Coleção pessoal de demetriosena

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⁠AMIZADES E "AMIZADES"

Demétrio Sena - Magé

Entre dois amigos, os conceitos de amizade costumam ser diferentes. Algumas vezes, conflitantes. Mas quando as diferenças ou conflitos não desaguam em amizade unilateral, nada fere o sentimento nem desata o laço. Amizade unilateral é quando só um se importa com o outro. Só um procura, chama, inclui, dentro de suas possibilidades reais, e sabe que um sentimento sincero sempre tem possibilidades reais. Esse saber é fundamental na manutenção de uma amizade... sem ele, o relacionamento unilateral definha, com o tempo, porque o próprio tempo conspira contra tal critério de envolvimento.

Nas amizades bilaterais, as diferenças de pensamentos não envolvem graus diferentes de amizade. Não sustentam uma amizade maior de um lado, menor do outro. Nenhum dos lados é egoísta, personalista, sonso e traidor. Um lado pode ser esturrão, explosivo, difícil de dar o braço a torcer em questões cotidianas e, até injusto por algum tempo, nessas questões... mas o consenso final é sempre certo. Sempre existem ajustes, considerações e os apelos afetivos capazes de aparar as arestas, sem deixar cicatrizes. O que não ocorre, de modo algum, é a condição de uma amizade ser mantida depois de uma traição; uma "rasteira"; uma sucessão de mentiras graves, atos antiéticos, silêncios e distanciamentos desnecessários de um lado, até que o outro se cansa e silencia, de uma vez. Afasta-se definitivamente.

Em um todo, é a falta de sinceridade, transparência e franqueza que resulta o esfriamento gradual ou imediato do lado sincero, transparente e ativo da amizade. O mais espantoso é que, depois do fim desse relacionamento, aquele ou aquela que gradualmente gerou o desgaste, o cansaço e a desistência no outro, é quem há de gritar aos quatro ventos que, a amizade acabou porque o outro lado foi incompreensivo. Não foi longânimo. Pior que foi. Só não foi de aço, de gelo ou mármore. O que sempre correu em suas veias foi sangue de verdade. Sangue humano.

Mas, ó: estou separando amizades unilaterais de amizades bilaterais, aquelas em que ambos os lados, com suas diferenças, até gritantes, são iguais em nível, relevância e profundidade.

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⁠DESMAIO

Demétrio Sena - Magé

Maio já desmaia
nos nevoeiros de junho...
a lua boceja.
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⁠DE COMER POR STATUS

Demétrio Sena - Magé

Atravessei uma infância muito pobre, tendo que "aprender a gostar" de uma sopa rala; comidas feitas com restos misturados; alimentos não convencionais catados no mato, por necessidade ou fome, sem uso dos temperos - caros, para quem não tem nada - que os tornam "iguarias excêntricas".

Hoje, quando já posso comer o que me apetece ou satisfaz, não quero "ter que aprender a gostar" de escargot, caviar, larvas preparadas por chefs prestigiados e outras nojeiras caras. Variedades que existem mais para mostrar quem é quem do que para satisfazer apetites. Comida não tem virtudes e defeitos que passamos a perceber, como no ser humano. Tem sabor, é bem ou mal preparada. O sabor é bom ou ruim. E se tenho nojo, não fingirei não ter para passar no crivo de um grupo social.

Comer por status não é crível para mim. Nem é incrível. É medíocre. "Aprender a gostar" de comida por ascensão social não compõe minha índole; não tenho projeto nem intenção de mostrar a quem quer que seja, "quem é quem" e de que lado estou nessa ostentação gastronômica fútil; sem propósito nem sentido. Nem poderia, se quisesse, porque não alcancei o status inútil de quem coleciona dinheiro e joga fora o excesso, numa disputa sem fim com quem faz "clicherianamente" o mesmo.

Não quero comer, vestir, morar, consumir, ter ou fazer algo por status. Quero poder vivenciar o que aprecio, sem para tanto, precisar "aprender a gostar". O que é bom e prazeroso é à primeira garfada, ao primeiro gole, ato e utilização. Comida e coisas não "se abrem" ou se revelam aos poucos.

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⁠"TIÃO", EVANILDO E OUTRAS PERDAS

Demétrio Sena - Magé

Em poucos dias, este quase fim de maio teve duas perdas que desmaiaram o ano: uma delas, a do Evanildo Bechara. Trata-se de uma perda que empobrece o meio literário e intelectual brasileiro, além de abrir um buraco difícil de fechar, na Academia Brasileira de Letras, que tem ocupado suas cadeiras de formas duvidosas, a meu ver. Uma perda Ípsis Líteres. "Ao pé das letras".

Perda salgada, a do "Tião", o Sebastião Salgado, para o meio fotográfico e o Brasil, como um todo. Ele deixa um legado de muita sensibilidade, reflexão e denúncia, por meio de suas fotografias, quase todas em preto branco. Era sua forma de ressaltar seus alvos, especialmente quando fotografava mazelas e tristezas do Brasil e do mundo. Em ambas as perdas, o empobrecimento da arte, da literatura e da inspiração inquestionável.

Além de Sebastião Salgado e de Ivanildo Bechara, a cultura brasileira tem sofrido grandes e duras perdas, nos últimos tempos. Quem há de costurar esses rasgos? O que há de nascer, de mortes tão significativas? O que há de repor esses valores?

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⁠"TIÃO" E BECHARA

Demétrio Sena Magé

Perda Salgada,
a do "Tião":
dói nos olhos
de olhar o mundo,
sob as lentes
da inspiração...
A do Bechara,
expõe a vida
e suas "tretas"...
Uma perda
Ípsis Lítteres;
ao pé das letras...
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⁠DELEGANDO A SAUDADE

Demétrio Sena - Magé

Dessa vez me deixei esperar que sentisses
a saudade que sempre fui eu que senti,
porque minhas crendices de afeto profundo
se tornaram a praia da minha renúncia...
Sei que nunca virás, o teu orgulho é pétreo,
pois te pus num altar do qual nunca desceste,
como nunca venceste a ti mesma por nós;
só me coube calar; nunca ter a razão...
Finalmente arrisquei-me a te arrancar de mim,
ao dar fim à procura que só era minha,
sabedor da blindagem no teu sentimento...
Resolvi dessa vez me dar voz de silêncio,
pra deixar teu silêncio te pedir a voz
e mostrar quantos nós tu ataste aqui dentro...
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⁠CACTO E CAQUI

Demétrio Sena - Magé

O caqui que caiu cá no cacto,
fez um pacto tático com ele;
que caiu, porque cair caiu bem,
pois intacto, alguém o comeria...
No impacto prático, o caqui,
diz que aqui só caqui é consumido,
porque coco, sumido do consumo,
não é rei da cocada, já faz tempo...
E o cacto, amigo do caqui,
fez do pacto e sua ruptura
com crítica e sólida solidão...
Pacto do impacto compacto,
é que cacto e caqui castigarão
quem comer o caqui que aqui está...
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⁠VERSOS ANTI-CURRAL

Demétrio Sena - Magé

Um governo está sempre devendo ao país;
não entendo quem ache que tudo está bom;
só um povo infeliz enaltece a quem paga,
sem sentir os efeitos de pagar impostos...
Multidões sempre sofrem com desigualdades;
há governos melhores por comparação,
mas nenhuma nação é feliz por completo
nem há povo que tenha por que festejar...
Os heróis que aclamamos debocham de nós;
temos voz emprestada pra brincar de gente
nessas frentes de lutas por cidadania...
Nosso voto recente nos livrou dos bichos
que roíam direitos e cavavam caos;
mas louvar menos maus não nos dignifica...
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⁠PACTO

Demétrio Sena - Magé

O nosso pacto,
era que algo
tão compacto
não causaria
tanto impacto...
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⁠SOBRE OS "DONOS" DO BEM PÚBLICO

Demétrio Sena - Magé

Ao "decretarmos" que um espaço público aberto... "é publico!", para justificarmos uma possível utilização particular, sem nenhuma solicitação formal prévia para liberação desse espaço, somos totalmente arbitrários e contraditórios. Afinal, tornamos privado o que é público e suprimimos para todos mais, o direito de ir, vir e utilizar.
A rua, por exemplo, é pública. Todos podem transitar, sentar em uma calçada e até ficar no meio dela, em pé, olhando para o céu. Mas ninguém pode cercá-la para um evento, sem antes recorrer ao setor de ordem pública do município, para consulta prévia de viabilidade sobre dia, horário, som, trânsito, natureza do evento e muitas outras questões. Isso, todos podem fazer, utilizando critérios lineares estabelecidos pelo poder público.
Fazer obras na rua, na calçada ou em uma praça; pôr barricadas e quaisquer outros impedimentos, para dificultar acessos... desmatar para qualquer fim, as áreas públicas de preservação ambiental... invadir escolas públicas (ambientes sempre desrespeitados pela população) para realizar atividades não agendadas, tudo isso é proibido. É privatizar arbitrariamente o público; tomar para si, como pessoa ou grupo, definitiva ou provisoriamente, o que é de toda a população.
O que me deixa intrigado, é que essas pessoas arbitrárias, truculentas e "brabas" que usam ruas, calçadas, praças, escolas e outros bens públicos, como seus, não invadem também, delegacias, fóruns, áreas ambientais vigiadas e quartéis. Esses espaços também são públicos, mas neles, os mesmos trogloditas miam.
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⁠SENTIMENTO DE EXCLUSÃO

Demétrio Sena - Magé

Meu sentimento de exclusão é algo inexplicável. Isso me deixa em conflito, porque não é só um sentimento, eu sei, no mais mais profundo em mim... mas não consigo apontar os atos em derredor, que fazem me sentir excluído. Só me sinto e calo, porque no contexto e na ambientação do meu sentimento, é sábio não agir. É prudente me calar. Prudente, neste caso, chega a ter o sentido de bom "pro dente".
Quando criança, eu tinha muita facilidade para ser "curto e direto" sobre meu sentimento contínuo de exclusão. Afinal, todos eram curtos e diretos nos motivos contundentes que me davam para sentir-me assim. Ninguém tem medo nem se constrange de fazer uma criança ou um adolescente chegar à conclusão de que não lhe cabe nenhum pertencimento em um grupo, ambiente ou clã. É fácil fazer isso, onde os outros também fazem.
Excluir um adulto perceptivo, conhecedor básico do sentido da exclusão, é mais complicado. Especialmente nestes tempos de tantos discursos e algumas leis anti-exclusão. Até nos ambientes familiares, onde geralmente ninguém aciona judicialmente ninguém por preconceito, exclusão, separatismo, as pessoas têm cuidado. Não sabem quem assumiria com elas os próprios atos impulsionados pelos mesmos sentimentos que todos veem como vilania, no outro.
Conheço desde cedo, externa e internamente, a exclusão. Externamente, há casos em que a lei resolve, se valer a pena, depois dos constrangimentos. Internamente, não, porque a presunção do afeto em torno, apesar da exclusão, aciona o meu afeto. E como tudo o mais também fica no campo da presunção, pois em tudo há uma linha tênue que gera dubiedade, resta o sentimento questionável de exclusão.
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⁠COMO TE AMO

Demétrio Sena - Magé

Por te amar como amo, cresci como gente;
porque antes amava sem essência e tino;
vim achando a tu'alma e descobrindo em mim
que o destino foi feito pra me fazer teu...
Eu te amo com graça que o tempo somou
sobre todas as somas de nossas vivências,
a minh'alma tomou, gole a gole, na taça
do meu sonho afetivo, as essências das horas...
Por te amar como amo, tudo vale a pena;
cada cena da saga que traçamos juntos
e fizemos dos juncos um cesto profundo...
Vim te amar como amo, nas idas e vindas;
nos aindas e jás desse jazz de viver
para ver flor e fruto em estação propícia...
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⁠A LUA E SEUS AMANTES

Demétrio Sena - Magé

A lua é o eterno clichê dos poetas, fotógrafos e namorados. Aos olhos comuns, é sempre a mesma, em suas únicas quatro poses... ou fases estáticas, até a próxima mudança em sua solidão no deserto celeste noturno... algumas vezes matinal... outras vezes crepuscular... mas sempre a mesma.

Fotografar os desempenhos lunares é ato repetitivo e de pouca originalidade, se não explorarmos o cenário de um céu semi-nublado, por exemplo... pois as nuvens, sim; essas nunca são iguais. Ou se não aproveitarmos interferências terrenas como torres, árvores, postes, insetos ou pássaros noturnos que a "cruzam"... quem sabe até trabalharmos sobreposições com outras fotos também autorais.

Não sendo assim, fotografaremos as mesmas poses lunares que já infestam a web. Isso
nunca será plágio, se realmente a fotografarmos; porque a lua, tanto quanto a rua, é pública... mas é de pouca originalidade, simplesmente apontarmos para ela e dispararmos o velho clique precipitado.
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MEDO DO ⁠CLARO

Demétrio Sena Magé

Eu tenho medo do claro;
meu corpo todo estremece,
porque me sinto inseguro...
é justamente no claro
que a escuridão aparece...
e me dá medo do escuro...
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⁠LUA INTERROMPIDA

Demétrio Sena - Magé

Não há tempo capaz de calar a saudade;
uma falta que nutre um buraco sem fim;
como sei que viver é missão nos imposta,
digo sim ao caminho e faço meu melhor...
Mas não há um só dia sem saudade sua,
na certeza do tempo que não foi bastante
para vermos a lua com todas as fases,
após todas as fases de tantas vertigens...
Foram poucos os anos de colo tardio;
sem aquelas corridas por sobrevivência,
contra o frio, a doença e a fome total...
Seu amor foi o mundo que valeu a pena;
foi a nossa vontade maior de vencer
e viver por mais tempo nossa lua nova...
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⁠INQUIETAÇÕES LEIGAS SOBRE A BIPOLARIDADE

Demétrio Sena - Magé

Entendo e respeito a bipolaridade no seu aspecto não massificado. No aspecto que não virou moda (dizer poucas e boas quando quer, depois virar anjo; ser gentil agora e daqui a pouco agredir, sem nenhum peso na consciência; perder a consciência... amar e odiar, fazer o bem e o mal como quem troca de roupa).

Tenho como certo, que bipolaridade causa variação de humor: alegria e depressão num piscar de olhos; tensão e calma; medo e coragem, pontuais ou vertiginosos. Mas não causa variação de personalidade nem de caráter. A pessoa não é ora vilã, ora "mocinha" ou "mocinho". Bem educada agora, sem educação logo depois... honesta e desonesta, boa e má, gentil e perversa, capaz e incapaz de amar e ter bons sentimentos.

Não acredito em bipolaridade calculista, planejada, utilizada como vingança e afago, a depender da carência ou não carência do momento. Bipolaridade não é manipuladora e a pessoa nem tem esse controle, pois é bipolar; não psicopata.

O laudo de bipolaridade não pode ser uma "carta branca" para quem deseja romper com os compromissos de afeto, ética e bom senso, pois o bipolar não é incapaz mentalmente... nem com as suas prerrogativas de responsabilidade social e humana... ou com a intenção de ser sempre acolhido, respeitado, e só acolher e respeitar quando lhe "der na telha".

Não tenho formação em área que diagnostique. Só vivência e observação para intuir que a bipolaridade é interna. Extravasa, sim, é sentida pelo outro, mas não de formas intencionais e má fé. O bipolar não é um psicopata; porém, um psicopata pode ser bipolar. Aí sim, ele usará o diagnóstico, não como bipolar, mas como pessoa de mau caráter; personalidade manipuladora e perniciosa.

Posso ter dito um monte de incoerências... fazer o quê? Só espero que o possível texto incoerente seja bom o bastante para fazer entender minhas inquietações leigas com o assunto.
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⁠LADRÕES DE TALENTOS

Demétrio Sena - Magé

Aspas não bastam. Elas indicam que o texto (prosa, verso, letra de música...) ou fragmento não é seu, mas não honram autoria. Como muita gente não sabe a razão das aspas, vejo má fé na citação escrita e oral, pois a pessoa conta com isso para passar como autor(a) perante quem ouve ou lê, e por outro lado, defender-se dos possíveis flagrantes: "Ué; mas eu pus as aspas!".

Qual é o problema de muita gente, com a citação de autorias ou do franco desconhecimento delas, com a citação 'autor desconhecido'? Alguém acha mesmo que autores e autoras, ainda que não saibamos quem, não merecem isso? Será que uma pessoa fica realmente satisfeita, em seu íntimo, quando alguém elogia "sua obra", que não é sua? Não há nenhum desconforto em seu ego fraudulento, ao ocorrer isso? Não consigo ver ingenuidade ou descuido em quem não respeita o que é do outro; seja esse outro, famoso, desconhecido ou incógnito.

Nestes tempos, fala-se tanto em mérito, e no entanto, em algo tão simples esse mérito é sonegado por quem deseja "méritos desmerecidos". Ganhar louros (muitas vezes até dinheiro e troféus) com o talento alheio não tem outro nome, para mim. É mau caratismo que os velhos truques como aspas, camuflagens (o plágio) e outros recursos não têm como disfarçar.
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⁠HONESTIDADE FORMAL

Demétrio Sena - Magé

Tem gente "toda certinha" com os impostos devidos ao governo, mas toda errada com pessoas comuns a quem deve desde nem sabe quando. Que sempre foi fiel com as mensalidades do clube que frequenta; entretanto, é desonesta com a pessoa que lhe vendeu algo de uso pessoal porque precisava de um dinheiro extra em poucos dias.... e continuou precisando.

Há muita gente incapaz de fazer um "gato" na sua energia elétrica, o que é muito bom... mas não tem qualquer drama de consciência por dar pequenos golpes que representam grandes prejuízos a amigos, alguns afetos ainda mais próximos e até estranhos casuais. É fiel com o banco e sempre deixa quem precisa para depois e depois. Nunca deixou de pagar religiosamente o dízimo em sua igreja, porém jamais socorreu um semelhante necessitado, nem de suas relações mais estreitas.

Conheço gente que jamais prejudicaria o patrão nem a empresa na qual é funcionário... por outro lado, prejudica sem nenhum drama os colegas de trabalho, muitas vezes para obter benesses e privilégios do patrão. Tem o nome limpo no SPC, no SERASA, nas outras instituições sócio-financeiras, e tem nome sujo com as pesssoas à volta.

É o tipo de gente que só é gente na formalidade. Só é correta quando prevê consequências. Respeita CNPJ, só porque aprecia manter a fachada para não se sabe que ou quem. Mas menospreza CPF, se não for o seu, porque acredita que nenhum CPF alheio é necessário para sua lavagem de falsas austeridade e cidadania.
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⁠VOLTE PRO MUNDO

Demétrio Sena - Magé

Perdeu aquele sorriso espontâneo; a simpatia que a todos cativava. Já não sorri. Só ri. E quando só ri, fica entre o riso espremido, repetitivo e o só riso exagerado e nervoso. Afora o grupo uniforme que segue com fervor doentio, todo mundo é mau, se não for do meio. Esse preconceito extremo tirou o brilho de seus olhos. E a liberdade para pensar, sentir e viver sem "orientação superior" ficou suspeita e perigosa. Melhor nem tentar.

Cultura, se não for específica do seu meio, não presta. A sociedade "cá fora" está toda contaminada, segundo as orientações que recebe. Merece viver, "comprar, vender, casar, dar em casamento, ser influente na sociedade"... ou ter o sinal da besta, só quem segue a mesma cartilha. Perdeu-se, pelo medo incutido, de se perder. Converter-se ao evangelho de forma tão equivocada, foi o fim de quem se deixou levar, com tanto pavor, pelos mitos do arrependimento por ter nascido e vivido até então.

Volte pro "mundo". As nuvens onde você vive são de fumaça tóxica e matam sua essência. Pessoas de verdade aguardam seu despertar para uma realidade vencível... sem exércitos sobrenaturais e utopias do "poder do alto" para compensar o quanto você virou usufruto dos golpes baixos de líderes religiosos unidos aos poderes político-partidários, para dissecação do seu eu, em nome de um nós espinhoso e cheio de nós.
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⁠DIGNIDADE PESSOAL

Demétrio Sena - Magé

Olhe; não tenha medo de se misturar com um amigo, por causa de um patrão, ex-patrão ou qualquer pessoa que você bajule por posição social - real ou fictícia -, que não goste desse seu amigo. Pense que, a pessoa que você bajula não tem medo de ser vista com você e com qualquer outra pessoa que você ame ou deteste, pois sabe que não perderá sua bajulação por nada nem por ninguém deste mundo. Além de ser uma questão de afeto e de sinceridade, é também uma questão de foro intimo e de um dedinho de dignidade pessoal. Pense nisso.
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