Coleção pessoal de exnassi

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Mar,
Ah meu querido amigo, tua imensidão me constrange, teu azul profundo me deixa envergonhado, mas ainda assim eu me enxergo tanto em ti. Assim como eu, tu afastas de ti as pessoas quando se encontra estressado, tu as aproximas quando se sente vazio, e as abraça aos fins de tarde quando todos estão pensando que o dia acabou e por isso devem ficar tristes. Ah mar, tu és tão sábio, tolos são os que não aprendem contigo, os que não aprendem a te ouvir, te sentir, te deixar tomar conta dos seus corpos que boiam em suas águas salgadas. Ah mar, me dá tua serenidade, que eu te prometo que sempre volto e te dou um pouco do meu amor.

Eu achei que podia fugir de quem eu era, eu achei que quem eu era tão ruim que eu deveria fugir, mas não, não era ruim, era eu, e se eu era ruim era porque eu ainda não tinha aprendido a conviver comigo mesmo. Decidi partir de mim, decidi me dar um tempo, um tempo necessário, um tempo comigo mesmo embaixo de uma árvore, daquelas enormes onde a gente senta pra refletir sobre a vida. Foi lá, no meu isolamento interno do mundo, que eu aprendi uma das melhores e mais importantes lições da vida: deixar ir. Não é fácil deixar ir, só os fortes conseguem, não é algo que você acorda e diz “hoje eu vou deixar ir” e só segue o baile. Ás vezes deixar ir algo com que conviveu por muito tempo dói, machuca, é quase impossível, te deixa fraco, te quebra as pernas, quase te mata. Foi aí que eu senti a chuva, a chuva mais forte e densa que já havia visto em toda a minha existência, era uma chuva fria, com nuvens escuras, ela molhava tudo, encharcava, e foi ali também que eu quase me afoguei, a chuva era alimentada por mágoas, mágoas que eu guardei por muito tempo no profundo do meu ser e agora me afogavam de mim. Eu mergulhei naquele mar de mágoas e achei que nunca mais veria a superfície, aí eu encontrei, no meio de tantas memórias ruins, um raio de luz, a minha salvação, eu me encontrei com o pedaço de mim que andava angustiado, e com um abraço dos mais fortes que já dei em alguém, ele me perdoou e me mostrou que havia uma saída. Logo após a chuva de mágoas em me encarei com um imenso e seco deserto, nunca estive em um lugar tão feio, tão vazio, era silencioso de doer os ouvidos. Ali estava eu, em meio a todos os perdões que eu não tinha dado, eu me encontrei com meu orgulho. Ele era feio, velho, forte, cheio de prepotência e não queria me deixar chegar até o outro lado desse deserto que eu mesmo tinha criado dentro de mim. Ele me disse algo que nunca esquecerei “foi por deixar teu ego falar, que cada gota de vida aqui morreu e esse imenso deserto se criou”. É duro ter que entender que seu orgulho fez com que o bom em você morresse, é duro ouvir que a vida acabou por não ter dado ouvido a sua humildade pelo menos uma vez na vida, foi duro me encontrar naquele lugar, parecia que iria morrer ali, eu já não sentia mais as minhas pernas, eu nem sabia se o que via era verdade ou alucinação, eu gritava no silêncio do meu ser, ninguém parecia ouvir, nem eu mesmo me ouvia, foi quando um gavião me pegou, ou ao menos o que restou de mim, pelo bico e me levou junto com meu pedaço que estava no deserto, pra um lugar com grama verde, cachoeiras e um urso que esperava impaciente, que um peixe pulasse na sua boca. Aquele momento eu soube que me encontrava com a minha paciência, e a forma com que eu entregava minha sorte ao acaso e não corria atrás de nada, eu deitava e esperava os peixes pularem na minha boca, eu não corria atrás, eu tinha medo e preguiça de me atirar à correnteza para pegar os peixes. Deitar e esperar havia se tornado cômodo, viável e habitual. Nesse momento pós-descoberta eu decidi pegar o bote que estava à margem do rio e seguir a maré, ir atrás de algo pelo menos uma vez, e dessa vez eu estava indo atrás de quem perdi, que no momento era o meu eu. Antes de partir ganhei do urso, um dos meus pedaços, um dos que ainda faltavam, e segui, junto com meus pedaços, partes de quem eu era, mas que no momento não estava sendo. Segui pelo rio até que me deparei com uma cachoeira, e em meio ao desespero de ver a morte diante dos meus olhos, os fechei e aceitei o meu destino. Que brisa é essa no meu rosto? Não pareço cair, pareço estar flutuando... O que me aconteceu? Abro meus olhos e me encontro em meio às nuvens, lá de cima eu vejo cada parte de mim, da raiva ao medo, da serenidade ao amor, em me vejo por completo, mas não entendo o motivo de não ter tido que enfrentar essas tantas outras partes de mim. Eis que um pássaro me sussurra ao ouvido: “tu não precisas se encarar mais, já aprendestes demais o que é preciso ser feito, voe, voe como eu até quem és. Ame-se, ame tudo que és e tudo que não está sendo, perfeição não deves te agradar, ao invés disso, deves procurar se adaptar aos teus erros e a preservar tuas qualidades, voe pra longe de tudo que te distancia de si, porque já passaste muito tempo longe. Voe, voe ao seu próprio encontro”. Nesse momento eu acordo com o travesseiro molhado, suado, sem ar, e com o peito queimando. Nesse momento eu havia me achado, eu pude duelar com quem me impedia de me tornar quem eu já nasci sendo, eu mesmo. Depois desse dia, eu aprendi que por mais escuro, longe e profundo, nós estejamos de nós mesmo, precisamos nos buscar. Buscar quem somos.

Eu te amo, mas eu me amo mais. Não há erro nessa frase, não há erro em si ter como abrigo caso nada dê certo ou mesmo quando tudo dá certo demais. Não há erro em si ter como amigo mais íntimo, e não há erro em manter a sua resiliência ao alcance das mãos. Lembre-se, amor e espontaneidade andam juntos, são sinônimos, são amantes de mãos dadas no pôr do sol da sua alma. Não aceita meio amor, não aceite “quem é sabe”, não aceite nada além de atitudes. Há abraços que falam mais que o livro de “As crônicas de Nárnia”, há beijos que são mais inesquecíveis que ganhar na loteria por dois anos seguidos, há “estar junto” que são mais solidários que tentar ajudar, e não ajudar em nada. Amar parece fácil, mas não é simples como parece. Dar seu coração a um completo desconhecido ou desconhecida é aterrorizante e tem que ser, trate-se como prioridade, ame-se, cuide-se, fuja de tudo que te prende, que te afasta de quem és. Se me perguntarem como é se sentir amado eu não precisarei dar uma resposta, quem é amado não precisa de definição, é e sabe.
Falta de reciprocidade? Tô fora! Pego minha bike e vou embora!!!

Oi eu de outro corpo,
Você tem passado sufoco atrás de sufoco né? É... eu tenho sentido aqui no meu peito sua tamanha aflição. Você acha que eu não entendo né? Bom, do mesmo jeito que você, talvez não, mas ainda assim eu partilho do furacão que te tem tirado o sono. Ei, eu sou parte de ti, assim como tu és parte de mim, não vês? Essa lágrima aí, tá rolando no meu rosto também, a mão fria? Estou com as duas, aperto no peito? Acertei? É como se o meu coração crescesse tanto que não tem espaço pra ele. Ei, eu! Você acha que pode lidar com tudo sozinho e até pode, mas não precisa. Eu sei que te tenho, então porque não aceitas que tens a mim? Eu sei que ás vezes, ou melhor, sempre, eu me meto demais em coisas demais e que às vezes as pessoas tem problema em partilhar seus problemas, até de eu pra eu. Mas “eu”, ei! Despeja em mim, cospe fora essa angústia, porque segurar essa pose de forte se sabe que no primeiro olhar que eu der, tu vai despencar de cima desse teu muro em torno de si mesmo? Não precisa ser assim, mas já que é me afastarei. Olharei de longe para ti e estarei a esperar apenas o sinal, sonoro, visual, não sei, dê o sinal e saberei, que dentro de eu, ainda falta eu, e que eu posso ajudar, corro pro problema, te ajudo no dilema, mas te peço: ME DEIXE ENTRAR.

Era 23 de novembro de 2017 e eu estava com medo, eu soava frio, eu mal conseguia respirar, eu só pensava que daria tudo errado... Foi quando em meio a tanto caos chegou a sua mensagem. A sua mensagem foi sobre o orgulho que sentia de mim, você me falou sobre a certeza que tudo daria certo por eu estar envolvido com isso, você disse que estaria na plateia do teatro naquele dia, mas que na plateia da vida você estaria pra sempre me aplaudindo, de pé, enquanto gritava meu nome. Nesse mesmo dia eu me preparava pra fazer a minha estreia e entrei em curto-circuito, meu peito não era mais controlado por mim, eu sentia a necessidade de chorar, eu sentia a necessidade de vomitar palavras bonitas antes que o excesso das mesmas me sufocasse, então eu fiz, eu disse o que sentia e como me sentia àquelas pessoas, que eram companheiros de cena, de vida, de teatro, porém, em meio aos abraços recebidos eu ainda sentia a falta do ar, o tremor nas mãos, o medo no peito, e você me ajudou. Eu ainda nem tinha entrado em cena e te vi, brincando de esconde-esconde comigo (ou ao menos achava que eu não ia te descobrir na plateia de cima) fazia dois meses depois do último adeus, que achamos ser definitivo, mesmo com o medo imenso no peito de que isso fosse realmente verdade. Chegou a hora, entrei e fiz o melhor que podia naquele momento, eu não enxerguei ninguém na plateia, eu nem sei se realmente alguém me viu em cima daquele palco ou se foi tudo fantasia, pra mim, sempre será um sonho muito bom e do qual acordei sem querer acordar. Fim. Fim de espetáculo, fim de personagem, fim de ciclo... E eu saio pelo camarim para voltar a ser Matheus. Eu vejo meus amigos e saio correndo pra abraça-los e despejar toda a minha gratidão, pra minha surpresa eles não aceitaram, eles é que me encheram, eles me abraçavam sorrindo e dizendo que foi lindo, meus amigos são especiais, eles não são pessoas iguais as outras, eles têm algo diferente, sei lá... Eles são únicos, maravilhosos, e muito talentosos. Finalizei aquele dia, em meio ao abraço dos meus amigos, os de perto, os de longe, os de agora e os de antes, os de sempre e os de NUNCA VAI ACABAR. Eu também recebi um abraço apertado e caloroso de alguns alguém(s) que eu já sou amigo desde antes de nascer, a rainha da minha vida demonstrou orgulho no olhar e aquilo de fez flutuar, minha tia me encheu de elogios e minha prima me fez entender que realmente eu fui bem, porque ela me elogiou mesmo sem gostar muito de teatro, aquele momento foi único, foi diferente, foi especial. Eu terminei a noite acompanhando de amor, eu terminei a noite com eles, meus amigos.

Hello Stranger,
Droga! Como me dói estar longe de você, como me toma esse sentimento de vazio, que é quase tão grande quanto a saudade que sinto quando você não está por perto. Droga! É uma droga, não te ter por perto, e é ainda pior ter que admitir isso pra mim, é doloroso ter que entender que te deixar ir, por mais certo que pareça, ainda é tão doloroso que eu me arrependo todo vez que penso o quão necessário isso foi. É uma droga te ver feliz e saber que você consegue ser feliz sem mim, é uma droga me sentir uma droga por você não está se sentindo uma droga. Qual o meu problema? É sentir demais? Ou sentir errado? Sentir que você deveria demonstrar tristeza por não termo mais o número um do outro, a gente nem se segue mais no instagram pra poder responder um “stories” polêmico com outra polêmica. Mas que DROGA! Eu odeio isso, eu odeio esse fim que o “nós“ levou e odeio ainda mais que quem ler até aqui, só enxergou um casal de namorados e nem sabe que tô falando de você, meu mais profundo e chegado amigo. Eu nunca fui de acreditar nessa coisa de “Melhor amigo” essas convenções que inventam pra ajudar o noivo ao denominar quem deve ser escolhido pra ser padrinho do casamento com a mulher da sua vida, mas você me fazia crer nessas coisas made in sociedade. É amigo, passamos por mal bocados pra chegar aqui né? Nesse aqui que só a gente sabe o quanto foi doloroso chegar. Um dia éramos as duas metades de uma mesma laranja e no dia seguinte o que restou dessa laranja foram os caroços, secos de sol e inférteis. Doeu, dói, vai doer lembrar de você e de nós e é estranho ter um “nós “ depois que nós deixamos de ser nós pra sempre eu e você, caminhos separados e vidas distintas, dá pra acreditar?
Bom velho amigo, eu ainda sou a sombra no fundo da plateia do seu espetáculo diário onde sendo o ator principal, você dá um show e me deixa derramando orgulho. Eu ainda sou o cara que deixa as moedas que faltam pra inteirar o preço da passagem de ônibus sem que você saiba, eu ainda vou ser o pai que por um filho enfrentaria o mundo, por ti. Mas nunca serei nada “pelos velhos tempos”, não nos devemos nada, afinal, sempre fomos abundantes e nunca gostamos de poupar amizade. Não pense que me afastar foi o caminha fácil, esse foi o caminho com a placa “sem volta” na entrada, mas antes de facilidade eu busquei necessidade, ser nocivo pra um acabaria sendo pra dois e isso acaba com qualquer sentimento de qualquer intensidade. Despedidas não são fáceis pra ninguém, velho amigo, e espero que a nossa tenha sido um “até logo”, mas não vou exigir da vida algo que quero, estou apto a receber o que ela me guarda. Espero que fique bem consigo, para assim ficar bem com o mundo. Você é tão jovem e o mundo tão grande. Torço por ti, torça por mim e nunca se esqueça de que o mundo é todo seu, e você sempre soube voar, só nunca deixe que lhe podem as asas, você é infinito demais pra ficar no ócio eterno de um mente sem memórias.

Como pode um homem se deixar fotografar estando em meio as flores? Simples: Ele não deixou de ser homem, ele só precisou gostar de estar entre as flores.

ROLÊ(zeiros);
Uma palavra com 10 letras, milhares de histórias e milhões de sentimentos;
Essa talvez seja a palavra mais utilizada no meu atual vocabulário;
Foi aí que eu conheci algumas das melhores pessoas que já conheci;
O que dizer de vocês? De você? De mim?
Foi lindo, foi nosso, foi amizade, foi amor, foi união, foi fraternidade, foi compartilhar, foi gritar, foi passar vergonha, foi sair da escola durante as aulas vagas, foi passear, foi pegar ônibus, foi ser feliz, foi abraçar e vai ser sobre nunca esquecer. Obrigado, a vocês o mundo, e a mim, a saudade de um mundo sem diariamente ter vocês.

2017,
Você foi exigente demais comigo e me exigiu mudanças demais. Você foi meu amigo e me abraçou com pessoas que me transbordaram tanto, que eu até pude derramar um pouco de mim nelas. Você foi o meu maior inimigo e pisou nos meus sonhos enquanto eu procurava ainda entender o que estava acontecendo a minha volta. Você me fez tão feliz, mas tão feliz, que eu não consigo pensar em algum outro ano tão feliz assim. Você me deixou tão triste que eu não conseguia cessar meu choro nas madrugadas enquanto tapava os buracos feitos na minha alma, pelo mundo. Você, só você e com você, me fez me perder, me achar, cair, levantar, ter cicatrizes e entender seus significados. Você me levou muito, me deixou muito, me ajudou a descobrir muito, me fez muito (de bom e de ruim). É caro amigo ano, eu acho que vivemos 365 dias de intensa emoção em? Entre choros, risadas, quedas e alavancadas nós íamos nos conhecendo cada vez mais, eu vi em ti um espelho de mim, de quem eu era, de quem eu era na essência, de quem eu me perdi. Agora, o sentimento é de saudade, dor, desapego, de partida. Espero que seu irmão que já chega me cuide como tu me cuidou, e que daqui pra frente, com tua família, eu aprenda lembrar de ti, e dos antes de ti, de forma tão brilhante que me seguem os olhos tanta luz que vem de vocês.
2017, te amei, me amei, te serei eternamente grato.Obrigado!

Canela,
Comparo-te a esta iguaria tão peculiar pelas semelhanças entre vocês;
Seria tu canela ou seria canela tu?
Tua cor canela que tanto combina com teus cabelos esvoaçantes que dançam uma dança própria, desconhecida por outros e regada por teus sorrisos é o que te faz tão especial;
A força da canela assim como a tua, deixa marcar por onde passa: no paladar, no ar, na vida;
Como alguém pôde um dia pensar que deverias deixar de ser canela, para seu próprio agrado?
O fato é que tu nunca foste Maria pra seguir as outras, logo, não deixarias a opinião alheia te tirar de ti;
É quem sempre foi e quem sempre nasceu pra ser. É obra prima, pintura, iguaria, flor, menina... É mulher.
Se acaso algum dia cogitar ser algo por alguém, seja pra si e assim serás pra todos;
Por fim, te digo: GUERREIRA, TU ÉS ENORME DE ALMA E CHEIA DE LUZ. TU FOI FEITA PRA SER FURACÃO E NUNCA DEIXE QUE TENTEM TE TORNAR VENTANIA, CRESÇA PRA TODOS OS LADOS DA ALMA E SEJA AO FIM, ENFIM, POR TI, Canela.

Te julgo pelas tuas “macumbas”, ou até pelo teu axé
Te julgo pelos teus inúmeros santos e tudo que é oferecido à eles
Te julgo por você acreditar que talvez tenhamos sido amigos em outra vida e digo que essa coisa de Carma é pura mentira
Te julgo por você acreditar em Buda
Te julgo por tua leitura de aura
Te julgo por teus cristais
Te julgo por não acreditar em nada, afinal, você tem que crer em algo
Te julgo pelo teu DEUS que merece tudo de bom, de ti
Te julgo sempre. Por demais, por de menos, julgo apenas por julgar
Te julgo porque estou confuso comigo, como posso viver num mundo onde não estou 100% certo o tempo todo?
Te julgo pois esqueço, que no fim, além de tudo, além de nós mesmo, além de Deuses, cores, crenças, luz ou escuridão existe algo maior
Te julgo porque te julgar é mais fácil do que perceber, que na real e no final nunca passou de UMA QUESTÃO DE FÉ.

GRATIDÃO.

Gratidão é parte de quem sou, é muito do que tenho a dar, é bastante do que sinto e uma das coisas que mais acho necessárias de se ter. Se sentir grato é abraçar, é encostar a cabeça no ombro do outro e assim dizer tudo, o olhar de alguém que é grato, grita! Gratidão nunca foi sobre ter, foi sempre sobre ser, ser alguém cheio de luz ao ponto de agradecer ao sol por voltar a iluminar o dia outra vez. Agradeça, seja, tenha, vibre, use e abuse da gratidão!

Matheus, M de mágico por causa de sua personalidade única que contagia todos como magia, A de alegria porque você está sempre deixando todos alegres, T de titã como as antigas divindades gregas cheio de mistério e sabedoria, H de Hércules você é um lutador nato e nunca desiste ou vai desistir do seus sonhos, E de esperança que é o que nunca falta nesse seu olhar sereno, U de união que é o que você leva para todos que estão a sua volta, S de solidariedade que é algo que nunca falta no seu coração que é grande como o mundo, feliz aniversário meu ator, diretor e cineasta favorito.

A mim.

A mim que fui desacredito;
A mim que fui ridicularizado;
A mim que fui chacota;
A mim que fui por vezes pisado;
A mim que fui esquecido;
A mim que fui quando ninguém acreditava que ia ser;
A mim que no momento de desistir não parei;
E a mim que com as pedras jogadas fiz degraus e subi;
A mim também que olhei pra trás, perdoei, me perdoei, chorei, me levantei, sorri e me reergui... Isso é sobre mim.
Isso foi sobre mim, é sobre mim e será sobre mim pra sempre. Isso é quem sou, e sou o que isso é.
Afinal, quem sou?
No final, sobro eu, sou só eu, e quando me olho no espelho vejo de dentro de mim transbordar algo que fui, sou e serei pra sempre, eu vejo a arte.

Indiferença é uma das mortes mais dolorosas da vida. Mortes? Sim, mortes. Tudo morre ao redor da indiferença, amores, amizades... Tudo. Um amor indiferente se torna frio. Esse frio se torna dor. Essa dor se torna escuridão. E essa escuridão logo vira vazio. Uma amizade indiferente se torna incômoda. Esse incômodo se torna saudade dos bons tempos. Essa saudade vira sentimento de perda. Esse sentimento de perda se torna dor, que vira escuridão e logo depois vazio. Vazio, o vazio é o fim. O vazio é o caminho dos indiferentes. Nada. Vazio. Espaço sem coisa alguma que o preencha.

Caro amigo ator, porque você é ator? Afinal, tu não tens fama, sucesso e nem tampouco dinheiro. O que te move a ser ator? O que te move a seguir uma profissão tão incerta, tão exaustiva por ser cheias de falhas tentativas? O que te leva a querer sofrer com tantos nãos?
Caro amigo ator, eu sei a resposta pra minha própria pergunta. Eu sou meu caro amigo ator, e eu fui esse tal perguntador por um tempo. Eis aqui a resposta que você talvez nunca tenha pensado ou ouvido, assombre-se com essa resposta caro amigo, ator, claro. Tu não te cansaste e não desististes por um simples e lindo dom recebido quando foste gerado. Tu és ator, caro amigo. Ator, sim! Isso que tu tens dentro de ti que te faz levantar a cada queda, que te permite criar escadas com todos os nãos pra alcançar o difícil “sim” e que nunca te deixou desistir, ao menos não de verdade, dessa luta travada entre arte e medicina, se chama ATOR. É chama, é alma, é grito querendo sair, é quem tu és de verdade.
Escuro é o caminho do ator, genuíno (porque se é ator de corta e edita nunca foi ator), que decide não seguir a carreira por “faz medicina que dá dinheiro”, “direito é muito bom e ainda deixaria seus pais tão orgulhosos”, “faz administração que pra arrumar um emprego de verdade é tão rápido”, “eu te apoio sim, eu sei que isso é fase e quando passar eu vou estar aqui pra te ajudar”... Mãe... Pai... família! Isso é fase, claro que é. Mas isso é fase permanente, essa fase dura desde o dia em que 23 pares de cromossomos encontraram outros 23 e me formaram dentro de você, Mãe. Pai, essa fase dura desde o dia que eu abandonei o futebol pelas aulas de teatro. Família, essa fase dura desde o natal de 2009 em que eu fiz uma peça sobre o nascimento de Jesus e atuei em todos os papéis. Sim, é fase, a vida é fase, eu sou fase, somos fases e o teatro não é diferente não, a arte imita a vida e a vida imita a arte, não sabiam?
Perdão, eu não vou ser o médico que curou as doenças do mundo, eu não vou ser o advogado que livrou tantos de irem presos, eu não vou ser o administrador que conseguiu arrumar um emprego bom e rápido, eu me recuso seguir teus passos, infelicidade. Pode doer, na verdade eu sei que vai. Eu tenho quase certeza que o Beto, o Carlos, a Nina, a Duda, a filha do padeiro, a filha da professora, sei lá... Eles vão ser bons, excelentes... ÓTIMOS médicos, advogados, administradores... Eu não. Eu vou ser o feliz. O feliz ator, o feliz personagem, a feliz pessoa, o feliz filho, o feliz amigo e o realizado SER HUMANO.
Nunca foi sobre dinheiro e/ou fama, nunca foi sobre ir à Hollywood, sim eu quero muito, mas nunca foi sobre isso, nunca foi sobre a Globo, a Record, o SBT. Nunca foi sobre nada além de teatro, de amor, de paixão, de quem sou e de quem serei.
Desculpa.
Eu conversei com Deus outro dia e contei todos os meus planos pra ele, e ele me deu um abraço tão forte que aí sim eu tive certeza. E se DEUS, meu pai, permitiu e disse que eu deveria que eu posso e que eu vou... Desculpa, mas eu vou sim.
Não peço que entendam, deve ser... é difícil lidar com isso sim. Mas espero que possam respeitar a minha escolha e que ao me verem tão feliz sendo quem nasci destinado a ser, possam ficar felizes também.
Seu filho, o Ator.

Não perca tempo se importando com o que dizem sobre você, use seu tempo sendo quem você quer ser.

Amor de amigo é coisa engraçada!
É diferente de amor de pai, de mãe, de irmão, de namorado...
Amor de amigo é amor que completa a gente.
Um amigo não precisa estar com a gente o tempo todo, porque amor de amigo vence a distância.
Amigo que é amigo mesmo pode até ter outros amigos, porque amor de amigo nunca acaba. Ele se multiplica.
Tem amigo de tudo quanto é jeito: de infância, da escola, de bairro, de igreja, de faculdade, de internet, amigo de amigo...
Tem amigo até que a gente nem lembra de onde veio. E cada um deles tem um espaço guardado na memória e no coração.
Amigo é amigo porque está presente nos momentos mais importantes da vida da gente: o primeiro beijo, a primeira festa, a aprovação no vestibular, um picnic sábado à tarde, um dia de praia, ou até um almoço de domingo.
Aos meus amigos, a todos eles, eu desejo que conquistem cada vez mais amigos.
Porque amor de amigo não se cansa de amar.

Precisamos falar sobre ele...
Pobre do menino que cheio de incertezas se afogava em seu próprio desespero e confusão. Amigos? Não tenho! Família? Nunca me quis! No fim... Só... Ele gritava na solidão. Ele gritava, porém ninguém parecia ouvir porque aquele menino não era lembrado por ninguém. Sofreu só, e chorou até que suas forças se esgotaram e aí ele dormiu depois de tanto se derramar de sentimentos vazios. No outro dia aquele menino, que não era mais um pobre menino, acordou, e ao abrir a janela de casa percebeu que a vida parecia fazer sentido, ele notou que toda a dor tinha sumido e aprendeu que liberar todo aqueles sentimentos confusos de dentro de si, o fez mais forte. Quando se olhou no espelho naquela manhã ele percebeu que ele nunca tinha sido esquecido, ele estava com a boca tapada com uma camada espessa de orgulho, tamanha foi sua surpresa ao perceber que na verdade, todos sentiam sua falta e que ele apenas nunca tinha pedido socorro. Aquele, antes pobre, menino naquela manhã pode entender que na vida, o orgulho nos impede de atingir o auto perdão e ainda mais importante que isso, ele pode entender que nós não nascemos prateleiras pra ir agrupando problemas pra sempre, até o maior dos cofres uma hora se enche por completo. Derrame-se

Diih, te conheci ainda lagarta, tímida, acanhada. Presenciei tua metamorfose, te vi crescendo, te vi mudando. Te deixei ir sendo borboleta, elegante, bela, dona de si e com as asas que batiam rápido rumo ao desconhecido.