Coleção pessoal de Diogovianaloureiro
DAS ALMAS DIVERGENTES SEM CRIATIVIDADE E EGOÍSTAS
Há quem pense e declare que criar é copiar com capricho.
Mas só o espelho
repete sem alma e identidade a imagem do egoísta.
O criador verdadeiro tem intimidade com as estrelas e inventa constelações no escuro.
Já o copiador pega o céu roubado e assina com letra bonita, achando que o brilho alheio se replica no vazio das aparências.
O autêntico perde a voz e se torna uma lenda póstuma em um mundo de mentirosos, que vendem espelhos quebrados para refletir mentiras para os que não conseguem fugir do falso reflexo.
Ah, os que copiam…
querem ser outros
sem sequer saber
quem são.
Das tristezas do mentiroso a maior é nunca saber o prazer de ser ponte do que deslembra o tempo e a materialidade.
Vergonha é ser igual a todo mundo e não conseguir escapar. Mas essa vergonha será póstuma, assim como a inteligência do povo.
Falar do que não se vive pode garantir visibilidade passageira, mas é a visibilidade de quem ecoa o vazio da superficialidade, não de quem cria uma realidade concreta.
A verdadeira evolução está em habitar a própria experiência, sem os disfarces da aparência.
Aquilo que atraímos, em busca de fama ou validação, revela o que somos capazes de construir com autenticidade, ou o que seremos capazes de destruir... ou o que nos destruirá..
O tempo é único na experiência individual de cada um e o sistema neoliberal cria uma instituição imaginaria regulada por servidores de Clock para limitar o que é tempo dentro das suas engrenagens...
Se o povo se libertar do tempo ele volta a observar a beleza do passarinho e do cheio da flor.
Tempo é ansiedade e depressão na cabeça de quem não supera o tempo. Tempo é muita coisa, menos uma definição simples ou um ideal.
O TEMPO
O tempo é único para cada indivíduo — uma experiência íntima, subjetiva, impossível de padronizar. Mas o sistema neoliberal construiu uma instituição imaginária do tempo, regulada por servidores do relógio, que impõem engrenagens invisíveis sobre nossos dias.
Dentro dessa prisão simbólica, o tempo deixa de ser vivência e vira moeda, produtividade, controle. Quando o povo se liberta desse tempo artificial, ele volta a ver o passarinho, a sentir o cheiro da flor, a estar presente.
O tempo, então, se revela como ansiedade e depressão na mente de quem não consegue se libertar dele. O tempo é muita coisa — menos uma definição simples, menos um ideal absoluto.
O primeiro a pedir desculpas é o mais corajoso.
O primeiro a perdoar é o mais sábio.
O primeiro a esquecer encontrou a paz.
O primeiro a se desculpar enxerga além do ego,
O primeiro a perdoar abandona a disputa,
O primeiro a esquecer se permite recomeçar em paz.
Pedir perdão é aceitar a verdade,
Perdoar é abrir mão do controle,
Esquecer é abrir espaço para novas histórias.
Aquele que reconhece o erro e pede perdão aprendeu,
Aquele que perdoa dominou o ressentimento,
Aquele que esquece vive em paz.
Quem pede perdão demonstra lucidez,
Quem perdoa demonstra grandeza,
Quem esquece deixa de ser prisioneiro do passado.
Quem carrega a mágoa, adoece a alma.
O primeiro a pedir perdão é sábio, pois aceita sua humanidade.
O primeiro a perdoar é forte, pois transforma a dor em aprendizado.
O primeiro a esquecer é quem compreende que viver em paz supera qualquer ideal de felicidade.
A verdade é que não consigo carregar ninguém nas minhas memórias, nem a mim mesmo, quanto mais você. Mas isso não significa que não te amo. Significa que me apaixono por você todos os dias e que, na intensidade e profundeza do teu olhar, me refaço no amor que em ti vem me ancorar.
Se você nunca saiu de casa, você não é um filósofo.
Filosofar exige mais do que ler livros ou frequentar uma universidade. Um verdadeiro filósofo não pode se limitar à segurança do próprio lar, da sua bolha social ou da aprovação familiar.
A filosofia nasce da observação direta da sociedade, da experiência vivida e da reflexão sobre o que se vê e sente.
Um filósofo precisa se aventurar pelo desconhecido, aprender a se adaptar, isolar-se quando necessário, chocar-se com diferentes realidades e questionar o mundo ao seu redor, com desejo de libertar o ser humano da ignorância e da alienação.
Como alguém poderia filosofar sobre a sociedade apenas com base no que leu?
Sem experiência própria, sem embates reais, sem uma visão crítica construída na prática, a filosofia se torna apenas repetição de ideias alheias e não uma busca genuína por conhecimento.
Ser filósofo não é escolha,ser filósofo não é apenas um titulo.
Ignorar é uma ferramenta de poder em uma sociedade egoísta. Quem teme perder espaço ou deseja controle, finge que você não existe.
Na vida real e na internet, o silêncio estratégico molda narrativas e sustenta falsas imagens de superioridade.
Isso não é natural, é um jogo social vazio aprendido.
Muitos neurodivergentes, sem perceber, reproduzem a exclusão que sofreram e, às vezes, são mais cruéis do que os neurotípicos.
Nenhuma relação saudável machuca, relações verdadeiras sempre curam.
Existe uma fórmula para a felicidade?
Se um esquizofrênico sorri ao fazer um desenho, como poderia haver felicidade em um narcisista em tentar roubar aquela sensação dele?
As pessoas te invalidam pra roubarem tua essência.
A dor delas não é observar o diferente, a dor é não conseguir deixar de ser igual.
Críticar é fácil, difícil é enxergar a beleza das coisas.
Só se vê bem aquilo que se carrega dentro de si e se reconhece no mundo.
Crítico é aquele que deseja castrar, para assim obter completo controle sobre o mundo externo.
Carta Aberta aos Filósofos,
Sou um vivente e sobrevivente da filosofia. Ela me escolheu antes mesmo que eu pudesse escolher.
Observo o apelo comercial de muitos que se dizem filósofos, comprometidos com as engrenagens do capitalismo, vendendo o mundo ideal enquanto contribuem para a alienação das pessoas. Isso se parece mais com a dança da fogueira do que com a atitude do filósofo, que deveria ser, por essência, inconformado com a alienação.
A dança da fogueira sempre existiu. Mas ao invés de libertar, muitos preferem entreter os prisioneiros, vendendo sombras como se fossem luz. A inconsciência é individual, mas toda consciência é coletiva. E a exploração, a indiferença e as ilusões fabricadas pelo mercado sempre serão revisitadas, seja pela dor, seja pela história.
Este é um lembrete de que nossa vida é finita e, nesse intervalo, não podemos nos confundir entre o essencial e o perecível. Entre a verdade e a conveniência. Entre justiça e lucro.
Não desejo ferir egos, até porque desconheço o senso de self.
O que importa não é o que nos beneficia, mas o que é justo.