Coleção pessoal de HudsonHenrique

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⁠Quando eu vi aquela mensagem
eu sorri.
Aprendi a esperar.
Não morri.
Aprendi a esperar.
Você não tem ideia
do quanto eu sorri.
Eu aprendi a te tornar imortal.
Mas para meu mal
criei expectativas.
E isso mata.
A decepção seria só minha.
Pois fui eu culpado
de criar mais essa história
depois de tantos finais sem fim.

Que cada palavra não volte contra seu criador,
sonhando acordado eu sou.

Desculpe a todos os amigos
que decepcionei.

Sou distante mesmo,
procuro meu lugar no mundo pra ficar...

e não se sentir um calço
que segura a porta pra não se fechar.

Vento que segue a correnteza vai sempre pro lugar errado.

O que é um poema pra você?
Poema, pra mim, é a existência da alma.
Embora ela nem sempre exista.

Todo homem deveria ter o coração grande de uma criança pequena.

Todos os nossos fardos e incompetências
se resumem em ferramentas que nós mesmos criamos para se sacrificar.

Gosto de pensar que cheguei aonde queria estar.

Os gatos fazem baderna no telhado,
chove nas cidades, milhões de lágrimas abundantes.

Sentir a sua pele aquela noite foi como tocar um alqueire de velames do campo,
uma plantação inteira de algodão.

Teu cheiro ficou na minha roupa,
o gosto da saudade sempre vem me visitar na cama.

Realmente é cafona, sujo, brega e esdrúxulo.
Por isso me sinto em casa, é formal.
Por que sou eu na forma material desse estabelecimento banal, em uma metamorfose de cadeiras geladas e duras.

Mas afinal; somos todos cachorrinhos esperando do lado de fora da casa…
sem relógio.

E esses trechos escondidos, que talvez serão lidos por dois olhos verdes acastanhados. Um dia?
Me pergunto quando, me pergunto onde. Que seja de toda via, em mão dupla,
que me siga de carona e também de motorista. Que aceite minhas paradas e desvios pelas pistas.

O vento entrava pela janela, anunciando que não somos impermeáveis ao que sentimos.

Estava frio, mas eu te abraçava, e assim o vento cortava.
Igual uma lâmina de barbear

Quero jogar tudo isso fora, começar de volta.
Se acabou não foi verdadeiro.
Mas, e se a verdade é uma mentira criada para nos abraçar?

Na minha bagunça só têm lembranças, elas não vão embora se você ainda continua lá; apertando o mesmo botão pra voltar.
Remoendo as cenas boas, o gosto do vento em teus lábios.

As noites são traiçoeiras,
e as luzes nostálgicas.Me lembra dos leds no bar, vermelho.
Piscando igual a um vaga-lume morrendo
no meio das vinhas geladas.

Como uma cerração grossa
se dissipou no meu para-brisa.
Apagou qualquer vestígio que havia passado por essa vida.