Coleção pessoal de ideniramos
Quando o silêncio envolver-me
Como uma camisa-de-força
Sufocando minha voz
Não poderei mais dizer
"eu te amo"
Serei tão-somente, e para sempre;
“O poeta das palavras natimortas”.
No final
Eu já não estava mais
Escrevendo cartas a você
Eram minhas lágrimas
Falando por si mesmas
Era o silêncio
Transfigurando-se em palavras
E dizendo o que nunca tive coragem de dizer.
Não pode ser
Não pode ser
Por que eu
Assim desse jeito
Cantando choro
Chorando morro
Sem ter você
Sem ter você
Aforismos obscuros, sentenças repentinas
Kafka no templo, leopardos e cálices e rituais
Sonho ou literatura – chamem-me James Joyce por favor.
Sozinho em casa,
Noite de densa escuridão lá fora,
Porque não libertar minha loucura,
Relaxar minha frágil razão?
Sou um homem das letras, discípulo de sábios mortos.
Escrever é minha cura para qualquer tipo de doença.
A escritura rebenta os grilhões do silencio, das lacunas, não existe o indizível, pois o indizível também é palavra.
O tec tec tec do teclado me conforta...