Coleção pessoal de DanielAlbachVerga

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⁠⁠Vou te revelar um segredo cósmico: Poder real é o grau em que uma pessoa tem controle sobre suas próprias circunstâncias. O poder real é o grau em que realmente controlamos as direções de nossas vidas.

⁠A vida na sociedade líquido-moderna é uma versão perniciosa da dança das cadeiras, jogada para valer. O verdadeiro prêmio nessa competição é a garantia (temporária) de ser excluído das fileiras dos destruídos e evitar ser jogado no lixo.

⁠A paixão e a felicidade são incompatíveis porque a paixão amarra a alma na matéria, a qual é temporal. Todo desejo é uma paixão. As pessoas são apaixonadas por carros, dinheiro, luxo, comida, roupas e por outras pessoas. Na mesma medida são frustradas pois não os tem verdadeiramente, nunca. Podem tê-los de forma ilusória, por um tempo, mas para sempre não.

⁠O homem nasce da vitória sobre o animal, sobre o instinto. Vencer o instinto não é enfraquecê-lo ou suprimi-lo, mas dominá-lo, transcendê-lo, dirigi-lo e usá-lo em nosso favor. Em uma palavra: assimilá-lo.

⁠Desejo e amor encontram-se em campos opostos. O amor é uma rede lançada sobre a eternidade, o desejo é um estratagema para livrar-se da faina de tecer redes. Fiéis a sua natureza, o amor se empenharia em perpetuar o desejo, enquanto este se esquivaria dos grilhões do amor.

⁠A chave para a eliminação do ego é compreendê-lo. Para compreendê-lo, você deve analisá-lo. Para analisá-lo, você deve se observar no dia a dia e, em recolhimento, comcentrar-se para estudá-lo.

⁠Seja tão cuidadoso com a informação que alimenta sua mente quanto a comida que alimenta seu corpo.

⁠Os homens mais inteligentes, sendo os mais fortes, encontram sua felicidade onde outros encontrariam apenas desastre.

A dissolução dos egos erradica os condicionamentos comportamentais, nos proporcionando liberdade interna para agirmos tanto de uma maneira como da maneira oposta, de acordo com as necessidades circunstanciais.

⁠A cultura espiritual pode continuar a progredir, as ciências naturais podem crescer cada vez mais em extensão e profundidade, e o espírito humano pode se ampliar o quanto quiser: jamais ele ultrapassará a elevação e a cultura moral do cristianismo como ela cintila e brilha nos Evangelhos!

⁠Todo o excesso conduz a devassidão e depois de sujeitado a esse excesso a liberdade torna-se sinônimo de falta de limites e é sobre essa ilusão psicológica que o indivíduo passa a crer que liberdade é viver onde tudo é permitido.

⁠A busca de prazer e felicidade é uma espécie de apetite, hoje os indivíduos são submetidos a viver o tempo todo com essa fome pelas sensações físicas de êxtase e saciedade de satisfação ininterrupta, porque aliás, a felicidade na cultura moderna foi atrelada a uma sensação puramente do corpo.

⁠É efeito da modernidade não apenas cometer o erro, mas o desvio, o orgulhar-se da degerneração e distorcê-la até que pareça ao senso comum que aquele erro na verdade é o acerto. Convencer que a coisa má é a coisa correta.

Modernos degenerados.

⁠Mas como um homem pode aprender, na luta contra seus vícios, uma quantia suficiente, se o tempo que ele dedica a aprender é apenas a sobra deixada por seus vícios?

⁠Avise aos malditos reis que me verão morto, mas nunca de joelhos. Avise as malditas putas que me verão triste, mas nunca por nenhuma delas. Avise aos malditos homens fracos que estes jamais me verão, pois os mortos nada podem ver.

⁠Nem prazer ou dor, devem entrar como motivos, quando se deve fazer aquilo que deve ser feito.

⁠Eu acho o liberalismo absolutamente errado. Não por causa do liberalismo, mas por causa da modernidade. Porque a modernidade foi liberal desde o começo. Não estava tão claro desde o começo que o liberalismo triunfaria sobre o socialismo ou o nacionalismo, mas agora está claro. É a raiz individualista da modernidade ocidental que está errada. A idéia do ser humano como "indivíduo" é que está errada, então estou tentando desafiar isso através de uma antropologia alternativa a fim de combater o liberalismo. E que os liberais hegemônicos em nosso mundo mundo moderno me julguem "o filósofo mais perigoso da atualidade".

⁠Aquele que fala do herói com desprezo e zombaria é sempre um homem em que falta atributos heróicos. O culto do herói é o princípio básico do corpo e acrescenta em muitos aspectos fundamentais a alma humana. O que salva a carne de ser ridícula é a presença da morte que existe no corpo vigoroso e saudável. É essa presença que sustenta a dignidade da carne.

⁠O mundo moderno é o produto de uma inversão, da vitória ao menos provisória do profano sobre o sagrado, ele surge de uma ruptura do laço que mantinha o homem unido ao além do homem, ao homem unido ao supra-humano, laço que humanizava e cujo o rompimento tem por consequência seu recuo aos níveis inferiores do ser e que assim cai em camadas mais densas de esquecimento de sua verdadeira natureza e também um sinal que a sociedade irá se esquecer dele, o homem moderno se encontra obstruido do divino, do fundamento do touro e ele se encontrar marginalizado, esquecido, traído, tratado como um boi no pasto que se orgulha da sua miséria,o mais delicioso ser para o abate.

⁠Qualquer tentativa de utilizar a tradição para manter nações de pé, é já uma distorção da tradição, no seu rebaixamento, em nada menos destrutiva do que a subversão declarada dos modernos, e além disso uma tentativa estúpida de manter cadáveres de pé.

Tradição e democracia (1930)