Coleção pessoal de JaniaradeLimaMedeiro
O cravo brigou com a rosa, levou tapa e fez careta,
Disse: “Nunca mais te falo!”, saiu com muita treta.
Mas no baile da alegria, veja só que confusão:
Tavam juntos, lado a lado, dançando de mão na mão.
Paráfrase em cordel da canção popular “O cravo brigou com a rosa” publicada em "Cordel de primeira viagem: estudantes em sua estreia literária pelo sertão encantado da cultura nordestina"
A prática da leitura e da produção textual refletem na cultura e na linguagem, contribuindo à formação humana na perspectiva integral em que os sujeitos aprendem a construir formas de pensar, além de articulações linguísticas capazes de recriarem novas condições sociais.
Extrato do livro: "Fábulas para se ler além da escola", Editora Schreiben
Os multiletramentos direcionaram à multiplicidade cultural de diferentes públicos e multiplicidade de significações, com reflexos dos seus diferentes signos linguísticos, objetos e interpretações.
Extraído do livro: "Fábulas para se ler além da escola", Editora Schreiben
"Como e por que me tornei professora?"
COMO ?
Estava nos primeiros passos ...
brincadeiras com sucatas!
com suas cores e formas ...
desconsertavam e voltavam ao compasso!
objetos que construía,
que só pra mim sentido faria.
Com outra percepção se deu
quando as letras eram desenhos
que surpresa:
os coloridos representavam sons.
Nas mãos da mamãe as figuras brincavam:
cortava, colava e dava outros tons.
Chamou-as de sílabas
e brincávamos de rir.
Vi que sozinhas,
as vogais tristonhas
com essas tais consonantes
precisavam interagir.
E sobre o papel sem cor
a mãe me provocaria
e eu coloria, a sorrir.
Certo dia papai chegou
e um grande presente na parede fixou.
De tão verde parecia a mata
Com seus bastões coloridos
que no quadro verde podia tingir.
De tão alto me obrigava
nas pontas dos pés ficar
e de joelhos eu descia
para desde sua base
as minhas letras começar a desenhar.
Crianças chegavam de lá e de cá.
Vizinhos e primos queriam brincar.
Os colocava sentados no chão
e ali começava a brincar de ensinar.
E assim foi...
pela descoberta das letras com a mãe colorindo,
montando e desmontando pra ler
por meio do pai a brincadeira completava
quando as crianças amontoavam
e dali eu dizia que ensinava a escrever.
POR QUÊ ?
Na escola aprendia
conversando com a “tia”
que a todo tempo me chamava
porque parada eu não ficava.
Seu tom de voz, medo não causava
porque tia Heralda, tranquila sempre estava.
Me pedia para ajudar na sala
e no recreio eu podia ter minha fala.
Assim descobria uma nova ação
entre professor-aluno uma relação.
De origem não genética
mas de natureza dialética.
Então pude conhecer
que “todo professor é sempre aluno
e todo aluno, professor, pode ser” 68
Estas palavras do Seu Antonio
que em suas cartas eu pude ler
para me preparar e entender
sobre as inquietações deste universo do saber.
Assim com Gramsci um pouco mais entendi
por que docente eu me vi
e tão logo o coração aquiesci.
Poema publicado no livro "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias."
"Inocente útil"
Inexiste outro adjetivo para classificar
Embora descaracterizando-se da essência original
do conceito inicial à inocência útil enxergar.
Aqui não se erguem bandeiras político-partidárias
que se pudessem explicar
aqui, talvez, somente a política relação
por parte dos oportunistas de plantão!
Oportunistas são seres de visão!
Veem num relacionamento necessário a fonte de informação
Buscam impactos por influências
Que lhes abram portas à continuada formação
e que os ingênuos favoreçam à sua produção.
Tão inocente: não se viu manipular
Por caridade, facilitou aos astutos “necessitados”
Fantasiou e iludiu-se:
as relações fluidas eram de pureza aos “interessados”.
Através da relação de interesse
foi sugada a malícia racional
capaz de acreditar na perversidade humana
porque na estrutura de pureza,
via-se somente o estereótipo angelical.
Por meio da sua integridade
não enxergou a malícia humana e o
poderoso envolvimento cruel
dos atentos em beneficiarem-se com toda gama.
Ingenuamente, compartilhou conhecimento
espontaneamente, acreditou na construção de relações sólidas
inocentemente, dividiu seu material e trabalhou para “amigos”.
“Amigos” que sentavam ao seu lado
desde a caronista fingidora de emoções,
aos artistas do teatro da vida!
Os ingênuos são aproveitados nas fases em podem ser úteis
e os astutos deleitam-se do melhor que os puder usar.
Os lobos, abastecidos de seus ardis,
sondam terrenos férteis de ignorância sobre a maldade humana.
Raposas fingem-se dóceis e amigáveis para conhecer suas fragilidades.
Caroneiros da boa fé, inclusive.
Astutos que utilizam da parábola cristã e fazem-se de cordeiros.
São hipócritas e dizem o que não praticam.
São sociopatas e investem em vestes para representar.
Utilizam-se do discurso divino para promoção da confiança .
E brincam “eu tenho cara de ser gente boa mas sou uma pessoa má”.
Lobos covardes, medíocres e aproveitadores
sabotam-se em suas falsas convicções.
Golpeam injustamente os que estenderam a mão:
Os prestativos, porem inservíveis, já não têm mais espaço.
O diário cruel da caserna em que opressores se oprimem
porque se “a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.
Inexiste camaradagem.
Mentira! Cada um por si e salve-se da próxima escala de serviço ou missão.
E assim vida verde-oliva segue
processa novos contextos e necessidades.
Pelo instinto de sobrevivência na caserna
“ex-caronista descobre outras relações de necessidade útil,
desprezando quem se tornou inútil
desde que deixou a farda verde-oliva”:
frustado depoimento da ingenuidade iludida.
Experientes no processo de tirar proveito,
rompem com as relação de utilidade,
são malditos ferem inocentes.
Ferimento de mágoa, dor, ressentimento transformados em
reconhecimento da exploração emocional:
a inocência útil começa a processar rancor.
Porque insignificante torna-se tudo o que pensa-se de bom ter construído.
Disfarçados do discurso hipócrita da bondade em nome de Deus
escandalizam a pureza do amor divino real.
A sua religiosidade suja e profana do egoísmo e do individualismo.
Desfarçam-se por meio do mandamento cristão de amor ao próximo.
Farsantes!
O próximo são seus próprios ‘eus’
usurpadores de mentes e corações
dedicados à concretização do único amor importante:
autoamor.
Amor próprio, egocêntrico e capaz de convencer o inocente útil
Usá-lo, envolvê-lo, conquistá-lo e, descartá-lo.
É justo que sejam sempre bonificados?
Pensando no sentido da formação para a vida
Cada um que escolhe teu caminho e utiliza seus dons...
Poderia ser indiferente e desejar-lhes só o bem ... mas
neste momento manifesto minha necessidade de evolução espiritual:
que os lobos recomecem e sejam surpreendidos
que lhes seja permitido recomeçar novos ciclos
que estes novos ciclos reproduzam a ojeriza que nutro
que este nojo multiplique-se e solidifique-se
que suas máscaras caiam
que possam envelhecer essencialmente solitários
que sejam cercados por nova geração de lobos que lhes seque
que suas almas (caso as tenham) sejam de lamento por seus vazios
que vejam a força que fizeram nascer aos inocentes úteis
que matem-se na alcateia
que morram-se.
Poema publicado no livro: "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
"O grito da caserna"
Me cansei das palavras bonitas escritas em verde-oliva
Em verde-oliva pra escrever bem sobre as mulheres
Medíocres muitas palavras pintadas
Que mulheres da caserna superaram desafios e fazem parte da história
Da história de quem? Pra quem?
Calam-se pra erguerem o troféu do preconceito
Preconceito de gênero, de formação, de vida.
Sob os sóis de formaturas
Finge-se adestrar mulheres
Adestradas pela hierarquia e disciplina
Mulheres que tratadas pela Força seriam firmes
Seja firme para quem? Por quê?
Que mal tem em não ser firme se a mulher pode ser o que ela quiser
Exerça sua função! Mas não escrotize.
Exceto se sua essência for escrota.
Me cansei da farsa que obrigada camuflar os sentimentos
Que diz que ninguém chora, não pode cansar, não deve parar
Me cansei dos olhares hipócritas e preconceituosos
Gritei
Voz não tem eco no horror
Voz não tem dono no terror
Fantasmas não têm voz
Porque gritar só pode ser “Sim Senhor!”
Não cansei de marchar pra meu destino
Escolhi levantar a bandeira em silêncio
Depois do medo, da opressão, de depressão
Larguei a bandeira da mulher farsante que não sou
E assumi que não sou produto da grande fábrica de robôs
Por quê? Porque tive medo, senti opressão, vivi depressão
Por quê? Porque sou frágil, humana, espontânea, natural.
E neste brado não se escondem minha aversão
Náusea às sociopatas sedutoras de plantão!
Seus chamarizes estão nas estrelas
Cujos trajes ordenados só lhes despertam as oportunistas por ocasião!
Essa mulher nunca fui eu
Por quê? Porque sou frágil, humana, espontânea, mulher.
Sr comandante que não me perdoe!
Eu quis me libertar, eu não nasci esta mulher que o holocausto criou
Forjada no aço da exclusão e da tortura
Estou aqui
As memórias da caserna fazem parte de mim
Não quero mais os regulamentos desregulados
Regras que encobrem e protegem os mais altos e ambiciosos
Os que preferem encobrir erros a perder uma promoção.
Sr comandante que não me perdoou!
E de “vermelha” me rotulou
Não teve estratégia para me “converter”
E o grito de dentro da caserna eu precisei ter.
Um grito de liberdade foi o silêncio da despedida suprimida
O grito supostamente silenciado fora substituído
pelo grito que ganhou mais força com a soma das memórias.
Eu nasci mulher, biologicamente mulher
No entanto, eu me fiz mulher, audaciosamente mulher
Mulher que pensa
Mulher que chora
Mulher que se cala pra ter voz na hora certa
Mulher que sente
Mulher que deveras consente
Consente pelo cansaço do fardo.
Foi a esperança de ganhar força o meu grito de mulher
forjada no campo da batalha castrense
grito que ecoa sem poder escolher
que escutem todos, a partir de agora, o “eu” que a esta mulher pertence.
Poema publicado no e-book "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
"Sarau da linguagem"
Compromisso com a educação
Vai além da nossa visão
É ir à escola e observar
O quanto de vozes precisamos escutar.
É abrir a porta de cada sala
E sorrir com cada cadeira ocupada
E de volta receber um aceno
De cada educando com atitude empolgada.
Empolgados pela motivação das aulas
Ou pela curiosidade que desperta
Quando uma novidade
Vem como por uma janela aberta.
Ao abrir a janela muitas possibilidades aparecem
De tantos contextos que acontecem
São textos e intertextos que se apresentam
Neste livro de narrativas que nem sempre acalentam.
Olhares, vozes, aromas, sabores e abraços
Cada enredo com seus entrelaços
Que de sorte podem anotar
Os que da escola desejam vivenciar.
Seja pela visão, tato, audição, paladar ou olfato
Cada educante com suas histórias
Que buscam caminhos
Pra desencadear num novo fato.
É a leitura e escrita da vida
Que a todos se apresenta em convida
Pra continuar por meio desta lida
Sem intenção de despedida.
Porque neste percurso sem fim
A trajetória começa nos primeiros passos
Foi assim pra você e pra mim
Quando iniciados os primeiros laços.
Laços de afago e de ternura
Que almejam expressar na cultura
Por meio da arte e literatura
Os momentos ricos da leitura.
Que desde a educação infantil iniciava
A enveredar pelos caminhos das infâncias
Perpetuando no ensino fundamental
As memorias que adormecem nestas instâncias.
Acordadas ficam as lembranças
Que expressas pela escrita
Trazem aos corações e mentes
O reforço da nossa esperança.
Esperança na educação
Capaz de mudar o cidadão
Que começou pela leitura e escrita
O mundo novo, de transformação.
"Seu olhar"
Alguns passos: caminhos cruzados,
um cumprimento: mera gentileza,
um fato: olhares trocados,
de fato, uma cortesia ingênua.
Você veio, eu fui,
um breve sorriso nos damos,
com leve aceno de mão reforçamos,
a energia e doçura do olha que se constitui.
Um olhar tão brilhante,
que chamou pra perto, marcante,
talvez inconsciente, mas, importante,
se por um lado era ternura, talvez do outro, insinuante.
O olhar que despertou meu interesse,
prendeu também minha atenção,
ao sorrir, consentiu entrar,
neste estado que não estava a esperar.
Aguardando que se chegue a cada dia,
cedo, tarde ou noite que se ria,
de uma espontaneidade trocada,
da pureza do sentimento alcançada.
Sem qualquer pretensão,
desconhecemos o que temos ou o que carregamos,
nos divertimos de várias maneiras,
sem máscara, maquiagem ou adornos,
usufruindo do que simplesmente somos.
Consigo falar do que foi e o que é,
mas não o que possa ser,
o que preciso mesmo dizer,
enquanto seu olhar para mim se expressar,
é ao teu lado que hei de querer estar.
Poema publicado no e-book "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
"Quando o amor chegar "
Busca preservar o seu âmago,
o olhar de carinho e de curiosidade
que aponta o interesse de tudo do outro conhecer,
à expectativa da segurança de que é preservada a sua essência.
Mantenha o brilho no olhar.
Se há risco, busque resgatar,
Alimenta, afaga, deixa ampliar.
Não permita a incerteza chegar.
Se houver, há que reparar
A segurança é o que espera alma do amor esquentar.
Não deixe o coração ferir.
Mas se inevitável for. Repensa, questiona, reflete, volta pra onde teve que intervir.
Não permita o encanto partir.
Esse caro sentimento é admiração
que deve ser cuidada pra fazer o amor sorrir.
Busca o sentido de completude,
em que fazer o outro feliz é realização,
pensar em cuidar do amor é decisão
como as ações que nascem no coração.
Nesse mundo individualista,
em que almas pouco pu nada se respeitam,
atenta entender do amor o que pensar ser difícil;
retoma as músicas que alegria traziam;
cumpra o tempo diário de pensar e permitir falta sentir;
mantenha a chama de querer planejar e juntos sonhar;
e não abra mão do desejo de estar perto que é um dos que deve persistir
Porque quando o amor chegar,
não creia que é fácil manter de forma intensa e feliz.
Preocupa para a pureza e doçura manter,
sem interesse e,
espontaneamente o necessário afeto aquecer.
Poema publicado no e-book "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
"De valor singular"
Pedra preciosa és tu
Quem com alegria inaugura
minhas manhãs
Pedra preciosa tu és
Quem não me deixa sentir ao revés.
Vem com a energia
Com a que inicia o dia
Trazendo a raridade infinita
Desde a sua tenra idade
Com exuberante beleza
Exibe a sua maestreza
Que não se deixa perder
A sua dureza é fortaleza
Da mais valiosa pureza
Refletindo um brilho sem igual
E me fazes esquecer que sou
mortal
Não preciso lapidar
Porque teu valor é singular
E nada quero perder
Pra toda sua luz receber
Se pode parecer egoísmo
É na verdade altruísmo
De quem sabe ser recíproco
Este caro amor que não troco
Quem quiser ter o teu que lute
E que esta Plenitude desfrute
Porque o presente que tu ganhas
não se dá
Não se troca ou compartilha
Se tem um valor singular
esta preciosidade que não sei
nomear
Poema publicado no e-book "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
Parecia que a palavra ‘bruta'
Trouxesse o sentido do não bom
Que escapa do leve tom
Como se precisasse provar por disputa
O valor do seu rico dom
Silêncio!
Escure as pedras que brincam abaixo do meu caminhar
E as grandes que de longe vejo, quando vento as vai acariciar
Não tenhas medo da aparência disforme
Mas observe cada lado que promove
Um brilho espetacular
Parecem ser rudes
Indelicadas ou
Grotescas
Mas se engana
Quem não sentiu a força que te passa
Com energia gigantesca
Assim o amor chega
Quieto, sem forma e desnudo
Pra que quando tu menos percebas
Vê que tornou o maior amor do mundo
Não precisa usar como adorno
Pra que todos vejam seu requinte
Já que o valor que tem de retorno
Tá contigo, mesmo q não sejas pedinte
E que não peças
Nem ofereças
Com discrição
Sem propagar
O que tem de tão bom
E não quer tornar popular
Pra tua luz não ofuscar
Ou de tanto invejarem, apagar
E guarda tua pedra bruta
Que o valor só tu sabes que tem
Quem olha não reconhece forma e cor
E só sente tu
a energia do amor e da vida que pra ti retém
Poema "Cuidando da pedra de valor que só pra você tem" publicado no e-book "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
E guarda tua pedra bruta
Que o valor só tu sabes que tem
Quem olha não reconhece forma e cor
E só sente tu
a energia do amor e da vida que pra ti retém
Trecho do poema "Cuidando da pedra de valor que só pra vocêtem" publicado no e-book "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
Desejo que as inspirações convertidas em versos e poesias apresentadas nesta obra pioneira nos provoquem tão variadas reações, motivem a leitura, a reflexão e produções artísticas como expressão dos sentimentos favoráveis e antagônicos inter e entre si, envolvendo-nos no mesmo vento em que, como bem traduzido por Luiz Fernando Veríssimo “Os tristes acham que o vento geme, os alegres acham que ele canta”, em razão nossos diferentes estilos e subjetividades.
Trecho do prefácio do e-book "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"
O verdadeiro desafio do pensar é converter a percepção fragmentada em uma consciência crítica e ativa, capaz de atuar como agente de transformação.
A filosofia da práxis não contempla o mundo como está — ela o interroga, o critica e o transforma com as mãos conscientes de quem age.
Deixa-me ir.
Eu quero partir
Cansei
Desisti
Não tenho mais ânimo pra caminhar
Não tenho forças pra lutar
Nem sei se quero ter forças
A solidão cansa
Pensar, sentir, agir,... sozinha
Se milagres existem
Eu não sei
Se ter coragem é preciso
Pode ser
Mas até pra coragem eu cansei
Muito fadigas
Desgastada
Sem perspectivas
Sem caminhos
Sem desejos
Exceto o de dormir
Dormir o sono dos que descansam
Dos que partem pra, em fim, descansar
Cada pérola é única e expressa a experiência particular da metamorfose da vida: enriquecida pela provação dos "atritos", enriquecem nossa visão e adornam nosso coração.
Enquanto educadora, ressalto que simplesmente cumpro a missão de servir e lutar em favor da educação democrática e emancipatória, contrária a sua “alienação” ao capital.
Senhoras e Senhores, bom dia.
Após ser surpreendida com este honroso convite para participação de tão ilustre evento como homenageada pelas pesquisas e obras publicadas na área da Educação, solicito permissão aos convidados e agraciados nas outras áreas de atuação a fim de manifestar-me com um agradecimento particular: ao respeitado professor Marcos, Presidente deste Grupo empresarial e as suas empresas parceiras. Relembrando o grande filósofo, orador e escritor romano Marco Túlio Cícero que dizia “nenhum dever é mais importante que a gratidão”, faço nesta atmosfera de reconhecimentos o meu agradecimento pela homenagem prestada.
A honra deste momento enche-me de orgulho porque resgata minha história de vida e de formação profissional em que, de alguma forma, todas as instituições presentes contribuíram para a construção e organização do pensamento crítico a respeito, principalmente, das categorias Trabalho e Educação, que norteiam a teia de relacionamentos nas diversas áreas de atuação desde o início da humanidade.
Acredito no princípio educativo do trabalho por meio do qual estamos sujeitos todos os homens sociais aprisionados ou não a diversas ideologias. Sonho em podermos, por meio da Educação integral, que possamos transformar perspectivas ao contribuir à formação do sujeito rico em pensar e em dialogar com nossa história a fim de contribuir com a projeção construtiva do nosso futuro.
Se me perguntam se sou contra o capital, respondo que “-de forma alguma! gosto e necessito dele para satisfazer desde as mais simples alegrias!”. No entanto, enquanto educadora, ressalto que simplesmente cumpro a missão de servir e lutar em favor da educação democrática e emancipatória, contrária a sua “alienação” (ao capital).
Quero finalizar dizendo que concretizo aqui a busca pelo respeito às diferenças, que inclui as divergentes formas de pensar, de ser, de ter, de trabalhar e de sonhar. E, desta forma, manifesto minha crença na democracia por meio da qual o exercício da cidadania é oportunizado de maneira igualitária e, portanto, ratifico a importância de que compreendamos a distinção entre a “Formação para o Trabalho x Formação para a Vida: Do princípio educativo dotrabalhoà educação emancipatória*”
Muito obrigada!
10 de março de 2023,
Janiara de Lima Medeiros – Prof Jani.
Eu sou Janiara, filha da terra, descendente tupi-guarani, como vocês.
Eu sou Janiara, filha do sol , prima da lua, como vocês, que se materializa aqui no Brasil.
Daqui a pouco volto pra terra e misturo com o mar. No mar do Brasil.