Coleção pessoal de brunomtop

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'Ó doce Bailarina, o que preciso fazer,
O que preciso realizar para poder te ter?'
Recitava um boneco desengonçado,
Tão desengonçado que chegava a ser engraçado.

O espantalho olhava totalmente hipnotizado,
Para o alto da estante, onde ali parada,
Estava uma bailarina imobilizada.
'És tu de novo espantalho?
Já não te disse que não devis vir aqui?
Não posso ir contigo mesmo se houvesse um atalho...
Estou presa aqui, e eternamente vou ficar aqui'

Era sempre a mesma história...
Toda noite o engraçado espantalho,
Saía da caixa de brinquedos,
Montava um castelo com cartas de baralho,
E ia admirar a bailarina da estante.

Não havia o que fazer certo?
O espantalho estava fadado a continuar assim,
A toda noite ter a bailarina tão perto,
Mas nunca tê-la pra si no fim.

Errado,
Aquele espantalho era muito mais que atrapalhado,
Ele era inteligente e esforçado,
Mas foi só quando a presença de um clarão,
Durante a passagem da senhorita gotas de chuva,
Mostrou a seu coração,
Que a bailarina era tão infeliz,
Quanto ele por não tocá-la nem por um triz.

E o espantalho decidiu,
'Você poderia esperar por mim?
Poderia você minha flor de lis,
Esperar a volta de seu serafim?'

A bailarina achou que era mais uma das palhaçadas,
Que o bobo espantalhado fazia para lhe fazer feliz.
E então respondeu inocentemente,
'Só se você prometer que quando retornar,
Nós poderesmo ficar juntos para sempre,
Que este globo aqui não mais vai estar...'
'Eu prometo sim'
E assim iniciava-se as desventuras do espantalho.

É bom deixar claro esse aviso:
Nem sempre existe o preço de um sorriso,
Às vezes ele é vendido,
Na verdade quase sempre é vendido...
Porque vendido?
Porque as pessoas sem alegria têm vivido.

E porque será que continuar esbanjando nos meu lábios,
Um sorriso que nem o maior dos sábios,
Ousou a sustentar?
Porque simplesmente continuo a sonhar.

COntinuo a almejar,
Continuo a viver,
Continuo a sem ter o que fazer...

As complicações não param de aparecer...
E eu continuo a tentar resolver,
Ou simplesmente deixo-as se acumular,
Dou férias pra minha mente,
E sigo em frente,
Como se meu passado nunca fosse existente.

Por isso repito o aviso:
Nem sempre existe o preço de um sorriso,
Mas se existe um preço justo para o meu,
Acho que por cinco centavos ele seria teu,
Afinal a maioria deles esborram falsidade,
Não que eu faça por maldade,
É que me acostumei a sorrir por qualquer banalidade.

Meu sorriso quase sempre não vale nada,
E por isso mesmo que minha alma é apaixonada,
Por sorriso cheios de sinceridade,
É ali que encontro minha tranquiladade,
Não tem como, sou apaixonado por sorrisos,
São eles o que eu sempre viso.

Pode ser timido ou amostrado,
Desde que venha de seu coração,
Pode ter certeza que vai chamar minha atenção,
E vou querer ele ao meu lado.

Coração palpita cheio de saudade.
Coração espera, espera a tempestade,
Que vem limpar a tudo,
Vem deixar todos mudo.

Vem acabar com qualquer impureza,
Volta a trazer o equilibrio da natureza.
Ela traz sim, traz libra,
Traz uma balança sagrada que equilibra,
Qualquer angústia e aflição,
Que consegue entreter coração.

A tempestade sempre vem,
E ela sempre vem de mais além,
Tempestade sempre chega depois da calmaria,
Só para angustia a todos com uma chuva fria,
Manda embora a senhorita gotas de chuva,
Expulsa as solitárias nuvens,
E chama a destruição.

Tempestade não clama por destruição,
Tempestade só gosta por uma pequena confusão,
Ela só gosta de chamar atenção...
Assim como certas pessoas que mudam sua opinião,
Só para agradar os que ao seu redor estão.

Mas a Tempestade tem personalidade,
Tempestade jamais muda por ninguém,
Tempestade não se importa se agrada alguém...
Tempestade não se importa se não tem amizade,
Tempestade se importa com seus valores,
Pois mesmo que seja só um, ela tem seus amores.

Tempestade vai e volta de repente,
Ela sempre continua estridente,
Tempestade é imultável e marcante,
Acho que por isso ela tem um ar galante.

Sabe uma coisa que eu não abro mão?
São aquelas conversas paralelas,
Dialogos sobre qualquer tema,
Seja sobre a vida, mulher, mundo e até poemas.
Pode ser com um desconhecido, amigo ou irmão,
Não consigo viver sem elas.

Elas me fazem tão feliz,
Foram ela que me ensinaram a cuidar do meu nariz,
E é delas que sou um fiel aprendiz.

São essas conversas que me fazem ser,
Foram para essas conversas que vim a nascer,
Pois não sou aquele que vai mudar o mundo,
Mas serei eu que aprenderei tudo a fundo,
E verei na frente dos meus olhos crescer,
O humano que vai mudar nosso modo de viver.

Eu nasci com uma vocação,
De ser o mestre da próxima geração,
Só o que quero é guiar os filhos da minha nação.

Só tenho um sonho a ser realizado,
Que meu nome com o tempo não seja apagado,
Meu nome vai ficar depois vida,
Para que minha obra seja lida.

Não vou deixar que tudo que aprendi com essas conversas,
Sejam levados pelo vento, ou nas águas do mar imersa.
Minha louca sabedoria vai sobreviver,
Pois mesmo que besteiras eu venha a escrever,
Alguma lição vai estar dentro dela,
Pois aprendi tudo com minhas amadas conversas paralelas.

Daqui a pouco eu começo novamente,
Sento numa mesa e olho pra frente,
Aquele que existiver ali vai me ensinar,
E por isso que eu adoro conversar.

A Névoa é sempre tão misteriosa...
Sempre que passa deixa uma sensação gostosa,
Cria ilusões na mente,
E deixa frio tudo que antes era quente.

A Névoa, tão bela e tão sozinha,
Será que amigos ela tinha?
Névoa, Névoa... Névoa deliciosa,
Você sempre traz uma sensação maravilhosa.

Suas visitas são as mais aguardadas...
Às vezes você vem após a Tempestade,
Às vezes com a Senhorita gotas de Chuva...
Jamais com o orgulhoso Trovão...
Nem com a solitária nuvem...
Mas vocês sempre vêm...

As alegrias de louco,
São suas visitas matinais,
Às vezes tão triviais,
Às vezes elas são sensacionais...

Cuidade Névoa Misteriosa,
Suas visitas estão se tornando viciosas...
Você é parecida com certas pessoas,
Aquela que se prejudicam por sempre serem tão boas.

Vocês simplesmente deixam de impor suas opiniões,
Para que seus amigos e companheiros não entrem em contradições...
Cuidado Névoa Misteriosa,
Você vai acabar seca como as rosas.

Você tem tudo para ser feliz,
Mas você esquece que na vida deve-se cuidar do seu próprio nariz,
E deixar que cada um seja seu próprio mestre e aprendiz.

Ei Misteriosa Névoa, quando você vai voltar?
Sua visita faz qualquer poeta se alegrar,
Volte com uma opinião formada,
E quem sabe você não percebe estar apaixonada?

Você só precisa aprender a dizer não...
E logo vai perceber que vai ter encontrado o ar do seu balão,
O balão que chamam de coração.

Deixe clara sua opinião Névoa Misteriosa,
E você vai descobrir como a vida é mais gostosa.
Pode vir aqui quando precisar,
Sempre vai haver um tolo aqui para te abraçar.

É ela é uma brisa de momento,
Daquelas que sobrepõe qualquer vento,
Com sua presença harmoniosa,
Um tanto quanto esplendorosa.
E mesmo que esteja distante,
Você sente seu fluxo constante.

Às vezes segue contra a corrente,
Só para ser a única diferente,
Mas normalmente é tão silenciosa,
Que aparenta ser uma brisa cardiosa.
Desperta aquela sensação única,
E pode ser só mais uma comparação cínica,
Mas é como o vento batendo contra o rosto,
Desperta um ótimo gosto.

Isso é o que a presença de Fernanda desperta,
Te deixa com coração e mente aberta,
Não sei porque, mas minha amizade ela conquistou,
Acho que quando tímida se mostrou.
Realmente não sei ao certo,
Só sei que gosto de tê-la por perto.

E mesmo que ela seja uma brisa de momento,
Espero que o tempo que passe com ela seja lento,
Para que me sinta mais relaxado,
Afinal ela é meu vento meio lesado.

Como prenunciado, todo ano vem a acontecer...
A primavera volta a aparecer,
As ervas selvagens começam a florescer
Com a vinda de fonte que pelas corredeiras vem a descer,
E ela parece adorar ver como o beija-flor,
Coleta seu néctar com um simplório amor.

Ela tranqüilamente assiste o a chegada do verão,
Sentindo o calor secar a plantação,
Celebra feliz a abundância,
E Toma sorverte como se ainda fosse sua infância...
Gosto de vê-la tão sorridente,
Às vezes até me esqueço desse clima quente.

De lua que sobe em outono, a noite se enche de vaga-lumes,
E ela mais uma vez me enebria com seu forte perfume,
Conta os dias observando as folhas secas cair,
Esperando o vento seco fazer as nuvens se encherem
Para que mais uma vez possa seu guarda-chuva abrir,
E ver os pingos, pelos vidros de janelas, lentamente escorrerem.

E finalmente chega o seu sonhado inverno,
Só para ter nos meu abraços um calor eterno...
É, ela também adora tomar um chocolate quente,
Ou comer founde de uma forma diferente...
Misturando chocolate com queijo,
Misturando mordida com beijo.

Realmente não decido qual é minha preferida,
Afinal estando com ela qualquer estação é bem-vinda,
Qualquer uma das quatros alegra minha vida,
Qualquer paisagem deixa ela linda...
Não, não da pra decidir uma só estação,
Porque durante todo ano ela faz feliz meu coração.

Mais uma vez lá ia solitário o rato,
Fugindo para não acabar em algum prato,
Fugiu tanto que acabou chegando no topo de uma montanha,
O medo pela altura fez gelar todas suas entranhas,
Não estava acostumado com tais altitudes,
De fato, começava a questionar suas virtudes,
Afinal estava sempre fugindo desesperado,
Jamais fora por alguém respeitado,
Não entendia o porquê de existir,
Uma criatura que estava fadada a nunca sorrir...

E como de costume levou um grande susto,
Ao ver que bem acima de si, havia um imenso busto.
O busto de uma águia imponente,
Que observava o horizonte com algo em mente,
Parecia incorfomada assim como o rato,
Talvez por acreditar que não tinha um talento nato.

'O que te aflinges grande autarquia?'
O pequinino se pronunciou enquanto pelas garras da águia subia.
Não soube o que levou a se manifestar,
Mas sabia que se tivesse ficado muito tempo parado,
Com o tempo, talvez fosse notado,
E poderia acabar como jantar.

'Oh não tinha te percebido pequenino...
Não é nada, só que não entendo porque existo,
Sou só um pássaro que não tem um bom destino,
Nem sei porque estou pensando nisto,
Só sei que percebi o qual inútil,
Uma águia pode ser quando não é fútil...'

'Sinceramente não te entendo caro amigo...
Você é uma águia, o rei dos céus, rei das montanhas,
Se eu tivesse seu imenso porte sempre comigo,
Aposto que todos meus inimigos temeriam-me de forma tamanha,
Que nunca mais teria de me esconder de ninguém,
Sinceramente não sei porque você quer ser outro alguém'

'O que posso fazer amigo roedor?
Não sou tão rápido quanto um beija-flor,
Não sou tão elegante quanto um pavão,
Sou apenas uma ampliação do gavião...
Não me comparo com o grande condor,
Às vezes eu penso que sou só um perdedor...

'Você, um pequeno rato, esbanja sabedoria,
E é bem quisto pela grande maioria,
Já eu sou temido por uma minoria,
Que não percebe que sou só uma imitação fraca de uma harpia'
E então o rato percebeu de um estanho jeito,
Que mesmo aquele grande pássaro tão perfeito,
Tinha o mesmo problemático defeito,
Que ele, um roedor tão mal-feito.

'Acabei de enteder nossos problemas,
Na verdade não passa de um bobo dilema...
Todos estamos fadados a invejar,
Todos os que estamos fadados a admirar,
Sem perceber que sempre somos admirados,
Por todos aqueles que se mantém do nosso lado.
Estamos fadados porque não percebemos nossas virtudes,
Escondidas em nossas mais singelas atitudes,
Temos a mania de só olhar as costas alheias sempre cheias de luz,
Sem perceber que em cada um de nós também nas costas também produz,
Essa bela luz, e ela é a reunião de nossas qualidades,
Que não podemos estar bem localizado,
No centro de nossas costas, onde não temos visibilidade,
Que foi colocada lá como num perfeito plano divino,
O plano que controla todo nosso destino.'

Atualmente ando ao lado de uma vida tediosa e sem sentido,
Esperando o tal do amor dar um futuro à esse poeta exibido...
Porque será que todo dia acabo repetindo esse ditado?
Acho que é porque ainda não estou totalmente conformado,
Com o fato de que a vida continua mesmo que ao meu lado,
Não estejam as pessoas que mais tem me cativado.

Do jeito que eu falo até parece que sou um homem vivido,
Daqueles que sempre vivenciou uma vida com pleno sentido,
Na verdade, agora que paro pra pensar no meu passado,
Não me lembro de uma vida que me deixasse realizado.
É eu sei... Há muito percebi que sou bastante complexado,
Com besteiras que para a sociedade não tem qualquer significado.

Acho que existe poucas coisas que sei com uma certeza absoluta,
Não lembro onde aprendi, são aquelas lições que uma vez você escuta,
E que nunca mais você esquece, passa a usar como doutrina,
Uma doutrina de vida, Uma doutrina que você considera divina.
Essa certeza é sobre o inexplicável e fascinante amor.
Uma certeza sobre esse sentimento capaz da maior felicidade, ou dor.
É bem simples na verdade, é só que o amor não é o amor...
Simplesmente a sociedade passou ao amor, um significado sem cor.

O amor difilcimente é atingido, porque ele é eterno.
Não é um sentimento que é esquecido após alguns tristes invernos.
O que amor que popurlamente é conhecido se chama paixão.
E a tal paixão que conhecemos é só uma estravagante admiração,
Que ocorre na explosão dos sentimentos de uma relação.
Acho que por isso que não gosto de dizer "eu te amo".
É o mesmo que dizer que um pequeno e simplório ramo,
Na verdade é uma poderoso e indestrutível carvalho.
Não estou dizendo para desistirmos do amor,
Só tenho certeza que não existe nenhum atalho,
Para esse sentimento vem ao mesmo tempo expôr,

Todas as nossas fraquezas e qualidades,
O único sentimento que nos faz conhecer nossa real personalidade.
Eu lembro que dividi o sinuso caminho do amor em cinco níveis,
Todos são simples e complexos, tornando-os imprescindíveis.
Não lembro como os nomes eu estabeleci ao certo,
Só lembro que eles estão um do outro tão perto,
Que só quando chegar no quarto nível, a verdadeira paixão,
Vai perceber espantado, que os níveis anteriores, como a adimiração,
Se juntaram para se tornar essa inexplicável paixão.

E só quando você conseguir juntar os dois: a paixão e admiração,
Então vai perceber que o amor, é dos outros níveis, uma grande fusão.
Acho que por isso que dizemos que estamos apaixanonados,
Porque simplesmente estamos no caminho certo para sermos amados,
E acho que talvez, só talvez eu tenha reencrotado esse caminho,
Mesmo tendo tantos obstacúlos, como pedras e espinhos,
Sei que no final vai haver uma altar com a mais bela flor,
A flor que irá coroar meu eterno e indestrutível amor.

Tem dias que realmente não dá pra continuar,
Não tenho vontade de me levantar e acordar,
Não é por sono ou cansaço, é só falta de vontade de viver,
Percebi que não tenho nada que queria ter,
E tudo que eu um dia quis ser,
Até hoje, e acho que nunca, consegui realizar.

Mas dia desses me surpreendi, ao perceber que já sabia uma importante lição:
Aprendi a misturar no liquidificador: poemas, tédio, alcóol e paixão,
E assim consigo entreter meu mal-sucedido coração.
É tipo quando você pega para si uma cerveja,
Talvez nem com vontade de beber você esteja,
Mas só para não ficar entediado,
Você acaba, por sem querer, a ficar bicado...

Não tem nenhuma desculpa óbvia, ou simplificada...
A obviedade dos fatos é muito complicada.
Por isso continuo com minha vida sem sentido...
Penso que ei algum lugar eu o devo ter esquecido,
Afinal desde que me conheço por gente,
Que procuro esse tal de sentido de trá pra frente...

Até que eu o encontre de fato,
Acho que já vou ter deixado de ser sensato...
Mas fazer o que então?
Não consigo deixar de procurar...
Assim como não consigo simplesmente abandonar,
Uma platônica paixão que guardo no coração.

Pelo menos essa paixão é legal...
Já essa busca por um sentido na vida é um tanto quanto mal...
...
Agora parando para pensar,
Acho que descobri onde esse sentido encontrar...
Acho que ele deve estar mergulhado nessa paixão platônica...
Nossa minha situação é um tanto quanto cômica...

Sabe, isso é realmente frustrante...
Agora eu tenho que me tornar um amante,
Para pelo menos tentar ver se eu encontro ali escondida,
No amor ou na felicidade, esse tal sentido pra minha vida.

Será que nos meus últimos dias
Conseguirei sentir alguma alegria?
Fico meio indeciso quanto a essa resposta...
Afinal eu recordo agora,
Que naquela angustiante hora,
Destrui meu Mosaico aposta.

Era a minha aposta para a felicidade,
Um mosaico de diferentes personalidades,
Criado a partir de várias amizades...
Aquela que eu contava para a eternidade.

Mas eu o destrui em fragmentos,
E que esteja ofuscado nesse momento,
Aquele Mosaico era a prova que vivi,
A prova que existi, sorri, sofri, mas que sobrevivi...
Era o Mosaico dos meus sentimentos.

Sei que vou juntar esse Mosaico em pedaços,
Vos conseguir resgatar meus antigos laços.
E também aumentar meu circulo de confiança,
Pra que no final restem boas lembranças,
Do mesmo Mosaico que comecei quando criança.

Sente-se de modo confortável e respire fundo
Agora tente escapar desse material mundo
E recite repetidamente para si em seu pensamento
"Liberte-se do corruptível desejo,
Encaminhe-se para o caminho de meio que almejo"
Sinta agora seu espirito se fundir com o vento
E pronto, não deverá ter nenhum impuro sentimento

Esse é o caminho mais simples para si chegar ao Nirvana,
Mas quem disse que não podemos provar disso com um gole de cana?
A cachaça rasga a garganta de uma forma tão pura
Que qualquer sensação maligna e impura
Vai ser exorcisada do seu ser, de um modo brutal
Mas ainda assim você vai conseguir se livrar de seu mal
Mesmo que por poucos e confortavéis segundos,
Para depois se sentir invadido por sentidos imundos.

Não adianta achar bela uma concluída doutrina
Você mesmo precisa achar sua paz divina
Só deve se lembrar que se não conseguir isso naturalmente
E acabarrar por recorrer a drogas viciantes
Cada vez mais não vai alcançar o Nirvana de antes
E vai se tornar mais um desses viciados permanentes

Quanto melhor você puramente respirar
Mais seus poros vão aos poucos desabrochar
Esse é o mais arduo caminho, o da Respiração,
Mas de fato, não existe melhor sensação
Do que se encontrar na palma da gigante mão
Do primeiro Buda que nos ensina a iluminação.

É o que me faz todo dia bem,
Ela é a minha amada preta.
Que não divido com ninguém!
Nem com Deus ou o Capeta...

Uma garota aparentemente tímida..
Só pra aqueles que na vida,
Nunca ouviram suas histórias.
Compartilha comigo o amor pelas glórias,
Do nosso lindo Náutico, um gênio forte
E claro um ódio mortal pelo Sport.

Tem também uma alma de uma pura criança,
Que me faz guardar boas lembranças.
Somando isso a sua bravura de mulher,
Amanda sempre consegue o quer.
Esse é o jeito de ser dessa morena,
Nem um pouco serena...
Mas com certeza é uma garota que vale a pena!

Agraciada com a beleza brasileira,
Ela é uma daquelas mulatas encrenqueiras,
Ótima para se conversar...
Hórrivel para se brigar.

É uma das poucas garotas que conheço,
Que não poderia estimar um preço.
Pelo seu conjunto de valores,
Que faz qualquer um suspirar de amores,
Essa é Amanda Cabral,
A garota que você nunca vai querer mal.

Na verdade vai querer bem...
E vai inveja aquele que a tem,
Porque outra preta assim...
Você não encontrar nem no do universo fim.

Porque essa escura é sem igual,
Uma pessoa bem mais que sensacional,
Por causa disso tudo fico esperto...
Para que consiga fazer do tempo lento,
E ter por mais tempo, Amanda de mim perto.
E continuar com esse caloroso sentimento
Que sempre que a vejo, feliz ostento.

Além disso ela ainda justifica seu nome com vontade,
Pois Amandinha é amada por todos de verdade.
Inclusive os de mais estranhas personalidades...
Me apaixonaria por ela se pudesse,
Mas temo corrompê-la se mais que a amizade dela tivesse,
Afinal ela transborda tão linda ternura...
Que por dentro é branco marfim de tão pura.

Só pode ser uma caracteristica de nascença,
Essa habilidade de uma tal de Ilka Valença
De animar a pessoa e afastar as magóas.
Do mesmo modo que a chuva passa despercebida,
Limpando tudo com sua cardiosa água,
Ilka deixa contagiante qualquer vida.

Ilka, um nome de origem escandinava,
Que num antigo conto, um certo pardo a amava.
É uma garota cheia de perseverança,
Mas que não perde seus ares de criança,
Tão bela e agarrada a sua tênue esperança,
De que um dia a felicidade a alcança.

E foi assim que aos poucos me conquistou,
Nas nossas conversas variadas ela se mostrou,
Tão parecida com a minha pessoa,
Que só pode ser mais que um coiencidência boa...
Deve ser coisa do tal destino.
Avisando que é ela a garota por quem batem os sinos,
De um coração que ela já de mim tomou...

Só depende do tempo e dela,
Fazer esse sentimento mais que fogo de vela.
Torná-lo um fogo eterno e ardente,
Capaz de brilhar mais que uma estrela cadente,
E nos aquecer de uma forma tão estridente.

Acho que agora é só manter minha crença,
E esperar que Ilka valença,
Acenda esse fogo indestrutível,
Transformando sua felicidade,
Em algo bem mais que possível,
Algo que vai durar para eternidade...

Não quero pra mim o codinome beija-flor,
Não almejo sentimentos de liquidificador,
Não sonho com um mágico som...
Só quero sentir da flor, seu puro sabor,
Apenas almejo sentimentos cheios de cor,
Capazes de tornar meus sonhos com um tom,
Popularmente conhecido como amor.

E aqueles que não acreditam nesse tom,
É porque ainda não provaram o quanto ele é bom,
Por isso venho lhe avisar, que só precisa esperar,
E seu coração voltará, ou ineditamente vai se apaixonar
Assim como o vento sempre volta a soprar

Foi esperando desatento numa esquina,
Da vida, que conheci uma incomum menina,
Normalmente ela teria passado despercebida,
Mas um palpitar estranho do meu coração,
Fez minha alma, há muito adormecida,
Perceber com calma, nela, uma nova paixão.

As coiecidências eram tão alarmantes
Que o fogo dessa paixão se tornou tão brilhante
Quanto a luz de uma estrela resonante.
E embora ainda estejamos distantes,
Percebi que ela deverá ser minha eterna amante,
Minha esposa, minha mulher, meu amor...
A cor, o sabor, da flor, de um beija-flor...

Pra quer se arrepender?
Não é bem melhor continuar a viver?
Continuar a com os erros aprender,
E com orgulhos defeitos ter,
Pois seria uma burrice, tornar-se um perfeito ser.

É complicado lidar com arrependimento,
Eu sei porque todos já vivemos esse momento,
Acho que é o pior dos sentimentos,
Porque não são os outros que te machucam
Mas sim sua consciência e seu ego que lutam
Para tentar manter suas escolhas sempre corretas
Deixando-o seguir, sem problemas, suas metas.

Foi assim que decidi viver,
Sem jamais ter do que me arrepender.
É um caminho difícil de se seguir,
Mas no futuro que a de vir,
Não vou me importar de olhar para o passado,
E ver que sempre fiz por onde não me sentir culpado.

Na verdade, o arrependimento existe para nosso bem,
Mas ele simplesmente não me convém.
Aprender com os erros é excelente,
Porém não vejo motivos para manter uma culpa latente
Por um passado que não posso mudar,
Só posso no máximo me desculpar
E tentar não repetir o mesmo errar.

Jovens deveriam sempre se arrepender
Para que quando velhor se tornassem
Para a próxima geração eles passassem
Lições que todos deveriam aprender ao nascer,
Que errar é perfeitamente compreensível,
Ser perfeito é que humanamente é impossível.

Por isso sou estritamente assim,
Não me arrependerei de nada até o fim.
E assim eu continu sendo intragável,
Um bobo pierrot, apaixonado e vulnerável,
Boêmio, viciado nessa vida dispensável,
E temeroso pelo fim desse mundo miserável.

Eu encontrei, quando já não sabia se desistia,
Achei finalmente a minha verdadeira utopia,
Não aquela que nunca vai ser acalçada,
Encontrei a minha utopia para ser abraçada.

Uma utopia que quando fala me faz sorrir,
De um jeito que só ela me faz sentir
Esse acelerar estranho no meu coração,
Um misto de nervosismo e felicidade,
Que já não acontecia há tanto, que já estava com saudade,
Dessa deliciosa emoção, dessa estranha sensação.

Só não sei se ela é como meus sonhos passados,
Aqueles que apesar de tudo jamais foram totalmente realizados...
Sinceramente não sei o que sinto de verdade,
Só consigo saber que realmente estava com saudade,
Dessa sensação que faz meu coração palpitar com intensidade.

Isso me lembra a harmonia de todas aquelas cores,
Que vi na junção entre aquele verde e belas flores,
Acho que essa sensação que sinto quando vejo minha utopia
É a mesma que sentia quando eu ali no jardim via,
Que todos os sonhos poderiam se tornar realidade,
Todos os meus sonhos são de verdade.

Por isso vou cultivar direitinho minha utopia,
Para que quem sabe num ensolarado dia,
Ela floresça e se torne tão estonteante,
Quanto a beleza e a harmonia contagiante,
Daquele belo jardim onde me escondia,
Para sonhar em encontra minha utopia.
Pois sei, que assim com aquele belo jardim,
Se minha utopia se tornar minha amante,
Ela jamais desaparecerá, pois o amor não tem fim.

Continuo assim.
Vivendo a espera de um estopim,
Eu aproveito o momento...
E esponho todos meu sentimentos...

Eu admiro é o carinho...
Pois é o único caminho,
De deixar me deixar feliz,
Sem ter que explorar o mundo com meu nariz.

O que mais prezo é a fidelidade,
Não existe nada mais eterno que a amizade.
Sempre abrirei mão,
De qualquer razão por uma emoção.

E se um dia eu ficar solitário?
Será que vou encontrar um novo amigo?
Ou vou apenas me esconder no armário,
Temeroso que ninguém mais queira estar comigo...
Não... Vou continuar seguindo em frente,
Pois novamente, a emoção tornará meu caminho surpreendente.

Continuo assim,
Vivendo a espera de um glorioso fim,
Aproveito cada mudança do vento,
Para tornar reais meus pensamentos...

Eu admiro é o respeito,
Pois jamais é desfeito,
Por qualquer discussão ou briga,
É imponente como uma metálica liga...

O que mais prezo é inteligência,
Não existe nada que torne melhor a convivência.
Sempre abrirei mão,
De qualquer emoção por uma razão.

E se um dia eu ficar solitário?
Será que vou querer outro companheiro?
Que ao me abandonar se mostrou ordinário...
Não... Acho que para eles só o que importa é o dinheiro...
Vou continuar a seguir sozinho,
Por esse racional caminho.

Sabe aquelas relações dificéis de definir?
Que dá vontade de você do coração banir,
E ao mesmo tempo de eternamente insistir?
Acho que acabei, mesmo que sem total noção,
Colocando tal telação em meu coração...
Não sei onde ela começa e tem fim...
Só sei que é mais ou menos assim:

Ódio absurdamente Mortal,
Amor mil vez mais que Eterno,
E uma Amizade que ultrapassa a Infinidade.
Isso tudo vai sobreviver ao inverno,
Porque sempre me ajuda a superar qualquer mal...
Tornando-se assim maior que qualquer fraternidade.

Pode até parecer bastante clichê,
Mas isso é só para quem o dia-a-dia não vê,
Por que se algum dia vier a ver,
Facilmente vai perceber,
Que não é um ódio qualquer,
É um ódio inverso, independente de como eu estiver.

Parece estranho que um ódio seja tão importante,
Mas não tem como esse ser repugnante,
Deixar de ser um alicerce da miha vida,
Hoje em dia, Não consigo deixar farpas despercebidas,
Eu as alimento, pois apesar de me irritar,
Sei que estarão ali para me cofortar,
Mesmo que eu não vá precisar.

É um amigo que com orgulho considero um irmão,
Afinal onde você encontra tal relação,
De ódio e amor juntos de forma tão normal,
Além de numa relação fraternal?
Luan deve ter algo bem pessoal,
Que o torne tão especial,
Porque garanto que é complicado,
Ter que aturar ele do meu lado.

E foi assim que ganhei um cabuloso castigo,
O de ter um ódio inverso como amigo,
Um ódio que conto para me irritar,
Às vezes, só as vezes me alegrar,
Ou só para das situações ruim me tirar.
Não tem como, esse ódio já faz parte do ramo,
Que floresce no meu coração bem devagar,
E por isso digo, ei ódio, te amo.

Pego logo ali da tão conhecida estante,
Um mundo maravilhoso tão compacto,
Que ainda me causa certo impacto,
Perceber como ele é revelante,
Pois sempre funde meus, divergente:
Coração e mente.

Olho ao redor, a procura marca-texto de mão,
E a percebo ali no meu campo de visão.
Pesco então uma bela flor do vaso,
Enebrio-me com seu suave gosto,
E assim um sorriso surge no meu rosto,
Pois apesar dos costumeiros descasos,
Ainda consigo ser um homem bravo,
Por continuar do amor escravo.

Despenco na velha rede,
E admiro o reflexo na parede,
Desse infinito céu azul celeste,
Que tão bem a tarde veste.

É Naqueles momentos em que resolvo descansar,
Deitado numa rede, deixo palavras me levar,
Para qualquer outro lugar.
Que seja agraciado por uma belo romance,
Um lugar que só um bobo alcance.

E quando eu pauso a minha leitura,
E visualizo na minha mão direita,
Essa flor que não tardará a ser desfeita.
Tento colocar nos meus olhos uma figura:
O seu belo seblante,
Que apesar de tão distante,
No meu coração, tem presença constante.

Afinal, essa distância,
Até que tem sua elegância,
Pois ela gera uma ambigüidade,
A angustiante e romântica saudade.