Coleção pessoal de Jujugraziela

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Olá pessoas da minha vida...

Estou recomeçando... Nem sei mais por onde começar a escrever... Já faz tanto tempo que não deito minhas palavras no papel... (a não ser pra copiar a matéria da Faculdade!), mas eu vou tentar. Certo? Espero poder partilhar um pouquinho da minha vida com vocês.

Vou começar me apresentando... Sou Maria Rita de Souza Lopes Avelar, tenho 26 anos e muitas histórias pra contar.

Já passei por muito sufoco, já conquistei tantas coisas,

Já perdi amigos e amores, já conquistei corações e almas...

Já sorri pra não chorar e chorei de tanto rir.

Já perdi emprego e me desesperei...

Já entrei no novo emprego e odiei.

Já sonhei o impossível pra tentar realizar o possível, já tentei e falhei,

Já vi estrelas no céu e pensei em alguém... Já vi a chuva cair e chorei de saudades...

Já abracei uma árvore pensando em como é bom estar em contato com a natureza,

Já ajudei jovens a estudar pro vestibular, já escrevi um livro,

Já olhei pra alguém e pensei: "Agora eu vou casar!" e em pouco tempo descobri que eu não ía nem namorar...

Já pensei besteira a respeito de alguém e GRAÇAS A DEUS eu descobri que estava errada!

Já briguei com minha melhor amiga por achar que ela estava me deixando de lado e descobri que fui eu quem a deixou.

Já tentei colar na prova de matemática e me dei mal...

Já briguei com minha mãe por acreditar q eu tinha razão e depois descobri q era ELA quem tinha,

Já briguei com meu pai porque queria sair de casa pra morar com outra pessoa e não acreditei quando ele disse que eu estava fazendo besteira... E me arrependi.

Já saí correndo na chuva pra pedir que alguém não fosse embora...

Já chorei assistindo filme, e dei risada no meio de uma reunião seriíssima...

Já liguei o computador antes mesmo de acender a luz pra ver se tinha chegado aquele e-mail que eu estava esperando há dias...

Já comprei um monte de coisas que não precisava só porque estavam na promoção...


Já tive chilique no momento errado e fiquei quieta quanto era necessário ter falado...

Já fiz as unhas correndo pq tava atrasa e estraguei logo em seguida....

Já comi miojo por uma semana pq tava triste e sem vontade de cozinhar...

Já comi batata frita molhada no Sunday do MC Donald e adorei...

Enfim, já fiz tanta coisa que a única conclusão que eu cheguei foi: EU QUERO FAZER MUITO MAIS!!!!!!

Eu tenho muita resistência á queda, por isso não é qualquer rasteira que me prostar ao chão. Até aqui tenho conseguido derrubarr gigantes, não tem sido fácil, más sou teimosa, sou forte e desafio os problemas, bato de frente com eles. Estou pisando em espinhos para desfrutar com mérito, um caminho cheio de flores.

Quando você chegou na minha vida, eu estava tão despreparada para amar novamente. E você chegou sutilmente, me ganhou em pequenos detalhes, foi tão companheiro, tão amigo e cauteloso... Quando dei por mim, já estava com meus pensamentos todos entregues á você, meu coração batia em total descompasso ao ouvir sua voz, e eu ficava trêmula ao falar com você, e naqueles momentos foi que notei que eu já me sentia sua, me sentia feliz e realizada com sua presença tão marcante no meu dia a dia. E agora estou aqui, transbordando em palavras tudo o que meu coração quer lhe dizer. Você fez e faz parte dos melhores momentos da minha vida, e em nome de tanta coisa linda que você me proporciona que eu te peço: Já que você chegou, “FIQUE”! Você é canção que faltava na minha trilha de amor.

Ei dona moça! Acorda! Chega de dormir em cima das dificuldades. Reage! Não é se esquivando que você vai vencer. Coloque uma roupa bonita, um batom e um rímel também caem bem, abra a janela o dia tá tão lindo, vá até a rua, comtemple quanta coisa bonita você tá deixando de desfrutar. Dê um tapa nessa tristeza, olhe sua imagem refletida na vitrine da loja. VOCÊ É CAPAZ DONA MOÇA! És linda e a vida tá de braços abertos para lhe agraciar. Respire fundo, abra esse sorriso que tá guardado aí há tanto tempo e agora caminhe... A chegada tá distante más se você não se mover nunca chegarás. Venha logo. Estou te aguardando na praça da ALEGRIA, que faz esquina com a rua da LIBERDADE.

Hoje acordei inteira. Migalhas? Pedaços? Não, obrigada. Não gosto de nada que seja metade. Não gosto de meio-termo. Gosto dos extremos. Gosto do frio. Gosto do quente (depende do momento.) Gosto dos dedinhos dos pés congelados ou do calor que me faz suar o cabelo. Não gosto do morno. Não gosto de temperatura-ambiente. Na verdade eu quero tudo. Ou quero nada. Por favor, nada de pouco quando o mundo é meu. Não sei sentir em doses homeopáticas. Sempre fui daquelas que falam "eu te amo" primeiro. Sempre fui daquelas que vão embora sem olhar pra trás. Sempre dei a cara à tapa. Sempre preferi o certo ao duvidoso. Quero que se alguém estiver comigo, que esteja. Mesmo que seja só naquele momento. Mesmo que mude de ideia no dia seguinte.

Eu sou o tipo de pessoa que, quando quero bem, quero muito. Se não, esqueça. Não desejo mal a ninguém, pode apostar. Mas não tire meu sossego. Meu sono. Não tire minhas palavras. Não roube o que é meu. Eu só tenho um coração. Sou bondade, vontade, e, às vezes, sou leal se quiser. Mas não me confunda: sou boa. Boazinha, jamais! Ah, não mesmo. Tenho cara de menina, mas minha intuição já foi e voltou enquanto você planejava e se distraía com meus cílios grandes. Quer saber? Só não entendo o motivo de tanto esforço. Eu só queria descobrir o que você pretende. Você quer me entender? Eu não sou de entender. Eu sou de amar. De matar. De morrer. Por que você sente prazer em descobrir minha vida? Você não cabe nela. Desculpe, não mesmo. E tudo o que falo pra você é mentira. Sabia? É. Minhas verdades são, para você, deliciosas mentiras que ensaiei.

Regra número um: a gente tem memória seletiva e SÓ lembra das partes boas. Dos anos que foram coloridos. Das pessoas legais. Dica pra não cair nessa furada: seja realista e lembre-se de todos os defeitos alheios e todos os sentimentos ruins que você sentiu. Regra dois: pra mim, um cara (ou um trabalho ou um amigo) que não te dá o devido valor deve ser rebaixado. É, rebaixado mesmo. Então, se o cara resolveu te dar valor AGORA, ao invés de você agradecer e bater seus enormes cílios, se pergunte: um indivíduo que vive nesse estado de insatisfação constante vale a pena? Regra número três: essa é a mais difícil. Sinta-se agradecido. Verdadeiramente agradecido. Por tudo o que você tem HOJE. Por tudo o que você É. Seja honesto com seus sentimentos. Não se supervalorize. Nem tampouco se subestime. Seja forte. E bote pra quebrar (se vier a calhar). No mais, é só viver com o coração ABERTO. Afinal, o mundo anda tão louco que quem não aproveitar o presente vai se arrepender amanhã. Essa é a minha única certeza.

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo, ACEITAR É SER FELIZ.

Vim ao mundo para questionar. Para me entender. Para ser feliz. Por isso, escrevo. Palavras são minha terapia. Meu remédio. Meu ponto de fuga e encontro. Na arte, eu me busco. É lá que eu sempre estou. Procurando o verbo, indagando a letra, consolando a frase que chegou ao fim. Quer me conhecer? Me encontre naquele romance antigo, segundo parágrafo, mostrando que a solidão não deve se atravessar a sós. Talvez eu possa – e isso é quase certo – me mudar pros tons daquela bela música e por lá ficar: “feita de luz mas que de vento”... Ah, me desculpem os Jungs, Freuds e Lacans. Mas Chico Buarque me entenderia! Alguns artistas – e nisso incluo poetas, músicos e demais sonhadores - parecem conhecer a fundo a alma humana. Quando falam de si, mostram um pouco também de nós. Quem nunca pensou, ao menos por um segundo: essa canção foi feita pra mim? Eu já me apropriei de centenas de músicas (com o devido crédito ao autor, é claro), que dizia serem "minhas". Naquele momento, elas - e só elas - pareciam entender o que eu sentia. Letra por letra. Rima por rima. Em cada nota, um espanto. E uma sensação de pura comunhão com o mundo: é, eu não estou sozinha. A arte também foi feita pra unir. Pra protestar. Para seduzir. Por isso, passo a vida escrevendo. Lendo. Garimpando frases. Buscando o verso certo. A estrofe perfeita. Ou um conhecimento maior sobre mim mesma. Se estou conseguindo? Não sei. A arte nem sempre é bondosa. Um dia nos pega no colo e, no outro, nos faz enxergar o que ainda é difícil de ver. Mas tudo bem. Enquanto houver um poema pra nos consolar e uma boa canção pra nos comover, "a gente vai levando"."

Não consigo resistir a escrever sobre você. Você e seu jeito confuso. Você e esse rosto. De onde você tirou esse rosto? Meus Deus, aonde foi que você aprendeu a me olhar assim? Vai, toma, leva. Me emprestei um pouco, agora leva o resto. Não tenho o que fazer com o que ficou de mim. Olha, amo você. Não te conheço mas amo. Assim como amo minha loucura. Me entende? Eu sei que sim. Porque você é mais louco que eu, achei alguém mais louco e lindo que eu. E você escreve, meu Deus. Escreve lindo, suas palavras são tão eternas que eu poderia morar nelas e ser cada letrinha de sua frase. Me salva no seu computador, escreve uma história linda para me matar de vez. Nossa loucura junta nos salva. Você me salva. Você ama meu lado obscuro, você ama quando eu fico brava, você ama o que há de pior em mim. Aonde já se viu isso? Então leva. Me leva e não devolve. Me leva e constrói um bar, vamos ler Jonh Fante, ficar bêbados de Rimbaud, vamos fazer alguma coisa grave porque nada mais nos resta. Te resta? Eu te resto. Eu e nossa loucura. Nossos planos foram reduzidos a pó. Junta nosso lixo, joga tudo fora. Não temos nada pra sonhar. Mas temos vida, um coração que ainda bate. Temos nossa falta de juízo, nossas palavras, nossos livros e uma imaginação sem fim. Será preciso mais?

Hoje o dia está tão lindo!
Chove muito, venta bastante, o ceu está preto, parece que as nuvens vão desabar na minha cabeça!
Não posso sair de casa, pois nem o guarda chuva evitaria que me molhasse!
Dizem que o final de semana vai ser todo assim!
Nada de praia, nem passeio no parque!
Mas ainda assim, o dia está tão lindo!
Tão bom poder olhar pela janela e ver a agua correndo pela calçada...
Melhor ainda é ficar protegida na minha cama quentinha, Clariceando e ouvindo o barulho da chuva batendo na janela...
Ter tempo pra pensar na vida, e força pra ver os dias passando e o sol reaparecendo!
Ter as melhores lembranças do passado, e boas perspectivas pro futuro!
E o presente? Como o próprio nome ja diz, um presente que Deus me permite viver da maneira mais linda e o mais importante, em paz!
Colocar as decepções e as alegrias na balança e ver que as coisas boas pesam mais...
Ter motivos pra sorrir e não fazer ninguém chorar!!
Sem dúvidas o dia está lindo! E será lindo enquanto eu quiser que seja, porque a beleza dos dias está nos olhos de quem os vê, e a doçura dos momentos está no coração de quem os vive!
Decidi que meus dias serão todos lindos daqui pra frente e se por acaso eu não tiver força para vê-los assim em algum momento, vou pro quente da minha cama esperar os minutos passarem, e dormir no sossego da certeza de que tudo sempre melhora, os maus momentos passam rápido e alimentando os bons pensamentos a felicidade será consequência...

A verdade é que me enchi, De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.
Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser.
Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar?
Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando.
Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes...

"Centenas de pessoas atravessam a nossa vida diariamente. Umas passam bem devagar e aproveitam o trajeto ao nosso lado, outras estão sempre correndo e não tem interesse em observar o caminho conosco, e têm aquelas que decidem fazer o mesmo percurso que a gente pelo simples prazer da nossa companhia.

As pessoas que fazem parte da última categoria sabem que nem sempre será prazeroso. Elas também reconhecem que muitas vezes o caminho será complicado. Em outras situações irão questionar qual a razão de agirmos de determinada forma enquanto caminhamos. Mas nunca, em hipótese nenhuma vão achar que o passeio foi em vão.

Amigo de verdade te leva a sério, te leva no riso, te leva no bico, mas te leva.

Te carrega pra vida toda!"

Minha vida mudou muito nos últimos anos. Eu mudei muito nos últimos anos. Mudei sem oferecer a menor resistência. Mudei sem me surpreender com as mudanças. Elas simplesmente apareceram, aconteceram, me invadiram e se instalaram. Então, eu finalmente me senti em casa dentro de mim mesma. E hoje, mais do que nunca, sinto que não devo nada para ninguém. A gente demora demais para se livrar de pesos e culpas. Mas um dia, finalmente, a gente acorda. E descobre que tem uma vida inteirinha pela frente.

Parabéns para você, que, linda, lida com explosões hormonais uma vez ao mês. Que sente tudo inchar. Que chora por besteira. Que valoriza bobagens. Que acredita em filmes de amor. Que faz coleção de esmaltes. Que ama sapatos, bolsas e cacarecos para colocar no cabelo. Que compra só porque estava em liquidação. Que sempre precisa de alguma coisa. Que acha o amor a coisa mais bonita – e importante desse mundo. Que sabe como é fundamental olhar para si mesma – ainda que de vez em quando se perca e se preocupe em demasia com o "querer" do outro. Parabéns para você, que dia a dia aprende mais sobre você mesma. Que erra para aprender. Que é forte o suficiente para seguir em frente – sem lamúrias, mas com maturidade e sensatez. Que de vez em quando esquece a própria idade e o juízo em algum canto. E depois acha, como mágica. Parabéns para você, que tem um sonho. Que não desiste, apesar do que falam. Que não se abala, apesar do medo. Que sente uma fraqueza interna, mas caminha com passos firmes. Que fica tonta, mas não desmaia. Que apesar de cada pedra no caminho, corre. Que reclama dos problemas, mas entende que a vida é feita deles. Que tenta entender o defeito alheio – e procura perceber os seus.

Cansei de ser gente. Dá muito trabalho marcar presença. Juntar passado, presente e futuro e misturar limão e açúcar. Seria mais fácil se a gente dissesse o que quer, como, de que jeito. Mas não. Gente nunca faz isso. Gente como eu espera que o outro saiba-descubra-perceba. Gente como você quer se sentir especial. Por que a gente quer a todo instante saber que é importante? Cansei de ser gente. Sinto que os dias passam, a pele envelhece, o coração acumula aprendizado, os pés ficam exaustos no final do dia, a vida não para de caminhar para aquele lado. No meio disso, eu. Me perdendo, achando, sobrevivendo. Porque em alguns dias a gente só sobrevive. E eu cansei de ser gente.

Tenho uma particularidade instigante: preciso da solidão. Gosto de pessoas, preciso delas, não sei viver sozinha. Mas sou mimada, preciso quando eu quero. Sou egoísta, gosto de ver televisão sozinha, sem ninguém falando junto. Sou chata, não gosto de dividir banheiro com ninguém. Sou espaçosa, bagunço as minhas coisas. Preciso da solidão pra ler, pra olhar para o teto, pra tirar ponta dupla do cabelo, pra fazer as unhas, pra pensar em tudo, pra fazer nada. Preciso da solidão pra ser eu mesma. Pra fazer alongamento, rir de mim, chorar comigo. Não entendo como tem gente que não abre a janela em dias nublados. Eu adoro janelas abertas, esteja um dia lindo de sol ou um carregamento de nuvens cinzas. Tenho que sentir o ar que vem lá de fora, seja ele qual for. Com seu gosto, cheiro, textura. Falo algumas coisas esquisitas como essa, por exemplo, ar com textura. Conheço cores que ninguém conhece, vejo alguns filmes que grande parte da população acha tosco. Não gosto de deixar as coisas pela metade, mas já deixei...

Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em alguns dias acho que sou fraca. E boba. Preciso de um lugar onde enfiar a cara pra esconder as lágrimas. Aí penso que não sou tão forte assim e começo a olhar pra mim. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente. Sou humana. Sou manhosa. Sou assim. Quero que as coisas aconteçam já, logo, de uma vez. Quero que meus erros não me impeçam de continuar olhando para a frente. E quero continuar errando, pois jamais serei perfeita (ainda bem!). Tampouco quero ser comum e normal. Quero ser simplesmente eu. Quero rir, sorrir e chorar. Sentir friozinho na barriga, nó no peito, tremedeira nas pernas. Sentir que as coisas funcionam e que tenho que trocar de jeito quando insisto em algo que não dá resultado. Quero aprender e, ainda assim, continuar criança. Ficar no sol e sentir o vento gelado no nariz. Quero sentir cheiro de grama cortada e café passado. Cheiro de chuva, de flor, cheiro de vida. Aprecio as coisas simples e quero continuar descomplicando o que parece complicado. Se der pra resolver, vamos lá! Se não dá, deixa pra lá. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende de como a gente encara e se impõe. Quero ser eu, com minha cara azeda e absurdamente açucarada. Não quero saber tudo e nem ser racional. Quero continuar mantendo o meu cérebro no lugar onde ele se encontra: meu coração. E essa é a melhor parte de mim.

Arrumar as malas nem sempre é só abrir uma grande bolsa de zíper e rodinhas e jogar dentro todas as coisas que você pode precisar por um tempo. Dessa vez, arrumar as malas é desligar o mundo aqui e ligar o mundo lá. O primeiro desafio é arrumar as malas para agüentar um calor de 37° e um frio de 17°. Tudo isso sem levar muita coisa. Com certeza vou acabar sentindo falta de muitas coisas que não pude levar na mala. Talvez seja melhor assim. Talvez tudo isso não passe de uma oportunidade pra sentir saudade e solidão. E de aprender a dar valor aos momentos completamente opostos dos que estão por vir. Eu busco agora a melhor forma de me conhecer e até mesmo de testar meus limites. O princípio de tudo é saber o dia de voltar e não ter, pela primeira vez, a menor noção de como vai ser o caminho. Espero voltar diferente e encontrar por aqui tudo como deixei. A poesia de arrumar as malas vai ser carregar minhas escolhas num embrulho roxo por aí. Optar por não levar um pijama velho e confortável e levar mais roupas coloridas pro verão. Deixar de levar o iPod. E no lugar dele, ter certeza que coloquei na mala dois bons livros. Talvez eu leve as músicas e os livros. Aumentar o número de pilhas. Minha câmera vai trazer comigo todas as melhores memórias que eu puder juntar pra contar histórias. Por fim, antes de fechar a mala, devo conferir se coloquei dentro dela amigos, risadas, felicidade e muita disposição. Além de um kit pra todas as dores que eu posso ter até lá. E que isso possa mudar meu mundo.

Gosto do que é intenso. Amor avassalador. Paixão que arranca suspiros. Não sei sorrir em vão, minha alegria quando presente chega a ser exaustiva. O sorriso é minha preferência pra qualquer ocasião. Conversar através do olhar significa muito, as vezes até mais do que uma ação. Minhas lágrimas carregam profundidade de sentimentos, verdades e descarrego. Não gosto do que é pouco, não admiro pobreza de pensamentos e sentimentos. Busco todo dia por pessoas e situações que me acrescentem, de coração enorme, que me façam ter falta de ar, sentir saudades intermináveis, alegrias gigantescas, olhares expressivos, sorrisos explosivos, abraços sentimentais e muita verdade carregada de sinceridade. Sou viciada em pessoas, toques, calor, carinhos. Fujo de falso moralismo, da frieza e falta de vontade de amar. Corro atrás de profundidades gostosas de se viver!