Coleção pessoal de fetridapalli

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Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

A meditação é uma maneira de ir para dentro de si mesmo,
de perceber que você não é o corpo e você não é a mente.
É um modo de fixar em nós mesmos, no mais profundo centro
do nosso ser; e uma vez que você encontrou o seu centro,
você terá encontrado tanto suas raízes quanto suas asas.

A vida deveria ser uma celebração contínua, um festival de luzes por todo o ano. Somente então você pode se desenvolver, você pode florir. Transforme pequenas coisas em celebração. Tudo o que você faz deveria expressar a si próprio; deveria ter a sua assinatura. Então a vida se torna uma celebração contínua.

[A arte de viver]

O homem nasceu para se realizar na vida, mas tudo depende dele. Ele pode não alcançar. Pode continuar respirando, pode continuar comendo, pode continuar envelhecendo, pode continuar indo em direção à sepultura – mas isso não é vida. Isso é uma morte gradativa, do berço à sepultura, uma morte gradual ao longo de setenta anos. E porque milhões de pessoas que o cercam estão morrendo, essa morte gradual, lenta, você também começa a imitá-los. As crianças aprendem tudo com as pessoas que os cercam, e nós estamos cercados pelos mortos. Assim, primeiro temos que entender o que quero dizer com “vida”. A vida não deve ser simplesmente um amanhecer. A vida deve ser um crescer. E trata-se de duas coisas diferentes. Qualquer animal é capaz de envelhecer. Mas crescer é um privilégio dos seres humanos. Apenas poucos reivindicam esse direito.

Crescer significa penetrar, a cada momento mais profundamente, nos princípios da vida; significa ir se afastando da morte – e não ir em direção a morte. Quanto mais fundo você for na vida, mais perceberá a imortalidade dentro de si – você está afastando a morte; nada mais é do que trocar de roupa ou de casa, trocar de forma – nada morre, nada pode morrer. A morte é a maior ilusão que existe.

Para crescer, apenas observe uma árvore. À medida que a árvore cresce, suas raízes se aprofundam. Existe um equilíbrio: quanto mais alto a árvore cresce, mais profundamente suas raízes crescerão. Você não pode ter uma árvore de 50 metros de altura com raízes pequenas; elas não poderiam sustentar uma árvore tão imensa. Na vida, crescer significa aprofundar-se dentro de si mesmo – é aí que suas raízes se encontram.

Para mim, o princípio fundamental da vida é meditação. Tudo mais vem em segundo plano. E a infância é a melhor época. À medida que você envelhece – e isso significa que você está se aproximando da morte – fica mais difícil entra em meditação. Meditação significa melhorar na sua imortalidade, mergulhar na sua eternidade, mergulhar na sua divindade. E a criança é a pessoa mais qualificada, porque ainda não foi contaminada pelo conhecimento, pela religião, pela educação e por todo tipo de lixo. Ela é inocente. Mas, infelizmente, sua inocência está sendo condenada como ignorância. Ignorância e inocência têm uma certa semelhança, mas não são a mesma coisa. A ignorância também é um estado de não saber, tal qual a inocência. Mas também existe uma grande diferença, que tem sido esquecida por toda a humanidade até agora. A inocência é inculta – mas também ela não tem o desejo de ser culta. Ela está absolutamente satisfeita, preenchida. (…)

O primeiro passo na arte de viver será criar uma divisória entre ignorância e inocência. A inocência tem que ser amparada, protegida, porque a criança trouxe consigo o maior dos tesouros, o tesouro que o sábio encontra depois de árduos esforços. Os sábios dizem que se tornaram crianças de novo, que renasceram. (…)

Quando você chegar a entender que perdeu sua vida, o primeiro princípio a ser trazido de volta é a inocência. Abandone o seu conhecimento, esqueça suas escrituras, esqueça suas religiões, suas teologias, suas filosofias. Volte a nascer, torne-se inocente – e isso está em suas mãos. Limpe sua mente de tudo que não é seu conhecimento próprio, de tudo que é emprestado, de tudo que veio através da tradição, dos costumes, se tudo o que foi dado a você pelos outros – pais, professores, universidades. Simplesmente livre-se de tudo isso. Volte a ser simples, seja uma criança novamente. E este milagre é possível através da meditação.

A meditação é simplesmente um estranho método cirúrgico que remove tudo aquilo que não é seu e preserva somente aquilo que é seu autentico ser. Ela queima tudo mais e o põe de pé, nu, sozinho, ao sol, ao vento. É como se você fosse o primeiro homem a pousar na face da Terra – não conhece nada, que deve descobrir tudo, que deve se tornar um buscador, que deve partir numa peregrinação.

O segundo princípio é a peregrinação. A vida deve ser uma busca – não um desejo, mas uma procura; uma ambição para se tornar isso ou aquilo, o presidente de um país ou um primeiro-ministro, mas uma busca para descobrir “quem sou eu?” É muito estranho que as pessoas não saibam que não saibam quem elas são estejam tentando se tornar alguém. Elas nem ao menos sabem quem são neste exato momento. Elas nem conhecem o seu próprio ser – mas tem o objetivo de “vir a ser”. “Vir a ser” é uma doença da alma. O ser é você. E descobrir o seu ser é o começo da vida. Então cada momento traz uma nova alegria, uma nova descoberta. Um novo mistério abre suas portas, um novo amor começa a crescer em você – uma nova compaixão, que você nunca sentiu antes, uma nova sensibilidade para a beleza, para a bondade.

Você é tão sensível que até mesmo a menor folha de grama possa ter uma imensa importância para você. Sua sensibilidade deixa claro que a menor folha de grama é tão importante para a existência quanto a maior estrela. Sem essa folha de grama, a existência seria menos do que ela é. E essa folha de grama é única, insubstituível, ela tem sua própria individualidade.

E essa sensibilidade criará novas amizades para você – amizade com as árvores, com os pássaros, com os animais, com as montanhas, com os rios, com os oceanos, com as estrelas. A vida se torna mais rica na medida em que o amor cresce, em que a amizade cresce. (…)

À medida que você se torna mais sensível, a vida vai ficando maior. A vida é um pequeno lago, ela se torna oceânica. Não fica limitada a você, e a sua esposa e as suas crianças – ela não tem limite algum. Toda essa existência se torna sua família e, ao menos que toda existência passe a ser sua família, você não conheceu o que é a vida - porque nenhum homem é uma ilha, todos estamos relacionados. Somos um vasto continente, ligados de milhões de maneiras. E se nossos corações não estiverem cheios de amor pelo todo, nossa vida se torna menor na mesma proporção.

A meditação lhe trará sensibilidade, uma profunda sensação de pertencer ao mundo. Este mundo nos pertence, as estrelas nos pertencem; nós não somos estrangeiros aqui. Nós pertencemos intrinsecamente à existência. Nós somos parte da existência, somos o seu coração.

Em segundo lugar, a meditação lhe trará um grande silêncio – porque todo o lixo da existência se foi. Os pensamentos que são parte desse conhecimento também se foram... um imenso silêncio, e você fica surpreso: este silêncio é a única música que existe. Toda a música é um esforço para expressar, de alguma forma, este silêncio.

Os homens de visão, do oriente antigo, foram muito enfáticos em um ponto: todas as grandes artes – música, poesia, pintura, dança, escultura – todas nascem da meditação. São um esforço para, de alguma forma, trazer o que não pode ser conhecido, para aqueles que não estão prontos para ir em peregrinação – são dádivas para aqueles que não estão prontos para a peregrinação. Talvez uma música possa despertar o desejo de ir em busca da fonte, talvez uma estátua...

Da próxima vez que você entrar em um templo de Buda ou de Mahavira, sente-se em silêncio, observe a estátua, porque ela foi feita de tal maneira, com tais proporções que, se você a observar, será tomado pelo silêncio. É uma estátua de meditação, nada tem a ver com Gautama Buda ou Mahavira. (…)

Neste estado oceânico, o corpo assume uma determinada postura. Você mesmo já presenciou isso, mas não estava alerta. Quando está com raiva, você já observou? – seu corpo assume uma determinada postura. Na raiva você é incapaz se manter suas mãos abertas, na raiva você cerra os punhos. Na raiva, você não pode sorrir – ou pode? Com uma certa emoção, o corpo tem que assumir uma determinada postura. Essas pequenas coisas estão profundamente relacionadas com a interioridade. (…)

Uma determinada ciência secreta foi usada, por séculos, para que as gerações seguintes entrassem em contato com as experiências das gerações anteriores – não através de livros, não através de palavras, mas através de algo que vai mais fundo – através do seu silêncio, através da meditação, através da paz. Quando seu silêncio cresce, sua afabilidade e seu amor crescem da mesma forma também; sua vida se torna, a cada momento, uma dança, uma alegria, uma celebração.

Você pode ouvir os fogos de artifício lá fora? Você pensou no porquê de, em todo mundo, em toda cultura, em toda sociedade, existirem alguns dias do ano para celebração? Esses poucos dias de celebração são apenas uma compensação – porque essas sociedades tiraram toda a celebração de sua vida, e, se nada é dado a você em compensação, sua vida pode se tornar um perigo para a cultura. Toda cultura precisa lhe dar alguma compensação, para que você não se sinta totalmente perdido na infelicidade, tristeza. Mas essas compensações são falsas. Esses fogos de artifício e essas luzes lá fora não podem fazê-lo regozijar-se. São somente para as crianças; para mim são apenas uma amolação. Mas no seu mundo interior pode haver luzes, melodia, alegria continuamente.

Lembre-se sempre de que a sociedade vai lhe dar compensações quando sentir que à parte reprimida pode explodir em uma situação perigosa, se não for compensada. A sociedade sempre encontra alguma maneira de permitir que você libere o que está reprimido, mas isso não é verdadeira celebração, e não pode ser. A verdadeira celebração deveria brotar de sua vida, em sua vida.

A verdadeira celebração não pode acontecer de acordo com o calendário: no dia primeiro de novembro você vai celebrar. Estranho, o ano inteiro você é infeliz, e, no dia primeiro de novembro, você, de repente, sai da infelicidade, esta dançando. Ou a miséria era falsa, ou o dia primeiro de novembro é falso; ambos não podem ser verdadeiros. E uma vez que termine o dia primeiro de novembro, você volta ao seu buraco negro, cada um na sua miséria, cada um está na sua ansiedade.

A vida deveria ser uma celebração contínua, um festival de luzes durante todo o ano. Somente então você pode crescer, você pode florescer. Transforme as pequenas coisas em celebração. (…)

Mesmo que você adoeça e tenha que ficar de cama, você fará desses momentos de cama, momentos de beleza e de alegria, momentos de relaxamento e repouso, momentos de meditação, momentos de ouvir música. Não há necessidade de ficar triste por estar doente. Você deveria estar feliz; todos estão no escritório trabalhando, e você na sua cama como um rei, relaxando – alguém está lhe preparando um chá, o samovar está cantando uma canção, um amigo se ofereceu para vir trocar flauta para você... Essas coisas são mais importantes do que qualquer remédio. Quando estiver doente, chame um médico. Mas, mais importante, chame aqueles que o amam, porque não existe remédio mais importante que o amor. Chame aqueles que podem criar beleza, música, poesia em volta de você porque não existe nada que cure como uma atmosfera de celebração.

O remédio é a forma mais baixa de tratamento. Mas parece que esquecemos tudo; assim temos que depender de remédios e ficar mal-humorados e tristes – como se estivesse sentindo falta de alguma alegria que pudesse ter no escritório! No escritório você era miserável – apenas um dia de folga, e você se apega até mesmo à infelicidade; não quer abrir mão dela.

Faça tudo de uma maneira criativa: o pior faça melhor – isso é o que eu chamo de “a arte”. E se um homem viveu toda sua vida fazendo de cada fase, algo belo, amoroso e feliz... um amor, uma alegria, naturalmente a sua morte será um ponto culminante de empenho de toda a sua vida.

Os últimos toques... Sua morte não será feia como normalmente acontece, todos os dias com todo mundo. Se a morte não tem beleza, significa que toda sua vida foi um desperdício. A morte deveria ser uma tranquila aceitação, um amoroso mergulho no desconhecido, um alegre adeus aos velhos amigos, ao velho mundo. (…)

Comece com a meditação, e coisas irão continuar crescendo em você – silencio, serenidade, alegria, sensibilidade. E tudo o que brotar da meditação, tente trazê-lo para a vida. Compartilhe-o, porque tudo o que é compartilhado cresce rapidamente. E quando tiver alcançado o momento da morte, saberá que não existe morte. Você pode dizer adeus, mas não há necessidade de lágrimas de tristeza – talvez lágrimas de alegria, mas não de tristeza.

Sempre que houver alternativas, tenha cuidado. Não opte pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso.
Opte pelo que faz o seu coração vibrar. Opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as consequências.

A realidade é dura, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife...

Amar é ultrapassarmo-nos.

Só triunfa no mundo quem se levanta e procura as circunstâncias - e as cria quando não as encontra.

Imaginar é o princípio da criação. Nós imaginamos o que desejamos, queremos o que imaginamos e, finalmente, criamos aquilo que queremos.

O progresso é impossível sem mudança; e aqueles que não conseguem mudar as suas mentes não conseguem mudar nada.

Nunca resisto às tentações, porque eu descobri que coisas que são ruins para mim não me tentam.

Alguns homens veem as coisas como são, e dizem 'Por quê?' Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo 'Por que não?'

Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.

O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência.

Tua caminhada ainda não terminou.
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.

Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.

Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás,
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.

A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Autoestima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!

Não preciso me drogar para ser um gênio;
Não preciso ser um gênio para ser humano;
Mas preciso do seu sorriso para ser feliz.