Coleção pessoal de gtrevisol

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Quem luta com a única esperança de recolher bens materiais, efectivamente não recolhe nada que valha a pena viver (...) Que são os cem anos de história da máquina comparados com os cem mil anos de história do homem?

Combaterei todo aquele que, pretendendo que a minha caridade honre a mediocridade, renegue o Homem e, assim, aprisione o indivíduo numa mediocridade definitiva.
Combaterei pelo Homem. Contra os seus inimigos. Mas também contra mim mesmo.

Libertar uma pedra nada significa se não existir gravidade. Porque a pedra, depois de liberta, não iria a parte nenhuma.

Também somos ricos das nossas misérias.

Sacrifício não significa nem amputação nem penitência. (...) Ele é uma oferta de nós próprios ao Ser a que recorremos.

Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

Não há uma fatalidade exterior. Mas existe uma fatalidade interior: há sempre um minuto em que nos descobrimos vulneráveis; então, os erros atraem-nos como uma vertigem.

É o mesmo sol que derrete a cera e seca a argila.

Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam.

Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana... Mas o quê?

Apenas se vê bem com o coração, pois nas horas graves os olhos ficam cegos.

A não-violência e a cobardia não têm nada a ver uma com a outra. Acredito que um homem armado dos pés à cabeça seja um cobarde no seu coração. A posse de armas pressupõe um factor de medo, para não dizer de cobardia. Mas a verdadeira não-violência é impossível sem a posse de uma autêntica ausência de medo. (...) A não-violência nunca deveria ser utilizada como escudo da cobardia. É uma arma destinada aos valentes.

(...) A prova de fogo da não-violência está em não deixar para trás nenhum tipo de rancor durante um conflito não-violento e, no final, em fazer com que os inimigos se convertam em amigos.

O homem converte-se aos poucos naquilo que acredita poder vir a ser. Se me repetir incessantemente a mim mesmo que sou incapaz de fazer determinada coisa, é possível que isso acabe finalmente por se tornar verdade. Pelo contrário, se acreditar que a posso fazer, acabarei garantidamente por adquirir a capacidade para a fazer, ainda que não a tenha num primeiro momento.

Tolerância não significa aceitar o que se tolera.

O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.

Um objeto, mesmo que não tenha sido adquirido por meio de roubo, deve ser no entanto considerado furtado se o possuímos sem dele precisarmos.

A minha fé, nas densas trevas, resplandece mais viva.

Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas o bem só é temporário; o mal que faz é que é permanente.

Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.

A não violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo. A não violência, na sua forma ativa, é uma boa disposição para tudo o que vive. É o amor na sua perfeição.