Coleção pessoal de luiselza

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Mais sábio do que morrer pelo que se ama é viver no que se ama.

Se há vida não há vazio; o vazio pode estar somente no que existe, jamais no que vive.

O conhecimento é poder para aqueles que desejam se arvorar pelas sustâncias dos domínios sociais. Para um individuo o (re)aprender deve ser, antes de qualquer coisa, um incansável exercício de prazer ininterrupto.

Não há erro em se repetir, sob uma nova óptica, aquilo que é dinamicamente perfeito.

Uma proposição possui apenas um, entre dois valores lógicos: Ou é verdadeira ou é falsa. A razão firme nunca envereda muito do seu espaço tempo por contradições óbvias.

Melhor viver, que tão somente existir, posto que, se a existência deriva de um respiro inicial sem pedidos, a vida é o somatório do que expiramos e inspiramos nela, com ela e por ela.

Sei que nossas mãos tateiam luzes, na esperança de caminhar além do que estamos... A fotografia, de nós, não nos pertence e é irreversível.

Talvez o único relativo controle que temos acerca do que devemos amar, é sobre como podemos amar.

Eu teria muito a reclamar, se não houvesse nascido... Estou tendo apenas que (re)fazer algumas calibragens não programadas.

Discutíamos, academicamente é claro, sobre felicidade e paz... E nem mesmo sei se você pode concordar comigo quando eu digo que a felicidade deve ser, ou do mesmo tamanho da paz, se esta for plena, ou maior que ela, acaso a tranquilidade não seja completa. A felicidade assim, se tem a influência de um estado de serenidade, não pode ser condicionada a nada além do intrínseco de si mesma. E você me pergunta como é isso... Por céus! O universo, mundo, mares não foram feitos para nos satisfazer, inclusive naquilo que nem sabemos como, onde, quando e por que soa o querer de tantas (im)possibilidades que não nos cabem. As terras humanas podem estar em guerra e, ainda que não façamos parte da querela, estilhaços podem nos chegar e tirar a quietude do sono ou da vigília. Se estivermos num ambiente e entre pessoas 100% em paz, isso se reverterá ao nosso momento. Do contrário, havemos de pagar um certo ônus: O de ativar nossas defesas e alertas, numa atenção que representa consumir energias. Ao nascer, pode o ser humano convergir para a felicidade incondicional e completa. E ninguém deve perder a alegria pelo navegar, algumas vezes obrigatório, em águas turbulentas, sejam suas ou estrangeiras. E por que começamos essa discussão? Porque, no sempre em que penso em você, imagino que uma felicidade infinita pode ser elevada ao infinito; mas a paz completa está muito distante das suas paredes.

Por mais que caminhemos por aquilo que apreciamos, nunca vamos longe o bastante naquilo que amamos... Enquanto houver o que amar, sempre haverá uma mesma estrada nova a percorrer.

Não acredito que existam fórmulas prontas para a (in)felicidade. Apenas compreendo que redomas, opiniões incontestáveis e ilusões impedem a oxigenação e o trânsito entre o que somos e estamos.

Das lágrimas que não saem pelos olhos e, por isso, são mais difíceis de evaporar... Naquelas terras andantes existe a certeza de agonias tão além de dilacerantes; há o trôpego caminhar por dores inúteis.

Pensar em algumas coisas e pessoas seria o equivalente a não pensar em nada, não fosse o nada um campo onde podem – ainda que não se deva e apenas em pensamento – ser plantadas infinitas possibilidades.

Sorte humana que os olhos não salivam. Sorte humana, que os olhos não salivam.

Uma das maiores fraquezas de alguém é não compartilhar as experiências obtidas com aquilo que se foi forçado a aprender.

Inexiste redoma perfeita para os que pensam; e não há redoma útil para os que evitam pensar.

Nunca teremos todas as respostas, pois jamais saberemos fazer todas as perguntas. É como se, a nível mental, também viajássemos numa seleção que lembra algo da genética. Faz parte do caminhar esse caminho tão (in)esperado... São as lacunas, e suas diferenças de pressão, que permitem que o ar circule e possibilitam o (re)nascer do vôo.

Aquilo que somente agora reúno todas as condições de ter, jamais me pertencerá. Se outrora as minhas mãos não puderam segurar as águas, agora elas não desejam. Para sensações que não se devem mais, resta um singular trançado de duplo adeus: A impossibilidade seguida do não querer.

Deste mar que estamos as águas, somos o mais próximo de entender um pouco além sobre o que é navegar.