Coleção pessoal de elciojosemartins

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⁠CUIDADOS CONTRA O CORONA VÍRUS
Põe a máscara,
Não tire a máscara,
Não espirre perto de ninguém.
Atchim!.... Atchim!.... Atchim...
Lave as mãos...
Não saia de casa,
Feche o comércio,
Distanciamento total,
Siga as regras que você não passa mal...
Não abandone o álcool em gel,
Use lenço de papel,
Lave as mãos com muito sabão,
Contra o vírus, essa é a melhor solução.
Élcio José Martins

⁠As intempéries da vida
O vento levou pra longe as sujeiras da minha alma,
A chuva choveu mansinha, acalmando a minha calma.
A primavera trouxe o verde alegrando fauna,
O verão fez do meu dia tão quente, igual ao calor da sauna.
O mormaço da paisagem inspirou Picasso,
O calor da caatinga fez a roupa do cangaço.
Espadas em aço de damasco fizeram arte e regaço,
Sonhei por várias vezes que eu caia do penhasco.
Folhas, flores e frutos dançam felizes sob a chuva,
O outono fez o broto e amadureceu a uva,
O frio do inverno pediu luva,
É da nuvem mais escura que vem a chuva.
O frio e o calor trocam a minha roupa,
Às vezes, até me colocam touca.
Por vezes, minha voz fica mais romântica,
Ou está louca ou está rouca.
O esplendor da primavera traz as loucuras de amor,
O frio do inverno, edredom e cobertor.
O Calor do verão, às vezes, me deixa na mão,
O outono faz de seus frutos a sua melhor canção.
Élcio José Martins

⁠A RELIGIÃO E A CIÊNCIA
A religião e a ciência tiveram uma treta,
Discutiram-se bravamente qual delas era a mais perfeita.
A razão foi por elas eleita,
Para dirimir a dúvida a sua decisão seria aceita.
A fé discordou, dizendo desta feita,
Que sua opinião seria a mais perfeita.
Alegou na explanação de sua fala,
Que a ciência sem Deus seria uma obra suspeita.
A razão exclamou!
Ambas, tem suas virtudes. O que faltou em uma, na outra somou.
A ciência tem a cura que vem da inteligência humana,
A inteligência vem de Deus. Veja só que bacana!
A religião pode não curar, mas acalenta a alma,
Ajusta o espírito e o faz caminhar com calma.
Enquanto uma busca a saúde e a cura da doença,
A outra apazigua a alma, na oração e na sua crença.
Religião e Ciências caminham de mãos dadas,
São filhas do mesmo Deus. Por isto estão amparadas.
Precisam estar unidas, nunca separadas,
O homem precisa das duas, juntas e misturadas.
Élcio José Martins

⁠O SOL ESTÁ MAIS BRILHANTE
O sol está mais brilhante,
A lua fulgurante,
A mata verdejante,
E o amor se fez amante.
Uma luz está surgindo e
A esperança emergindo.
A ciência está progredindo e
O medo vai sumindo...
O medo era o alimento,
A negação era o tormento.
A carruagem de fogo do isolamento,
Transformar-se-á em alegria e contentamento.
A dor da agulha que fere,
Tem a dor da confiança.
No entardecer da esperança,
Renasce o novo, de novo...
O crepúsculo se faz criança...
No meio dia da vida,
De uma ilusão quase perdida,
A tristeza fez a despedida,
Num gol de placa, muda-se o resultado da partida.
Élcio José Martins

⁠NO ENTARDECER DA VIDA
No entardecer da vida,
Permito-me um pouco de descanso.
Andarei mais devagar,
Cuidarei das flores no jardim,
Cuidarei das flores no caminho,
Cantarei com os passarinhos,
Ajudarei na construção de seus ninhos...
Cuidarei com mais carinho,
Do meu cantinho,
Do Santinho,
Do padrinho,
E mais ainda,
Do meu amorzinho...
Recordarei quão bom foi o meu dia,
Ligarei pra titia,
Escreverei uma poesia,
Plantarei a alegria,
Semearei a simpatia,
Compartilharei a minha companhia...
E, se Deus me levar um dia,
Saberei que nada que eu tinha me pertencia.
Antecipando esta sabedoria,
Plantarei agora esperando uma colheita tardia...
Élcio José Martins

⁠A RIQUEZA
No pomar, as frutas,
No jardim, as flores.
No coração,
Meus amigos e meus amores...
Élcio José Martins

⁠Vitória e Derrota
Quase sempre há mais sabedoria na derrota, do que virtude na Vitória. Da Vitória pode vir a soberba, da derrota, o aprendizado.
Élcio José Martins

⁠APENAS SONHO
Fui mas não cheguei,
Cheguei mas não fiquei.
De cá pra lá e
De lá pra cá,
Nunca saio do meu lugar...
Ando por caminhos tortos,
Distantes e de difícil acesso,
Preparo e executo o processo,
Meus poros choram, quando falo em aviões e aeroportos...
É um querer sem querer,
Embora tenha o poder.
Faço a alma estremecer,
Quando discuto o meu querer...
De cá desejo o de lá,
De lá quero o de cá.
Mas se o coração quer ficar,
Não há porque contrariar...
Élcio José Martins

⁠COM O TEMPO TUDO MUDA
As pernas já andam cansadas,
A visão necessita de ajuda,
A audição já não ouve o mesmo som,
A voz está meio rouca e mais branda,
O paladar continua esperto, mas nem tudo pode ser ingerido.
MAS,
As pernas andam por caminhos mais livres,
O olhar passou a enxergar o que estava oculto,
Ouvir transformou-se em um ato de virtude,
O falar passou a ser mais doce e direcionado aos corações, não aos ouvidos...
O momento das refeições transformou-se em um ato de amor, fé e espiritualidade. Momento de agradecimento...
Élcio José Martins

⁠NADAR OU NADAR
O momento que estamos vivendo é como atravessar um rio a nado, sem conhecê-lo.
Não sabemos se nele tem jacarés, cobras, paus, pedras, buracos ou qualquer outro risco iminente.
Não há recuo. A travessia tem que ser feita. O conhecimento do leito vem no peito e na raça.
O desconhecido vai sendo descoberto à medida que avançamos rio afora.
O segredo é vencer o medo. O medo tira a força. Sem força há o risco de não atravessar.
Não é hora de morrer na praia, avançamos, pois, com fé e confiança, acreditando que somos capazes de vencer mais essa etapa de nossas vidas.
Élcio José Martins

⁠A MADURA IMAGEM NO ESPELHO
A arte refletida na face do tempo,
É o encontro da história com o suspirar do momento.
Das rugas, lamento,
Da imagem, descobrimento,
Da realização, contentamento,
Das pinceladas do tempo, entendimento.
A maquiagem muda os traços pincelados,
Encobrindo anos do tempo passado.
De um lado vem o desagrado,
De outro lado a colheita do semeado.
A imagem do agora,
É bonita e enamora.
Tem alma. Está dentro e está fora.
Há um coração, que às vezes ri e às vezes chora,
É meiga,
Sonhadora,
Sedutora,
Acolhedora.
Seus olhos são faróis,
Tem a cor dos girassóis...
Sua boca, brancura sorridente,
Seus lábios, um brilho incandescente.
Vê-la todo dia,
Engrandece a simpatia.
O amor que irradia,
Mata a morte e a apatia.
Seu sorriso encanta,
Uma musa, uma Santa.
De postura estonteante,
Ama o corpo,
Beija a face,
Há júbilo no semblante.
Nesse ensaio sensual,
De alegria e alto astral,
Vira peça teatral,
Desse encontro casual,
Seu decote induz ao delírio,
É uma rosa,
É jasmim,
É mais que lírio!...
Tem o cheiro do mar a sussurrar,
Tem a cor da brisa a afagar.
Queria toda pra mim,
Ser seu cravo,
Ser seu tudo,
Ser seu jasmim...
Élcio José Martins

⁠QUERO O RIO AO VENTO
Quero o rio...
Suas belezas e cascatas,
Sua brisa e serenata...
Quero o rio que passa e que fica.
A mina d’água e a água da bica.
Quero o rio que dorme e levanta todo dia,
Alegre, vibrante. Eterna sinfonia...
Quero o rio e o peixe,
Ouvir o som da água batendo na rocha,
Sentar à margem, sonhar e pescar,
Contar causos, rir e cantar...
Quero aos ouvidos balbuciar,
Tocar e olhar no olhar.
Sentir os respingos das gotas em quedas,
Ver o florir e a semente germinar,
Colher o fruto que ele ajudou a plantar.
Não quero o vento que vai embora,
Pode ser lento ou pode ser forte,
Pode voar a vinte ou a cem quilômetros por hora.
Pode vir do sul ou pode vir do norte,
Poliniza as flores, mas pode causar mortes.
O rio é perene,
O vento é passageiro.
O rio é a calma e a poesia,
O vento é o medo e a arrelia.
O rio é vida,
O vento é a ferida.
Quero a paz do rio,
Não quero a volúpia do vento.
Não quero passarinhos assustados,
Quero passarinhos felizes e enamorados.
Quero o rio na tranquilidade de seus meandros,
Não quero o vento que leva a vida e é malandro.
Élcio José Martins

⁠VIOLA DESTEMIDA
As cordas afinadas da vida,
São livres e distraídas.
De sonoridade atrevida,
Enche de sorriso e graça, o coração da ESCOLHIDA.
A nota DÓ faz na cabeça um nó,
A nota RÉ dribla a vida com a maestria de Pelé.
A nota MI eleva o poder da fé,
E do fogão caipira que vem o bule de café...
A nota FÁ vem de Belém,
A nota SOL traz a saudade de alguém,
A nota LÁ faz a saudade chorar por ti,
E a nota Si me satisfaz, Faz-me lembrar, que um dia te pertenci.
Oh! Viola destemida que canta a alegria e a tristeza!
Foste tu a lembrança de minha proeza!...
Do tilintar de suas cordas veio uma certeza.
O homem veio ao mundo apenas para amar,
Essa é a sua natureza!
Élcio José Martins

⁠ENTRE O SOL NASCENTE E O SOL POENTE
Entre o Sol nascente e o
Sol poente existe o
Dia. Frio ou quente!
Mesmo com algumas
Nuvens ele é presente.
Assim é a vida:
Entre o nascer e o morrer
É que a vida faz acontecer.
Não pedimos para nascer,
Nem decidimos quando morrer,
Mas enquanto existir o viver,
Cabe a cada um fazer acontecer.
Élcio José Martins

⁠DESCOMPLICANDO...
O Cidadão fala sem pensar,
Pensa muito e pouco fala...
Quando deve falar, se cala.
Fala aos ventos, quando deve se calar...
É um turbilhão de incoerências,
No seu mundo do avesso e controverso.
Sua razão vira reticências,
A força da rima é maior que o verso.
Quando fala, é perverso,
Quando cala, é egoísta.
Acusado, desconversa,
Acuado, é vitimista.
Sua Pátria está distraída,
Sabe o resultado mesmo antes da partida.
Morre de bala achada e perdida,
Seu Direito está magoado e sua fé está ferida.
Mas a tempestade também passa,
Como passa o fogo que vira fumaça.
Nada ganha se fizer pirraça,
Para vencer o jogo, é preciso habilidade e muita raça.
Élcio José Martins

⁠O PENSAMENTO É O FALAR EM SILÊNCIO
O pensamento é o falar em silêncio,
O grito com prudência,
A calma com coerência,
É o calar-se mesmo querendo gritar...
Já voei bem alto no meu silêncio,
Já naveguei mares raivosos com a bússola do meu silêncio.
Já fui, por vezes, silenciado no alheio silêncio,
Embriaguei-me, por vezes, por não ouvir o meu silêncio...
O silêncio do pensamento
Pode ser tempo e contratempo,
O tormento e lamento,
O respeito e crescimento.
Já disse tanta coisa no meu silêncio, só,
Até meus ouvidos se fecharem de dó.
Já cantei em público, a música que sonhei,
Já fui Dom Juan, já fui Deus e já fui Rei.
No silêncio do pensamento, a alma exorta,
O coração conforta.
Fecha a tranca por dentro da porta,
O discurso é interno. O que vem de fora, não importa...
O silêncio eleva e transforma,
É meditação e reforma,
Tempera e contorna,
Protege-nos do que está dentro e está fora.
Tem o silêncio do medo,
O fugir pra dentro, degredo,
Vem do apontar o dedo, a palma da mão,
É a bala de hortelã transformando-se em bala de canhão.
Há o silêncio da depressão,
Que destrói e aniquila a compreensão.
É o fechar em copas, sem noção.
O amor é o remédio, cura a alma e o coração.
O pensar alto tem caminhos inversos,
É um poema que falta leveza em seus versos.
São contos de dilemas perversos,
Verbos rimados em ritmos controversos.
O pensamento pode abrir caminhos ou fechar fronteiras,
Se for ruim, varre-o com a sujeira,
Se for bom, ajeite-o na prateleira.
Abuse das virtudes, acalme-se!
Faça da Justiça, sua inseparável companheira.
O silêncio é virtude,
Faça o certo, mesmo que destino mude.
Élcio José Martins

⁠AS MENINAS DA MÚSICA SERTANEJA
As mulheres vencem o medo,
Desatam os nós de seus segredos,
Dedilham as cordas do violão com elegância,
Seus acordes soam bons sentimentos,
Mágoas, perdas e sofrência.
As vozes melódicas da música sertaneja repousam:
Nos leitos do amor,
Nos braços dos amantes e
No coração dos apaixonados.
As meninas saíram do anonimato,
Pediram passagem para o estrelato,
Subiram as escadas e tomaram conta do palco,
Levaram a tiracolo o perfume gostoso da relva e do mato.
São mulheres destemidas, alegrando a vida,
Representam a força da mulher, forte e aguerrida.
Brilham como as estrelas no céu azul,
São respeitas do Leste ao Oeste e do Norte do Sul.
São damas cantoras, musas, divas, belas!
Receberam o dom. Deus está com elas...
No alto construíram seus ninhos,
Cantam a vida, como cantam os passarinhos.
Suas vozes trazem paz e abrem caminhos,
A afinação vem do berço. Aprenderam direitinho...
Élcio José Martins

⁠O RELÓGIO
Marca o tempo, marca a hora e melhora a memória,
Tem beleza, tem formato e tem história.
Tem o de corda, o digital e o automático,
Tá na parede, tá no bolso ou ta no braço.
Pode ser de pulso,
Pode ser de parede.
Pode ser de bolso,
Pode ser no celular.
Pode apenas marcar a hora,
Pode ser despertador.
Marcar a hora do trabalho,
Marcar a hora do descanso.
Marcar a Hora do encontro,
Marcar a Hora do amor...
O relógio é uma peça de beleza,
Usa o pobre e a Nobreza.
Quando atrasado, não adianta nada,
Quando adiantado, corre por nada.
Mede as horas,
Os segundos e os minutos.
Mede o tempo que não para e
Ameniza a doença que não sara.
Mede o tempo à espera do socorro,
Mede o tempo do campeão.
Mede o tempo do coração apaixonado
À espera do grande amor,
Mede o tempo da aflição.
Marca o tempo da alegria,
Marca o tempo da tristeza,
Marca o tempo da dor,
Marca o tempo da prisão,
Marca o tempo da solidão...
Um minuto pode ser muito tempo,
Vinte e quatro horas pode ser pouco tempo.
Pode ser novo,
Pode ser moderno,
Pode ser antigo.
Não importa o modelo, o formato ou a idade,
O relógio acorda cedo, alegrando a cidade.
Dizem que mineiro não perde o trem.
Santos Dumont tem participação nesse trem.
Pode ser que o relógio seja coisa do além,
Dividiu o tempo do Homem de Jerusalém.
Élcio José Martins

⁠O SILÊNCIO
O silêncio é um livro fechado,
Lacrado e preso com cadeado.
Seu conteúdo não é falado,
Mas no fundo, traz um recado.
O silêncio da alma que adoece,
É na tristeza que acontece.
O tormento tira a força do bom pensamento,
A ansiedade dilacera o espírito e o contentamento.
O silêncio pode ser proposital,
Pode ser para exercer o bem,
Pode ser para exercer o mal.
Pode dizer muito sem uma única palavra,
É muita sabedoria de quem já conhece a estrada.
Às vezes, acontece em momento de raiva,
É o grito ponderado da língua que trava..
O silêncio é a raiz submersa que
Segura a árvore quando o vento atravessa.
O silêncio é a semente em solo fecundo que
Que gera o fruto para alimentar o mundo.
O silêncio pode ser magia,
Contrário da utopia.
Quem exerce o poder da sabedoria,
Faz a letra, a música e ainda canta a melodia.
Élcio José Martins

⁠O SORRISO
O sorriso lapidado na mão do artista, é mais sorridente,
faz a arte embelezar a mente,
traduzindo contente, o que a alma sente.
O sorriso é a janela que abre todas as manhãs,
Ansiosa, para receber os raios
de amor do sol nascente.
O sorriso que me destes, embebedou-me.
fez luz, meus olhos azuis,
acompanhou-me nas minhas lembranças,
fortalecendo minha alma de esperança.
A luz luminosa da brancura sorridente,
como raio flamejante, resplandecente,
alegra o coração que sente,
fazendo contente, o espelho da gente.
Élcio José Martins