Coleção pessoal de Jufazjus

Encontrados 18 pensamentos na coleção de Jufazjus

"Estou exausta sabe? Exausta em manter algo que não está me acrescentando. Eu nasci pra explorar o mundo, e não ficar em casa chorando por causa de alguém, escutando músicas tristes e me questionando se o problema sou eu. Não me culpe, mas é que querer por duas pessoas é cansativo.Cansa a mente, alma e coração. Então presta atenção: Eu desisto, e por favor, não insista. Estou decidida a começar a viver minha vida, e sem você."

Encontrava-me exausta. Tudo até então não havia passado de uma longa caminhada.
Percorri por muito tempo estradas estreitas e escuras até bater à sua porta.
Trazia nos pés as feridas resultantes de cada tropeço e, na face, os sinais provocados por cada decepção que cruzou meu caminho.
Você, mais por descuido que por compaixão, ofereceu-me abrigo.
Acolheu-me, alimentou-me, matou minha sede e tratou minhas feridas, deixando que eu dormisse ao seu lado.
E eu, pouco a pouco, mais por descuido que por inocência, comecei a acreditar que finalmente havia encontrado a minha pousada.
Atrevi-me a desfazer as malas, repousando em suas prateleiras tudo que acumulei ao longo da jornada:
Cada dor, cada mágoa, cada lágrima, cada objetivo não concretizado
E ousei sorrir...
Os pés, já sem feridas, ousaram dançar, plenamente realizados por caminharem ao seu lado.
Aproveitei-me dos dias mornos, banhados numa felicidade efêmera, dando-me o direito de sonhar.
Mas um dia, ao acordar, pude ver num canto do quarto minhas malas feitas, e pelo zíper entreaberto notei que nelas você havia colocado, meio sem cuidado, tudo aquilo que estava nas prateleiras...
Mas, engraçado, as malas pareciam bem mais cheias do que antes!
Me fez calçar novamente os sapatos e os pés reconheceram imediatamente cada uma das antigas bolhas.
Despediu-se de mim com um beijo na testa, indicando-me a porta da rua.
E eu, mais uma vez, pus-me a caminhar, aceitando o destino que não pude escolher.
Chovia muito.
As alças das malas de outrora, muitíssimo mais pesadas agora, pareciam querer cortar-me as mãos.
Olhei pra trás, na esperança de encontrá-lo na soleira, vendo-me partir e me afastar ao longe,
Mas a porta da sua casa, fria e imóvel, já estava fechada...

Eu sempre achei que não era boa o suficiente pra você, quando na verdade, você é que nunca vai ser o que eu mereço ter.

Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.

Ei, você, que invadiu minha vida e entrou de voadora com os dois pés na porta do meu coração... Eu amo você e cada detalhe seu. Amo seu sorriso, amo sua sobrancelha e o desenho que ela faz quando fica bravo. Amo suas pintas, em particular, aquela do canto direito da boca e a da orelha esquerda. Amo seu cheiro e a maneira como dorme de conchinha, encaixando seus pés nos meus. Amo seu braço pesando na minha costela, mesmo que eu amanheça toda dolorida. Assim me lembro que a noite foi real. A gente se entende no olhar. Sinto seu corpo tremer quando estamos perto. Nosso beijo é mágico. Você é minha paz e meu tormento. O que a gente sente é tão forte que, " eu passo em silêncio por você, você passa em silêncio por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz"!!

Assistindo a novela agora...percebi que minha vida parece uma delas. Ama, briga, separa porque tem que separar, por não ter outra escolha, porque o outro não faz parte dos objetivos, mesmo que doa tanto...e sempre, cenas dos próximos capítulos...

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...

Obrigada por permitir que eu bagunçasse tudo dentro de você, desconstruindo tudo que você sabia a seu respeito. Todo caos tem sua ordem.

Me lembro de ja ter sentido essa dor algumas vezes. Mas, sempre que acontece, parece que vem com uma intensidade maior. Ou talvez seja por minha culpa. Tenho me tornado cada vez mais intensa nos relacionamentos com o passar dos anos. E dói. Parece uma estaca no coração. Causa falta de ar. O corpo fica dormente. As lágrimas saem sem minha permissão. Não sinto sono, não sinto fome. A solidão é minha melhor companhia e a única que quero por perto. Sou intensa. Amo muito, odeio muito, sofro muito, enlouqueço muito mas, quando me recupero, ahhh!! Aí percebo o quanto sou intensa. Renasço. Assim com a Fênix, ressurjo das cinzas. Mais feliz, mais linda, mais segura e, o melhor, pronta prá um novo e melhor amor!

Sim. Eu estou indo embora. Só espero que você se lembre da gente com carinho. Assim como me lembro da primeira vez que seu sorriso me nocauteou. Do bendito cachorro quente que dona Tetê colocava na porta de casa e aquele bendito licor de jenipapo que ela vendeu pra você e seu amigo. Assim como vou me lembrar de todas as vezes que você passava na porta do meu trabalho. Espero que sempre se lembre do meu sorriso e o brilho dos meus olhos ao ver você chegando. E se lembre das nossas brincadeiras, das nossas risadas, de como eu te beijava e pulava comemorando quando você cedia a algum capricho meu. Assim como vou me lembrar de como seu corpo tremia ao chegar perto do meu. E vou me lembrar que você sente cócegas na cintura e da maneira como tentava descontar me cheirando o pescoço do lado direito, que é o sensível. Promete que vai se lembrar de mim? Eu prometo que vou me lembrar da gente. Digo da gente porque só sou essa pessoa por você. Você me transformou. Extraiu o melhor de mim. Tenho medo da pessoa que vou me tornar sem você. Espero que eu tenha plantado uma semente do bem em você. Uma do bem, uma do amor, uma da tolerância, uma do juízo. E que todas floresçam. Dêem frutos. E que eu renasça em você todas as vezes que for partilhado com alguém o que deixei pra você. Promete que lembra de mim? Seu beijo foi o melhor. Seu sorriso, o mais encantador. A melhor conchinha que já dormi e o melhor abraço. As despedidas mais avassaladoras e os reencontros mais lindos e emocionantes. E vou me lembrar daquele 5 de dezembro, que a gente admitiu, com todas as letras, que a gente se amava. E que a gente queria ficar junto prá sempre. E vou me lembrar que você foi a melhor montanha russa que já andei, e eu odeio montanhas russas. Sempre me causavam enjôo. É necessário partir. Vou me lembrar de você. E, nunca se esqueça: " meu riso é tão feliz contigo"...

Não deixe o amor passar.

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça. Deus te mandou um presente: o amor.

Por isso, preste atenção nos sinais. Não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.

A TRISTEZA PERMITIDA

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.

Jufazjus...sou tantas e não sou nenhuma. Não me prendo a detalhes, mas sou perfeccionista com os outros. Sou furacão e calmaria. Sou anjo e monstro. Posso ser sua, mas só se eu quiser. Não sou minha, nunca fui. Ainda não me encontrei. Estou em construção. Se quiser, pode vir. Será bem vindo. Venha. Pode colocar uns tijolos em meu castelo. Tenta a sorte. Quem sabe são os tijolos que faltam para eu terminar o que falta?! Fica. Fica mais um pouco. Está bom assim. Estou gostando dos detalhes e o toque que você está dando ao acabamento...

Minha mente voa. Posso sentir seu cheiro. Vejo seu sorriso, seu olhar... Meu coração acelera. Acho que pode até parar a qualquer momento. E me vem a vontade de te abraçar forte e não te soltar nunca mais. Realmente, saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença...

Tenho um defeito imenso. Não consigo estar vazia. Preciso de paixões avassaladoras e garotos problema. Sempre dizem que ocupar a mente é bom...

No fundo,no fundo, é essa minha teimosia que me arrebenta. Essa minha mania de achar que posso mudar o mundo,mudar as pessoas, que, por mim, elas se tornariam melhores. Eu fecho meus olhos para o óbvio e acredito que o ser humano melhora ao estar em minha companhia!! E eu insisto, persisto, batalho, me desgasto. O fim do filme? O outro me vence pelo cansaço. Desisto!! E choro como criança pirracenta que não quer entregar o brinquedo, brigo como o cão que não quer largar o osso, me acho idiota, inocente e sempre juro nunca mais me doar daquele jeito. De repente...olha eu me apaixonando de novo pelos problemas do outro...Idiota incurável... Cismo que sou doutora do amor...e vamos lá! Dá-lhe vocação prá Madre Tereza de Calcutá!

Estou eu aqui, deitada, com ódio de mim mesma por gostar tanto de você, fazendo mil planos pra quando você me procurar, dizer que não te quero mais, treinando cenas de novela mexicana, choros, desculpas e aí, pá! Vejo uma foto sua sorrindo e sorrio igual idiota, lembrando de todos os motivos possíveis que justificam sua presença em minha vida. Fim. Acabou a novela mexicana. Cenas dos próximos capítulos... Rsrs...

Não vou pedir que não me procure. Cômico se não fosse trágico. É que você já faz isso...