Coleção pessoal de lasana_lukata

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⁠periferia
o vento de outono soprou
e fui colhendo folhas...
em cada uma havia um verso
e todas juntas um poema,
que agora averbo em teus ouvidos
e na margem deste mundo.
o meu poema te rodeia,
espaço branco producente,
de umidade e razão.
garça, alba plumagem
onde escrevo teu nome.

⁠abertura do ano mal começou,
na fala do amigo a rima com ou,
Fátima morreu e Jorge se enforcou.

⁠tarde atijolada
o pai pedreiro
trabalha no céu
erguendo o muro
que nos separa da loucura

⁠ah, se toda pancada fosse de chuva
e a pouca distância, de fato, uma curva...
minha vida envolvida em água tão turva,
tropeçando, caindo, infinitos estorvos.

⁠A insaciável sede tem de ser atingida,
repetidamente,
pela água.

⁠meus versos são chapiscos,
sempre fogem dos apriscos,
voam fora do teu céu.

⁠Brasil, rotina: em cada esquina uma propina.

⁠o perverso
encontra em Deus
um adversário

⁠poema é igual dinheiro, tem que circular.

⁠meus olhos
são dois cavalos rebeldes
que de repente disparam pra longe
e regressam com as patas sujas de versos.

⁠dependendo da queda,
cair no chão
já é um amparo,
melhor do que o abismo.

⁠ao escrever A Madrasta de Pedra, eu não fiz opção pelo sofrimento, eu tinha um material sofrido de onde extraí poesia.

⁠a diferença entre Deus e o diabo
é que Deus acusa,
o diabo sempre acusa

⁠Lugar de poucas coisas, poesia é quitinete.

⁠Dizem que que ama a porca ama os porquinhos, mas, se a porca é Féia, cuidado com os porquinhos.

⁠são sempre as FEZES SOCIAIS
que querem comandar os países,
estados, municípios.

No sol todo mundo brilha⁠,
queremos vê-lo é nas sombras.

⁠a garça aviva sua brancura
a garça encrespa sua brancura
a garça finge suabrancura
a garça é plágio do urubu

⁠A internet deu a onipresença aos escritores, mas são criados novos corredores para passar somente alguns.

⁠olho a para um lado,
lama e lodo.
talvez seja a parte,
parece o todo.

olho o outro lado-
lodo e lama-,
parece que este mundo
está em chama.