Coleção pessoal de Marezinha

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O arqueólogo é o melhor marido que uma mulher pode ter; quanto mais velha ela fica, mais interesse ele tem por ela.

Que alternativas nós temos senão trilhar os caminhos da insanidade?

Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.

Não é possível ser bom pela metade.

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

O otimista erra tanto quanto o pessimista, mas não sofre por antecipação.

Nunca viajo sem o meu diário. É preciso ter sempre algo extraordinário para ler no comboio.

O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente...

Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.

Com perdão da palavra, sou um mistério para mim.

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.

Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Gostamos de pensar que somos seres racionais. Humanos. Conscientes. Civilizados. Pensantes. Mas quando tudo dá errado, mesmo que só um pouco, fica claro que não somos nada além de animais. Temos polegares opositores, pensamos, andamos eretos, falamos, sonhamos. Mas lá no fundo, ainda estamos ligados às nossas raízes primitivas, mordendo, dando patadas, arranhando uma existência nesse mundo escuro e sombrio como o resto dos sapos e dos bichos-preguiça.
[...]
Há algo de animal em todos nós e talvez isso seja algo a ser celebrado. Nosso instinto animal é o que nos faz procurar o conforto, aconchego, um grupo pra andar. Talvez nos sintamos enjaulados, talvez nos sintamos presos. Mas como humanos, ainda podemos achar caminhos para sentirmos livres. Nós somos os protetores uns dos outros. Mais ainda: somos os guardiões da nossa própria humanidade. E mesmo havendo um monstro dentro de todos nós... O que nos separa dos animais, é que podemos pensar, sentir, sonhar e amar. E contra todas as possibilidades, contra todos os instintos... nós evoluímos.

Eu não tenho ideia porque a gente fica adiando as coisas, mas se eu tivesse que chutar, diria que tem muito a ver com o medo. Medo do fracasso. Medo da dor. Medo da rejeição. Seja lá do que a gente tenha medo, uma coisa é sempre verdade: com o tempo, a dor de não ter tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir.

Não importa o quanto algo nos machuca, às vezes se livrar dele dói mais ainda.

O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação.

Ah! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado.