Coleção pessoal de LaylaPeres

21 - 40 do total de 694 pensamentos na coleção de LaylaPeres

Eu era feliz por ser amiga dele. Era feliz porque querendo ou não, perdidamente ou não, saberia que ele estava me esperando para me aconselhar. Mas quando dei por mim, ele havia ido embora para sempre, e eu fiquei sem meu amigo. Meu amigo tão apaixonante, dos olhos lindos e de um sorriso de lado. Meu amigo tão seletivo, e tão cheio de frases de efeitos. São três anos de pura loucura, de críticas e de situações deprimentes. Aprendi a beber, e me comportei de forma que nem sabia o que estava fazendo. A única coisa que realmente queria era me livrar de toda loucura que criei. Eu não o amei, e tenho certeza disso. Passava dias sem saber dele, e não sentia saudade. Quando resolvi colocar ponto final, senti saudade por toda minha família. Senti saudade de ouvi-lo. Senti saudade dos apelidos e até mesmo daquela grosseria toda.

As namoradas que ele teve nesses três anos eram feias, mas ainda assim, ele até hoje tem a mania de namorar as meninas que possuem as mesmas cores de cabelo que eu. Quando estava morena, ele ficava com as morenas, quando estava loira, ele namorava as loiras. E eu nunca entendi muito bem qual era a dele, e ele certamente nunca deve ter entendido porque eu fiz esse drama todo em cima de um amor mal resolvido. Muita coisa atrapalhava, e eu arrumei desculpas e disfarces para ser dele, as escondidas. Fui dele sem que ele saiba. Fui dele mesmo quando havia ido embora. Escrevi para que ele entendesse que o amava, mas ainda assim, foi uma besteira. Escrever nunca vai fazer ninguém voltar, e eu tive que aprender isso.

Eu não sei mais nem por onde você andou esse tempo todo. Se passou tantos anos, tantos dias e milhares de horas sem ele. Não foi por isso que eu morri. Fui do luxo ao lixo milhares de vezes. Caí sim, dezenas, milhares de vezes mas eu usava salto altíssimo, e hoje, eu tô aqui. Mas com uma força estranha consegui desapegar levemente de tudo. Por uma forma estranha consegui balancear todas situações que um dia passei - algumas divertidíssimas, outras tristíssimas - Não sei mais nada sobre você e você não sabe nada sobre mim. E é tão mais triste do que cômico. Já não me acordo querendo destruir. Mas eu preciso escrever sobre você. Preciso lembrar a todos, e principalmente, preciso lembrar que um dia gostei muito de tudo isso, mas que hoje, depois de tantos meses, nada mais faz sentido. Aliás, o único sentido que faz é eu ter ido embora uma vez por todas da sua vida: sem despedidas, sem choro, sem você, e infelizmente, sem mim.

Por ser muito corajosa, nunca havia me deixado com tanto medo antes. Foram inúmeras perguntas sem nenhuma resposta. E como eu sempre gostei de ter todas as respostas de todo aquele inferninho, resolvi dar um tempo. Fui aproveitar minha vida, e fui conhecer tudo aquilo que o mundo estampava. Mas depois de todas as festas e de todas péssimas intenções a única coisa que realmente queria e precisava era dormir por um bom tempo, ou até mesmo dormir para não acordar nunca mais. A única coisa que me fazia chorar naquele tempo era saber que ele nunca mais iria gostar de mim. Nunca mais iria dizer que eu era a importante para a vida dele. Nunca mais iria dizer que iria me buscas. As despedidas que fiz comigo foi terrível. Tive que esquecer muitas vezes quem eu era, para me tornar o que eu sou hoje. Sou um enorme bloco de gelo que não se quebra. Sou uma enorme pedra. Forte, franca, e nada fácil de tirar do caminho.

Não, não vai passar. Vai amenizar, irá se tornar sutil, uma dorzinha, mas não vai passar. Não vou deixar de viver a minha vida, mas também nunca vou deixar de sentir esse vazio ordinário e sem sentido que deixou dentro de mim. E por mais que eu precise conhecer outros sorrisos, beijos e abraços, nunca mais quero ter a sensação de que todo amor é tão inútil. Roupas jogadas por toda parte, uma pessoa totalmente diferente daquilo que estava acostumada. Não era mais eu, era alguém mais magra, mais loira e com maiores olheiras. Era alguém pronta para acabar com todos os corações que ousassem em me tocar. E eu estava muito pronta para acabar, para usar e desusar. Eu estava pronta para ser uma verdadeira vaca com todos os meninos que poderiam se aproximar. Não era assim, nunca havia tomado tantos porres. Não era motivo algum para se mostrar mais feliz, e hoje eu vejo que foi preciso ser aquilo que nem sei mais o nome.

Eu sempre sinto sua falta. Mas aí tento pensar em coisas felizes que aconteceram comigo quando não havia mais ninguém aqui. E aí, eu só consigo ficar triste. Triste porque eu queria ser sua para sempre. Eu queria tanta coisa, e nada chegou a acontecer. Eu queria ser a sua menina pelo resto da minha vida, mas eu não consegui, e você nem ao menos tentou. Sei que deveria ter dito tudo que precisava, mas fui tão covarde. Tive medo de você ir embora com as minhas palavras tortas, mas de uma forma ou de outra, foi o aconteceu. Não disse nada e você foi embora. Eu tento colocar uma música feliz ao fundo, danço, dou risada, mas me sinto tão podre, tão sozinha, tão sem aquilo que era de verdade.

Depois de várias festas, doses fortíssimas e ficadas com desconhecidos, a única coisa que realmente queria era chegar em casa e ter certeza que você não havia ido embora como achava. Mas não havia outra escolha. Você foi embora e eu precisava também ir. Tinha uma vida lá fora me obrigando a seguir tudo aquilo que pregam, e doeu tanto saber que não iria nunca mais ouvir você, e nem de você. Doeu muito mais recomeçar, e ter que enfrentar o mundo com aquelas milhares críticas e com aquela famosa frase clichê: Vai passar.

A gente se perdeu sem data prévia de retorno. Foram vários desencontros e neles havia tantos motivos que fizeram com que essa distância fosse maior do que qualquer muralha. Entre os melhores sorrisos e suspiros o seu era o meu preferido. Depois de conhecer vários sorrisos, suspiros, braços e abraços, o único suspiro e sorriso que queria ouvir e ver era o seu.

Tentei encontrar motivos para te amar desesperadamente e não achei mais nenhum. Tentei encontrar motivos para poder te ligar no meio da noite mas também não encontrei. Tentei encontrar algum motivo para continuar escrevendo e sinceramente não achei.

O ano terminou e eu finalmente fiquei livre disso. Refiz minha maquiagem e meu orgulho e saí por aquela mesma porta que entrei. Saí para ser feliz e ter a vida que tanto desejei. Refiz tudo aquilo que destruí por orgulho, e me dá a minha bolsa e me dê licença, por favor, porque lá fora tem uma vida inteira a minha espera e não posso sofrer para sempre por algo que nem eu mais sei se existiu.

De tanto me importar, calei. Fiquei quietinha, só com os mesmos problemas e novos textos. Nem sei mais por onde ele anda, e nem quem é a sua namorada. Mesmo que ela seja linda, sempre vou achá-la feia. Não sei mais sobre faculdade e nem sobre suas bandas preferidas. Os três anos se acabam por aqui. E eu o expulsei de uma vez por todas de dentro de mim. Não quero mais saber. Não quero mais nem ao menos ser invadida pelos mesmos pensamentos de sempre, e nem vou querer fuçar em suas redes sociais só para ver se está bem. Você não se importou comigo, e nada mais justo te ignorar para sempre.

Escrevo a favor da vida, da saudade e até mesmo da loucura que criei. Foi essa loucura que me fez ter blog e até mesmo aflorou o meu lado tão menina. Mas nesse processo de loucura, a única coisa que realmente queria fazer era abusar da vontade de todos. Não me importei quem me amou ou quem iria me amar. Passei por cima de tudo aquilo, e eu não queria mais ser de ninguém. Só conseguia sentir um vazio filho da mãe. Ele havia sumido do meu mundo e eu só conseguia ser uma vaca.

Aprendi a beber, e me comportei de forma que nem sabia o que estava fazendo. A única coisa que realmente queria era me livrar de toda loucura que criei. Eu não o amei, e tenho certeza disso. Passava dias sem saber dele, e não sentia saudade. Quando resolvi colocar ponto final, senti saudade por toda minha família. Senti saudade de ouvi-lo. Senti saudade dos apelidos e até mesmo daquela grosseria toda.

prendi a beber, e me comportei de forma que nem sabia o que estava fazendo. A única coisa que realmente queria era me livrar de toda loucura que criei. Eu não o amei, e tenho certeza disso. Passava dias sem saber dele, e não sentia saudade. Quando resolvi colocar ponto final, senti saudade por toda minha família. Senti saudade de ouvi-lo. Senti saudade dos apelidos e até mesmo daquela grosseria toda.

Eu era feliz por ser amiga dele. Era feliz porque querendo ou não, perdidamente ou não, saberia que ele estava me esperando para me aconselhar. Mas quando dei por mim, ele havia ido embora para sempre, e eu fiquei sem meu amigo.

E eu nunca entendi muito bem qual era a dele, e ele certamente nunca deve ter entendido porque eu fiz esse drama todo em cima de um amor mal resolvido. Muita coisa atrapalhava, e eu arrumei desculpas e disfarces para ser dele, as escondidas. Fui dele sem que ele saiba. Fui dele mesmo quando havia ido embora. Escrevi para que ele entendesse que o amava, mas ainda assim, foi uma besteira. Escrever nunca vai fazer ninguém voltar, e eu tive que aprender isso.

Ele foi embora do meu mundo, e eu fui embora do dele. Não havia mais nada para se dizer e nem para fazer. Mas tudo aquilo era bem maior que a minha pobre existência. Era muita revelação, muito silêncio, muito amor imaginado para pouco eu.

Foram três anos de euforia, alegria, dramalhão e até mesmo de amor. Foram três anos repletos de choros anulados, de previsões astrológicas e de espiadinha em sites de relacionamento. Finalmente o tempo passou, e eu preciso me comportar com uma mulher adulta que sou

Tentei pensar coisas sérias, coisas de mulher bem resolvida, mas a única coisa que conseguia pensar era que queria de novo estar com ele. De grudar nele. De ficar para sempre naquele colo quente. A única coisa que consigo pensar é que quero viver para ele.

E ele me beijou algumas vezes, com direito de música de fundo. Mas eu não tava nem aí para a música que tocava ao fundo. Eu estava muito aí para ele. Para ser dele. Para tentar entender que eu não conseguia. E ele colocava sua mão em volta de mim e eu só queria saber os motivos para que ele gostasse de mim. E ele ria. E na verdade, eu ri também. Sem medo algum que ele fosse embora, porque eu sabia, não iria embora naquela hora. Poderia ir embora depois, ou meses depois, mas não naquele momento.