Coleção pessoal de LaylaPeres

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Não preciso ficar apaixonada por alguém que precisa necessariamente me massacrar. Sei que vou muito além de qualquer anos de sofrimento, ou de qualquer ciúmes idiotas de qualquer menina que o rondou. Mas sabe, tô tão perdida.

É difícil ser sozinha, acordar sozinha e logicamente enfrentar o mundo inteiro sozinha. Mas ao mesmo tempo ser sozinha me faz entender que não preciso de um homem qualquer para me sentir viva.

Já amei sim, amei muito, mas já faz tanto tempo. Meu Deus, não lembro mais como é se sentir apaixonada. Me Deus, não lembro mais o que é ficar o dia sussurrando ou olhando para o celular, aflita. E eu sinto tanta falta disso. Mas ao mesmo tempo me sinto bem. É um misto desregulado de emoções que não sei mais lidar.

E eu só queria que alguém chegasse. Só queria acordar e ver que a minha idealização não foi tão mal. Só queria que alguém me fizesse entender que o amor não é tão cruel como eu penso.

É muito choro aglomerado que teimei em não chorar. Muito silêncio transcrito. Muita dor em forma de poeminhas ou contos.

Eu não posso ligar para nenhum cara que fez parte da minha vida e implorar para que ele volte correndo para minha história. Não posso sair procurando o amor aonde eu nem fui chamada. Não posso continuar assim, eu sei que não. Vem me buscar, vem me buscar e me tira dessa confusão que criei durante tantos anos.

Tô tão perdida, tão estranha, tão fora de tudo aquilo que sempre coloquei em prática. Eu só queria que alguém me achasse mas nada verdade, não sei se quero me encontrar.

Não sei qual parte de mim ficou perdida por aí. Depois de tantas despedidas e desesperos fica até difícil sair por aí reconstruindo.

Por mais forte que eu seja, por mais descrente que eu possa ser, eu sinto por tudo, por todos. E eu sou livre. Até demais. Não me prendo em memória, e nem em amores. Meu espírito é de qualquer garota desapegada, e isso não é tão ruim.

Muitas vezes me senti sozinha, mas aí eu me lembrei que cultivei isso. Me fechei para que ninguém mais pudesse entrar na minha vida e eu não suportava a ideia de que uma hora ou outra, alguém iria embora. Ninguém suspeita mas eu choro muito.

Eles queriam meninas mais velhas e pobre de mim, tinha apenas de doze, treze anos. E daí? Não liguei. Segui minha vida conforme aquilo que muitas vezes acreditei ou como todo mundo diz: Na boa. Mas eu não iria ficar triste por tamanha mudança. Não iria mais sentir descolo por ser tão sozinha, desde pequena e não iria mais deixar que alguém pudesse fazer algum comentário maldoso em cima de qualquer atitude minha.

Daí os anos se passaram com uma rapidez incrível. Guardei minhas Barbies, guardei minhas bonecas, e tudo que tinha direito. No lugar de bonecas vieram os garotos. E como era bom falar deles quando tinha treze anos.

Na verdade, eu amei apenas um e logo me disseram que ele não seria o amor da minha vida, e que vão existir outros e mais outros. Aí, sinceramente não gostei da ideia de ser de outros. Por isso, me fechei durante muito tempo. Não ousava olhar para qualquer outro menino, e eu segui na linha da fidelidade sem reclamar. Mas afinal de contas, eu estava sendo fiel a quem? A um amor fantasma ou ao um vazio? Não sei o que foi pior.

Apesar de ser muito sofredora entre aspas e milhares de pontos de interrogação, sempre fui muito esperta. Nunca acreditei em homens.

Não me tornei a princesa, e nem moro num castelo. Se eu pudesse, até casaria com o príncipe Harry mas não tem nada a vê comigo, então esquece. Meus sonhos de infância se foram e só sobrou o que sou de verdade. Aquela mesma menina que olhava para baixo no edifício do padrinho (lê-se: pai) e que cuspia na cabeça dos outros, é a mesma que olha para o vazio procurando alguma solução para todos os problemas.

Daí eu passei a metade da minha vida idealizando coisas que nem cheguei perto de alcançar. Quando criança queria ser uma princesa, morar num castelo e acabar com a pobreza e desigualdade – Fui uma criança consciente de todos os males da vida, e desapegada do jeito que sou, sempre me facilitou e dificultou tudo –

Morri muitas vezes por aquela frase que queria dizer e não disse. Morri muitas vezes por aquele amor que poderia ter dado, mas por teimosia, escolhi negar. Sofri quando desperdicei o amor, sofri por ter desperdiçado a minha vida por nada.

Milhares de vezes me arrisquei por aqueles que nem se lembram mais de quem sou – Por mais dor-de-cotovelo que possa ser considerada essa frase, não estou mentindo. Muita vezes, lutei, enfrentei, e movi o mundo por aquele que não se lembra mais da minha existência, e nem foi por isso que eu morri.

Escrevo milhares de frases apaixonadas e nem imaginam que eu faço meninos sofrerem. Escrevo milhares de frases de pessoa bem resolvida, mas mal imaginam que sou a pior pessoa do mundo para tomar qualquer decisão. Daí eu fico naquela dúvida de quem eu sou de verdade, o que eu quero e o que realmente preciso.

Amores grudentos fazem um mal danado dentro da gente. Buscamos água para que fique mais digestível, mais gostoso, mais doce, mas tudo o que conseguimos é o azedo de um amor perdido.