho sempre mais do que aquilo que perco em ser como sou. E sabes o que vou fazer? Soltar as amarras que me têm mantido prisioneira de mim própria e voar. Porque voar é o meu lema.

Fui treinada e exercitada desde que nasci as várias formas de ser simpática, agradável e acima de tudo educada, mas ninguém me ensinou a viver na rotina, quanto mais a sobreviver a ela.

Sou feita de oscilações de comportamento. Balanço com frequência. Sou de um enorme optimismo, e demasiado sonhadora. Carrego comigo alguns defeitos. São muitos aliás. Mas digam-me lá qual é o ser humano que não falha, que não tem uma ou várias manchas na sua vida. Não acredito que exista um único ser que seja imune a máculas, fraquezas ou vícios.

‎(..) Há quem defina saudade das mais variadas formas. Eu já escrevi algumas vezes sobre isso. Algumas, muitas. A última vez que o fiz chamei-lhe “doença” e “pedi” um analgésico para combatê-las. (...) Todos percebemos de saudades. Mas das nossas. E eu sei das minhas. Aquelas que sinto na pele. E essas não permitem sequer que me distraia. São cortantes, agudas, estridentes. São minhas e como te disse sei sempre de onde vêm.
É o tal vazio, uma tal espécie de dor que me faz sentir minúscula, débil. A tal sensação de impotência e fraqueza, por não conseguir refazer instantes ou momentos.
E é aí que “peço” o tal analgésico para as saudades. Quando preciso de as acalmar ou minimizar, mas sempre com a perfeita noção de que elas existirão eternamente em mim. E ainda bem que assim é. Quer dizer que já vivi e já senti coisas tão boas, dignas de deixarem as tais saudades.
Nunca te disseram que é bem melhor ter saudades do que se viveu… do que daquilo que nunca se teve? Digo-te eu! (...)

Existem feridas e contusões em que somos quase obrigados a deixar que as mesmas inflamem durante alguns instantes,para que então possam ficar totalmente sanadas.

Abrigo-te na sinuosidade que te inclina sobre mim… e volto a perder-te mais uma vez.Sem sabor, sem animo, sem que eu perceba quem és, de onde vens, e que nome te dou...