Coleção pessoal de jenni_claudia
Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.
Quando caí, tive que me levantar sozinho com a ajuda de Deus. Agora que consigo caminhar, vou fazê-lo da mesma forma que me levantei.
Minha alma está triste hoje
Sinto falta do meu sorriso
Vencerei, eu sei, a minha solidão
Recomeçarei sempre.
A escuridão me persegue 
A solidão me acompanha
A tristeza e minha amiga 
Simplesmente minha vida é vazia.
O Amor do Sol pela Lua
É o amor o maior sentimento do universo.
Maior que a liberdade,
Maior que o espaço,
Maior que o mar,
Maior que as montanhas.
Mais puro que a neve,
Tão puro e generoso quanto
O melhor de cada um.
Se é um beija-flor, sejas
A gota d'água que apaga
O fogo ardente que no meu corpo queima.
Se és angelical, sejas pura.
Se és uma flor, enfeita o meu jardim.
Se queres voar, te ensino.
Se tiveres medo, te dou coragem.
Se tiveres coragem, te dou as estrelas.
Se tens as estrelas, és então a Lua.
Se és a lua, serei o teu Sol.
Se teu coração for tão grande quanto o meu,
Ama-me e te amarei!
Se queres liberdade,
Te dou um pouco da minha
Para que juntos sejamos muito mais livres.
Livres para amar.
E entender o amor.
E ser o amor.
Se existe na Lua algo maior que o amor,
Ensina-me e te ensinarei
O amor que nasce no Sol
De meu coração.
Se Tens amor, sejas amor.
Que sejamos um,
Menino e Menina
Brincando de amar,
Caminhando juntos sob o maior
Sol de todos.
A liberdade de amar.
Liberdade maior que tudo e todos,
Justiça natural do amor.
Se és uma espada do amor,
Finca-te em meu coração
E faze-me acordar e ver
Que o amor é você!
Se queres uma pétala
Te darei uma rosa.
Se és a força do amor,
Seja tão azul quanto o céu que vejo.
Se és a estrela, te levarei a Lua.
Seja sempre maior que a montanha que vês,
Pois se fores, poderá ser tão grande quanto a montanha.
E depois maior que ela.
Quando voares, serei teu anjo,
Quando chorares, serei o ombro,
Quando sofreres serei a cura,
E quando eu morrer, serás Tu a minha vida.
ENTRE SONO E SONHOS
Entre mim e o que em mim 
É o quem eu me suponho 
Corre um rio sem fim.  
Passou por outras margens, 
Diversas mais além, 
Naquelas várias viagens 
Que todo o rio tem.  
Chegou onde hoje habito 
A casa que hoje sou. 
Passa, se eu me medito; 
Se desperto, passou.  
E quem me sinto e morre 
No que me liga a mim 
Dorme onde o rio corre — 
Esse rio sem fim.
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
DEVE CHAMAR TRISTEZA
Deve chamar-se tristeza 
Isto que não sei que seja 
Que me inquieta sem surpresa 
Saudade que não deseja. 
Sim, tristeza  -  mas aquela 
Que nasce de conhecer 
Que ao longe está uma estrela 
E ao perto está não a ter. 
Seja o que for, é o que tenho. 
Tudo mais é tudo só. 
E eu deixo ir o pó que apanho 
De entre as mãos ricas de pó.
Ser atirada para dentro de uma vida totalmente diferente — ou, pelo menos, jogada com tanta força na vida de outra pessoa a ponto de parecer bater com a cara na janela dela — obriga a repensar sua ideia a respeito de quem você é. Ou sobre como os outros o veem.
Existem horas normais e horas inúteis, nas quais o tempo para e escorre e a vida — a vida real — parece distante.
Quando você me olhava com aqueles olhos ilimitados, deliquescentes, eu me perguntava o que você podia ver em mim. Agora sei que isso é uma visão tola do amor. Você e eu não podíamos deixar de nos amar, assim como a Terra não pode parar de girar em torno do Sol.
