Coleção pessoal de JotaW

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Método de leitura sem procrastinação



Primeiro passo - Ler tudo que se tem em mãos
Segundo passo - Ler tudo que se pode e que estiver disponível
Depois - Criar condições de acesso ao que não está disponível
E dai em diante - Ler tudo que for passível de ser lido, até o fim.
Por fim, ler ao infinito. Sem interdito, medo ou preconceito.

Aviso: Alguns livros causarão indigestão!
Mas, assim como um xarope muito amargo que trás a cura, (os livros),
Talvez, sejam mesmo a sua única opção.

Ler tudo que quiser
Ler tudo que puder
Ler tudo que se deve ler
Ler tudo que não se deve ler
Ler tudo que não se deve em língua estrangeira (traduzida)
Fazer um curso (da) língua estrangeira que lhe trás empecilho
Talvez seja uma boa saída para resolução do problema
- Para tentar entender melhor o que (não) está sendo lido -
- O que (não) está sendo dito - Inclusive,
Pode te ajudar a ler nas entrelinhas e quem sabe,
Te ajudar a encontrar outros textos possíveis de serem ‘digelidos’.

Ler tudo que for possível
Ler tudo o que estiver disponível
Criar condições para que tudo que se quer ler esteja disponível
Digerir (livros) - dige (li) vros - digerir (vos)
Até que cada página se torne o seu refrão preferido
Até que um dia se vicie em abrir (ler) e fechar livros.

Em resumo, seria mais ou menos isso:
Ler como se estivesse com muita fome, sedento e indescritivelmente faminto
E como se carregasse na barriga uma (Tênia) Solitária
Corroendo suas entranhas, escurecendo as tuas vistas, provocando-lhe delírios
Encontrasse a cura somente nos xaropes amargos (ou doces) chamados livros.

Que as coisas importantes, jamais se tornem mais importantes do que as pessoas!

Firme em seu propósito - mirou a felicidade - e com a dedicação de um caçador ao perseguir a caça, foi ao seu encontro.

Belo Horizonte/ MG, 07 de dezembro de 2015.

CARTA ABERTA AOS MEUS AMIG@S
E AOS MEUS AMIG@S EM POTENCIAL


Ontem, dia 06 de dezembro de 2015, foi o meu aniversário (34 anos). Imagina um cara privilegiado... Foram tantas mensagens, abraços e beijos (presenciais e virtuais), que estou até agora tentando respondê-las e também tentando mensurar de onde saiu tanto carinho para com a minha pessoa. De antemão, já me desculpo com alguém que por ventura não se sinta contemplado com essa resposta coletiva. Veio mensagens com felicitações por e-mail, via redes sociais (das quais participo na internet), felicitações por mensagem e ligações no celular, além é claro, das inúmeras abordagens presenciais que muito me alegraram tanto no dia de ontem quanto no dia de hoje. Como disse anteriormente, as mensagens não param de chegar! Fico lisonjeado e muito agradecido a todos os amig@s e amig@s em potencial, que se dispuseram a enviar um pouco do carinho que transbordava em seus corações, fazendo desse dia, um dia ainda mais especial para mim. Sempre tive muita dificuldade em comemorar aniversários, e afirmo que desse jeito, vou querer comemorar sempre.
Aproveito para agradecer e reconhecer enquanto é tempo, a importância dos meus amigos (dos vários círculos sociais nos quais transito dia a dia), agradecer aos amigos dos amigos e aos desconhecidos (amigos em potencial). Quero dizer-lhes que, sem falsa modéstia, me sinto especial por fazer parte do círculo de amizades de vocês. E dizer também, aos amigos em potencial, que estamos aí... E que em dezembro de 2016 tem mais, se Deus quiser! Espero poder aproveitar todo o ano de 2016 para encontrar-lhes em um desses muitos caminhos que a vida nos propõe e quem sabe aproveitar todo esse potencial para nos tornarmos grandes amigos também.
Deixo aqui, aos que eu não posso entregar pessoalmente, um fraterno abraço e o meu mais sincero obrigado por tão positivas manifestações enviadas. Informo que recebi e aproveito para repercutir todas essas vibrações positivas recebidas, desejando que todas as pessoas, nos mais distintos lugares do nosso planeta, possam acessar ao menos uma ínfima parte de toda essa generosidade que emana da amizade de todos vocês.
Por fim, dedico a todos vocês essa música que segue em anexo: “Podes crê”, do grupo “Cidade Negra”, é uma canção que trata da importância e relevância da AMIZADE. Despeço-me, dizendo até breve e muito obrigado por sua amizade. Pois, ela tem sido muito importante para os meus planos de não deixar a vida me endurecer e ainda mais, de tornar-me a cada dia um ser humano melhor e capaz de enxergar o outro em sua individualidade, respeitando suas escolhas, mesmo que essas sejam diferentes das minhas. E sinto que com sua atenção e generosidade tem dado muito certo! Obrigado, amig@s.

Atenciosamente;

Eu
(Aniversariante cheio de amigos)

[...] Acho que deus pôs as mães no mundo para nos ensinar a caminhar com retidão e os pais, existem, porque conhecem os atalhos mais irados.

[...] Sou apenas mais um filho da pátria Brasil com nome de santo
feito outros tantos Silvas nos becos, nos morros, nas periferias
apenas mais um brancopretovermelhoamareloíndio e favelado
renegado pelo sistema, vestindo preto por fora e por dentro.

Contra a violência do sistema:
Amor, poesia e resistência!

Convivendo dia a dia, descobriu aos poucos, que eu não era nenhum bicho papão. E nem flor que se cheire!

[...] Se pudesse, pagava a dívida do mundo e livrava toda essa gente desse maldito karma.

Ele versava muros, com as cores da poesia de seu grafite!

Sua melhor versão era aquela em que se travestia de poeta e inundava o mundo inteiro com seus versos.

Tem os dias de glória e os dias de luta. Esses são de luta, os de glória tardam, mas não falham. Pode crê!

Chega de radicalismos e incompreensão no mundo, precisamos de pessoas capazes de amar, primeiro a si mesmos e depois aos outros. Precisamos de pessoas humanas, humanizadas e capazes de se sensibilizarem com o sofrimento alheio.

O Islã e os radicais brasileiros
- (Religiosos ou não) –



Respeitar os islâmicos não é um favor que se faz aos povos árabes, pois somos sujeitos de direitos iguais perante nossa Constituição Nacional. Nesse sentido, é obrigação de todos manterem a sanidade mental e a racionalidade perante aos recentes acontecimentos mundo afora, pois, nem todos são radicais e ou terroristas; na verdade, essa postura mais extremista é adotada pela minoria. O islã prega o amor, a caridade e o respeito ao próximo, sendo uma tradição religiosa linda e merecedora do respeito de todos, sem exceção.

Assim como existem desvios no Islamismo, existem também desvios em muitas outras tradições religiosas, portanto, apontar o dedo e julgar o outro por sua opção de crença religiosa é tão ignorância, quanto envolver o corpo de explosivos e alvejar alvos aleatórios em espaços públicos. A maioria deles é tão vítima dessas minorias radicais, quanto os alvos de atentados terroristas. Há que se manter a sanidade, mesmo em meio a tantos absurdos, pois não somos juízes do clã dos deuses, habilitados a fazer justiça e punir os ímpios. Então porque agir de tal forma, repetindo o mesmo erro sempre? Pra quê repercutir o ódio, tipo bateu levou? Mesmo porque, normalmente quem leva, não foi quem bateu. Quem bate esquece, quem apanha não; sábias essas palavras e muito pertinentes também. Afinal de contas ninguém quer apanhar, merece apanhar injustamente, ou apanhará em silêncio para sempre. Se você atira uma pedra ou professa o seu ódio contra pessoas inocentes, por causa da crença religiosa dessa pessoa, você também está promovendo o terror e, portanto, se tornando um 'terrorista'. Hoje, agressão verbal e pedra; amanhã, algo maior e mais contundente.

Chega de radicalismos e incompreensão no mundo, precisamos de pessoas capazes de amar, primeiro a si mesmos e depois aos outros. Precisamos de pessoas humanas, humanizadas e capazes de se sensibilizarem com o sofrimento alheio. Peço desculpas, em nome do povo brasileiro, aos árabes ofendidos e agredidos no estado do Paraná, pois assim como nos recentes episódios de ódio em casos isolados de radicalismos religiosos promovidos por uma minoria islâmica e amplamente divulgados pela mídia mundial, os agressores brasileiros não respondem ou representam a maioria do povo brasileiro.

Link para o texto motivador da escrita:
Disponível em: <http://www.paranaportal.com.br/blog/2015/11/23/muculmanas-sao-agredidas-em-curitiba/>. Acesso em: <23 de novembro de 2015>.

S. de MATAR
(J.W.Papa)

Descobriram Mariana da lama que cobria Bento Rodrigues
e do minério, descobriu-se o mistério
que o capital há muito tempo escondia (a sete chaves).

Descobriu-se em Mariana a lama que sempre encobriu Minas
sob as montanhas de rejeitos camuflados nas represas
- de empresas tão lixo -
quanto o descarte que oferta hoje aos rios das cidades ao redor.

Descobriram os segredos mais bem guardados dos barões do Estado
em seus engenhos de minério de ferro e ganância desmedida
depois de um tsunami de lama ter inundado a paz de todo mundo
ceifando tantas vidas em tragédia tamanha
planeada em engenho absurdo durante tantos e tantos anos.

Descobriram na lama a saída humana para tamanho problema!
Mérito da bondade do povo brasileiro mobilizado
cansado de ser enganado e de tanta lama sendo espalhada por aí
e que a essa altura, já vai pr’além dos joelhos.

Mataram os peixes (os homens), os rios (as vilas) e derrubaram as árvores (as casas)
Agora está muito triste ver tantos corpos serem desenterrados.
Transformaram as montanhas (cartão postal de Minas) em pó
A tristeza é que todos nós sabíamos muito antes e nada fizemos.
Romperam as barragens, fazendo transbordar nosso ódio do peito
Será que depois de tudo isso, ainda permaneceremos calados?

Lama, lama; ferro,ferro



Aí você olha para trás e só vê lama... Muita lama!
E corre, corre, corre... Corre o mais rápido que pode.
Seus passos parecem lentos, facilmente suplantáveis!
Você sente que a qualquer momento será alcançado,
então corre ainda mais rápido. Corre sem olhar para o passado.
Porque só tem aquele instante de segundo para se salvar.
E todo o resto, naquele exato momento, não importa.
De verdade, não importa!
Não importa quem errou e de quem é a culpa,
se você não sobreviver para contar a história.

Enquanto corre, vê o vulto das árvores tombando a seu lado
e os pássaros em revoada esquivando-se de toda aquela desgraça.
Vê, vê não! Escuta, sente, se aterroriza... Sofre.
Sem poder reclamar ao perceber os passos dos seus amigos de infância
(atrasados na fuga repentina), sendo engolidos um a um pela lama
e subitamente silenciados, sem chance ou possibilidade de defesa.
Vivencia o angustiante desespero momentâneo
que invade e toma conta de todo o seu corpo instantaneamente,
fazendo acender ao mesmo tempo sua gana pela vida.
Vê a vida inteira passando bem diante de seu nariz e imagina...
Se será essa, a sua última chance; se será essa, a sua última vida.

Da lama ao caos, em segundos de desespero, você se salva
e ainda torna-se expectador primeiro de todo aquele pesadelo.
Antes, impensável! Agora, exemplo de como o homem tem sido cruel
e desumano consigo mesmo, com seu semelhante e com a natureza.
É o bicho homem (irracional) sedento por mais capital,
cego para a vida humana, predando cruelmente tudo que tenha vida (ou não).
Presas encarceradas às margens de uma represa (de rejeitos, de maldade),
Aguardando o bote final, o momento derradeiro de serem vitimadas.

E se a montanha tremer novamente é melhor estar preparado!
Para correr pra ruas com cartazes e organização, mobilizando, mobilizado
travestido de predador, não de presa, de leão.
E é melhor levar junto consigo uma manada,
um bando de gente informada, que briga com a faca nos dentes,
contra toda essa gente que mata e destrói, consome e corrói por dinheiro.
Molotov's e resistência, talvez sejam necessários em algum momento.

Quando tudo isso passar e você estiver a salvo no alto do morro,
antes mesmo de a poeira baixar e as máquinas voltarem a operar
- em seu modo mais embrutecido,
verá que o monstro ainda tem muita fome e não pretende se calar.
Verá que os mistérios de Minas Gerais se misturam com o dinheiro sujo
do minério extraído das montanhas,
transformadas num piscar de olhos em pó, todos os dias, há anos.
Verá que antes mesmo de a vila se refazer o monstro migrará em silêncio
se mudará para outro sítio, em busca de mais minério
de mais dinheiro de mais vidas.
Sem se importar com a natureza, com as pessoas, com suas memórias.

Deus...Jamais livrai-nos dos livros, amém!

Um brinde aos descontentes



Gostaria de percorrer distâncias longas
e discursar teorias filosóficas profundas
e assentar meus olhos nas quinas do céu
e ficar admirando o seu mundo (meu mundo)
ir de encontro ao outro extremo
do plano do polo do hemisfério.
Queria não ser tão raso
rasteiro
miúdo
cingido em segredos absurdos
e banais mistérios.

Se pudesse não faria planos!
Evitando assim,
os desenganos e as expectativas desnecessárias.

Se a profundidade com que te enxergo hoje
fosse a mesma com a qual vejo o mundo
talvez, não estaria aqui cavando tão fundo dentro de mim
pr’além da cova rasa que herdei de você.
Talvez, esse mundo sombrio e escuro que vejo
retrocedesse e deixasse de existir
feito no fim, onde tudo se inicia.
Inclusive foi lá que te conheci, lembra?
De dia
por volta das cinco
perto da saída
longe da multidão
encostada naquele árvore cheia de resina...
Porque parei?
Como fui burro meu deus.

Fragmento da poesia "Victória flor".

[...]

Linda...
Seja bem vinda à sua vida!
Seja bem vinda às nossas vidas!
Nunca se esqueça do quão importante tu és.

Quando um dia tornar-te maior...
Adolescente, jovem, adulta, sei lá!
E de súbito o teu coração apertar,
Mas, doer tanto, tanto...
Do tipo que a gente acha que não vai mesmo aguentar!
Lembre-se linda flor...
Nasceste pequenina,
como nasce o amor,
vieste ao mundo para fazê-lo sorrir
para livrá-lo de sua própria dor,
vieste ao mundo para perfumá-lo,
como quem perfuma a mão
ao tocar uma linda flor.

Flor...
Seja bem vinda!

Lentamente


Em raro momento
de sublime encantamento,
dispendiosa beleza jaze
do brilho dos teus olhos.

Sua alma incandescente,
à minha junta-se lentamente
num pacto profético
de sangue e carne.

Num momento de incerteza
colho maçãs podres sob a mesa,
respiro a fundo as impurezas de seu mundo
recolhendo migalhas de pão nas nuvens.

Sigo em frente atordoado
Andando de lado a lado.
Sinto-me ofendido,
sinto-me desrespeitado.

Luzes ofuscam meus saberes
os conhecimentos já não são úteis
estou a procura de um outro eu
e à deriva de mim mesmo.

Procuro um eu menos pálido,
menos inseguro,
mais confiante,
menos complacente.

Penso num futuro que nem existe;
no passado não penso mais.
E enquanto isso, descabidamente
tenta convencer-me o presente,
que estou no rumo certo.