Coleção pessoal de Leonardojjms
Para inventar um pensamento
é preciso um argumento
pensai que isso desse jeito
aperta os parafusos que
firmam esse pensar
no imaginar essas frases
são penças desse
argumento pensado
para o tempo passar...
lendo algo totalmente
eventado para aperta
parafusos...
Um poema veio me pedir palavras
para guardar a poesia que trazia
ok, vou pegar umas aqui, quais
que palavras entre tantas guarda
com exatidão o que me pede
esse velho amigo: me, guardar e poesia
cabe bem na ideia de pedir;
pedir pensamentos que não perca
a poesia nas palavras que guarda
o bem que me faz esse poema
me falando que sou poeta
que com palavras se trata
a alma com doses de poesia.
Esquecendo-me de palavras
que feriram-me...
Uma palavra pega outra tomando movimento
O sapo pula procurando alimento,
libélula...
Voando a palavra no pensamento
e a ideia de olho na imagem
Solta uma frase pegajosa
a libélula some da linha
A ideia salta pra outra
tomando movimento
Palavriando o momento
que mim vinha
A palavra pega uma:
libélula e some
Na fome do sapo
que pula
Na mente que não é mais
só minha
Como são admiráveis as pessoas as quais, que, com elas não convivemos;
a doce ilusão dos nenhuma razão.
A conclusão é a alegria das palavras
numa expressão, enraizada na imaginação
a dúvida não a derruba; pode soprar...
pensai — a dúvida é um deserto: questão
escaldante, escassez de palavra;
e sem palavra a mente não vê — sem
expressão o ser humano não entende,
não entender e não fazer ideia; a ideia
nasce das palavras: com palavra se
faz uma ideia e ideia feita é expressão
na mente — é algo visível ao pensante:
é água na questão — palavras veem
tudo que existe... por na mente aimaginação
é viajar na alegria da conclusão de
cada expressão!
Os efeitos de um poema
São os mesmos dos sonhos
Ao acordar a mente a tais
Palavras que é tal poema nelas
Levanta-se um tudo isso
Em sensações, um texto
Te pega e, te lê em cena...
Colocar a palavra na boca mastigar
engolir: colher com a mente a percepção que palavra pensada tem o sabor
do conquistar nova imaginação. Ler é comer palavras e digeri-las no raciocínio é gerar compreensão, quem não as digere na atenção não usufrui da energia dos sinônimos que iluminam a imaginação.
21/05/2025 12:07
Foi beirar o mar
Fez companhia as ondas digitarem
sobre a areia
Foi uma palavra sobre outra
Fez verso com areia
Foi o som da rima quebrar
Fez espuma pensar
Foi leitura no rosto
Fez a azul o pano de fundo
Foi uma palavra...
Foi uma palavra...
Sobre a outra
Foi beirar o mar
Passa um besouro
Vejo flores azuis e vermelhas
Enquanto grilos tão na minha orelha
A luz do dia na raiz de uma velha planta
Canta com ela a chuva leve
E o pensamento aquele besouro leva
Foi no jardim colher letras
Para montar um poema
Atraindo com elas o fervor das borboletas
E ao leitor a cena
As primeiras palavras
O canto dos versos
A forma da ideia
Na dança das palavras
A metamorfose
Até então apenas palavras de dicionário
Eclode então
Da dança das palavras
Estendendo suas asas a linda poesia
Voa
Voa no poema
Planando nos versos
Amarrei meu poema de baixo de um texto imaginário; escuta ele comendo as palavras que cai na estrofe
Trazer no texto uma fotografia
de quando as palavras faziam
demora as margens de um fim de tarde
e as imagens descem ao ocaso da frase
supondo poesia
Pegue o som em uma frase
E ele se solta mais na frente
Em outra e outra comumente
Ele dispõe da primeira como base
Pula nela novamente
Para ir mais à frente
Não se contenta com o quase
Enquanto não passa de fase