Coleção pessoal de marcos_amaro_1

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⁠Se do amanhã pouco sabemos,
além do nele projetamos,
fiquemos com o que conhecemos,
e no tempo que virá,
sejamos o que carecemos.

⁠Não foi fácil,
sentir e não encontrar os afetos,
tão distante, quanto nebuloso.
Talvez, seja a minha incapacidade de ver
atos simples,
de um amor inconstante,
que dialoga com a minha mente,
que não sabe o que será
daqui em diante.

⁠Te vi caminhando pela rua,
veio ao meu encontro,
primeiro o teu sorriso,
engrandecido pela brandura.
Carrego comigo a lembrança
daquele dia,
e faço daquele momento,
a eternidade em sentimento.
Ainda que sejas efêmero,
lembro dele com o carinho
de quem não vê passar o tempo.

⁠Seco!
Seca!
Nem uma gota
Nem orvalho
Muito menos
Beijo molhado.
Secou,
Seca.

⁠Preparo o corpo,
muito mais que um gesto,
vislumbrando em um pequeno instante,
o amor que eu espero.
Imagino algo,
como se não houvesse
início ou fim.
Sim, isso eu quero.

⁠Minha visão turva
nesse caleidoscópio
enebriante.
Luzes que se cruzam,
parece que nada vai acontecer
de hoje em diante.
E agora, o que fazer?
Nesse instante,
perpetuado
nessa magia delirante.

⁠Tu
amanhã chegarás,
linda e frondosa,
enfeitando o solo de flores,
com cheiro cabalístico,
adornando o meu viver,
vou resignar o desejo de te rever,
mesmo sabendo que ano que vem,
te adorarei novamente.

⁠Sede,
Bebo água,
Como satisfaz.
E quando te vejo,
Que bem me faz.

⁠Astro rei emoldura
sua fina pele,
marca com beleza
e altura,
um corpo límpido,
e assim me inspira
a te sorver,
como se fosse a última vez,
e assim poder morrer de prazer.

⁠Tenho dito o que nunca foi dito?
Não.
Tenho sido repetitivo.
Há um destino?
Ou vários?
Quero tudo, sem ter nada.
Quero ser apenas eu,
o que não sabe,
mas sonha em saber.

⁠Que emoção é essa,
parece coisa de outro mundo,
coisa que não se sabe
por onde começa.
Por isso, não paro de pensar
em você nem por um segundo.

⁠Olho pra cama vazia,
já não a vejo mais,
lembro de como nós fazíamos,
sem pensar no que aconteceria,
sem passado, nem futuro.
Pois, tudo permaneceria.
Amor! Te quero.
E até ao céu, eu iria.
Para lhe trazer ao meu inferno
de todo dia.

⁠Inquieto, ouço o som de sirenes,
estou preso ao meu quarto,
mas vejo o mundo,
pelo retângulo da janela.
Lá fora! Ah, lá fora,
o mundo pulsa, ainda que não seja como outrora.
Agora, são novos tempos,
os passados já não voltam mais,
apesar de se regojizarem em minhas lembranças.
Lá fora! Ah, lá fora.
E o som das sirenes vão diminuindo,
até não existirem mais.

⁠Gotículas caindo
sobre a brasa quente do teu
corpo nu.
Alvissareiro fico ao sentir,
nós dois,
como se fosse um.
Tempo que não se acaba,
em lugar algum.

Vi, que coisa!
Um esplendor de emoção.
Corpo alvoraçado,
alinhado,
deixou-me entusiasmado,
enebriado
de prazer,
só de te ver,
sem ao menos te conhecer.

⁠Tentei pensar no nada,
fechei os olhos,
busquei um tom cinza escuro,
permaneci assim
por pouco tempo,
voltaram a mente,
os anseios, os medos.
Não há como fugir,
eles estão aqui.

⁠Andei, sem saber quem era,
se havia algum propósito,
se haveria algum destino.
Andei, sem saber quem era,
mas pra quê?
Se nem a alma eles me deram.
Forte? Nem tanto.
Por isso,
trabalhei,
amei,
e continuo sem saber quem era.

⁠Seria lindo estar contigo ao alvorecer,
te beijando ao amanhecer,
por isso não quero esquecer
desse sonho bom,
que talvez não vá acontecer.

⁠Lutei! Por toda vida,
contra uma dor que me consumia,
mas em alguns momentos,
fiz dela minha única companhia.
E que após algumas doses,
ela sumia.
Mas hoje, ela está aqui
repousando,
e dizendo: "enquanto viveres
serei seu acompanhamento"

⁠Era um desejo inusitado,
prender o tempo.
Não deixar passar aquele momento,
puro prazer e sentimento.
Mas o depois, após o agora,
mais que necessário é,
para sorver,
o que poderá deixar de ser,
como o completo que nunca
irá acontecer.