Coleção pessoal de kosmo_philip

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⁠Como treinar seu coração partido

No porta malas de um chevette empoeirado,
duas pessoas se amaram,
através da noite,suas asas cresciam
e suas inocencias perdiam.

Fica mais um pouco, eu pensava,
enquanto as luzes da rua reluziam
tons alaranjados em seus lindos
cabelos loiros.
Suas mãos nas minhas coxas enquanto
eles nos procuravam.
O suor caía como estrelas cadentes, uma a uma,
gota a gota.

Pra sentir seu beijo de novo, eu morreria
um beijo que saía de seus lábios e deslizava
sobre meu pescoço, e eu tremia.
Por um instante você parava, me olhava com
seus inocentes olhos castanhos e me encontrava
os lábios.
Ah, eu morreria!

⁠Eu queria escreve algo bonito, como água viva,
algo desnudo de sentido, mas que tivesse importância
para quem entendesse.
Gosto de escrever com tinta vermelha,há algo real no vermelho,vívido
como o sangue,
me faz lembrar que somos humanos.
De uns tempos pra cá, comecei a observar as estrelas,
pequenas bolinhas brilhantes na tessitura do cosmo,
elas cantam suas melodias para a noite, como o amante à sua dama.
Será que elas me veem?
E nesses momentos me torno um com o universo, te abraço
forte e posso sentir a batida do seu coração,
a brisa terna da sua respiração no meu pescoço e o farfalhar de sentimentos que
valsam pelo ar, uma composição de Wagner.
Que alegria! encontrei o ovo de Clarice.
O ovo disse que é o mundo...
Ou talvez fosse outro ovo
Onde já se viu ovo falar...
Tento descrever meu sentido,mais me faltam palavras no momento.
Você caminha beleza, como a noite banhada pelos frígidos raios da lua cheia.
Caminho apreensivo sobre labaredas de fogo, esse fogo é real? se dói é porque
é real.
Mas essa dor não é física, não, mas é exata.
O que sou agora, o que fui e o que serei ocupam o mesmo instante no espaço-tempo.
Você diz isso porque tem medo do futuro!
Não, eu digo isso porque o compreendi.
Meu futuro é agora, e quando você ler isto ja terá passado.

⁠Certo dia acordei e
me perguntei o porquê;
e o porque me escapava,
por entre as tenras juntas
dos meus dedos pálidos.

Como lágrimas,como fonte,
e a fonte inesgotavel do meu ser,
esgotou-se em um súbito baque,
de realidade.
Tambem corre sangue nessas veias
Tambem pulsa esse coração, maldito.

Grito nessas linhas,
mas quem ouve senão
Os delírios sufocados
De um narciso incompreendido.

e chorei ,enfim, minha desinfancia.
e eu tambem senti,o que um dia
me recusei a acreditar;

e doía, e dói, e doerá .

⁠Sempre me amei primeiro,amor,
seu cheiro vicia mais que Johnny Walker,
fiz esse verso no papel molhado,
alienado pela dor e pelo álcool,

Seus olhos castanhos me excitam e me afogam,
me afagam e me iludem,
me iluminam e me destroem,
como pode? como pôde?
dilacerar minha vil inocência,
inocente,meu coração se desfaz
pra que você venha novamente
como você sempre faz.

E eu permito,não minto.
Não! minto. me entrego,
sem freios, sem bloqueios,
eu sinto.e me afogo
de novo, e de novo
e de novo...

Quero escrever!
Escrever não é solidão; é amor próprio
Quero escrever!
Escrever é afagar a alma, é se livrar
dos anseios,
Quero escrever!
O que os olhos tocam,o que as mãos veem
o que o coração sente,
Quero escrever!
Até meus dedos sangrarem, meus olhos cansarem,
Meu corpo doer;
Pois tudo o que me resta é escrever.

Carrego fielmente a escuridão nas costas;
Não pedi por ela,me foi entregue,me foi marcada!
Dolorida; "abolida", mas não esquecida.
Impregnada; antes com chicotes, hoje com balas.