Coleção pessoal de lilliancruz

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Em noites de escuridão, seja lua cheia.

Se a vida não mandar flores, plante o seu próprio jardim.

Eu havia me transformado num dia de mormaço, aquele dia que sufoca, sem vento e sem movimento. E aí chegou você, a perfeita combinação de um olhar chuva de verão com um sorriso de brisa fresca.

Eu não me incomodo com a tua complexidade. Pelo contrário, eu gosto dela. O teu caos me fascina e eu quero mergulhar nele, mesmo não sabendo nadar. Já deixei muito claro que quero me perder em você, não só no teu cheiro ou no teu abraço apertado, mas em você. Eu quero você por completo, cara. E, neste caso, completo não é o mesmo que inteiro. Te quero aqui, mesmo faltando uma parte que alguém pegou e não devolveu mais, mesmo com os dramas, com os problemas, com os traumas, com as mudanças de humor, com os medos que você finge não ter, com essa inconstância que me irrita frequentemente. Te quero sendo você, simplesmente você. Não tenta camuflar teus defeitos, eu sei que todos eles existem, eu sei que você ainda não sabe lidar com todas as facetas da tua personalidade, mas isso a gente aprende junto. Eu sei que você sente um vazio, mas não se preocupa, eu tô aqui para te preencher, te transbordar. Vem aqui, vou roubar um beijo teu, mas em troca te dou carinho. Vou roubar um pouco do teu tempo, mas prometo te dar amor.

Você só saberá se vai dar certo depois que arriscar uma tentativa.

É que eu sei que tu gostas quando eu falo com a voz suave e te beijo com firmeza.

Você me confunde, você me irrita, complica ainda mais essa minha vida que já não tem nada de normal. E eu juro que, de vez em quando, a vontade que eu tenho é de mandar você sair de perto e não aparecer mais. Vontade de te dizer umas verdades que causariam muito mais dor do que um soco bem dado na boca do estômago, vontade de te ignorar por um período indeterminado. Mas aí você chega com essa carinha de inocente que tem pinceladas de pura malícia. Me mostra esse sorrisinho quase imperceptível e abre os braços, claramente me convidando para um abraço. Aceito, afundo a cabeça no teu peito, me perco ao sentir o cheiro maravilhoso do teu perfume e logo me arrependo por ter cedido tão facilmente. Você me beija, aquele beijo que começa com ternura e que vai esquentando aos poucos: os lábios esquentam, o corpo esquenta, o clima chega em seu ápice e eu só consigo pensar que te quero ainda mais perto de mim. Tua boca desce para o meu pescoço, tuas mãos escorregam da minha cintura para os bolsos da minha calça. Tento me desvencilhar de você, finjo que não estou gostando, mas você ri ao notar minhas pupilas dilatadas e meu rosto corado. Meu corpo me condena, me sinto ardendo por dentro, queimando de vontade de ti, mas você me provoca ao beijar fortemente o meu pescoço ao invés de voltar para a minha boca. Aperto sua cintura com força, sinto como se pudesse te dominar, mas você logo me aperta ainda mais forte e prende minha perna entre as tuas, mostrando quem manda aqui. Mordo teu lábio, você roça a barba pelo meu queixo e me causa arrepios. Droga, realmente não dá para competir contigo.
Mas, sinceramente, desta vez eu não me incomodo em perder.

Ele é fogo, ela é água.
Ele é dos filmes, ela ama os livros.
Ele poesia, ela poetisa.
Ele sol, ela lua.
E o mar.
Há o mar.
Ah, o mar...
Amor, amar.

16 de junho, madrugada fria, 01h37min.

Uma série de pesadelos, uma noite sem conseguir dormir direito. Não sei o que está acontecendo e realmente não sei lidar com isso, da mesma forma que não sei o que fazer com essa saudade que veio se instalando pouco a pouco dentro de mim e que, de repente, tomou proporções absurdas. Busco diversas ocupações, tento extravasar de todas as maneiras, mas sinto que nada está resolvendo, nem mesmo a voz do Tiago Iorc nos meus fones de ouvido. O pior de tudo é que eu sei que só há um refúgio, mas não posso recorrer a ele agora.
Eu só queria entender o motivo pelo qual tudo isso está acontecendo, queria apenas as respostas para as minhas perguntas, mas percebo que não há explicação, sabe? As soluções sumiram, estou aqui com um problema que não sei nem como começar a resolver.
Talvez não haja o menor sentido em tudo que estou escrevendo e, sinceramente, eu estou chutando o balde, não tô ligando se isso vai ficar bonito ou não. Eu só quero (e preciso) deixar bem claro o quanto tudo isso me faz mal. Eu prefiro você perto, me machucando sem querer com a sua inconstância, haja visto que sua ausência consegue me torturar muito mais.

Pode vir.
Vem, mas não esquece de trazer sua caixinha de defeitos. Traz também a sua bomba de sentimentos e esse teu jeito impulsivo. Pode vir, mas eu quero que venha com todas as manias, inclusive aquela que nem você suporta.
Vem com aquele sorriso de canto ou com cara de choro, tanto faz. Bem ou mal, só vem. Com medo, frio, calor, sei lá, mas vem. E vê se vem logo.
Pode vir, tem espaço para você aqui dentro do meu abraço, no meu coração e, principalmente, no meu mundo particular. Vem inteiro, mesmo que se sinta vazio. Não se preocupa com nada, eu te transbordo. Só vem.
Vem e fica. Fica pelo tempo que for preciso. Não vou me incomodar se você quiser ficar para sempre.

Você acha que eu me incomodo com seu caos? Cara, eu quero morar nele.

Pouco a pouco, entre uma música e outra naquela playlist que só fala de amor, a gente percebe o quanto gosta daquele olhar. Sem aviso prévio, vem a saudade daquele abraço que aperta na medida certa, do beijo que tira o fôlego, da doçura de uma mão segurando a outra. Saudade daquele alguém que chegou de mansinho, veio como quem não queria nada, mas em pouco tempo já estava tomando posse de um espaço enorme no coração.

Vem aqui.
Me tira do chão de novo. Me tira dessa realidade dura, fria e vazia. Mostra que você é melhor que tudo isso. Me abraça forte e me encara, me deixa sem jeito, sem ar, sem razão. Aperta, não solta, eu quero morar nesse abraço. Segura minha mão e me leva para o seu mundo numa viagem de quinze segundos. Oito minutos. Quase três horas. Vinte e cinco dias.
Uma vida, se for preciso.



(Vem logo, tô esperando!)

Ah, moço.
Moço da risada engraçada
e do sorriso de criança,
das piadas sem sentido
e dos olhos da cor de esperança.
Ô, moço...
Se você soubesse
que esse seu jeito me encanta um tanto.
Se você soubesse, moço,
o poder desse seu sorriso de canto.
Moço.
Se você soubesse
o que cada "se cuida" carrega,
o que cada palavra entrega.
E com você por perto, moço,
meu coração sossega.

Eu só queria sentir teu cheiro de novo. Queria ouvir mais uma piada cheia de referências que eu demoro a captar, ouvir tua risada boba e bagunçar teu cabelo escuro que depois não volta para o mesmo lugar. Eu só queria te ouvir falar sobre qualquer coisa do seu mundo e, assim, sentir que faço parte dele. Conversar como se não houvesse amanhã e, a cada intervalo, sentir de novo a sensação daquele beijo delicadamente intenso e que sempre tem gosto de bala de morango. Queria também sentir de novo esse abraço quente, gostoso e que aperta como se fosse me esmagar; sentir a textura da tua mão na minha e o calor do teu corpo que me aqueceu em todas as vezes que andamos colados um no outro. Encostar de novo a cabeça no teu peito para sentir teu coração batendo e tua mão fazendo carinho no meu braço. Queria poder olhar no teu rosto de novo e me perder no teu olhar e, ao desviar, encontrar aquele sorrisinho tímido que aparece no teu rosto.

Queria você de novo ao meu lado. Por vinte minutos, duas horas, alguns anos ou, se possível, por toda a eternidade.

A gente viaja quilômetros em busca do que não existe.
E ao olhar para trás, a gente vê que não tinha o que procurar.
O que a gente queria estava ao nosso lado.
Mas a gente só olhava pra frente.
E perdeu a chance de encontrar.

O meu maior desejo é deixar minha marca no mundo. Não precisa ser no mundo todo, pode ser no mundo de alguém. E eu estou disposta a fazer isso.

Dia desses, um moço me disse que muitas pessoas se casam não por amor, mas porque querem fugir da solidão. As palavras não foram exatamente estas, mas foi algo com esse mesmo sentido. Eu queria dizer que não, mas o fato é que concordo com ele, porém, parei para refletir um pouco sobre o amor e sobre como as pessoas amam... isto é, quando amam. É claro que eu, com esse meu defeito de fábrica que me faz querer transformar tudo em conto, crônica, poesia ou qualquer coisa que possa ser lida, resolvi escrever sobre isso.

Eu não acredito nesse amor de filme, de música romântica ou de comercial de margarina, mas eu ainda acredito um pouco no amor. Acredito que alguém te ama e que você vai amar alguém. Talvez seu sentimento não seja correspondido, o que será uma pena, mas posso te garantir que julgar o outro por não te corresponder não é o melhor a fazer. Mas, sem fugir do assunto, vamos falar de amor, amor romântico, este que os poetas tentam explicar.

Tem muita gente idealizando o relacionamento perfeito, a pessoa perfeita, até mesmo tentando se encaixar numa perfeição que não existe. Eu, uma mortal como qualquer outra, já tive essa fase de ilusão excessiva. Passou, assim como (quase) tudo na vida. Hoje em dia, para mim, o amor é mais. É mais que perfeição, é mais que beleza externa, é simplesmente mais.

Quem ama, ama por inteiro. Você não vai amar a guria só porque ela é loira de olhos verdes. Não vai amar o cara por causa do rosto quadrado e do cabelo de anjo. Ou só pela inteligência. Isso é admiração, é paixão, não sei dizer o que é, mas eu não chamaria de amor. Digo e repito: o amor é mais. Bem mais.

Quem ama vê qualidades, mas enxerga também os defeitos e, acima de tudo, tenta aceitá-los. Ama pelos sins e pelos nãos. Ama quando o humor está ótimo, razoável ou insuportável. Ama a inteligência, a gentileza, a simpatia e, mesmo que tente, não consegue deixar de amar por causa de todas as coisas ruins que vêm naquele mesmo ser humano: a indecisão, a covardia, as manias, os medos.

Amor não vem do nada, sabe? A gente aprende a amar. É por isso que tem gente amando seu oposto, gente amando alguém tão parecido que até poderia ser sua cópia, gente simplesmente... amando. Acredito que dá, sim, para se apaixonar logo de cara. A paixão vem de avião, o amor vem caminhando a passos lentos. A paixão chega de surpresa, te pega de jeito e te deixa sem ar. O amor chega de mansinho e vai conquistando seu espaço entre uma conversa e outra, um conselho, um carinho demonstrado de forma mínima, mas que existiu ali, bem naquela fração de segundo... muitas vezes, o amor é a razão pela qual você respira.

O amor faz com que você sinta mais. Acredite, só quem já amou consegue conhecer todos os sentimentos. Amar é como desbloquear aquela fase do jogo que te permite mudar o personagem, conquistar novos territórios, enfrentar monstros diferentes e... eu não entendo de jogos, mas acho que deu para entender, né? Quem sente ou já sentiu amor, sem dúvida alguma, sente tudo com mais intensidade. Só sente falta quem já sentiu amor. Só sente angústia, ciúme, carência, medo de perder, vontade de estar perto e tantas outras coisas, quem já sentiu amor.

Amar, para mim, é complementar. A pessoa que você ama sempre vai te acrescentar algo, e vice-versa. E quem ama não desama depois. Eu vejo gente amando e deixando de amar no segundo seguinte, como se fosse possível. Como já dizia Lavoisier: "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Você não deixa de sentir. Se amou, já era, o sentimento impregnou ali e não vai sair nem que você lute com todas as suas forças para se livrar dele. Pode ser que depois de um tempo, de alguma briga ou de qualquer coisa desagradável, o amor acabe se transformando em rancor, ódio, mágoa ou no que você quiser que ele se transforme. Mas o "não sentir" não existe. Não mais.

E assim, pensando no amor e em tudo que ele pode ser, eu deixo Eduardo e Monica tocando e me pergunto: afinal, existe ou não razão nas coisas feitas pelo coração?

Eu olho pra ti e, cara, eu piro. Piro nessa cara pálida, na covinha no queixo e na falta de barba. Piro na tua boca em formato de coração... será que o beijo é tão gostoso quanto eu imagino?

Piro nos teus olhos, eles têm uma cor que eu ainda não sei exatamente qual é, mas gosto mesmo assim.

Cara, eu piro na tua pele bem branquinha em contraste com teu cabelo. Dá vontade de morder, de beijar, de deixar um rastro arroxeado no teu pescoço, teu peito e teus ombros. Morro de vontade de te abraçar e fazer cafuné nesse cabelo escuro como noite sem luar, de fazer uma massagem nos teus ombros e aproveitar para fazer cócegas, quem sabe assim você se rende e para de fazer essa cara de sério.

Você é poesia pura. E todos sabem da minha paixão por tudo que envolve literatura.

Cadê a outra metade?
Será que existe?
Será que está procurando sua metade?
Será que se perdeu no meio do caminho?

Eu sempre preguei que todo mundo é completo e só precisa de alguém para transbordar um pouco. Mas, às vezes, parece que falta um pouquinho para completar. Talvez não uma metade; pode ser que esteja faltando apenas um décimo. Mas falta. Só falta. E faz falta.