Coleção pessoal de Julienne_Dias

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A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

CICLOS

A vida é feita de ciclos, com inícios, meios e fins. Precisamos ter consciência de que nada é eterno. Em nosso viver, muitos laços são desfeitos. Amigos e amores vão embora, relacionamentos que no altar, onde muitos declararam que seriam feliz para sempre, muitas vezes chegam ao fim. Não é porque algo acabou que não deu certo. Deu certo sim, mas durou o suficiente, o necessário. Seu a pessoa que jurou ficar contigo eternamente partiu, se o seu amigo se foi, não lamente, não se martirize, foi um ciclo que findou, quem sabe para novos surgirem e te surpreenderem. Coloque em sua cabeça que você é uma pessoa incrível e que em breve aparecerá um novo amor que te ame de verdade, um novo amigo que te valorizará e mostrará que a vida é bela, que vale a pena viver de forma intensa.

⁠Não sofra uma vida inteira por medo de sofrer um único instante!

Não se prenda ao passado e nem permita que essas marcas te impeçam de ser feliz. Cabe a cada um decidir o momento de finalizar ciclos e iniciar novas histórias. Todos podemos ser felizes e hoje é o dia perfeito pra começar.

Hoje vim dizer que tudo bem fechar ciclos...
Às vezes é preciso...
Outras vezes será a única solução...
Então, mesmo que doa,
Novos recomeços virão e ficará tudo bem!

A vida segue e tudo tem seus ciclos que abrem ou fecham. É só aceitar, soltar, seguir sem olhar para trás! Não dá para segurar o tempo, ele não para, ele não perdoa, ele não espera, ele segue!

⁠Ciclos. Começos e finais. Recomeços. Se tem uma coisa que é certa nessa vida é a impermanência. E que delícia a gente poder fazer da nossa vida uma página em branco, pronta para ser escrita, colorida, rascunhada. Afinal, viver é isso: tentativa e erro. É movimento. É experimento.

⁠Bilhete do Dia!
A vida é feita de ciclos.
Eles iniciam, fazem o que precisa ser feito e depois de tudo se encerram.
Aceite todos os ciclos que entram e saem da sua vida.
E quando um deles se encerrar, aprenda a recomeçar.
Viva, aprenda e recomece, sempre!

Tem uns ciclos que se fecham porque aquilo não se encaixa mais na sua vida. Porque a felicidade não se faz mais presente, porque tudo tem fim... porque sim.
O lamento acontece, a lágrima cai, daí vem o rito de passagem, o desprendimento.
Deixar ir embora, saltar, soltar-se.
Estar pronto mais uma vez para os improvisos maravilhosos da vida.

Quem vai, mas fica!
A vida é cheia de ciclos e ciclos repletos de pessoas. Algumas ficam, outras não. Outras vão, mas contrariando a lei da física, continuam. É um bocado de gente se esbarrando, tentando achar um lugar pra se acomodar dentro da nossa história.

Tem gente que passa e gente que ultrapassa. Que transpõe qualquer barreira, que encontra um meio de ficar. Gente que não pergunta se tem espaço, só se ajeita, dá um jeito de permanecer. E vira parte. E mesmo quando parte, vira todo. Porque ocupa tudo. Deixa um vazio cheio de presença.

Feche portas, encerre ciclos, capítulos, vire a página, faça como quiser, o importante é recomeçar, você não pode voltar no passado e mudar a sua história, mas pode arquivá-lo e reescrever uma nova história para a sua vida.

Acredito que existem fases, ciclos, começos, recomeços. E acho que estou bem no meio de um deles.

Nem sempre os ciclos se repetirão, só se houver os mesmos hábitos. Quebre seu padrão limitador.

Permita-me dizer quem eu sou?
Sou uma alma
Que acredita no amor

Não quero acreditar na maldade
Que assombra a humanidade
Deixando um rastro
de tristeza e dor

Permita-me dizer quem eu sou?
Sou um ser comum
Que acredita no amor

Incomum?
É ver a miséria e a pobreza
Muita fome
E também muita riqueza

Para alguns falta o pão
Para outros, falta alma e coração

Permita-me dizer quem eu sou?
Sou um sonhador
Que acredita no amor.

Para alguns falta o pão
Para outros, falta alma e coração

Gosto de ficar
no meu canto
Sem a preocupação para
provar o meu encanto

Faço o que tenho vontade
Sem ninguém
ficar observando

Às vezes
tenho essa necessidade
De ficar só

Eu e minha companhia

No silêncio da minh'alma
É onde encontro a sabedoria

Quem eu sou?
Não sou nada
Apenas mais um número
No meio de tanta gente
Apesar de ser grande
Sou pequeno
perante o mundo

Corro contra o vento
Navego em alto mar
Grito e não tem
ninguém para escutar

Quando penso
que não sou nada
Percebo que posso ser muito
E colorir o mundo
Nesta minha jornada

Saudade tem retrato
tem cheiro
tem sabor

Tem lembrança
do abraço
do beijo
do papo
de tudo que tem valor

Saudade também
aperta
dói

É vontade
de voltar no tempo
e resolver logo
esse sentimento
Chamado Amor.