Coleção pessoal de LUSITANEA

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Celebrar a Luz Benigna não é celebrar o meio, mas o princípio de onde este emana e o fim a que se dirige (...) a Luz, por meio do Sol constante, alumia e não ofende.

A minha medida, a minha singularidade, é distinta da de todos os outros e só ela me possibilita tomar decisões autónomas.

A Sabedoria não é o que vemos com a luz, mas saber o que fazer com aquilo que vemos.

Aquele que sente...sente porque vive, mas é ...essa dimensão do sentir que dá essência à sua existência... não se pode sentir sem viver... do mesmo modo que não se pode, realmente, viver sem sentir...! A vida dá-nos esse íntimo sentir...e, esse íntimo sentir dá-nos vida! O ser extingue-se quando não vive...extingue-se quando não sente! O maior legado de cada um é esse íntimo sentir e esse íntimo deixar sentir...

O amor do que se ama prova-se pelo amor do que se deixa AMAR…

Oficiar o que se ama, isto é, o seu Ofício, prova-se pelo oficiante que se deixa Oficiar. O amor é essencialmente união, é Ofício, e amar verdadeiramente é oficiar o amor.

Superar é ser mais que aquilo que se aparenta ser, é exponenciar a sua própria abrangência... é totalizar-se, cumprir-se e potenciar-se.

É preciso saber viver, para poder saber morrer... e há coisas que não morrem dentro de nós, mas que se matam dentro de nós, mesmo que queiramos que elas vivam.

Quem mais ama, mais madruga. O amor nasce com os olhos de quem pintou a vida de muitas cores, pois pintar com os olhos tapados cega a cor ao cego que vê. Esse amor, quando muito, será um amor pintado, um amor vivo e o verdadeiro sempre está com os olhos abertos, porque sempre vela.

Cada um de nós é vida, mas a vida não é de cada um de nós, pois somos um meio pelo qual a vida, ela mesma, se vive, e realizarmos essa vida em nós, vivendo essa possibilidade doada, é atingir o nosso ponto de liberdade.

O medo é o maior inimigo do guerreiro... se o perde está mais perto da morte, se o ganha está mais longe da vida.

A redenção é dar de novo possibilidade à vida... É aquele íntimo concriar do "eu".

Partilhar não é dar o que nos sobra, o que temos em excesso; a verdadeira partilha, o puro acrescento, é darmo-nos de forma total e irrestrita em tudo aquilo que somos, que fazemos e sentimos como ser essencial.

Há momentos, no nosso acontecer, em que é preciso estar muito atento. Por vezes, o destino bate-nos à porta, e teimamos em não abrir. Até que um dia, acordamos, abrimos a porta, e só lá consta o nosso vazio... e é com esse que teremos que lidar. Há momentos para bater à porta, há momentos para abrir... há momentos para chegar e momentos para partir. Depois, talvez a solução seja bater à porta de quem não abrimos a nossa. Não nos poderemos queixar, porque naquele momento, o certo, alguém veio à porta... mas ela estava fechada e quando foi aberta, já nada lá constava.

Amar é abrigar!

Ter linguagem é ter sentido, conceptualmente contido e passível de ser transferido igualmente pela linguagem: que é "símbolo-código" do sentido.

Somos a totalidade daquilo que já fomos, num reinício constante daquilo que seremos.

Conhecemos as pessoas não por sabermos os locais onde estiveram, o local onde estão, mas por sabermos a que lugares retornarão. Saber que alguém irá regressar a um determinado lugar, é saber mais que o "momento-tempo" e espaço concretos, é conhecer-lhe a pertença.

Viver não é deixar de ter feridas, mas responder ao apelo da vida, de forma essencial, para as podermos cicatrizar, resolver.

A Sabedoria não é o conhecimento. É através da experiência do conhecimento que obtemos a sabedoria, que é um estado superlativo de consciência: captando, inscrevendo e transmitindo sentido individual, com vista à realização do sentido último.