Coleção pessoal de kellyfaustino

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Eu gosto das tuas chegadas, menino. Quando você chega tudo fica mais bonito, mais alegre. Não sei não sorrir ao ouvir a tua voz tímida ou risada sem jeito do outro lado da linha. O dia pode ter sido o mais cansativo da semana, mas encerrar a noite com a tua companhia vira o jogo. Ah! Você é bonito, já falei? É possível haver constelações em um olhar? Porque há constelações no teu. Faço do teu peito morada se você aceitar a condição de não voltar atrás. É aqui que quero ficar.

E talvez eu devesse pedir desculpas à algumas pessoas por ser tão silenciosa às vezes. Enquanto outras deveriam me agradecer por ficar quieto e não falar tudo que elas merecem ouvir.

"Se as derrotas não fizerem um homem cair, dê-lhe muito sucesso, que, embriagado
com ele, cairá."

A violência não é causada apenas pela ação dos tiranos, mas também pelo silêncio
dos que se calam.

Somos ávidos para julgar e
lentos para acolher.

O que escolhemos hoje é matéria-prima que será
transmudada em vida futura.
Se escolhermos amar, restarão boas saudades.
Se escolhermos a indiferença, restarão remorsos.

Uma coisa eu aprendi da vida e nesse aprendizado levo meus dias: não adianta ter tudo e não ter ninguém! A vida é muito efêmera para dar valor a coisas tão inférteis. A vida só faz sentido quando passamos a viver no outro. Quando no outro somos lembrados. Quando o outro nos faz falta. A vida só faz sentido se formos dos outros e não das coisas. Dias traiçoeiramente preenchidos por status, sucesso e riqueza emitem vazio do olhar, pequenez da alma, desgosto em ser e não valem sequer a felicidade de um dia apenas transbordado de afeto.
Não negligencie a vida, e viva para marcar-se no outro.

A maturidade também se expressa no que pedimos.
Outro exemplo simples. Uma pessoa fumou a vida inteira,
nunca se esmerou por lutar para deixar o vício, e, num determinado
momento, descobre que tem câncer. Então se
coloca a pedir a Deus um milagre.
É justo?Adoença não nasceu das escolhasque fez?Será
que Deus tem como mudar os destinos de nossas sementes?
Ele não estaria desrespeitando a nossa liberdade? Tenho o
direito de querer colher o que na verdade não plantei?
Acho pouco provável. Há um jeito mais interessante
de pedir a Deus um milagre: mudar de atitude, antes que
nasçam as doenças.
O milagre é realizado a quatro mãos. Mãos de Deus e
mãos humanas. Aquilo do qual cuido hoje, mediante a experiência
de minha disciplina, é o milagre que Deus já me
reservou. O que deixo de fazer, ou o que negligencio agora,
poderá comprometer o bem a que Deus já me destinou.

O que enxergamos no outro como encanto é o que de alguma
forma experimentamos em nós como ausência. O que nos
fascina no outro é o que nos falta.

Não tenho nada que me prove a existência de Deus,
Mas mesmo assim ele continua sendo
O absoluto dos meus dias.
Nunca choveu maná no quintal de minha casa
E a imagem que tenho da Virgem Maria
Nunca derramou uma lágrima.

O que tenho aqui é esta mão machucada,
Este dedo sangrando,
Este nó na garganta,
Este humano desconsolo,
Esta dor,
Esta cor,
E este olhar desconcertante de Deus,
Deixando-me sem jeito,
Ao dizer que me ama.

Porque andei sempre sobre meus pés,
e doeu-me às vezes viver.

Para que as luzes do outro sejam percebidas por mim devo por bem apagar as minhas, no sentido de me tornar disponível para o outro.

Injustiça é o mundo prosseguir assim mesmo quando desaparece quem mais amamos.

Estou realmente convencido de que vive melhor aquele que acolhe a novidade de
cada dia. Aquele que não se prende à estação já findada, mas dela recolhe o fruto
ofertado e prossegue.

Intuo que a vida afetiva sobreviva sob as mesmas regras. Amores desfeitos são
como os resfriados. Num primeiro momento são agudos, doídos. Ficamos
prostrados, indispostos. Mas é só uma questão de paciência. Afetos também
carecem de repouso. Precisamos deixar que o movimento natural da vida venha
inflar novos ares dentro de nós. O tempo se empenha de ajeitar as coisas em seu
lugar. Pode acreditar. Este momento doloroso vai passar.

O inverno é estação proprietária de muita beleza. Mas o seu frescor traz gripes
fortes. É a vida nos mostrando, mais uma vez, que dela é impossível extrair
somente coisas boas.

Há coisas que nos são inúteis, mas mesmo assim nos são indispensáveis. Já pensou nisso?
Há sempre um perigo no amor que tem utilidade. Enquanto o outro exerce alguma função na nossa vida, corremos o risco de não experimentar o amor gratuito. Amor que se fundamenta na utilidade que o outro tem corre o risco de se transformar em abandono num futuro próximo. Quando queremos o outro só por causa da utilidade que tem para nós, agimos para satisfazer nossas necessidades. Amamos até o dia em que o outro nos é útil. No dia em que deixa de ser, mandamos embora, dispensamos. É possível amar os inúteis? Na teoria não, mas na prática, sim.

Prezados amigos, como eu não sou capaz de enumerar todos, eu vou chamá-los de José, pois com um nome próprio represento a intimidade que gostaria de demonstrar, mas que não é possível no momento.

Outrora, eu via José entrando pela viga aberta da minha vida. Podia ter impedido, podia ter evitado, mas não, reconheci que a partir dali não seria apenas uma nova amizade, mas uma fraternidade integral.

Momentos bons sobressaíram-se aos pequenos momentos de desentendimento. Nunca fiz questão de expressar a falta de paciência, as divergências de pensamento e as muitas vezes que enfurecido fiquei contigo. Sempre entendi que o que nos deixava próximos era a distância saudosa. Lógica inversa, eu sei.

Ousei poucas vezes dizer o quanto o amo, encontrei-o raramente em situações inconsoláveis, já eu, por alguns momentos, internei-me em um vazio humano profundo e você foi lá me buscar pelas orelhas. Você teve a sensibilidade de me respeitar, teve a coragem de me resgatar. Agradeço.

Peguei-me muitas vezes dizendo a terceiros o quanto tu eras peculiar. Surpreendi-me como eu era capaz de causar inveja naqueles que não tinham amigos como você. Passei a me vangloriar por merecer a sua companhia.

Calei-me quando precisava te defender, briguei quando precisava me calar. Passei tardes solitárias, quando tudo que precisava era te dar um telefonema mesmo sem assunto.

Senti saudades que me comoveram, como a que sinto agora e que por tantas vezes não pude lhe olhar nos olhos. Produzi cenários que simulassem momentos contigo só para que sua memória permanecesse ali. Suspirei inúmeras vezes ao te rever. Abracei não como se fosse a última vez, mas como se fosse a única.

Hoje penso que nada foi tão legal que não se possa repetir. Muitos se foram, não resistiram ao tempo, a saudade, ao local, mas você ficou. Nem um “obrigado” sincero corresponderia ao que sinto. Nem um presente formidável expressaria a recompensa de ser teu amigo. Precisarei de anos para reconhecer sua amizade, tenha paciência comigo. Choro, não de emoção, mas de nostalgia. Vocês são cinco ou seis, mas sabem bem aproveitar os efusivos abraços.

Preciso de você do meu lado, sempre!

que faz o que não quer e o que não quer, faz. Antes perdido, agora achado.

Aprendiz da vida e dos caminhos que ela faz, vocalista da esperança, estudante agraciado e proclamador falho daquele que deve ser proclamado. Alcançado pelo cuidado do Pai.