Coleção pessoal de Christinnyolivier

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Garatujar de Akasha

Alquimia cósmica;
Em marolas oníricas
Espraia-se o arrebol.

REFLEXOS DA ALMA

Sonda-me com teu olhar afável,
Toda inquietação acalma.
Dissolve a dor quase palpável
Se o teu amor me espalma.
Como retalhos de cetim
Vejo os reflexos de mim...
Vivos!... No espelho de tua alma.

BEIJO FRUITIVO

Flui dos olhares bacantes
Verbo, poesia e prosa
Das declamações pedantes
Verso, primazia em glosa
Dúlcido beijo Fruitivo
Deleitável ardor vivo
Leve como flor airosa.

De repente a casa tornou-se grande...
E o baú das lembranças cheio, pesado.
Me sufoca o desperdício de oxigênio
E todo sentimento acumulado.

Cores, sons, poesia
Lírios d'água; delírios
No ar, na maresia.

Sussurros sombrios ditam o tempo...
Ecos dilacerantes perdidos no vento.
Pranto da alma encarcerada em matéria oca!

Galopeios no tempo
Visão extra-sensorial
Fagulhas de esperança.

Olhar fugaz
Breu, recôndito
Fissura em ponte vivaz.

Se o corpo te procura
E o coração repele
Este mal não tem cura
Isso é coisa de pele!

Grão de areia no vento
Sopro do tempo
Sinergia do destino.

Macerando
Jasmim, saudade, alecrim
No velho pilão...

Lágrimas se perfumam
E o sol da manhã cochila.

Sopro melancólico
No quintal das emoções...
Tempestade urge!
Peito contrito; atrito
E estampidos do trovão.

Flor de cerejeira
Nublando a crisálida...
Profeta do tempo!

Curió de touca
Desfolhar bélico! Olhar
Denso caduca.

Dama da noite
Espia estrelas...
Perfuma sonhos!?

Em vôo noturno
Fecho meus olhos
Desperto em teu mundo.

Sinta o meu amor
Suturando tuas chagas...
Um sol fecundo!

Vento inquieto
Beija a Verbena; no ar
Calmaria plena.

Meu coração se deixou levar...
Como um bote a deslizar nas águas
Enevoadas de um rio sombrio.

São tantas feridas no corpo da alma...
Não saberia neste exato momento
Apontar qual delas sangra.