Coleção pessoal de Garfield789

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O circo é um pequeno paraíso; ontem, hoje e amanhã, estará sempre no sorriso de uma criança bem louçã.

Um corpo corruptível entristece a alma que geme de dor.

O destino embaralha as cartas, mas nós é que rodamos a roleta da vida.

As drogas são como bolhas de sabão: fascinam aos olhos, mas se desfazem na mente como breve ilusão.

A terra é o sopro de Deus e o Universo a sombra dos seus pés.

PARA ENCERRAR O DRAMA

Numa vala bem profunda
é jogado um corpo, não reclama,
breve vida, efêmera e passageira,
tem lá o seu final, imunda.

Os poucos anos que se proclama,
já nesta hora amarga, derradeira,
tudo é triste e nos inunda
de pesar para encerrar o drama.

Quem o ver ali sepultado,
há de se perguntar quem ele fora
em vida e por qual razão morrera
tão jovem e envenenado?

Esse alguém há de ser metáfora,
pois foi um viciado que perecera
de overdose, bem drogado:
nasceu, existiu e se foi na aurora.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

QUANDO ACABAR O JOGO

No jogo da vida contra a morte não há vencedor,
é uma batalha grandiosa no tempo da existência,
nem sempre vencem aqueles que por excelência
jogam muito bem e nem sempre há um perdedor.

Mas no jogo da grandeza e decadência há o azar,
mesmo que alguém possua uma favorável sorte,
numa jogada poderá lucrar a vida ou ver a morte,
e alguém quase à morte, até a vida poderá ganhar.

Contudo, quando acabar o jogo, nada mais resta
para se arriscar. Isso também ocorre em sua vida:
ao apostar nas drogas quem se dana é o viciado.

Se o jogador num lance de sorte abdicar da festa,
ganha a chance de viver; mas quando o azarado
aposta na morte para ganhar, ele perde a partida.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

A DROGA É MAGO ENGODO

A droga é mago engodo,
isca maldita, se depara a esmo
para apanhar crianças, jovens e todo
aquele que se descuida, atraídos mesmo.

A droga é mera aventura,
que aliena a noção e proclama
uma falsa liberdade, leva à sepultura,
aniquila o corpo e joga o viciado na lama.

A droga no vício difama,
destrói as defesas da reflexão,
faz do homem um animal e inflama
a violência para destruir a mente e a razão.

A droga jamais constrói,
nada acrescenta para a ventura
no ideal de uma vida, mas só destrói
as virtudes que alimentam boas criaturas.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

HIPNOTIZAR A MENTE

Hipnotizar a mente com drogas é alimentar
a miséria sobre a Terra para torná-la o lixo
do Universo e inundar de violência o nicho
de paz que ainda resta no mundo a vicejar.

Entorpecer a mente com tóxicos é ofender
o mundo edificado na esteira da percepção,
é fugir da realidade e suicidar a imaginação,
é como um rato caçado pelo gato sem saber.

Adormecer a mente com narcóticos é sofrer
na garganta os caninos de vampiros fétidos,
é injetar em si gangrenas, tumores pútridos,
fazendo do corpo um cadáver vivo a viver.

Narcotizar a mente com o veneno maligno
é desprezar a faculdade que foi emprestada
à vida, acovardar no ego a alma dilacerada
pelo medo e maldição, é ser fraco e indigno.

Hipnotizar a mente com vícios é ter névoas,
mirar fantasmas diabólicos e assombrações,
é romper com os laços da alegria e canções,
ruminando amarguras num pote de mágoas.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

NAVEGAR A ILUSÃO PLENA

Navegar a ilusão plena, rapaz! Jamais.
Saia do barco furado prestes a adernar,
o tufão é grande e o vento açoita o mar,
nade, pegue teu escaler e volte ao cais.

Saia desta maré de azar, não volte mais
aos braços das drogas, o negro furacão,
refaça a tua rota, seja um bom capitão,
entre no barco do futuro e volte ao cais.

Abraçar a perdição plena. Nem pensar.
A jornada é bastante longa a percorrer,
reflita que a tua nova estrada é extensa.

Tens agora o novo barco para navegar,
se te falta ânimo e coragem, compensa
olhar os céus e pedir a Deus para viver.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

NÃO COMPENSA PERECER

Não compensa perecer abraçado às drogas,
viver na compulsão da sua extrema miséria,
ficar no alvo de tiros num campo de provas,
ser saco de pancadas e levar vida de penúria.

Não compensa perecer como o bom otário,
jogar a saúde no fundo dum poço d’esgotos,
iludir-se com tóxicos, ser frouxo, ordinário,
ser escarrado numa latrina como a escrotos.

Não compensa perecer como o boi de corte,
apodrecer entorpecido como uma gangrena
e levado ao matadouro para ser espostejado.

Não compensa fenecer esperando o suporte
do tráfico para satisfazer um sonho azarado,
Deus é bom, a vida é bela e a droga pequena.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

AS DROGAS DO GEENA

As drogas do Geena são tantas e infestam a Terra,
são heras, lavouras sobre o solo, plantações afora,
crescem e florescem em brotos, flores e sementes,
são raízes daninhas, cogumelos e folhas fumantes.

As drogas do Geena varrem toda a crosta terrestre,
são perniciosas, colhidas em canteiros ou silvestre,
são transformadas em barbitúricos e alucinógenos,
decompostas por laboratórios, tornam-se venenos.

As drogas do Geena não se prestam à humanidade,
alienam os jovens às dores, violência e degradação,
não curam e nem salvam o homem dos seus males.

As drogas do Geena são frutos doces à imaginação,
ao serem ingeridas ou inaladas arrastam aos vales
da morte e maldição, destino final da sua perdição.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

JAMAIS VALE A PENA

Jamais vale a pena ver a mocidade
nas veredas das tristes alucinações,
vagar nas fúteis e sombrias ilusões
das drogas, infrutífera obscuridade.

Jamais vale a pena vegetar na vida,
na dependência de vícios mórbidos
a embaçar de sentimentos sórdidos
os autênticos ideais de uma dádiva.

Jamais vale a pena corroer a saúde,
o encanto da juventude e da beleza;
privar-se da prosperidade e riqueza,
para enterrar-se em triste torpitude.

Jamais vale a pena deixar o bendito
lar para vagar pela rua da amargura,
intoxicar-se na devassidão obscura
das ervas e sorver o cálice maldito.

Jamais vale a pena o preso, viciado,
escrachado como verme, ser abjeto,
pisado e esmagado como um inseto
no infame submundo a ser cuspido.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

EIS OS RESTOS HUMANOS!

Eis os restos humanos!
De seres racionais, pensantes criaturas passionais,
hoje estão na lama e estirados nas ruas de ilusões.
São restos desumanos,
De homens, mulheres, adolescentes, entes mortais,
hoje estão no submundo das drogas e corrupções.

Eis os restos profanos!
De servos, escravizados, dependentes dos tóxicos,
hoje são viciados e drogados por ratos traficantes.
São restos de insanos,
Cidadãos devastados, já destruídos pelos tráficos,
hoje são vítimas do brutal veneno, ervas viciantes.

Eis os restos terrenos!
De pessoas fracas, ingênuas, pretensas aos desejos,
hoje são farrapos de gente, vagabundos e errantes.
São restos tiranos,
De almas geradas e lançadas às chamas e lampejos,
hoje são chispas na escuridão, dispersas, chocantes.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

COM DROGAS ALIENANTES

Com drogas alienantes não se pode acordar,
ver o esplendor da vida em toda a plenitude,
contemplar toda criação e louvar a criatura,
respirar o ar do mato, ouvir pássaros cantar;
não se consegue existir e curtir a juventude,
voar com a beleza do céu, sorrir nas alturas.

Com drogas alienantes a vida é sem sentido,
o corpo definha rapidamente e a força se vai,
o tempo passa como o relâmpago no infinito,
flui toda alegria na ampulheta, lado pérfido
das paixões, o sorriso dantes na face se esvai,
nascem rugas no rosto e aflições no espírito.

Com drogas alienantes se apagam os amores,
tudo se torna frio e rígido como os cadáveres
em geladeiras; o sol se abruma no horizonte;
nos jardins murcham as plantas e suas flores,
as canções são melancólicas e sem prazeres,
e até as estrelas já não reluzem como antes.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

EM ARDIS DE TRAFICANTES

Em ardis de traficantes estão ocultas solércias,
degradantes fantasias na beira de um penhasco,
quimeras engalanadas pelo disfarce do palhaço
a fazer rir e gargalhar sua plateia com malícias.

São redes armadas com muita prática e astúcia,
usam como iscas drogas embaladas e proibidas,
abrem os mercados para muambas pervertidas,
a fim de recolher os grandes peixes na infâmia.

Em ardis de traficantes jovens e crianças caem,
não percebem a estrada mortal com armadilhas,
são mulas e usuários, inexperientes ao mundo.

Ao transitarem por elas não há como voltarem
atrás, assim avançam como loucos, vagabundos
a vagar sem destinos, como lobos em matilhas.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

NO EXPRESSO DA MORTE

No expresso da morte vianda uma multidão
de seres alucinados, adormecidos e drogados,
são eles escravizados, presos e acorrentados
aos tóxicos, vícios infames para a destruição.

Impotentes e submissos, eles vão ao suplício,
como animais de corte para serem retalhados
e moídos na roda implacável dos degradados;
dores e ranger de dentes se ouvirão de início.

No término da excursão acabam as miragens,
a morte será o único consolo nessa metáfrase,
tudo é sombrio, lúgubres oceanos de mágoas.

No cenário que se descortina estas paisagens
um turbilhão de lágrimas rolará sem tréguas,
descerão ao inferno e contemplarão o êxtase.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

RECOMECE UMA NOVA JORNADA

Enquanto o tempo não escoa na ampulheta da vida,
nunca é tarde para recomeçar uma nova jornada,
seja repleta de dores e sacrifícios na chegada,
nela, o importante é o seu ponto de partida.

Recomece uma nova jornada para a sua conquista
de vitória sobre a pedra infame que te embaraça
os passos, não pare no caminho, mas rechaça
o vício e as drogas que te ofuscam a vista.

Seja forte e valente, não retrocedas nesta dura luta,
toda batalha que se trave com a força e voragem,
é digna de ser desafiada com honra e coragem
e a vitória ser aclamada no auge da disputa.

Não vacile ante o desafio no obstáculo que encerra,
as maiores conquistas não precedem as batalhas,
mesmo que se perca um duelo sem medalhas,
a pugna só termina quando findar a guerra.

Não permita que essa pedra sobrepuje tua vontade,
nem conceda ser subjugado por vício tão infame,
por tudo que no mundo preze, fuja do vexame,
recomece a nova jornada e viva de verdade.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

NA EXCURSÃO AO INFERNO

O expresso das drogas está na estação,
aguarda os passageiros para a viagem
fascinante e sem volta a uma excursão
de psicoses, doenças e muita miragem.

Na plataforma de embarque do tráfico,
o usuário adquire o bilhete do superno
desejo fatal, charme do êxtase mágico
na sua insana peregrinação ao inferno.

No sortilégio que abastece o seu viver,
viaja pelas aventuras da inconsciência,
sonhos e euforia no cenário do prazer
e a parada na estação da dependência.

O expresso segue sua turnê pelo vício
maldito aos que utilizam o transporte
maligno, mas salta em seu precipício
quem embarcou com destino à morte.

Tal peripécia chega à última paragem,
alucinação, letal miséria e desventura,
as drogas cobram seu preço: passagem
cara para a vida se findar numa loucura.

Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014

A VIVER NO MUNDO INTOXICADO

A viver no mundo intoxicado, ser
apenas zumbi sonhando na palma
da ilusão, melhor então é esvaecer
como fumaça no ar e não ter alma.

O melhor então é não se submeter
aos caprichos da breve juventude,
para não definhar e depois morrer
corroído em sua plena vicissitude.

O melhor então é não se profanar
aos desejos mórbidos dos regalos,
falsos mimos da vida a lhe ofertar
narcóticos nos festins de embalos.

O melhor então é não se intoxicar,
ficar à margem das parcas ilusões,
deixar os anos correr para revelar
os danos, desenganos e as paixões.

O melhor então é não se alucinar,
a viver no mundo intoxicado, ver
a linda mocidade fluir e se escoar,
ficar na lama, acordar e não viver.

Do livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014