Coleção pessoal de cibelesammet

1 - 20 do total de 42 pensamentos na coleção de cibelesammet

Sei que cada dia é um dia roubado da morte.

Alegro com brio. Tentarei tirar ouro do carvão.

Quero aceitar minha liberdade sem pensar o que muitos acham: que existir é coisa de doido, caso de loucura. Porque parece. Existir não é lógico.

O fato é que tenho nas minhas mãos um destino e no entanto não me sinto com o poder de livremente inventar: sigo uma oculta linha fatal.

Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens.

Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias.

Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui.

Ela somente vive, inspirando e expirando, inspirando e expirando.

Se fosse criatura que se exprimisse diria: o mundo é fora de mim, eu sou fora de mim.

Por falta de quem lhe respondesse ela mesma parecia se ter respondido: é assim porque é assim.

Enquanto isso as nuvens são brancas e o céu é todo azul.

Prefiro a verdade que há no prenúncio.

Bem sei que é assustador sair de si mesmo, mas tudo o que é novo assusta.

É. Eu me acostumo mas não amanso. Por Deus! eu me dou melhor com os bichos do que com gente.

Sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique.

Vida incomoda bastante, alma que não cabe bem no corpo.

Saudade do que poderia ter sido e não foi.

Vagamente pensava de muito longe e sem palavras o seguinte: já que sou, o jeito é ser.

Era muito impressionável e acreditava em tudo o que existia e no que não existia também. Mas não sabia enfeitar a realidade. Para ela a realidade era demais para ser acreditada. Aliás a palavra “realidade” não lhe dizia nada. Nem a mim, por Deus.

E achava bom ficar triste. Não desesperada (...). Claro que era neurótica, não há sequer necessidade de dizer.