Hello Stranger, Droga! Como me dói... Matheus N. (Nassi)

Hello Stranger,
Droga! Como me dói estar longe de você, como me toma esse sentimento de vazio, que é quase tão grande quanto a saudade que sinto quando você não está por perto. Droga! É uma droga, não te ter por perto, e é ainda pior ter que admitir isso pra mim, é doloroso ter que entender que te deixar ir, por mais certo que pareça, ainda é tão doloroso que eu me arrependo todo vez que penso o quão necessário isso foi. É uma droga te ver feliz e saber que você consegue ser feliz sem mim, é uma droga me sentir uma droga por você não está se sentindo uma droga. Qual o meu problema? É sentir demais? Ou sentir errado? Sentir que você deveria demonstrar tristeza por não termo mais o número um do outro, a gente nem se segue mais no instagram pra poder responder um “stories” polêmico com outra polêmica. Mas que DROGA! Eu odeio isso, eu odeio esse fim que o “nós“ levou e odeio ainda mais que quem ler até aqui, só enxergou um casal de namorados e nem sabe que tô falando de você, meu mais profundo e chegado amigo. Eu nunca fui de acreditar nessa coisa de “Melhor amigo” essas convenções que inventam pra ajudar o noivo ao denominar quem deve ser escolhido pra ser padrinho do casamento com a mulher da sua vida, mas você me fazia crer nessas coisas made in sociedade. É amigo, passamos por mal bocados pra chegar aqui né? Nesse aqui que só a gente sabe o quanto foi doloroso chegar. Um dia éramos as duas metades de uma mesma laranja e no dia seguinte o que restou dessa laranja foram os caroços, secos de sol e inférteis. Doeu, dói, vai doer lembrar de você e de nós e é estranho ter um “nós “ depois que nós deixamos de ser nós pra sempre eu e você, caminhos separados e vidas distintas, dá pra acreditar?
Bom velho amigo, eu ainda sou a sombra no fundo da plateia do seu espetáculo diário onde sendo o ator principal, você dá um show e me deixa derramando orgulho. Eu ainda sou o cara que deixa as moedas que faltam pra inteirar o preço da passagem de ônibus sem que você saiba, eu ainda vou ser o pai que por um filho enfrentaria o mundo, por ti. Mas nunca serei nada “pelos velhos tempos”, não nos devemos nada, afinal, sempre fomos abundantes e nunca gostamos de poupar amizade. Não pense que me afastar foi o caminha fácil, esse foi o caminho com a placa “sem volta” na entrada, mas antes de facilidade eu busquei necessidade, ser nocivo pra um acabaria sendo pra dois e isso acaba com qualquer sentimento de qualquer intensidade. Despedidas não são fáceis pra ninguém, velho amigo, e espero que a nossa tenha sido um “até logo”, mas não vou exigir da vida algo que quero, estou apto a receber o que ela me guarda. Espero que fique bem consigo, para assim ficar bem com o mundo. Você é tão jovem e o mundo tão grande. Torço por ti, torça por mim e nunca se esqueça de que o mundo é todo seu, e você sempre soube voar, só nunca deixe que lhe podem as asas, você é infinito demais pra ficar no ócio eterno de um mente sem memórias.