Coleção pessoal de Claudineidias
Há pessoas com as quais nunca conversei, nunca troquei uma só palavra mas sinto uma conexão tão grande, me identifico, algo que por vezes não ocorre com aqueles que conheço a vida inteira.
É difícil acreditar que quem morre deixa de existir. Mas é ainda mais difícil acreditar que continue vivendo em outro lugar.
O homem moderno é um homem cansado. Nunca se soube tanto como agora, e no entanto, nunca se precisou de remédios, terapias, psicólogos como atualmente. Já não se crê nos mitos, os deuses foram dispensados, ou melhor, substituídos. Confia-se na ciência, no progresso e na tecnologia. O homem do século XXI não precisa que lhe digam o que fazer, ele é senhor de si. Livrou-se das amarras que possuía e agora não sabe o que fazer com essa liberdade. Está cheio de explicações mas destituído de ilusões e vazio de significados.
Os homens passam infinitos séculos na inexistência mas não são capazes de viver cem anos nesse mundo sem desejar a morte...
Na idade adulta, pagamos com juros e correção monetária por cada segundo de felicidade que tivemos na infância.
Se precisamos da ameaça de um tormento eterno para buscarmos a Deus, é o mesmo que dizer que o amor de Deus, a sua graça, misericórdia e a promessa de uma vida eterna em sua presença não são por si só atrativos suficientes.
Quando eu morrer, consolai-vos meus caros não com o fato de que minha alma está no céu, mas de que, pela misericórdia de Deus hei de ressuscitar.