Coleção pessoal de KarolAmorim

161 - 180 do total de 272 pensamentos na coleção de KarolAmorim

Hoje eu acordei querendo te encontrar, senti uma sensação estranha de sentir o teu cheiro em todo lugar.

Fingir ser o que não sou, só vai me fazer lembrar de quem não sou. E isso é triste. Talvez você não perceba, mas é triste. Todas as horas que não consigo suportar estar longe de você, me sinto fragilmente delicada. Mas não, eu não vou chorar, mas não é pra ser orgulhosa, é por mim mesma, não é pra demonstrar que não sou fraca, porque eu sei que sou, mas quero ser forte. Quero aguentar, quero superar essa barra.

Que inferno que era imaginar o inferno que seriam os próximos dias longe de você.

Era como se alguém tivesse injetado algumas doses de desequilíbrio em mim, porque eu ficava fora de controle estando fora da sua mente.

Eu sempre achei que amar demais fosse o meu problema sério. Mas sabe, qual problema tem em amar demais? Quem não quer um amor demais? Sabe, eu acabei descobrindo que o problema não estava em mim, estava em você. Sim, o problema era completamente você. Porque eu o amava demais e sonhava demais, queria demais, precisava demais e você nunca me fez sentir como se fosse suficientemente única pra você e isso me machucava.

E quando eu for embora, não volto mais. Mas a questão é que eu nunca vou. E entre as minhas quases idas você sempre me terá aqui.

Porque dessa vez é o fim e não existem mais possibilidades de volta entre nós. Você já parou pra pensar?

Dessa vez eu quero escrever uma carta para você.
Mas não é uma carta de despedida
É uma carta te desejando boas vindas ao que eu sempre te dizia que iria acontecer.
Você realmente pode me ver? Eu estou ferida, insegura, desprotegida,
Pensando em todas as coisas que nunca serei capaz de esquecer
Você era tudo o que eu conhecia e quando você me dizia: Amor é capaz de tudo
Eu pensava que poderiamos ser.

E penso que nada mais será igual.
E até penso em te ligar no meio da noite te pedindo voltar
Mas pra voltar depressa, correndo porque o tempo já vem á tempo te roubando de mim.

É, vai ficar tudo bem quando passar, mas enquanto quase não passa, eu sigo tendo tonturas, procurando uma saída, colocando em praticá terapias, tentando não pensar, querendo não chorar, pensando coisas absurdas sobre nós.

Porque nenhuma palavra dita vai me fazer enxergar o contrário do que vi. E mesmo que por algumas vezes eu pare o meu dia inteiro pra tentar entender, não vai acontecer de me fazer voltar a ter boas lembranças de você.

Porque falar dos caras estúpidos que passaram pela minha vida era o que eu mais precisava fazer. Porque eles de fato nunca me deixaram falar e naquele dia eu tinha tanto a dizer… Porque de repente eu te vi me ouvindo falar sem parar sobre a minha vida cheia de falhas, com os seus olhos atentos, me dando total atenção, me mostrando com a sua forma de me observar, as respostas para cada alguém que havia me deixado com a cabeça voando. E você me olhava de uma maneira diferente, querendo saber de tudo o que eu não me permitia demonstrar, mas tudo bem, tudo estava saindo de forma natural. E você até me perguntava alguma coisa sobre o assunto a cada frase em que eu terminava de falar sobre uma etapa da minha vida, me mostrando estar interessado. De repente eu voltei a lembrar do cara em que sonhei a vida inteira e completamente insegura, me calei. Pra que falar dos outros caras que já passaram? Tudo o que você precisa saber é que eles não são como você.

Eu escrevo pra entender sobre o que me acontece e até mesmo sobre o que não me acontece.

Porque eu tenho medo de te encontrar e perceber que aquela magia desapareceu. Igual eu tenho medo de um dia acordar e perceber que você não existiu, que nada disso aconteceu.

Porque eu preciso te encontrar pra te dizer que chegou aquele dia que você tanto me dizia que iria acontecer. Porque eu sabia que de alguma maneira iria acontecer de minha vida parar e voltar para você. E eu estou exatamente naquele ponto em que você costumava me ver: chorando aos escuros por sentir falta de um alguém pra me proteger dos monstros em minha janela, das desilusões que agora estão cruzando os meus caminhos e dos ruídos da minha TV. Porque ás vezes o que eu preciso mesmo é ler um daqueles textos seus com palavras pra me fazer entender que eu era a única o tempo inteiro, mas depois de tanto tempo será que você ainda pensa no que eu poderia continuar a ser? Porque você me fazia acreditar no que dizia e na magia em que podia acontecer entre uma pessoa que é ligada a um outro alguém, como eu era ligada á você. E agora eu ando completamente abalada, insegura sobre em quê acreditar, porque eu já perdi um tanto da minha fé e o foco da realidade do mundo em que existo. Porque eu te procuro em todos os lugares, jornais, e até venho gritando ao mundo, tentando me convencer de que tudo de alguma forma simples e natural vai acontecer.

Porque a gente assistia todo o dia a Julieta ir embora do Romeu. Porque a gente dizia que todos iriam, mas que sobraria você e eu.

Porque qualquer pensamento sobre você em mim parece não desaparecer.

Porque tu me protegias e me cuidavas de todo o mal e eu mal sabia que o teu mal era cuidar do meu.

Dessa vez é diferente porque são reais todas as loucuras que se passam em minha cabeça enquanto penso em voltar atrás de algo que me faça viver em ti. Porque eu quero gritar pro mundo inteiro ouvir o quanto a tua falta ta me deixando presa em momentos que não ultrapassam lugares longe do meu coração. Porque reviver a tua presença está me impedindo de respirar com a tua ausência. Porque me dizem que o universo conspira ao redor de quem buscar e eu procuro compreender e manter a calma todos os dias antes de sair á te procurar. Porque cada dia se torna mais difícil de entender o fato de que tu não vai voltar.

Porque por várias vezes eu te olhei escondido, sorrindo, por medo de te pegar olhando pra mim, descobrindo no ar do meu sorriso o quanto eu sou compulsiva, detalhista, vingativa, patética, teimosa, bipolar, crítica, confusa, insegura, descobrindo assim o quanto eu afasto as pessoas antes mesmo que elas tentem chegar a mim.