Coleção pessoal de francisco_netto

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De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com quem anda desabafando;
Conte até três (está certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito acompanhado;
Esperar não significa inércia,
muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.

Se você estivesse levando a sério as minhas brincadeiras de dizer verdades, você teria ouvido muitas verdades que insisto em dizer brincando.

A maioria das verdades fundamentais da vida parecem absurdas da primeira vez que as ouvimos.

Menina ou mulher

Uma menina se preocupa com a aparência, a beleza e o corpo, uma mulher se ocupa com projetos, com sua atitude e inteligência.
Uma menina faz pose, caras e bocas, uma mulher conversa.
Uma menina sonha com um príncipe encantado que lhe dê atenção, uma mulher quer um companheiro que a respeite.
Uma menina usa um homem como estratégia, uma mulher compartilha a sua existência.
Uma menina é ingênua, carente, mimada, imatura e não respeita o seu próprio corpo, uma mulher é independente e sabe o seu valor.
Uma menina curte a emoção do momento, uma mulher valoriza o diálogo, o amor-próprio e o sentimento.
Uma menina preenche os vazios de um homem, uma mulher ama com intensidade e quer apenas reciprocidade.

Deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir.

PACIÊNCIA

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"... E o bem comportado executivo?
O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o
jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido
uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava
demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a
cabeça, inconformado...
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem
sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética
dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer
chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia
vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco – em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa – uma mulher.

Sei que todos, algum dia, acordamos com a senhora desilusão sentada na beira da cama. Mas a gente vai à luta e inventa um novo sonho, uma esperança, mesmo recauchutada: vale tudo menos chorar tempo demais. Pois sempre há coisas boas para pensar. Algumas se realizam. Criança sabe disso.

Que a gente se divirta sem se matar, que ame sem se contaminar, que aprenda sem se enganar, que viva sem se vender.

Penso em ficar só, mas minha natureza pede diálogo e afeto.

Penso que no curso de nossa existência
precisamos aprender essa desacreditada
coisa chamada " ser feliz" ...

... Uma boa faxina nos armários
do coração traz grande alívio:
botamos fora as chateações ou
as deixamos de lado por um tempo,
e vamos lidar com as coisas graves.
Aos poucos descobrimos
que respiramos melhor.
Podemos até mesmo sonhar.

"Viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce.."

"Eu queria que a gente fosse pouco mais construtivo, mais aberto as possibilidades boas. Queria que em vez de hostis e agressivos fôssemos mais gentio e *Civilizados*.

Que a gente possa ser mais irmão, mais amigo, mais filho e mais pai ou mãe, mais humano, mais simples, mais desejoso de ser e fazer feliz.

Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"

Andamos tão desencantados que ser decente parece virtude, ser honesto ganha medalha e ser mais ou menos coerente merece aplausos.

Tanta gente bandida vivendo feito rei, e tanta gente boa crucificada quando quer fazer o bem e consertar o mal.

A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura.