Coleção pessoal de legionaronatan

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Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...

No alto

O poeta chegara ao alto da montanha,
E quando ia a descer a vertente do oeste,
Viu uma cousa estranha,
Uma figura má.

Então, volvendo o olhar ao subtil, ao celeste,
Ao gracioso Ariel, que de baixo o acompanha,
Num tom medroso e agreste
Pergunta o que será.

Como se perde no ar um som festivo e doce,
Ou bem como se fosse
Um pensamento vão,

Ariel se desfez sem lhe dar mais resposta.
Para descer a encosta
O outro lhe deu a mão.

Às vezes sou considerado
Um louco, pelo modo
Que penso, pelas minhas ações
Pelo meu gritar, pelo meu chorar
Pelo meu sorrir.

Às vezes sou considerado um louco
Em dizer que a única e real felicidade
Está em meu criador Jesus Cristo.
Em dizer que sonhos sem derrotas
Não são sonhos, que sonhos sem
Lagrimas derramas, não são sonhos,
É apenas uma ficção.

Às vezes sou considerado um louco
Por ser amante das palavras, por ser.
Fã daqueles que me fazem refletir
Com suas poesias, por fazer da música
A minha reflexão, por fazer da Bíblia
O livro dos meus livros.

Às vezes sou considerado louco
Por muitas das vezes fazer
Das minhas ações, erros, sonhos,
Realidade, e vida, as minhas palavras
A minha reflexão, a minha poesia.

Se é assim, quero ser sempre louco
Louco pelos meus sonhos, pelas minhas
Poesias, por tudo que me faz ser um
Pássaro livre. Se sou considerado louco
Não tenho culpa, pois assim é que sou
Um homem feliz.

Existe um prazer garantido em ser louco e que apenas os loucos conhecem.

O louco, o amoroso e o poeta estão recheados de imaginação.

Nunca

Nunca ninguém sabe se estou louco para rir ou para chorar…
Por isso o meu verso tem
essa quase imperceptível tremor...
A vida é triste, o mundo é louco!
Nem vale a pena matar-se por isso.
Nem por ninguém.
Por nenhum amor…
A vida continua, indiferente!

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Você tem o direito de falar o que pensa,
Mas não tem o direito de julgar quem não conhece
Liberdade de expressão é um direito de todos
Mas, em vez de falar, então faça algo que preste

Na música, o próprio silêncio tem ritmo.

Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música.

A música é o tipo de arte mais perfeita: nunca revela o seu último segredo.

A música é a linguagem dos espíritos.

A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição.

A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.

O homem que não tem a música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de traições, de conjuras e de rapinas.

Sem a música a vida seria um erro.

Nessa horas de silêncio.
de tristeza e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
cheio de mágoa e de dor,
o sino do companaro
que fala tão alto solitário
com esse som mortuário
que nos enche de pavor.

Um dia a lágrima disse ao sorriso: invejo-te porque vives sempre feliz. O sorriso respondeu: engana-te, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor.

Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia.

SONETO CV

Não chame o meu amor de idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.